Quais as intençõesblack jack originalPutinblack jack originalvisita a Kim Jong Un, na Coreia do Norte:black jack original

Vladimir Putin

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O presidente russo, Vladimir Putin, deve viajar para a Coreia do Norte na próxima semana

O Kremlin insiste que os detalhes serão divulgados no seu devido tempo, mas a especulação não pára.

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Mas por que isso é importante? E por que agora?

Em primeiro lugar, há uma curiosidade natural, já que esta seria apenas a segunda vezblack jack originalPutin na Coreia do Norte — a primeira foiblack jack original2000, no início do seu primeiro mandato, quando o paiblack jack originalKim Jong Un, Kim Jong Il, ainda era o líder supremo.

Mas, além disso, esta é uma relação que (embora não nos níveis do tempo da União Soviética) passoublack jack originalgentilezas mútuas a benefícios mútuos. E isso preocupa o Ocidente.

O Kremlin afirmou que há espaço para “relações muito profundas” entre a Rússia e a Coreia do Norte e que isto não deveria preocupar ninguém. Mas recomendou que ninguém venha a tentar perturbar as relações emergentes entre os dois países.

Tem havido muita especulação sobre o que exatamente os dois lados querem um do outro.

A Rússia provavelmente quer munições, trabalhadores da construção civil e até voluntários para lutar na linha da frente na Ucrânia, afirma o cientista político e aliadoblack jack originalPutin, Sergei Markov.

Em resposta, Pyongyang poderia obter produtos russos, bem como ajuda tecnológica militar, incluindo para seu programablack jack originalmísseisblack jack originallongo alcance, na tentativablack jack originalfazê-los alcançar os Estados Unidos, acrescenta Markov.

Cenablack jack originalshopping destruído

Crédito, Reuters

Legenda da foto, A Rússia ficou cada vez mais isolada internacionalmente após a invasão da Ucrânia
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Não há dúvidablack jack originalque a Rússia precisablack jack originalrecursos parablack jack originalguerra na Ucrânia.

Um relatório recente da Bloomberg, citando o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, sugere que a Coreia do Norte enviou quase cinco milhõesblack jack originalcartuchosblack jack originalartilharia para a Rússia.

A Rússia e a Coreia do Norte compartilham um grande desdém por sanções e pelo Ocidente e, portanto, estão dispostos a negociar um com o outro.

Afinalblack jack originalcontas, a Rússia e a Coreia do Norte são os dois países mais sancionados no mundo – a Coreia do Norte pelo desenvolvimentoblack jack originalarmas nucleares e pelo lançamentoblack jack originaluma sérieblack jack originaltestesblack jack originalmísseis balísticos.

No início deste ano, Moscou desferiu um duro golpe nas sanções contra Pyongyang ao vetar uma resolução do Conselhoblack jack originalSegurança da ONU que prorrogava o painel que supervisiona a Coreia do Norte. Isso foi visto como uma manobrablack jack originalajuda ao país.

E pode até existir uma verdadeira amizade entre os dois líderes, ainda que cautelosa e profissional. Em fevereiro, Putin presenteou Kim com uma luxuosa limusine russa (em violação das sanções da ONU).

Em mensagem recente a Putin, Kim disse que a Coreia do Norte é uma “camarada invencível” da Rússia.

Mas tudo isso pode ser apenas um jogoblack jack originalcena, explicado pela necessidade da Coreia do Norteblack jack originalpossuir parceiros comerciais e ablack jack originalfaltablack jack originaloutras opções.

Ou seja: a Coreia do Norte tem agora mais valor para a Rússia isolada - e a Coreia do Norte vê que Moscou precisablack jack originalamigos.

Kim Jong Un

Crédito, Reuters

Legenda da foto, A Coreia do Norte foi atingida por sanções internacionais devido ao seu programa nuclear

Ao visitar a Coreia do Norte, Putin demonstra ao mundo que faz o que quer.

Encontrar uma solução alternativa para as sanções ocidentais impostas ao seu país? Por enquanto, sim, ele pode.

Convencer outros a violar sanções e vender armas à Rússia? Aparentemente sim.

Forjar novas relações com paísesblack jack originaltodo o mundo, apesarblack jack originaltravar ablack jack originalchamada “operação militar especial”? Ele claramente está tentando.

Desde que Putin ordenou a entradablack jack originaltropas na vizinha Ucrânia, ele tem promovido a ideiablack jack originalque o domínio do Ocidente está prestes a sumir - e tem cortejado aqueles que concordam com ele ou pelo menos estão abertos a essa filosofia.

Em um recente fórum econômicoblack jack originalSão Petersburgo, não foi por acaso que um dos principais convidadosblack jack originalPutin foi o presidente do Zimbábue – outro país que sofreu com sanções.

E a Rússia tem se esforçado para mostrar que tem muitos amigos ao redor do mundo que seguem a mesma ideia. Da Ásia, América Latina, África – qualquer pessoa desencantada com um mundo liderado pelos EUA é bem-vinda.

Nos discursos do presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, é possível ouvir algumas expressões favoritasblack jack originalPutin, com um novo “mundo multipolar”black jack originaloposição a um Ocidente arrogante empenhadoblack jack originalreforçar ablack jack original“hegemonia global” a qualquer custo.

Putin também cortejou laços mais estreitos com o Irã, outro país alvoblack jack originalsanções que está ansioso para vender os seus produtos militares, como drones. E se isso abalar o Ocidente, tanto melhor.

Quando Putin finalmente embarcar no seu avião para Pyongyang, ele sabe que as imagens irão se espalhar pelo mundo, mostrando que ele está disposto a fazer negócios e política com os parceiros que escolher.

E embora a China tenha as suas próprias reservas quanto à reaproximação da Rússia com a Coreia do Norte, tudo foi provavelmente acertado previamente entre Putin e Xi Jinping, durante a última visita do russo à China.

Poucos países realizam cerimôniasblack jack originaldemonstraçãoblack jack originalforça tão pomposas como a Rússia – e a Coreia do Norte certamente é um desses países. E com a Rússia se afastando cada vez mais do modeloblack jack originaldemocracia tradicional, o fosso entre os dois líderes parece estar diminuindo.

É claro que isso não significa necessariamente que os russos comuns saúdam a crescente proximidade do seu país com a Coreia do Norte, dados os seus laços culturais e históricos com a Europa e o Ocidente. E este é um risco potencial para Putin - bem como quaisquer novas medidas tomadas pelas potências ocidentais após a visita.

No final, muito provavelmente não descobriremos o que foi acordado – assim como já aconteceu quando Kim Jong Un veio à Rússia no ano passado.

Mas o palco está montado para Putin aparecer no país mais isolado do mundo, novamente desafiando o Ocidente.