O pouco estudado 'irmão do El Niño' que alimenta furacões arrasadores:tabela aposta esportiva

Vista aéreatabela aposta esportivaum furacão

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Prever desastres causados por furacões não é tarefa fácil

A intensidadetabela aposta esportivauma tempestade tropical e o local onde ela ocorre são determinados por padrões climáticos altamente imprevisíveis para além da margemtabela aposta esportivaalguns dias.

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Mas cientistas conseguem pelo menos oferecer uma visão geraltabela aposta esportivacomo cada temporadatabela aposta esportivafuracões deve se desenrolar.

Ao rastrear o desenvolvimentotabela aposta esportivadiferentes padrões oceânicos e atmosféricos interligados, pesquisadores podem fazer previsões com base no que aprenderamtabela aposta esportivadécadastabela aposta esportivadados coletados.

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No início deste mês, cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) atualizaram previsões sobre a atividadetabela aposta esportivafuracões no Atlânticotabela aposta esportiva2023, alertando que agora é provável que esta seja uma temporada mais dramática do que o esperado, com tempestades e furacões acima da média.

Temperaturas recorde nos oceanos e padrões incomunstabela aposta esportivavento na atmosfera estão contribuindo para um complexo efeito que impulsiona a ocorrênciatabela aposta esportivafuracões.

Pesquisadores também têm chamado atenção para um fenômeno pouco estudado que pode ser determinante nas previsões para a épocatabela aposta esportivafuracões.

Uma vasta extensãotabela aposta esportivaágua que se estende desde a costa oeste da África equatorial sofre flutuações periódicastabela aposta esportivatemperatura conhecidas como Niño do Atlântico, ou “irmão menor do El Niño”.

Uma nova pesquisa sugere que este ciclotabela aposta esportivaalterações nas temperaturas da superfície marinha do Oceano Atlântico poderia alimentar alguns dos furacões mais poderosos que atingem países do Caribe e os Estados Unidos.

Homem segura criançatabela aposta esportivafrente à praia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Entender quando e onde um furacão atingirá o continente é chave para se prefer o estrago que ele causará

Efeito El Niño

Entre os muitos sistemas climáticos que moldam o nascimento das tempestades tropicais no Oceano Atlântico, dois normalmente se destacam.

O El Niño Oscilação Sul (ENSO, na siglatabela aposta esportivainglês) é um padrão climático global que se forma no Pacífico e flutua entre a fasetabela aposta esportivaaquecimento do El Niño e a fasetabela aposta esportivaresfriamento do La Niña.

Durante o El Niño, temperaturas mais altas que a média nas águas do Oceano Pacífico impulsionam as circulações globais atmosféricas e aumentam o que se chamatabela aposta esportivacisalhamento vertical do vento no Atlântico. Os sistemastabela aposta esportivafuracões gostamtabela aposta esportivapermanecer na vertical. Quando o cisalhamento do vento (ou a diferença entre a velocidade e a direção dos ventos que sopramtabela aposta esportivadiferentes altitudes) é alto, eles correm o riscotabela aposta esportivatombar e se separar.

Em contraste, o El Niño também aumenta o riscotabela aposta esportivaciclones tropicais no Nordeste do Pacífico.

A chegada da tempestade tropical Hilary à costa oeste do México e ao sul da Califórnia (a primeira naquele estado desde 1939) foi atribuída à fase atual do padrão climático.

De volta ao Atlântico, o segundo fator determinante para os furacões é o Modo Meridional Atlântico (AMM, na siglatabela aposta esportivainglês), responsável por variações nos ventos e temperaturas tropicais na superfície do mar.

Quando o AMM estátabela aposta esportivamodo positivo, as temperaturas do oceano são mais quentes do que o normal e oferecem mais calor, alimentando tempestades que passam por cima.

No entanto, há muitos fatores que determinam se um furacão vai se formar, quão poderoso ele será, quanto tempo vai durar e onde atingirá o continente.

Destruição causada pelo furacão Irmatabela aposta esportivaMiami, 2017

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Legenda da foto, O furacão Irma atingiu Miami, Flórida,tabela aposta esportiva2017, com ventostabela aposta esportivamaistabela aposta esportiva160 km/h

O outro 'El niño'

Tanto o ENSO como o AMM envolvem a interação entre circulações oceânicas e atmosféricas – e medir o seu impacto na temperatura da superfície do mar ajuda a prever a atividade dos furacões, diz Hosmay Lopez, oceanógrafo da NOAA.

Mas ambos os sistemas climáticos são dominantestabela aposta esportivalocais distintos. O AMM tem forte impacto na formaçãotabela aposta esportivatempestades no meio da bacia tropical do Atlântico. Já o ENSO normalmente tem a maior influência sobre os furacões que se formam no Caribe e no Golfo do México.

Enquanto isso, o padrão climático conhecido como Niño do Atlântico pode ter grande influência nas tempestades que se formam ao largo da costa da África Ocidental.

Ele tem dinâmica semelhante à do ENSO. No entanto, uma vez que ocorre no oceano Atlântico, que é menor, seus impactos globais são menos pronunciados do que os do seu irmão maior do Pacífico.

Os efeitos do Niño do Atlântico sobre os furacões do Atlântico têm sido menos amplamente estudados – pelo menos até agora.

“Sabemos da existência Niño do Atlântico há muitos anos”, diz Lopez, que fez parte da equipe que descobriu seu papel do Niño do Atlântico no desenvolvimentotabela aposta esportivafuracões.

"Só recentemente é que surgiu mais curiosidade científica", ele diz. Uma das razões é a constataçãotabela aposta esportivaele que influencia alguns climas globalmente importantes, como as chuvas no Sahel e as monções do Nortetabela aposta esportivaÁfrica.

Já se sabia que muitos dos furacões mais destrutivos têm um localtabela aposta esportivanascimento improvável – as perturbações atmosféricas acima do deserto do Saara e do Sahel.

Estas podem gerar tempestades que se espalham sobre o Oceano Atlântico, próximo a Cabo Verde, na costa da África Ocidental. Aqui eles podem se alimentar das águas tropicais quentes até se tornarem furacões – e quanto mais quente for o oceano, mais energia os furacões poderão acumular.

É aqui que o Niño do Atlântico pode desempenhar um papel importante.

'Batalhatabela aposta esportivatitãs'

O que significa então a recém-compreendida influência do Niño do Atlântico para as previsões atuaistabela aposta esportivafuracões?

Neste ano, não muita coisa.

O Niño do Atlântico encontra-se atualmente emtabela aposta esportivachamada “fase neutra”, ou seja, na transição entre flutuações frias e quentes.

“Não está claro neste momento se o Niño do Atlântico vai se desenvolver neste ano”, diz Dongmin Kim, outro dos cientistas da NOAA envolvidos na pesquisa.

Isso significa que os cientistas estão se concentrando nos sinais fornecidos pelo ENSO e pelo MMA, que neste ano estãotabela aposta esportivauma espécietabela aposta esportivacabotabela aposta esportivaguerratabela aposta esportivaescala oceânica.

Vista aéreatabela aposta esportivaum furacão

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Legenda da foto, Mudanças climáticas também estão deixandotabela aposta esportivamarca na formaçãotabela aposta esportivafuracões

A maioria das previsõestabela aposta esportivamarço a abril esperava uma temporadatabela aposta esportivafuracões próxima ou abaixo da média, diz Phil Klotzbach, cientista atmosférico da Universidade Estadual do Colorado.

Agora, as chancestabela aposta esportivauma temporadatabela aposta esportivafuracões “acima do normal” estão estimadastabela aposta esportivatornotabela aposta esportiva60%,tabela aposta esportivaacordo com a previsãotabela aposta esportivaagosto da NOAA.

“Eu descrevo isso como um duelotabela aposta esportivatitãs”, diz Klotzbach. "Se também tivéssemos um La Niña, estaríamos caminhando para uma temporada loucamente intensa, mas como esses fatores estão se contrapondo, nos encaminhamos para uma temporada moderada."

As mudanças climáticas também estão deixandotabela aposta esportivamarca na formaçãotabela aposta esportivafuracões. A pesquisa prevê que, embora o Niño do Atlântico possa enfraquecertabela aposta esportivaresposta ao aquecimento global, o aquecimento atmosférico global provocado pelo homem também ajuda no sentidotabela aposta esportivafuracões mais intensos.

Mais pesquisas são necessárias para compreendermos plenamente o impacto desse aquecimento nos padrões climáticos do planeta.

E a melhoria dos dadostabela aposta esportivasatélites está ajudando neste aspecto, assim como projetos multinacionais como o Prediction and Research Moored Array in the Tropical Atlantic (ou Predição e Pesquisatabela aposta esportivaMatriz Ancorada no Atlântico Tropical - Pirata, na siglatabela aposta esportivainglês) – um conjuntotabela aposta esportivaboias que observa a variabilidade oceano-atmosférica no Atlântico tropical.

Este ano, no entanto, aqueles que vivemtabela aposta esportivaáreas mais frequentemente atingidas por furacões estão sendo alertados para se prepararem para uma época hiperativa.

Com a previsãotabela aposta esportivamais tempestades, também crescem as chancestabela aposta esportivaelas atingirem a costa. Pesquisadores da Universidade Estadual do Colorado estimaram que a probabilidadetabela aposta esportivaum grande furacão atingir algum lugar ao longo da costa dos EUA étabela aposta esportivacercatabela aposta esportiva48% – um ligeiro aumento na médiatabela aposta esportivalongo prazo,tabela aposta esportiva43%.

A mensagem dos meteorologistas da NOAA é "preparem-se".

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.