Um ano depois, como estão as crianças resgatadas após 40 dias perdidas na Floresta Amazônica:vaidebet paga

"Os irmãos não foram separadosvaidebet paganenhum momento (...); estão estudando e aproveitando a vida que meninos e meninas deveriam ter nessa idade", diz o comunicado do ICBF.

40 diasvaidebet pagabuscas

A queda do avião, que saiuvaidebet pagaAraracuara com destino a San José del Guaviare, aconteceuvaidebet paga1ºvaidebet pagamaiovaidebet paga2023.

Os quatro irmãos — na época com 14, 9, 4 e um anovaidebet pagaidade — viajavam acompanhados da mãe Magdalena Mucutuy evaidebet pagaoutros dois adultos, que morreram no acidente.

Eles estavam indo ao encontro do pai, Manuel Ranoque, um líder indígena que havia fugidovaidebet pagaAraraucara após receber ameaçasvaidebet pagagrupos armados.

Quando as autoridades chegaram ao local do acidente, duas semanas depois, encontraram apenas os corpos sem vida dos adultos. Não havia vestígios das crianças. Começou então uma intensa operaçãovaidebet pagabusca na floresta.

O governo ordenou a participaçãovaidebet pagamaisvaidebet paga150 militares e cãesvaidebet pagabusca e resgate, que contaram com a ajuda e a experiência da comunidade indígena, à qual pertencem os menores.

A selvavaidebet pagaque o avião caiu é considerada hostil, densa evaidebet pagadifícil acesso.

A esperança aumentava à medida que os grupos socorristas encontravam sinaisvaidebet pagavida: um abrigo improvisado com gravetos e galhos, uma tesoura, um elásticovaidebet pagacabelo, uma mamadeira e uma fruta meio comida longe do local do acidente.

Lesly, (hoje com 15 anos), Soleiny (10 anos), Tien Noriel Ronoque (5 anos) e Cristin Neriman Ranoque (2 anos) Mucutuy foram encontrados fracos, feridos, com sinaisvaidebet pagadesnutrição e trauma, mas com vida.

Desde então, estão sob os cuidados do ICBF.

A BBC News Mundo solicitou entrevistas com os menores, seus representantes legais e funcionários do ICBF, mas não foi possível realizá-las.

"Os irmãos estão sob os cuidados do ICBF, masvaidebet pagaguarda está nas mãos do pai", respondeu a entidade.

Trabalho médico e psicológico

"Os irmãos Mucutuy passam os dias se divertindo e aprendendo", afirmou o ICBF.

Uma equipe da Defensoria da Família desta instituição especializadavaidebet pagaassuntos étnicos trabalha com as crianças "para que seus costumes não sejam afetados por estarem longe do seu território e para garantir todos os seus direitos".

"Foi realizado um trabalho com educadores davaidebet pagaetnia, psicólogos especializados no tratamentovaidebet pagatraumas", acrescenta o comunicado do ICBF.

O ICBF confirmou que as doenças adquiridas pelas crianças na selva foram sanadas.

"Os irmãos sempre se apoiaram mutuamente e na companhiavaidebet pagasuas famílias, assim comovaidebet pagapessoas que os amam e protegem."

"Os irmãos Mucutuy são um exemplovaidebet pagacoragem e esperança para todos nós (...), conseguiram unir todos os colombianosvaidebet pagaprolvaidebet pagauma mesma causa, para que pudéssemos entender que juntos, com amor, fé, dedicação, confiança e comprometimento, podemos fazer coisas milagrosas", completou o ICBF.

Um anovaidebet pagaprivacidade

Fora este comunicado do ICBF, pouco se sabe sobre a condição das crianças ao longo do último ano.

Embora não faltem produções literárias e documentais destinadas a fazer a reconstituição deste "milagre".

Recentemente, a plataforma Amazon Prime lançou o documentário Operação Esperança: as crianças perdidas na Amazônia,vaidebet pagaque atores e familiares recriam os acontecimentos.

Antes disso, a Escola Superiorvaidebet pagaGuerra General Rafael Reyes Prieto lançou um livro, também chamado Operação Esperança, narrado por comandos das Forças Militares “que se uniram numa luta desesperada contra o tempo e a natureza mais selvagem para encontrar as crianças com vida".

O jornalista investigativo colombiano Daniel Coronell também publicou um livro intitulado Los niños del Amazonas: 40 días perdidos en la selva ("As crianças da Amazônia: 40 dias perdidas na selva",vaidebet pagatradução livre), no qual, por meiovaidebet pagauma sérievaidebet pagaentrevistas, explica como foi realizado o resgate que muitos consideravam impossível.

Milagre?

A imprensa colombiana continua usando os termos "milagre" e "heroísmo" para se referir à sobrevivência das crianças durante 40 dias na selva.

Mas o fato é que este episódio também lançou luz sobre séculosvaidebet pagaherança e sabedoria indígena na Colômbia que contribuíram para o final feliz.

Pouco depoisvaidebet pagaas crianças serem encontradas, a BBC News Mundo entrevistou Alex Rufino, um indígena ticuna especialistavaidebet pagacuidados da selva.

Na conversa, Rufino disse que a linguagem épica utilizada pela mídia e pelas instituições na Colômbia revelava um desconhecimento do mundo indígena.

Mais do que perdidas, ele disse, "as crianças estavamvaidebet pagaseu ambiente, sob os cuidados da selva e da sabedoriavaidebet pagaanosvaidebet pagapopulações indígenasvaidebet pagacontato com a natureza".