Como os houthis apoiados pelo Irã atraem os EUA para guerra que não pode ser vencida:f12 bet robot

Crédito, Departamentof12 bet robotDefesa dos EUA

Legenda da foto, Grupo financiado pelo Irã já atacou maisf12 bet robot30 navios mercantes internacionais no Mar Vermelho desde meadosf12 bet robotnovembro
Legenda do vídeo, Assista ao vídeo sobre os houthis: o grupo que quer guerra com o Ocidente

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Um seguidor houthi segura uma metralhadoraf12 bet robotuma caminhonete durante um protesto para condenar os ataques liderados pelos EUA contra alvos houthi e para mostrar apoio aos palestinos na Faixaf12 bet robotGaza

Os ataques dos houthis têm prejudicado o transporte marítimo global. Eles aumentaram as preocupaçõesf12 bet robotque as repercussões da guerra entre Israel e o Hamas possam desestabilizar o Oriente Médio.

Será que os Estados Unidos conseguirão vencer um grupo que a Arábia Saudita vem combatendo sem sucesso há quase uma década?

O reino saudita vem mantendo notável silêncio sobre os problemas no Mar Vermelho, enquanto mantém negociaçõesf12 bet robotpaz com os houthis.

Por que o Reino Unido e os EUA estão atacando o Iêmen?

Crédito, SUEZ CANAL AUTHORITY OFFICE / EPA

Legenda da foto, Graneleiro Zografia,f12 bet robotpropriedade grega,f12 bet robotIsmailia, Egito, no dia 22f12 bet robotjaneiro, passando por reparos nos danos causados por um ataquef12 bet robotmísseis houthi seis dias antes
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Antes dos ataques, negociações diplomáticas com os houthis tentaram reduzir a escalada da situação no Mar Vermelho, sem sucesso.

"É lamentável que tenha chegado a este ponto", declarou o enviado especial americano ao Iêmen, Tim Lenderking.

Os houthis controlam as partes mais populosas do Iêmen. Eles afirmam que seus ataques são atosf12 bet robotsolidariedade aos palestinos, depois dos ataquesf12 bet robotIsrael contra a Faixaf12 bet robotGaza.

Na verdade, eles estão atacando todos os navios ao seu alcance, colocandof12 bet robotperigof12 bet robotcarga e seus tripulantes.

William Wechsler, do centrof12 bet robotestudos americano Atlantic Council, acredita que os EUA e o Reino Unido não têm outra opção alémf12 bet robotretaliar os ataques com suas próprias forças.

"No comércio internacional, existem oito principais pontosf12 bet robotestrangulamento marítimo", explica ele. "A metade deles fica no Oriente Médio, que também é a região do mundo mais importantef12 bet robotrelação às fontesf12 bet robotenergia."

"Os houthis ameaçaram diretamente um desses pontos [o estreito Bab el-Mandeb]f12 bet robotforma extremamente incomum", segundo Wechsler.

"Qualquer pessoa que compreenda o papel desempenhado pela energia para garantir nossas condiçõesf12 bet robotvida, qualquer pessoa que se importe com o crescimento econômicof12 bet robotqualquer lugar, precisa observar a importânciaf12 bet robotproteger esses pontosf12 bet robotestrangulamento críticos."

Qual a capacidadef12 bet robotresiliência das forças houthis?

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Os houthis protestaram para condenar os ataques liderados pelos EUA contra alvos houthi e para mostrar apoio aos palestinos na Faixaf12 bet robotGaza

O grupo rebelde já demonstrou que consegue enfrentar o exércitof12 bet robotum Estado soberano: a Arábia Saudita.

Os houthis evoluíram. Graças ao apoio iraniano, eles deixaramf12 bet robotser um grupo rebelde mal equipado para se tornar uma forçaf12 bet robotcombate treinada com equipamentof12 bet robotúltimo tipo, incluindo helicópteros.

"A resiliência tem dois componentes", explica Wechsler. "Existe a vontade e existe a capacidade. Ninguém acredita que eles irão romper a vontade [dos houthis]. Mas existe a crençaf12 bet robotque podemos vencerf12 bet robotcapacidade."

Os houthis podem ter conseguido enfrentar um oponente maior, mas combater os Estados Unidos e seus aliados internacionais é uma pretensão totalmente diferente. Afinal, seu poder, estratégia e experiência combinada é muito maior que a dos sauditas.

A questão entre os analistas é até onde os Estados Unidos irão chegar agora.

"Temos muita força e precisamos usá-la com certo critério", declarou à imprensa Steven A. Cook, da cadeira Eni Enrico Matteif12 bet robotEstudos sobre a África e o Oriente Médio do Conselhof12 bet robotRelações Internacionais, centrof12 bet robotpesquisa e debate sediado nos EUA.

"Não estamos falando em... invadir o Iêmen, mudar o regime e o tipof12 bet robotcoisas que fizemos no passado", explica Cook.

"Vou dizer que estive falando recentemente com diversas autoridades árabes, que disseram, sabe, veja, se você vai simplesmente cutucar os houthis, não irá parar. Você precisa levar a cabo o tipof12 bet robotação militar que dificulte, ou mesmo impossibilite os houthisf12 bet robotimportunar e atacar os navios no Golfo."

Os EUA e seus aliados podem ser arrastados para uma longa guerra regional?

Crédito, Departamentof12 bet robotDefesa dos EUA

Legenda da foto, O USS Mason tem patrulhado o Golfof12 bet robotÁden como parte da Operação Prosperidade

"Esta ação possivelmente irá crescer e se tornar uma operação maior contra a influência maligna do Irã", afirma o almirante James G. Foggo III, aposentado da marinha americana, do Centrof12 bet robotEstratégias Marítimas. O almirante também é ex-comandante das forças navais americanas na Europa e na África.

"E esta é uma questão que o governo realmente não chegou a discutirf12 bet robotpúblico. Tenho certezaf12 bet robotque estão falando sobre isso."

Foggo relembrou ao públicof12 bet robotuma recente entrevista coletiva o caso dos navios petroleirosf12 bet robot1980 a 1988 no Golfo Pérsico. Os Estados Unidos atacaram a marinha iraniana, depois que os iranianos atacaram navios petroleiros.

O almirante Foggo prosseguiu comparando o incidente ao ataque ao navio USS Cole, que foi atacado na costa do Iêmenf12 bet robotoutubrof12 bet robot2000, causando a mortef12 bet robot17 marinheiros americanos. O ataque foi atribuído à Al-Qaeda, mas não houve reação militar contra o grupo.

"O que aconteceu um ano depois? O 11f12 bet robotsetembro", indicou ele, destacandof12 bet robotopiniãof12 bet robotque é necessária uma ação militar.

Steven A. Cook concorda. Para ele, "a liberdadef12 bet robotnavegação é um interesse importante dos Estados Unidos e permitir que um grupo como este tenha tanto poder sobre essa região é arriscar demais".

Qual o envolvimento do Irã nas ações dos houthis no Mar Vermelho?

Crédito, YAHYA ARHAB / EPA

Legenda da foto, Caminhonete carrega uma grande faixa representando o principal líder dos houthis, Abdul-Malik Al-Houthi (d), durante um protesto anti-EUA e anti-Israel, nos arredoresf12 bet robotSanaa, Iêmen

O Irã fornece armas e apoio financeiro para os houthis, mas eles não são controlados diretamente por Teerã.

Ray Takeyh, da cadeira Hasib J. Sabbaghf12 bet robotEstudos sobre o Oriente Médio do Conselhof12 bet robotRelações Internacionais, afirma que "eles chegaram... às suas políticas antiamericanas e anti-israelenses por si próprios".

"Eles não foram instigados pelos iranianos nessa direção. Por isso, neste sentido, eles não são criação do Irã", explica Takeyh. "Esta é uma espécief12 bet robotassociaçãof12 bet robotmentes afins... Ela realmente surgiu como uma tentativa oportunistaf12 bet robotinfligir danos aos sauditas."

Os houthis são importantes para o Irã porque permitem que o país aumentef12 bet robotpressão sobre Israel, via Estados Unidos.

O Irã conta com o receio da comunidade internacional e dos Estados Unidosf12 bet robotque o conflito possa se expandir o suficiente para impor algum tipof12 bet robotacordo aos israelenses, segundo Takeyh.

Segundo ele, "aqui, a premissa central é que a comunidade internacional e os Estados Unidos possam impor restrições a Israel. Israel é um país soberano que enfrenta uma situação muito complicada. É um país traumatizado."

O que é uma guerra 'que não pode ser vencida'?

Crédito, Marinha dos EUA/EPA

Legenda da foto, Os EUA têm conduzido operaçõesf12 bet robotvoof12 bet robotresposta ao aumento das atividades Houthi no Mar Vermelho

A estratégia do presidente americano Joe Biden sobre o Iêmen pretende enfraquecer os militantes houthis, mas ela está muito longef12 bet robottentar derrotar o grupo ou confrontar diretamente seu principal apoiador (o Irã), segundo os especialistas.

Esta estratégia — um mistof12 bet robotsanções e ataques militares limitados — parece destinada a punir os houthis, mas tentando limitar o riscof12 bet robotum conflito mais amplo no Oriente Médio.

"Não acho que essa missão pretenda necessariamente destruir os houthis ou trazer o governo iemenitaf12 bet robotvolta ao poder", afirma Brian Carter, do think tank American Enterprise Institute.

"Acho que ela foi criada para reduzir as capacidades navais e militares dos houthis, para impedi-losf12 bet robotprejudicar o transporte marítimo global no Mar Vermelho."

Para Carter, "danificar sistemas militares não é uma tarefa que não possa ser vencida. É um objetivo militar totalmente alcançável."

O enviado especial americano para o Iêmen, Tim Lenderking, também destaca que este "não é um confronto ilimitado".

"Ele se destina simplesmente a destruir a capacidade dos houthisf12 bet robotatacar os navios", explica ele.

O Pentágono afirma que já destruiu ou danificou maisf12 bet robot20 mísseis e maisf12 bet robot25 instalaçõesf12 bet robotinstalação e lançamentof12 bet robotmísseis, desde que os Estados Unidos começaram a atacar instalações militares houthis no Iêmen, no dia 11f12 bet robotjaneiro.

O órgão também afirma que já atingiu drones, radares costeiros e instalaçõesf12 bet robotvigilância aérea dos houthis, alémf12 bet robotdepósitosf12 bet robotarmas.

O conflito dá um novo impulso aos houthis?

Crédito, EPA-EFE/ REX / Shutterstock

Legenda da foto, Apoiadores houthis seguram faixas representando combatentes que foram mortos no recente bombardeio liderado pelos EUA

Tim Lenderking afirma que os houthis talvez desejem ser arrastados para esta guerra.

Ele declarou à BBC que os houthis consideram que esta guerra é uma formaf12 bet robotmostrar ao público iemenita que eles estão defendendo não só o povo palestino, mas se posicionando contra o Ocidente.

O repórterf12 bet robotsegurança da BBC Frank Gardner afirma que os houthis passaram a ser populares entre muitas pessoasf12 bet robottodo o mundo árabe, por dizerem que estão apoiando o Hamas como parte do "Eixo da Resistência" contra Israel, apoiado pelo Irã.

Na recém-batizada Operação Arqueirof12 bet robotPoseidon, ataques liderados pelos Estados Unidos atingiram novos alvos, depoisf12 bet robotuma sérief12 bet robotataques preventivos anteriores contra instalaçõesf12 bet robotlançamentos dos houthis. Estes ataques, segundo o Pentágono, destruíram mísseis enquanto estavam sendo preparados para lançamento.

A inteligência ocidental estimou recentemente que pelo menos 30% dos estoquesf12 bet robotmísseis dos houthis foram destruídos ou danificados.

Mas os houthis provavelmente irão continuar seus ataques a navios suspeitosf12 bet robotestarem ligados a Israel, aos EUA ou ao Reino Unido. Eles fizeram com que o grupo ganhasse grande popularidade no Iêmen, onde existem muitos cidadãos insatisfeitos com seu regime brutal, segundo Gardner.

Hisham Al-Omeisy, consultor sobre o Iêmen do Instituto Europeu da Paz, postou no X (antigo Twitter) que muitas pessoas podem não perceber que os houthis têm, na verdade, seus próprios objetivos, além do apoio à Faixaf12 bet robotGaza.

Confrontos recentes também forneceram aos houthis a oportunidadef12 bet robotlegitimar suas décadasf12 bet robotdisposição para combater os Estados Unidos.

Para Al-Omeisy, os houthis "não estão apenas conquistando mentes e corações, eles lançaram com sucesso um programaf12 bet robotrecrutamentof12 bet robotmassa para a 'batalha da Conquista Prometida e a Sagrada Jihad'."

"Seria uma incrível faltaf12 bet robotvisão observar puramente através da lente militar e não considerar o impacto sociopolítico, as ramificações e as reações locaisf12 bet robotum lugar onde os sentimentos anti-EUA e anti-Reino Unido são agora muito mais intensos do que o normal."