Os números da guerraGaza que completa 6 meses:

Palestinos olham destruição por janelacasa

Crédito, Reuters

Durante o ataque, 253 pessoas foram tomadas como reféns. Acredita-se que cerca130 reféns ainda estejam detidosGaza — pelo menos 34 dos quais são considerados mortos, dizem autoridadesIsrael.

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Cerca600 soldados israelenses morreram desde os ataques7outubro, segundo o exércitoIsrael, com pelo menos 256 mortos desde o início das operações terrestresGaza, no finaloutubro.

Até ao 175º diaguerra, pelo menos 32.623 pessoas tinham morrido e mais75.092 tinham ficado feridas,acordo com o Escritório das Nações Unidas para a CoordenaçãoAssuntos Humanitários (OCHA, na siglainglês).

Gráfico mostrando mortespalestinos e israelenses

E até ao 178º diaconflito, pelo menos 32.916 pessoas – a maioria delas mulheres e crianças – tinham sido mortas, segundo o Ministério da Saúde da FaixaGaza, que é gerido pelo Hamas.

De acordo com um relatório da ONU publicado1março, cerca9 mil mulheres terão sido mortas pelas forças israelensesGaza. De acordo com o relatório, esse número provavelmente está subestimado, já que se acredita que há muitos mais mortos sob os escombros.

De acordo com a agência da ONU para as crianças, a Unicef, mais13 mil crianças também terão sido mortasGaza desde o início da guerra.

Alguns políticos, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já questionaram a precisão dos números fornecidos pelo Ministério da Saúde palestino, mas a Organização Mundial da Saúde afirma acreditar que os números são reais.

Situação alimentar 'catastrófica'

Gráfico mostrando ajuda humanitária para Gaza

Segundo a ONU, 85% da população no setor sitiado — onde vivem mais2,3 milhõespessoas — foi forçada a evacuar as suas casas devido à atual situação na FaixaGaza, que inclui a destruiçãoinfraestrutura e a faltaalimentos, água, combustível e eletricidade.

No mês passado, o relatório da Integrated Food Security Phase Classification (IPC) – uma respeitada rede internacional que fornece aos governos, à ONU e às agênciasajuda humanitária dados apolíticos para medir a escala da fome – alertou para uma fome iminenteGaza.

"Prevê-se que metade da população da FaixaGaza (1,11 milhõespessoas) enfrente condições catastróficas" no que diz respeito à segurança alimentar, afirmou.

Israel afirma que a avaliação da ONU contém informações imprecisas e diz que as agências da ONU não conseguiram distribuir a ajuda que chega diariamente.

Gráfico mostra quantidadeajuda humanitária que chega a Gaza
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"Em qualquer momento, há centenascaminhões retidos no ladoGaza da passagemKerem Shalom, depoisterem sido completamente processados pelas autoridadesIsrael", afirma a UnidadeCoordenaçãoAssuntos Civis do Ministério da Defesa israelense (Cogat), o órgãoIsrael responsável pela política civil na Cisjordânia eGaza.

O governo também diz que "Israel está ciente das infelizes repercussões da guerra sobre a população civilGaza” e nega as acusaçõesque Israel está matandofome os civisGazapropósito.

Aumentaram os apelos para aberturacaminhos para Gaza para acelerar o fluxoajuda humanitária para o território, que, segundo a ONU, recebia diariamente pelo menos 500 caminhões antes da guerra.

Durante o mêsmarço, uma média161 caminhões entraram diariamente no território,acordo com a agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), que coordena a maior operaçãoajuda humanitáriaGaza.

Israel diz que não há restrições quanto à quantidadeajuda humanitária que pode chegar à FaixaGaza.

Mortesjornalistas e agentes humanitários

Gráfico mostrando mortesjornalistas e trabalhadores humanitários

De acordo com a Federação InternacionalJornalistas (IFJ), 99 jornalistas e profissionaismídia palestinos, quatro israelenses e três libaneses foram mortos. Houve também relatos16 jornalistas feridos, quatro desaparecidos e 25 detidos enquanto cobriam a guerraGaza, com base num relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Os jornalistas que tentam trabalhar a partirGaza só podem entrar no território se estiverem integrados ao exército israelenses e concordarem com as condições impostas pelos militares, o que inclui permanecer com as tropas israelenses e submeter reportagens para aprovação antes da publicação.

Mais196 trabalhadores humanitários foram mortosGaza desde outubro,acordo com a Aid Worker Security Database, entidade financiada pelos EUA que registra incidentesviolência contra agentes humanitários.

A maioria dos mortos desde que a guerra eclodiu há seis meses trabalhava para a UNRWA, que coordena a maior operaçãoajudaGaza.

Ameaçaoperação terrestre

Gráfico mostrando para onde se deslocaram palestinosGaza

Há semanas que Israel ameaça lançar uma operação terrestreRafah, no sul da FaixaGaza, na fronteira com o Egito, que está atualmente fechada. A área tornou-se um refúgio para mais1,5 milhõespalestinos, a maioria dos quais foram deslocadosoutras áreas da faixa.

Funcionários da ONU expressaram o temoresuma catástrofe humanitária "além da imaginação" se houvesse uma incursãogrande escala do exército israelenseRafah.

Gráfico mostra maiores fornecedoresarmas a Israel

Em Israel, aumenta a pressão sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para que ele chegue a um acordocessar-fogo para libertar dezenasreféns detidosGaza e para realizar eleições antecipadas.

Na maior manifestação antigoverno desde o início da guerraoutubro, dezenasmilharesisraelenses inundaram o centroJerusalém. Os manifestantes expressaram o seu descontentamento com a forma como a guerra foi conduzida e criticaram o fracasso do governoresgatar ou libertar todos os reféns.