Corridavaidebet é de quemcavalos e hipismo são crueldade com animais?:vaidebet é de quem
Na semanavaidebet é de quemabertura da Olimpíada, a britânica Charlotte Dujardin, multimedalhista do adestramento, foi suspensa provisoriamente pela Federação Equestre Internacional (FEI). Ela já havia desistido dos Jogos Olímpicosvaidebet é de quemParis depois que vazou um vídeo que, segundo ela, a mostrava “cometendo um errovaidebet é de quemjulgamento”.
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Fim do Matérias recomendadas
A federação disse que as imagens mostram a atleta “engajando-sevaidebet é de quemconduta contrária aos princípios do bem-estar dos cavalos” e o advogado que apresentou queixa oficial contra a atleta dissevaidebet é de quemuma carta vista pela BBC que “o vídeo mostra a Sra. Dujardin batendo excessivamentevaidebet é de quemum cavalo com um chicote”.
O episódio da atleta britânica e a despedida da equitação como parte do pentatlo acontecem num momentovaidebet é de quemque há uma discussão mais ampla, com muita polarização, no Brasil evaidebet é de quemdiversos países:
O usovaidebet é de quemcavalosvaidebet é de quempráticas esportivas pode configurar crueldade com animais?
De um lado, há os que entendem quevaidebet é de quemtodo páreo e provavaidebet é de quemsalto mora a crueldade. Eles mencionam uso indiscriminadovaidebet é de quemdrogas para melhorar o desempenho, açoites com chicotes, lesões por treinos intensivos, eutanásia pós-lesões e, principalmente, imposiçãovaidebet é de quemum esforço absurdo a um ser capazvaidebet é de quemter emoções e padecervaidebet é de quemdor.
De outro, há os que não veem fundamento nessa avaliação. Afirmam que não teria dolovaidebet é de quemprovas, pois a espécie nasceu para a corrida, os chicotes existem hoje apenas para orientar o animal e argumentam que seria uma visão equivocada misturar sentimentos e dores dos humanos com aqueles dos animais como se fossem da mesma ordem.
Diante desse cenário, a Federação Equestre Internacional (FEI), por meiovaidebet é de quemuma comissão independentevaidebet é de quemética e bem-estar, procurou o caminho do meio.
Em 2023, divulgou um relatório que contém o que a comunidade dos principais mercados globais entende por bem-estar dos cavalos e suas preocupações específicas sobre o uso desses animais no esporte.
É a chamada “licença social para operar”, algo como uma camadavaidebet é de quempermissão pública logo abaixo da primeira, as leis.
“Trata-sevaidebet é de quemum códigovaidebet é de quempráticas, o que a sociedade considera aceitável e não aceitável”, diz Adroaldo José Zanella, coordenador do Centrovaidebet é de quemEstudos Comparativosvaidebet é de quemSaúde, Sustentabilidade e Bem-Estar na Faculdadevaidebet é de quemMedicina Veterinária e Zootecnia da Universidadevaidebet é de quemSão Paulo, campusvaidebet é de quemPirassununga.
No tópico específico para equinos que participamvaidebet é de quemdesportos, o relatório da FEI destacou que as principais preocupações apontadas pela sociedade envolviam: isolamento social do animal, condiçõesvaidebet é de quemtemperatura nas baias acima da zonavaidebet é de quemconforto, intensidade exagerada dos treinamentos, faltavaidebet é de quemacesso a alimentos que permitam àvaidebet é de quemdigestão operarvaidebet é de quemforma natural, e utilizaçãovaidebet é de quemequipamentos, como freios e selas, inadequados.
No Brasil,vaidebet é de quem2022, um ano antes do relatório da federação internacional, o Ministério da Agricultura já tinha entrado nesse páreo ao divulgar o Manualvaidebet é de quemBoas Práticas e Bem-Estar Animal no Turfe (esporte que promove e incentiva corridasvaidebet é de quemcavalos).
As entidades devem manter, segundo as regrasvaidebet é de quemvigor, um planovaidebet é de quemboas práticas escrito no qual descrevem procedimentos, critérios e limites críticos adotados nas dependências, a fimvaidebet é de quemgarantir boa qualidadevaidebet é de quemvida aos animais alojados, a segurança e saúde das pessoas e o equilíbrio ambiental.
O plano deve ser validado e aprovado pelo médico veterinário responsável e pela diretoria da entidade turfística, que se compromete a sensibilizar e capacitar todos os profissionais e proprietários envolvidos.
Boa alimentação, boa saúde, bom alojamento e comportamento adequado seriam os pilares desse plano.
O documento deve estar disponível na entidade para análise e avaliação das auditorias do ministério e ser enviado ao órgão sempre que solicitado.
'Níveis variadosvaidebet é de quembem-estar'
Com maisvaidebet é de quem40 anosvaidebet é de quemexperiência na área, e estimulada pelo professor Zanella, a médica veterinária Laura Pereira Pinseta analisou, durante seu mestrado, os maiores desafios para o bem-estarvaidebet é de quemanimaisvaidebet é de quemduas unidades equestres.
Ela observou o Clube Hípicovaidebet é de quemSanto Amaro,vaidebet é de quemSão Paulo, que, fundadovaidebet é de quem1935, promove campeonatos, cursosvaidebet é de quemequitação e sessõesvaidebet é de quemequoterapia, e o Jockey Club do Riovaidebet é de quemJaneiro, fundadovaidebet é de quem1932, que sedia o maior eventovaidebet é de quemcorridasvaidebet é de quemcavalo do país, o GP Brasil.
Dezoito animais do Jockey Clubvaidebet é de quemSão Paulo e dezesseisvaidebet é de quemum harasvaidebet é de quemcriação no Paraná foram usados antes como piloto para testar o método, que envolveu avaliações termográficas dos animais evaidebet é de quemsuas instalações, bem como mediçõesvaidebet é de quemtemperatura e umidade.
As coletas foram feitasvaidebet é de quem114 equinos. Os 62 do Jockey do Riovaidebet é de quemJaneiro eram da raça puro sangue inglês, mais jovens, com doma inicial ao redor dos 2 anos, enquanto os 52 do Clube Hípico eram mais velhos, com início na carreira esportiva por volta dos 4 anos.
A análisevaidebet é de quemPinseta indicou que os maiores desafios para o bem-estar desses animais nas unidades visitadas foram a ausência da interação social desejada (possibilidadevaidebet é de quemmordiscar e cheirar), a presençavaidebet é de quemlesõesvaidebet é de quempele e condições indesejadasvaidebet é de quemtamanho e microclima nas baias.
“Mas é importante lembrar que bem-estar animal não é o opostovaidebet é de quemmaus-tratos. Você não vai encontrar maus-tratos nesses lugares, e sim níveis variadosvaidebet é de quembem-estar”, diz ela, que presta consultoria na áreavaidebet é de quembem-estarvaidebet é de quemcavalos.
O médico veterinário Gabriel Carreira Lencioni, porvaidebet é de quemvez, direcionouvaidebet é de quempesquisavaidebet é de quemdoutorado para o desenvolvimentovaidebet é de quemum sistemavaidebet é de queminteligência artificial capazvaidebet é de quemavaliar os níveisvaidebet é de quemdor automaticamente por meio das expressões faciais dos cavalos.
O resultado foi publicado na revista científica internacional Plos One e apresentadovaidebet é de quemevento promovido pela federação internacionalvaidebet é de quemmarço, na Nova Zelândia.
“Temos evidências hojevaidebet é de quemaprimoramentos que podem e devem ser introduzidos no cenário mundial das corridasvaidebet é de quemcavalos visando à evolução do esporte e melhoria nos níveisvaidebet é de quembem-estar dos animais”, diz Lencioni. “No entanto, qualquer ação realizada sem o devido planejamento e embasamento científico poderá expor os animais a problemas ainda mais sérios.”
Nem animalvaidebet é de quemestimação, nemvaidebet é de quemrebanho
Quando se discute o bem-estar animal (leia mais a seguir), os cavalos habitam certa zonavaidebet é de quemsombreamento – não são pets, mas também não se encaixam na cadeia produtiva padrão, como os bovinos e suínos.
Situações que afetam os cavalos costumam gerar grande consternação e ganham visibilidade rápida quando flagradas, como o episódio da técnica alemã Kim Raisner, que terminou com a expulsão dela dos Jogos.
Em 2023, nos Estados Unidos, a mortevaidebet é de quemcavalos durante o Kentucky Derby, um dos eventos mais famosos do hipismo, reacendeu a discussão sobre o tema.
Fora das competições, um momento recentevaidebet é de quemrepercussão foi o resgate do cavalo Caramelo, ilhado num telhadovaidebet é de quemamianto durante as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul,vaidebet é de quemmaio.
Sem raça, sem dono e com nome adotivo, ele sensibilizou pela resiliênciavaidebet é de quemesperar por dias uma janelavaidebet é de quemsobrevivência.
Estático, contrariou aquilo que a espécie produzvaidebet é de quemforma mais evidente, porémvaidebet é de quemdifícil mensuração: o movimento.
“Foi esse movimento [dos cavalos] que fez o mundo ser o que é hoje”, diz o engenheiro agrônomo Roberto Arrudavaidebet é de quemSouza Lima,vaidebet é de quemreferência ao protagonismo do cavalo ao longo dos séculosvaidebet é de quemfunções militares,vaidebet é de quemtransporte, carga e ocupaçãovaidebet é de quemterritório.
Professor do Departamentovaidebet é de quemEconomia, Administração e Sociologia na Escola Superiorvaidebet é de quemAgricultura Luizvaidebet é de quemQueiroz (Esalq), da USP, Roberto Arrudavaidebet é de quemSouza Lima é, desde 2004, o responsável por levantamento que busca dimensionar a importância econômica e social do cavalo no país.
No momento, o objetivo é descobrir, com maior acuidade, quantos cavalos pisamvaidebet é de quemsolo brasileiro.
“O Censo Agropecuário tem lacunas importantes nesse sentido porque foi elaborado para efeitovaidebet é de quemtributação, ou seja, está focadovaidebet é de quemanimais cuja finalidade econômica está neles mesmos, como os bovinos” diz Souza Lima.
Só teriam sido computados os cavalosvaidebet é de quemlida, por exemplo, e não aqueles usados para o lazer e os desportos. A última versão do levantamento évaidebet é de quem2017.
Pelos seus estudos, o professor da Esalq trabalha por baixo com a estimativavaidebet é de quem6 milhõesvaidebet é de quemcavalos no Brasil. Destes, cercavaidebet é de quem2.800 estariam correndo por raiasvaidebet é de quemhipódromos ou nas pencas, como são chamadas as corridasvaidebet é de quemcancha reta, comuns no Rio Grande do Sul. Se forem considerados os potros, na ponta precoce, e os animais aposentados, na ponta madura, a estimativa seriavaidebet é de quem10 mil cavalosvaidebet é de quemcorrida no Brasil.
Quanto à renda gerada atrelada aos cavalos, Souza Lima falavaidebet é de quemcercavaidebet é de quemR$ 38 bilhões anuais,vaidebet é de quemnúmeros que considera subestimados. Empregos diretos, seriam cercavaidebet é de quem600 mil. Considerados também os indiretos, chega-se a uma estimativavaidebet é de quem3 milhõesvaidebet é de quemempregos.
Disputavaidebet é de quemSão Paulo
Em votação unânime no fimvaidebet é de quemjunho, a Câmara Municipalvaidebet é de quemSão Paulo aprovou um projetovaidebet é de quemlei que proíbe o usovaidebet é de quemanimaisvaidebet é de quematividades desportivas com emissãovaidebet é de quembilhetesvaidebet é de quemapostasvaidebet é de quemjogosvaidebet é de quemazar na cidadevaidebet é de quemSão Paulo.
Segundo o projetovaidebet é de quemautoriavaidebet é de quemXexéu Trípoli (União Brasil), vereador cuja plataforma política foca na defesa dos animais, os cavalosvaidebet é de quemcorrida estariam sujeitos a “práticas extenuantes”.
No dia seguinte, o texto foi sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), com a previsãovaidebet é de quem180 dias para os estabelecimentos encerrarem essas atividades, contados a partirvaidebet é de quem1ºvaidebet é de quemjulho.
Em seguida, os holofotes caíram sobre o Jockey Clubvaidebet é de quemSão Paulo, que há maisvaidebet é de quem147 anos recebe corridas numa áreavaidebet é de quem600m² supervalorizada da capital.
Uma liminar acatada no dia 2vaidebet é de quemjulho manteve suas atividades, sob o argumentovaidebet é de quemque a competência para legislar sobre o tema é do governo federal.
Logo depois da aprovação do projetovaidebet é de quemlei pelos vereadores, Souza Lima escreveuvaidebet é de quemuma carta aberta que considera que apostasvaidebet é de quemcorridasvaidebet é de quemcavalos não se enquadram entre os jogosvaidebet é de quemazar, cujos resultados são aleatórios.
“As apostasvaidebet é de quemcorridasvaidebet é de quemcavalo são fundamentadasvaidebet é de quemestatísticasvaidebet é de quemdesempenho, histórico dos animais e dos jóqueis e diversos outros fatores que não devidos ao acaso.”
Como o projeto ressalva o hipismo da vedação, o professor defende que ele também deveria excluir a corridavaidebet é de quemcavalos, que está enquadrada entre as modalidades hípicas, segundo leivaidebet é de quem2019.
Ele argumentou, ainda, que a sugestãovaidebet é de quemcrueldadevaidebet é de quemfunçãovaidebet é de quematividades extenuantes não condiz com o manual do Ministério da Agricultura, já mencionado, que nortearia a entidade.
Na entrevista à BBC, Souza Lima acrescentou ainda que considera que há uma geraçãovaidebet é de quemconhecimento no universo das corridas que beneficia a saúdevaidebet é de quemoutros animais.
“Algo como faz a F-1”, disse. “O que o hospital do Jockey desenvolvevaidebet é de quemtrabalhos e pesquisas vai atingir outros tantos cavalos que estão por aí, mas que infelizmente não têm qualquer visibilidade.”
Avanço na pesquisa sobre bem-estar animal
A ciência do Bem-Estar Animal, conhecida como BEA, foi um tema que esquentou na academia ao longo dos últimos 30 anos, abordando diferentes espécies.
“Houve uma explosãovaidebet é de quemtrabalhos e o momento é incrível”, diz o zootecnista Mateus José Rodrigues Paranhos da Costa, professor adjunto no departamentovaidebet é de quemZootecnia da Faculdadevaidebet é de quemCiências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campusvaidebet é de quemJaboticabal.
A gaúcha Maria Eugênia Andriguetto Canozzi, médica veterinária no Instituto Nacionalvaidebet é de quemInvestigación Agropecuaria (INIA), no Uruguai, buscou artigos sobre o temavaidebet é de quem1980 até 2022.
A quantidadevaidebet é de quemtrabalhos que usaram as expressões “animal welfare”, “animal well-being” e “animal wellbeing” saltouvaidebet é de quem8 artigosvaidebet é de quem1980 para 2.973vaidebet é de quem2022, segundo o levantamento.
O foco das pesquisas tem sido a resoluçãovaidebet é de quemproblemas na cadeia produtivavaidebet é de quemsuínos, aves, bovinosvaidebet é de quemcorte e leiteiro – problemas apontados,vaidebet é de quemgeral, pelo próprio produtor ou por campanhasvaidebet é de quemativistas.
Outra ênfase das pesquisas é a eliminaçãovaidebet é de quemgaiolas, tanto para a gestaçãovaidebet é de quemporcas quanto para as galinhas poedeiras.
Sustentabilidade e bem-estar animal é outro assunto que vem ganhando corpo nesses estudos.
Aos 80 anos, o biólogo Donald Broom é a principal referência sobre definiçãovaidebet é de quembem-estar animal.
Broom, que criouvaidebet é de quem1986 a disciplinavaidebet é de quembem-estar animal no cursovaidebet é de quemMedicina Veterinária da Universidadevaidebet é de quemCambridge (Reino Unido), é autor do estudovaidebet é de quem1991 que define bem-estar animal como “o estadovaidebet é de quemum indivíduovaidebet é de quemrelação às suas tentativasvaidebet é de quemse adaptar ao ambientevaidebet é de quemque vive”.
A senciência dos animais, ou seja, a capacidade para sentir ou a capacidadevaidebet é de quemreceber e reagir a um estímulovaidebet é de quemforma consciente, tem outro marco: o Tratadovaidebet é de quemLisboa,vaidebet é de quem2007, que reformulou a estruturavaidebet é de quemfuncionamento da União Europeia e cujo artigo 138 reconheceu juridicamente que animais são seres sensíveis.
O texto determina que políticas e ações da União Europeiavaidebet é de quemdiversas áreas devem ser pautadas segundo as exigênciasvaidebet é de quemmatériavaidebet é de quembem-estar animal.
Disso resultou que os estados-membros se tornaram responsáveis por aplicar as regras da UEvaidebet é de quemmatériavaidebet é de quembem-estar dos animais, o que envolve inspeções oficiais e inclusive a opção por adotar normas locais mais rigorosas, desde que compatíveis com a legislação do grupo.
Rigor na legislação
Há 11 anos na Suécia, atuando como pesquisadora na Universidadevaidebet é de quemCiências Agráriasvaidebet é de quemUppsala, a professora Daianavaidebet é de quemOliveira trouxe à tona um dadovaidebet é de quemrelatóriovaidebet é de quemoutubrovaidebet é de quem2023 segundo o qual 89% dos europeus esperam que as práticas agrícolasvaidebet é de quemcriação apensem padrões éticos fundamentais.
“Há uma pressão muito grande da sociedade aqui na Europavaidebet é de quemrelação a esse ponto, mas o que falta hoje, quando se falavaidebet é de quempesquisavaidebet é de quembem-estar animal e sustentabilidade, é conseguir entender o custo-benefício, o que é win-win [ganha-ganha], o que tem sinergia e o que não tem.”
Ela continua: “Ninguém quer prejudicar o animal, mas a indústria exige certa intensificação para que o produto final seja lucrativo”, afirma. “É onde talvez comece o spin negativo do bem-estar animal porque, para dar qualidadevaidebet é de quemvida àquele ser senciente, é necessário manejo específico, treinamento.”
São investimentos dentro da cadeiavaidebet é de quemprodução que costumam custar um bom dinheiro.
A legislação sueca é mais rigorosa que a da Europa quanto ao bem-estar animal, por exemplo, quanto à exigênciavaidebet é de quemanestésico para castraçãovaidebet é de quemleitões e densidadevaidebet é de quemalojamentovaidebet é de quemfrangosvaidebet é de quemcorte.
Em relação aos cavalos, a legislação sueca exige que todos, independentementevaidebet é de quempropósito, devem ser mantidos limpos, receber atenção e supervisão diárias, ter cascos bem aparados, acesso a alimentação nutritiva e a um estábulo seco e limpo, com clima interno satisfatório.
Além disso, suas necessidades sociais devem ser atendidas, com exercícios diáriosvaidebet é de quempiquetes ou áreas semelhantes, limitando o tempo que podem ficar amarradosvaidebet é de quembaias individuais e proibindo a construçãovaidebet é de quemnovos obstáculos com baiasvaidebet é de quemamarração.
Foi esse rigor e o avanço na discussão sobre o tema que atraíram Oliveira para a Escandinávia. Na contramão do levantamento dos prejuízos da produção intensiva, ela buscava estudar o bem-estar positivo, sobre o qual a Suécia já vinha se debruçando.
Ela é professora titular da cadeiravaidebet é de quembem-estar animal na Universidadevaidebet é de quemLinneaus,vaidebet é de quemKalmar, ao sul na Suécia, e uma das coordenadoras do Pathways, projeto composto por parceirosvaidebet é de quem12 países que visa identificar e aumentar práticas sustentáveis nas cadeiasvaidebet é de quemabastecimento e produção do setor pecuário europeu.
“Em relação ao bem-estar, não se pode falar somente sobre o que é o básico para o animal sobreviver, temvaidebet é de quemadicionar experiências positivas sobre o que é relevante para aquela espécie”, diz.
Oliveira destaca que hoje a ciênciavaidebet é de quemponta nessa área se ocupa maisvaidebet é de quemuma visão holísticavaidebet é de quembem-estar, amparadavaidebet é de quemtrês componentes principais: oportunidadevaidebet é de quemo animal ter comportamento natural, cuidados com seu funcionamento biológico e atenção à parte psicológica.
'Da porteira para dentro'
Além do avanço do conhecimento científico na área e o maior acesso a esse conhecimento, a grita da sociedade pelo bem-estar animal ajudou a estimular pesquisasvaidebet é de quemtempos recentes.
“Isso se deve ao estreitamento do vínculo entre o ser humano e os animais, especialmente os animaisvaidebet é de quemcompanhia”, diz a uruguaia Márcia del Campo, pesquisadora do INIA.
Ela exemplifica essa cobrança a partir da redevaidebet é de quemconsumovaidebet é de quemcarne – seu país natal tem um rebanhovaidebet é de quemgado bovinovaidebet é de quem12 milhõesvaidebet é de quemanimais para uma populaçãovaidebet é de quem3 milhõesvaidebet é de quempessoas.
“Se, até há poucos anos, dava-se importância ao trabalho feito da porteira até o abate do bovino, hoje é cada vez maior o interesse da porteira para dentro”, diz. “Queremos saber como os animais são criados e tratados desde que nascem.”
A prioridade do país nesse sentido foi tanta que,vaidebet é de quem2022, o Uruguai definiu o bem-estar animal como política pública para todas as espécies e criou oficialmente o Instituto Nacionalvaidebet é de quemBem-Estar Animal (INBA), do qual Del Campo é presidente.
Em pesquisa feita com a população uruguaia e divulgada pelo INBAvaidebet é de quemnovembro, 86% consideraram positivo que o governo priorize o bem-estar animal e implemente medidas nesse sentido.
Mais especificamentevaidebet é de quemrelação aos cavalos, houve consenso na condenação das corridasvaidebet é de quemlonga distância, como o enduro, e 58% dos entrevistados avaliaram negativamente a gineteada gaúcha ou doma gaúcha, esporte tradicional no Cone Sulvaidebet é de quemque ganha o ginete que se mantiver o maior tempo possível sobre um cavalo indomado.
Em julho do ano passado, o Rodeio Nacional dos Campões, maior rodeio tradicionalista do Brasil, não contou com a gineteada. A medida teria sidovaidebet é de quemprecaução contra eventuais protestosvaidebet é de quemONGsvaidebet é de quemdefesa dos animais ou mesmo ações judiciais.
Emenda à Constituição aprovadavaidebet é de quem2017 garantiu a utilizaçãovaidebet é de quemanimaisvaidebet é de quematividades desportivas como vaquejadas e rodeios. A condição para a aprovação da PEC da Vaquejada, como ficou conhecida, é que não serão consideradas cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais previstas na Constituição e registradas como integrantes do patrimônio cultural brasileiro.
A PEC está sendo contestada por uma Ação Diretavaidebet é de quemInconstitucionalidade (ADI) proposta pelo Fórum Nacionalvaidebet é de quemProteção e Defesa Animal. Ele entende que a emenda afronta o núcleo essencial do direito ao meio ambiente equilibrado, na modalidade da proibiçãovaidebet é de quemsubmissãovaidebet é de quemanimais a tratamento cruel.