O dilema do Irã888bets apostase envolver ou não888bets apostadisputa do aliado Hezbollah com Israel:888bets aposta

O presidente iraniano Masoud Pezeshkian (à direita) e o comandante da Força Aeroespacial do Corpo da Guarda Revolucionária, Amir Ali Hajizadeh (à esquerda), participam888bets apostaum desfile militar888bets apostaTeerã, no Irã,888bets aposta21888bets apostasetembro888bets aposta2024.

Crédito, EPA

Legenda da foto, O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian (à direita), e os comandantes da Guarda Revolucionária ainda não ameaçaram retaliar os ataques israelenses contra seu aliado, o Hezbollah
  • Author, Jiyar Gol
  • Role, Correspondente888bets apostaassuntos internacionais do Serviço Mundial da BBC

Muitos conservadores linha-dura do Irã estão ficando preocupados com a falta888bets apostaatitude do país, à medida que Israel ataca o grupo armado libanês Hezbollah, seu aliado mais próximo e888bets apostalonga data.

Quando o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, discursou na Assembleia Geral da ONU na terça-feira (24/9), ele criticou a guerra888bets apostaIsrael888bets apostaGaza e alertou que os ataques ao Líbano não poderiam ficar sem resposta.

Mas Pezeshkian, eleito888bets apostajulho, adotou um tom mais conciliador do que seus antecessores linha-dura, evitando a retórica voltada para a aniquilação do arqui-inimigo da República Islâmica.

"Buscamos a paz para todos, e não temos intenção888bets apostaentrar888bets apostaconflito com nenhum país", ele declarou.

O presidente também anunciou a disposição do seu governo888bets apostaretomar as negociações nucleares com as potências ocidentais, dizendo: "Estamos prontos para interagir com os participantes do acordo nuclear888bets aposta2015".

Outras autoridades iranianas888bets apostaalto escalão e comandantes do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla888bets apostainglês) também estavam sendo excepcionalmente contidos ao manifestar suas intenções888bets apostase vingar888bets apostaIsrael pelas ações contra seu país e seus principais aliados, o Hamas e o Hezbollah.

Mas o ataque888bets apostaIsrael nesta sexta-feira (27/9) que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, pode mudar o cenário.

O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, disse que o ataque "não ficará sem vingança".

Segundo Khamenei, a ofensiva contrária a Israel se tornará "ainda mais poderosa".

Ele disse ainda que, embora a frente888bets apostaresistência tenha perdido um "porta-estandarte notável" e o Líbano tenha perdido um "líder incomparável", o Hezbollah se tornará mais forte.

Relação entre Irã e Hezbollah

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O Irã armou, financiou e treinou o Hamas e o Hezbollah, mas os líderes888bets apostaTeerã contam com o Hezbollah como um importante meio888bets apostadissuasão para impedir ataques diretos888bets apostaIsrael ao seu país.

O apoio iraniano tem sido fundamental para a transformação do Hezbollah na força armada e ator político mais poderoso do Líbano desde que o IRGC ajudou a fundar o grupo na década888bets aposta1980.

O Irã é o principal fornecedor das armas que o Hezbollah pode usar contra Israel, especialmente mísseis avançados e drones, e os EUA já alegaram anteriormente que o país também disponibiliza cerca888bets apostaUS$ 700 milhões888bets apostafundos anualmente.

Na semana passada, Mojtaba Amani, embaixador do Irã no Líbano, ficou gravemente ferido quando seu pager explodiu na embaixada888bets apostaBeirute. Outros milhares888bets apostapagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah também explodiram888bets apostadois ataques que mataram 39 pessoas no total.

O Irã culpou Israel, mas não fez nenhuma ameaça pública imediata888bets apostaretaliação.

Em contrapartida, quando Israel atacou o consulado iraniano888bets apostaDamasco, capital da Síria,888bets apostaabril, matando oito comandantes888bets apostaalto escalão das Forças Quds do IRGC, o Irã respondeu rapidamente lançando centenas888bets apostadrones e mísseis contra Israel.

O Irã também prometeu retaliar depois888bets apostaculpar Israel pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh,888bets apostaTeerã, no fim888bets apostajulho, embora ainda não tenha anunciado nenhuma operação.

O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, discursando durante um evento,888bets apostaabril,888bets apostacomemoração aos comandantes iranianos mortos888bets apostaum suposto ataque aéreo israelense na Síria.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani — fotografado aqui durante um evento,888bets apostaabril,888bets apostahomenagem aos comandantes iranianos mortos888bets apostaum suposto ataque aéreo israelense na Síria — está entre os milhares888bets apostaferidos nas explosões888bets apostapagers da semana passada

Um ex-comandante do IRGC disse à BBC que ameaçar Israel repetidamente, sem cumprir as ameaças, estava prejudicando ainda mais a credibilidade da força entre seus apoiadores dentro do Irã e seus representantes no exterior.

Na segunda-feira (23/9), o presidente Pezeshkian disse a membros da imprensa americana,888bets apostaNova York, que Israel estava tentando atrair o Irã para uma guerra.

"O Irã está pronto para aliviar as tensões com Israel e depor as armas, se Israel fizer o mesmo", ele insistiu.

Alguns conservadores linha-dura próximos ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, criticaram o presidente por falar888bets apostaaliviar as tensões com Israel, afirmando que ele deveria reconhecer888bets apostaposição e evitar dar entrevistas ao vivo.

Pezeshkian deveria participar888bets apostauma coletiva888bets apostaimprensa888bets apostaNova York na quarta-feira (25/9), mas ela foi cancelada. Não ficou claro se ele foi forçado a cancelar por causa888bets apostaseus comentários.

No Irã, o poder está nas mãos do aiatolá Khamenei e do IRGC. São eles que tomam as principais decisões estratégicas, e não o presidente.

Dois iranianos passando888bets apostamoto por um míssil888bets apostaexibição na Praça Baharestan,888bets apostaTeerã, Irã, durante a Semana da Defesa,888bets aposta24888bets apostasetembro.

Crédito, EPA

Legenda da foto, Atualmente, há mísseis888bets apostaexposição pública pelas ruas Teerã, como parte da Semana da Defesa do Irã

Barak Ravid, um jornalista israelense do site888bets apostanotícias americano Axios, informou na terça-feira que duas autoridades israelenses e diplomatas ocidentais indicaram que o Hezbollah estava pedindo ao Irã que ajudasse o grupo a atacar Israel. As autoridades israelenses afirmaram que o Irã havia dito ao Hezbollah que "o momento não é adequado", segundo Ravid.

Na semana passada, o apresentador do programa iraniano888bets apostatelevisão Maydan, conhecido por ter vínculos com o IRGC, citou fontes da inteligência iraniana afirmando que Israel também "havia realizado uma operação especial no mês passado, matando membros do IRGC e roubando documentos".

Ele afirmou que a imprensa iraniana havia sido proibida888bets apostanoticiar o incidente, que supostamente aconteceu no interior do Irã, e que as autoridades estavam tentando controlar a narrativa.

Em resposta, a agência888bets apostanotícias Tasnim, que também é ligada ao IRGC, negou as alegações.

A República Islâmica se encontra888bets apostauma situação precária. O país teme que um ataque a Israel possa provocar uma resposta militar dos EUA, arrastando o país para um conflito mais amplo.

Com uma economia estagnada devido às sanções dos EUA e à contínua turbulência interna, um potencial ataque dos EUA contra o IRGC poderia enfraquecer ainda mais o aparato888bets apostasegurança do regime, encorajando possivelmente os opositores iranianos a rebelarem mais uma vez.

No entanto, se o Irã se abster888bets apostaintervir diretamente no conflito do Hezbollah com Israel, corre o risco888bets apostaenviar um sinal a outras milícias aliadas na região888bets apostaque,888bets apostatempos888bets apostacrise, a República Islâmica pode priorizar888bets apostaprópria sobrevivência e interesses,888bets apostadetrimento dos delas.

Isso poderia enfraquecer a influência e as alianças do Irã888bets apostatoda a região.