Nós atualizamos nossa PolíticaPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termosnossa PolíticaPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
Testemunha falsa, delegado afastado e delação: as idas e vindas do caso Marielle até a prisão dos irmãos Brazão:
Integrantesum dos clãs que dominam a política fluminense há décadas, os irmãos Brazão são respectivamente conselheiro do TribunalContas do Estado (TCE-RJ) e deputado federal pelo União Brasil.
oras EThora Oriental Quarta-feira, 13:53:00 PM fusos horários {k0} Atlanta. Estados
nidos - H a Data timeanddate : horário ; 5️⃣ zona EUA
Bem-vindo aos melhores jogos futebol apostas no 24Sports. Experimente a emoção dos jogos esportivos e ganhe prêmios incríveis!
Se 🏧 você é fã futebol e está {k0} busca uma experiência emocionante apostas, o 24Sports é o 🏧 lugar certo para você. Neste artigo, apresentaremos os melhores jogos futebol apostas disponíveis no 24Sports, que proporcionam diversão 🏧 e a chance ganhar prêmios incríveis. Continue lendo para descobrir como aproveitar ao máximo essa modalidade jogo e 🏧 desfrutar toda a emoção do futebol.
site de análise para futebol virtual grátiso é exatamente jut country porque é no Texas, como é chamada a música campestre
? - Quora quora : O 🧲 que é-mexicano-country-música-chamado Devido à sua natureza
Fim do Matérias recomendadas
A base eleitoral da família – Domingos também manteve carreira como parlamentar - é na zona oeste carioca, disputada à bala por milicianos e traficantes nos últimos anos.
Foi a menção a Chiquinho que teria levado o caso para o Supremo, corte onde parlamentares federais têm prerrogativaforo (processo e julgamento). Isso aconteceu depois que, por iniciativa do então ministro da Justiça, Flávio Dino, a Polícia Federal incorporou-se às investigações.
Uma toneladacocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
Segundo Lessa - o qual, segundo a Polícia Civil, havia sido excelente atirador do BatalhãoOperações Especiais e acabou levando para o crime o seu talento, tornando-se um assassino profissional -, o assassinatoMarielle foi motivado por disputasterras na zona oeste.
Segundo uma fonte da PF ouvida pela BBC News Brasil, a morte teria sido encomendada por conta da resistência feita por Marielle e pela bancada do PSOL, o partido da então vereadora, a um projetolei que regularizaria condomínios na zona oeste do RioJaneiro.
A região é uma áreafronteira urbana. É cheiaterrenos cuja propriedade é contestada e com ocupação acelerada nas últimas décadas, com especulação imobiliária e construções ilegais, promovidas por quadrilhasmilicianos e traficantes.
Domingos Brazão já foi investigado por supostamente tentar atrapalhar as investigações do duplo homicídio, mas foi inocentado. O nomeChiquinho não tinha sido mencionado antes nas apurações, pelo menos publicamente.
Ao longo dos anos, o caso foi recheadoidas e vindas, incluindo uma testemunha falsa que teria sido "plantada" para tentar incriminar um chefemilícia no Rio, remoçãoum dos delegados encarregados pelo caso e surgimentodiversos nomesalguma forma implicados na questão.
A seguir, a BBC News Brasil detalha pontos desde o crime até o avanço das investigações, que culminaram na prisão dos irmãos Brazão.
As vítimas
Marielle Franco, socióloga e vereadora pelo PSOL
Marielle Francisco da Silva era vereadora desde 1janeiro2017. Cumpria seu primeiro mandato, eleita pelo PSOLcoligação com o PCB2016 com 46.502 votos. Recebeu três tiros na cabeça e um no pescoço, aos 38 anos, na rua Joaquim Palhares, no Estácio, região central do RioJaneiro, depois das 21h14março2018.
O atirador estavaum Cobalt prata, que deixou o local do crimealta velocidade e nunca foi encontrado. O veículo, segundo apurou a Polícia, foi enviado pelos criminosos para desmonte. GraduadaCiências Sociais pela PUC do Rio, tinha mestradoadministração pública pela Universidade Federal Fluminense, com tese crítica às UnidadesPolícia Pacificadoras (UPPs).
Negra e lésbica, nascida e criada no Complexo da Maré, um conjuntofavelas na zona norte carioca, militava contra a violência policial, pelos direitos humanos,defesa da comunidade LGBTQIA+, pelo aborto legal e contra a discriminação racial. Foi, por dez anos, assessora do então deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), criador da CPI das Milícias,2007.
Anderson Gomes, motorista
Anderson Pedro Mathias Gomes tinha 39 anos e não era o motorista oficialMarielle. Desempregado, na noite do crime que também o mataria ele fazia um bico ao volante do Agile que servia à vereadora. Havia um mês trabalhava para a Marielle, substituindo o titular, que estavalicença médica. Era casado e paium menino, que tinha um ano e dez meses quando seu pai foi assassinado.
Fernanda Chaves, assessora
Era chefegabinete da vereadora e sobreviveu sem ferimentos graves. Estava no Agile conduzido por Anderson, sentada à esquerdaMarielle, no banco traseiro. Não foi atingida, porque os disparos foram dados na diagonal, concentrados na parlamentar, atingindo Anderson por estar na mesma linha reta.
Os mandantes, segundo a polícia
Domingos Brazão
Ex-deputado estadual e empresário do ramocombustíveis, Domingos Inácio Brazão,58 anos, é carioca e venceuprimeira eleição1996, quando se tornou vereador na capital fluminense.
Sua base eleitoral é a zona oeste carioca, berço das milícias no Estado. Em 2000, concorreu a prefeito, mas ficouoitavo lugar -atuação sempre foi regional. Teve mais cinco mandatos, como deputado estadual. Interrompeu o quinto2015, ao ser eleito conselheiro do TribunalContas do Estado (TCE). integrou, como político, o PL, o PT do B e o PMDB (hoje MDB).
Polêmico, Brazão teve seu nome incluído no Relatório Final da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio,2007. Foi citado no depoimento do vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o NadinhoRio das Pedras, como político que fizera campanha na comunidade.
Nadinho confirmou que a favela era dominada por uma milícia. "Toda criança10, 12 anosRio das Pedras, se você perguntar, vai responder que existe milícia", disse. Aquela teria sido uma das primeiras quadrilhaspoliciais a dominar criminosamente um território no Rio.
O hoje conselheiro do TribunalContas sempre negou as acusaçõessuposto envolvimentocrimes e irregularidades. Atribuía-as a disputas políticas e à briga por votos e redutos eleitorais.
Em entrevista a O Globojaneiro, o conselheiro afirmou ser inocente e não ter ligação com o caso Marielle: "Não conheci essa gente, graças a Deus".
O advogado Ubiratan Guedes, defensorDomingos Brazão, também negou, na manhã deste domingo, envolvimentoseu cliente nos homicídiosMarielle Franco e Anderson Gomes.
“(Domingos Brazão) não tem nenhuma ligação com a Marielle, agora cabe à defesa provar que ele é inocente”, afirmou o advogado, ao chegar à sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio. “Estamos surpresos.”
Brazão já admitira, porém, já ter matado um homem. Contou o episódio por causabate-boca com a deputada Cidinha Campos (PDT), no plenário da Assembleia Legislativa do RioJaneiro,junho2014. A parlamentar acusou o adversáriohomicídio.
"Matei, sim, uma pessoa", disse Brazão, que também reconheceu ter sido preso por causa do crime, mas alegou ter sido absolvido, segundo o jornal O Dia. "Mas isso tem mais30 anos, quando eu tinha 22 anos. Foi um marginal que tinha ido à minha rua, na minha casa, no dia do meu aniversário, afrontar a mim e a minha família. A Justiça me deu razão."
Brazão também negou outra acusaçãoCidinha, aque a ameaçara dizendo à deputada que "já matara vagabundo, vagabunda, não, mas tinha vontade". A deputada fizera um dossiê contra ele e outro parlamentar. Acusou-osenvolvimento com a máfia dos combustíveis e pediu proteção, alegando temer porvida. Brazão disse que a denúncia tinha fins eleitorais. O processo foi arquivado.
O mandatoBrazão na Alerj foi cassado2011 pela Justiça Eleitoral. A acusação eracompravotos no pleito2010,urnas da zona oeste. Não durou muito. Uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lhe devolveu o lugar na Casa e na política.
Uma delação premiada do ex-presidente do TCE Jonas LopesCarvalho Júnior levou à prisão temporária Brazão e outros quatro conselheiros da Corte, alémum conselheiro aposentado,março2017. Na Operação Quinto do Ouro da Polícia Federal, desdobramento local da Lava Jato, Lopes delatou um suposto esquemapropinas. após ser acusado por empreiteiraspedir propina.
Os presos, afastados dos cargos, negaram envolvimentoirregularidades e foram soltosabril2017. Brazão voltou a seu cargo no TCE,março2023, por ordem da Justiça.
O nomeBrazão circulou nas investigações sobre o homicídioMarielle e Anderson desde o início. O conselheiro depôsjunho2018, sob a suspeitaplantar informações falsas para atrapalhar o inquérito. Negou essa acusação.
Em 2019, Brazão foi denunciado pela Procuradoria Geral da República, com mais quatro pessoas, por supostos crimes cometidos para atrapalhar as investigações, mas foi inocentado. A pedido do MP estadual, que considerou superficiais as provas apresentadas pelo MPF, a denúncia -que baixara do Superior TribunalJustiça para o Judiciário fluminense - foi rejeitada2021. A ação foi definitivamente arquivadajaneiro do ano passado.
Também foram inocentados o delegado da PF Hélio Khristian CunhaAlmeida e o policial federal aposentado Gilberto Ribeiro da Costa, assessorBrazão no TCE-RJ. Outros dois acusados, que já respondiam no Judiciário estadual pelos mesmos crimes denunciados na esfera federal, continuaram a ser processados.
Brazão, agora foi denunciado por Ronnie Lessa, que tevedelação premiada homologada pelo STF, como mandante do duplo homicídio, sempre negou envolvimento no crime. Em seu primeiro depoimento, afirmou ter ouvido falarMarielle duas vezes: quando foi eleita, por ter sido a quinta mais votada; e quanto foi assassinada.
Chiquinho Brazão
IrmãoDomingos, Chiquinho Brazão é deputado federal pelo União Brasil e chegou a ser secretário especialAção Comunitária da prefeitura do RioJaneiro.
Ele deixou o cargo depoiso nome dafamília ter sido citado na delaçãoElcio Queiroz, ex-PM preso sob acusaçãoter dirigido o carro usado no dia do assassinato.
Na quarta-feira (20), Chiquinho havia negado envolvimento com o caso.
Foi a menção a Chiquinho que teria levado o caso para o Supremo, corte onde parlamentares federais têm prerrogativaforo (processo e julgamento). Isso aconteceu depois que, por iniciativa do então ministro da Justiça, Flávio Dino, a Polícia Federal incorporou-se às investigações.
Os assassinos, segundo a polícia
Ronnie Lessa, PM inativo e expulso - fez os disparos, está preso
Segundo sargento reformado da PM, Ronnie Lessa é carioca do Méier, bairro do subúrbio carioca. Em 1989, aos 19 anos, ingressou na Scuderie Detetive LeCoq, criada nos ano 60 memória do policial civil Milton LeCoq, morto a tiros durante a perseguição a um criminosoVila Isabel. A entidade é apontada como embrião dos Esquadrões da Morte que agiram na ditadura. Depois do serviço militar obrigatório no Exército, Lessa ingressou por concurso,1991, na Polícia Militar do RioJaneiro, como soldado.
De 1993 a 1997, Lessa integrou o BatalhãoOperações Especiais (Bope). Na unidade, era conhecido porprecisão como atirador,bravurasituaçõescombate ehabilidade e rapidez para montar e desmontar armas. Nunca fez, porém, o CursoOperações Especiais, indispensável para ser oficialmente um “caveira”.
Transferido, Lessa passou por diferentes unidades da corporação. Apesarepisódiosdesvioconduta, nunca sofreu punição e foi promovido a cabo e a terceiro sargento. Transformado1999“adido” (emprestado) à Polícia Civil, trabalhoudelegacias e tornou-se segurança da contravenção.
O policial sofreu um atentado2009, quando a explosãouma bomba levou à amputaçãoparte daperna esquerda. Também foi preso pela Polícia Federal2011, na Operação Guilhotina. A ação fechou a DelegaciaRepressão a Armas e Explosivos (DRAE) e prendeu policiais por desviomaterial apreendido e por dar proteção a caça-níqueis, negócio dos bicheiros.
Mas Lessa não virou réu no processo da Guilhotina. Foi reformado (aposentado)2012. De acordo com policiais, aproximou-semilicianos e do Escritório do Crime, consórciomatadores profissionais que age no Estado, atuando no negócioassassinatos por encomenda.
Um dos investigados2022 na Operação Calígula, sobre jogosazar, Lessa já tem pelo menos três sentenças desfavoráveis da Justiça.
Uma o condenou a cinco anoscadeia por tráficoarmas (quebra-chamas para fuzil) no Aeroporto Internacional do Galeão. Outra lhe deu pena13 anos e seis mesesprisão, por comércio ilegalarmamento (117 fuzis desmontados, apreendidos no Méier).
O sargento reformado também cumpre cinco anoscárcere por ocultar armas supostamente usadas para matar Marielle e Anderson. O armamento foi jogado no mar, para apagar provas do caso.
Lessa responde ainda a processo por um duplo homicídio, do ex-policial André Henrique da Silva Souza, o Zóio, e da namorada dele, JulianaOliveira,2014. Zóio estaria disputando o domínio da Gardênia Azul com o ex-vereador e miliciano Cristiano Girão.
Ronnie Lessa foi preso no condomínio Vivendas da Barra12março2019. Está na Penitenciária FederalCampo Grande (MS). Foi expulso da PM no início do ano passado. Cumpre prisão preventiva e vai ser submetido a júri popular. Até pouco tempo, negava ter matado Marielle.
ÉlcioQueiroz, ex-PM - dirigiu o Cobalt prata, está preso
DiferentementeRonnie Lessa, Élcio VieiraQueiroz foi expulso da Polícia Militar2015, após 20 anos na corporação, perdendo a patentesegundo sargento. O motivo foi a mesma Operação Guilhotina.
Os dois réus eram amigos havia muitos anos. Morador do EngenhoDentro, bairro vizinho ao Méier, na zona norte, Élcio era amigoinfância da mulherRonnie Lessa. Aproximaram-se no fim da década80 - são compadres e se viam com frequência.
Na Policia Militar, Élcio era motoristaviatura. Conduzia carrospatrulha durante operações policiais ou perseguições a suspeitos,alta velocidade e sob intensa pressão, às vezes sob fogocriminosos. Depois da expulsão, trabalhou como condutorcarros fortes. Levava vida modesta. Foi acusadopilotar o Cobalt prata usado no crime contra Marielle e preso no mesmo dia que Lessa.
Até 2023, Élcio também alegou inocência no caso. Em julho do ano passado, no presídio federalBrasilia, mudouposição. Assinou delação premiada, confessou ter participado do crime e apontou Lessa como matador. Está preso preventivamente. Denunciado, também vai ser submetido a júri popular.
Os comparsas, segundo a polícia
Maxwell Simões Corrêa, ex-bombeiro, está preso
Também conhecido com Suel, o ex-bombeiro militar Maxwell Simões Corrêa foi delatado por ÉlcioQueiroz por ter monitorado os passosMarielle Franco antes do crime. Foi preso na Operação Élpis da Polícia Federal e do MP do Rio,2023. Condenadomaio do ano passado a quatro anosprisão por atrapalhar as investigações, ele também teria participadouma primeira tentativamatar a vereadora. A ação foi frustrada, porque Suel alegou problemas mecânicos no carro que seria usado na ação. Foi expulso do CorpoBombeiros.
Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé
Morto2019, o policial reformado Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, foi apontado na delaçãoÉlcioQueiroz como intermediário entre Ronnie Lessa e o mandante do assassinatoMarielle. O nome do PM apareceu e diferentes investigações sobre crimes do jogo do bicho emilicianos. Depoisum atentado contra Shanna Garcia, filha do contraventor Waldemir Paes Garcia, já morto, a Polícia apontou Macalé como um dos integrantes da “organização criminosa” do bicheiro Bernardo Bello. Na época (outubro der 2019), Bello negou as acusações. Atualmente, está foragido.
A testemunha falsa
Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, policial militar
Foi apresentado pelo delegado Hélio Khristian CunhaAlmeida à DelegaciaHomicídios da Polícia Civil como suposta “testemunha-chave” do homicídioMarielle e Anderson, pouco maisum mês após o crime. O depoente disse ter testemunhado reuniões do miliciano Orlando OliveiraAraújo, o Orlando Curicica, como é conhecido, com o vereador Marcelo Sicilliano. Nesses encontros, teriam acertado matar Marielle. Nessa versão, a vereadora estaria atrapalhando os negócios do parlamentar, por isso teria sido eliminada.
A história, porém, revelou-se falsa. Ferreirinha posteriormente admitiu à Polícia Federal ter mentido, porque queria se vingarseu ex-chefe Curicica.
O comandante da milícia teria lhe tomado uma central clandestinaTV a cabo, revoltando o ex-comparsa. Além disso, segundo trechoinquérito da PF divulgado pelo UOL, Hélio Khristian, meses antes do crime, teria tentado uma extorsão contra Sicilliano, por supostas irregularidadesum negócio do parlamentar.
Hélio Khristian, por meiosua defesa, negou na época as acusaçõesextorsão. Ele foi inocentado da suspeitater agido dolosamente para plantar a testemunha e tumultuar a apuração.
Ferreirinha foi denunciado pelo MP do Rio, com uma advogada, por tentar atrapalhar o caso Marielle.
Os suspeitos plantados
Orlando OliveiraAraújo, o Orlando Curicica, miliciano
Preso pela Polícia Civil, negou qualquer envolvimento no caso Marielle. era o chefeuma milíciaCuricica, na regiãoJacarepaguá, na zona oeste do Rio. Em um presídio federal, afirmoudepoimento ao MPF que policiais civis do Rio tentaram convencê-lo a assumir o duplo homicídio. Foi descartado como suspeito das mortes da vereadora e seu motoristas.
Vereador Marcelo Sicilliano
Denunciou uma suposta tentativaextorsão como motivo para a acusação que sofreuFerreirinha. Também foi descartado como suspeitoter matado Marielle Franco e Anderson Gomes.
O delegado da Polícia Federal Leandro Almada investigou a investigação do caso Marielle e as tentativasatrapalhá-la. Foi ele que concluiu que uma quadrilhapoliciais e advogados plantou a falsa testemunha Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, nas apurações, para acusar, sem fundamentoprovas, Orlando Curicica e Marcelo Sicilliano. Atualmente, Almada é o superintendente da PF no Rio.
O Escritório do Crime
Consórciomatadores profissionais que age no RioJaneiro, com alto grauorganização e compartimentaçãoinformações e operações, segundo a Polícia.
O ex-oficial do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, era apontado por policiais como chefe do grupo, que teria integrantes com ligações com a milíciaRio das Pedras.
Nóbrega, que foi expulso da PM e se dizia comerciante e pecuarista, foi interrogado no inquérito sobre o caso Marielle2018, mas negou ter participação no crime. Denunciado na Operação Intocáveis do Ministério Público estadual, foi morto9fevereiro2020Esplanada, na Bahia, por policiais militares. Sua participação no duplo homicídio foi descartada.
A placa quebrada
O caso Marielle também foi explorado política e eleitoralmente. Um desses episódios se deu na campanha eleitoral2028, quando três candidatos - Wilson Witzel (ao governo), Daniel Silveira (a deputado federal) e Rodrigo Amorim (a deputado estadual) quebraram, durante um comício, uma placarua fake, com o nome rua Marielle Franco.
Os três foram eleitos, mais Witzel perdeu o mandato por impeachment, e Daniel, condenado por ameaçar o Supremo Tribunal Federal, foi preso e perdeu a eleição para o Senado2022. Esse defecho criou nos meios políticos a lendauma “maldição” que cercaria a placa quebrada.
O caso do porteiro
Em novembro2019, um porteiro do Vivendas da Barra afirmou que, na noite14março2018, ÉlcioQueiroz esteve no condomínio - onde moravam Ronnie Lessa e também Jair Bolsonaro, à época deputado federal - perguntando pelo parlamentar.
Bolsonaro teria atendido o interfone e autorizado a entrada do visitante. Mas essa versão foi depois desmentida pela perícia - a voz do morador que atendeu o visitante, gravada, eraLessa, nãoBolsonaro. O próprio porteiro afirmou depois que se enganara.
Mas o então presidente considerou o incidente uma tentativaimplicá-lo no caso. Fazia reclamação semelhante quando lembravam que a mãe e a ex-mulher do Capitão Adriano estavam na listaassessoresseu filho Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa. Eram acusadasenvolvimento no caso das “rachadinhas”,desviosalários por funcionários fantasmas.
O então mandatário repudiava duramente qualquer envolvimento no caso, embora reconhecesse que orientara Flávio a conceder a Medalha Tiradentes, honraria da Alerj, a Adriano,2005, por considerá-lo então “um herói”.
Bolsonaro atribuía a Wilson Witzel, então governador do Rio e que se dizia pré-candidato a presidente2022, as tentativasenvolvê-lo no caso Marielle. Witzel negava.
Os delegados da Polícia Civil
Giniton Lages (2018-2019)
Então titular da DelegaciaHomicídios da capital, foi o primeiro condutor das investigações sobre o duplo homicídio. Ele foi alvobusca e apreensão na operação da PF neste domingo.
No livro Quem Matou Marielle?, que escreveuparceria com Carlos Ramos, o policial aponta problemas que enfrentou no início das apurações. Afirma que os laudosnecropsia das vítimas estavam incompletos.
O aparelhoraios-X do Instituto Médico-Legal, alegou, estava quebrado, e as perícias traziam imprecisões. Uma delas foi a altura da vereadora, que tinha 1,76 m, seis centimetros além do afirmado no documento.
A diferença poderia prejudicar cálculos sobre a altura do atirador, a partir do ângulo dos disparos. Só havia duas testemunhas: Fernanda Chaves, que não vira nada, por estarcostas para o atirador, e um homem que estava nas proximidades e lembravavê-la sair do Agile com o lado direito do corpo coberto com o sangue da vereadora.
Lages incluiu nas apurações o Escritório do Crime. Foi ainda sob a chefiaLages que a Polícia prendeu Ronnie Lessa e ÉlcioQueiroz,12março2019.
Daniel Rosa (2019-2020)
Substituiu Giniton Lages no comando da Homicídios, logo após a prisão dos dois suspeitos do crime. Lages alegou cansaço e disse que tiraria seis mesesférias, mas informalmente admitiu-se quesaída se devia a divergências internas na Polícia Civil.
Antesir para a capital, Rosa era o chefe da DelegaciaHomicídios da Baixada Fluminense. Iniciou a segunda fase das investigações, para determinar motivos e mandantes do crime.
A substituição causou apreensão entre familiaresMarielle e Anderson, que temeram que pudesse haver quebracontinuidade nas apurações. Rosa era o delegado do caso durante o caso do porteiro do Vivendas da Barra que falou na visitaÉlcioQueiroz ao condomínio, na noite do crime.
Moysés Santanna (2020-2021)
Assumiu a DH da capital (e o inquérito do caso Marielle)setembro2020. A trocadeumeio a turbulência política no Estado: o vice-governador, Cláudio Castro, assumiu o governosubstituição ao titular, Wilson Witzel (PSC), afastado pela Assembleia Legislativa.
Witzel,um aceno aos policiais, extinguira2019 a SecretariaSegurança e transformousecretários os chefes das Polícias. Dezessete dias após assumir,28agosto, o Palácio Guanabara, Castro anunciou Allan Turnowski como secretário da Polícia Civil.
A trocachefias na corporação que se seguiu levou à substituiçãoDaniel Rosa por Moysés Santanna, até então chefe da DelegaciaHomicídios da Baixada.
Turnowski negou que a nova trocadelegados se devesse a pressões políticas. Santanna investigou um possível complô envolvendo mandantes e intermediários do crime. Na época, Ronnie Lessa teria apontado Adriano Magalhães da Nóbrega (do Escritório do Crime e àquela altura já morto) como autor do crime.
Henrique Damasceno (2021-2022)
Assumiu a chefia da DH-capitaljulho2021. Traziaseu currículo outro casorepercussão, o da morte, provavelmente sob tortura e maus-tratos, do menino Henry Borel.
A criança morreu8março2021, com indiciosespancamento. A Polícia Civil indiciou e prendeu pelo crime a mãe do garoto, Monique Medeiros da Costa e Silva, e o namorado dela, vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Doutor Jairinho, com quem vivia.
Alexandre Herdy (2022diante)
O quinto delegado a cuidar do caso Marielle passou a comandar a DelegaciaHomicídios da capitalfevereiro2022. Substituiu Henrique Damasceno, que foi promovido a diretor do Departamento-GeralHomicídios e Proteção à Pessoa Humana.
O novo inquérito da PF
Menosdois meses após assumir o Ministério da Justiça, Flávio Dino determinou a aberturanovo inquérito para investigar o caso Marielle.
Oficialmente, trata-seuma “colaboração” com as autoridades locais, responsáveis pela investigação, que não foi oficialmente federalizada. Foi designado para comandar a apuração federal o delegado GuilhermePaula Machado Catramby.
Foi essa colaboração que resultou na Operação Elpis (Esperança), que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel. A delação premiadaÉlcioQueiroz foi outro resultado dessa colaboração da PF com o MP do Rio.
Os promotores do MP estadual
Homero das Neves Freitas Filho
Foi o primeiro promotor do caso Marielle, mas foi substituído ainda2018.
Simone Sibilio e Letícia Emile
Assumiram o caso quando Sibilio era coordenadora do Gaeco (GrupoAtuação Especial no Combate ao Crime Organizado) e denunciaram Lessa e o ex-PM Élcio Queirozà Justiça.
Elas permaneceram nas apurações com a criaçãouma força-tarefa para o caso. Renunciaram, porém, à investigaçãojulho2021, por considerarem ter havido interferência externa que as excluiu da delação premiadaJúlia Lotufo, viúvaAdriano da Nóbrega.
Bruno Gangoni
Assumiu a coordenação do Gaeco, mas renunciou, assim como outros promotores que integravam o grupo. Foi um protesto contra o procurador-geralJustiça, Luciano Mattos, que não foi o mais votado na lista tríplice da corporação, mas aceitou convite do governador Cláudio Castro para seguir no cargo por mais um mandato.
Luciano Lessa
Assumiu a coordenação da força-tarefa que investica o caso Marielle. Em março2023, sete outros promotores foram designados para o grupo.
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível