Os quilombolas que estão desafiando mineradora britânica acusadablaze entrar loginsoterrar rio na Chapada Diamantina:blaze entrar login

Crédito, Paulo Koba/BBC

Legenda da foto, Catarina Oliveira da Silva é uma das moradoras que decidiram processar a empresa

Também afirma ter encontrado uma reservablaze entrar loginferro "importante para o planeta", recursoblaze entrar loginparte a ser utilizado na construçãoblaze entrar logintrens e carros elétricos.

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Fim do Matérias recomendadas

A empresa está sendo processada pela Defensoria Pública da União (DPU), que defende as famíliasblaze entrar loginpequenos agricultores da região, e é também alvoblaze entrar loginuma investigação do Ministério Público da Bahia.

Nesta quarta-feira (24/4), o embate tem um novo capítulo, dessa vez internacional.

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As cercablaze entrar login80 famílias da regiãoblaze entrar loginPiatã apresentaramblaze entrar loginum tribunalblaze entrar loginLondres uma queixa formal sobre supostos impactos ambientais e danos à saúde mental e física relacionados à operação da mina, que durou três anos - eles querem que a Justiça do país obrigue a empresa a pagar indenizações a cada uma das famílias.

No ano passado, as comunidades informaram à Justiça britânica, por meioblaze entrar loginum grupoblaze entrar loginadvogados, que tinham a intençãoblaze entrar loginprocessar a Brazil Iron - abrindo um prazo para que as partes resolvessem a questão extrajudicialmente, o que não aconteceu.

Por meio dos mesmo dos advogados, os moradores conseguiram uma liminar: a corte britânica proibiu a companhiablaze entrar loginentrar diretamenteblaze entrar logincontato com os quilombolas, porque as famílias diziam se sentir intimidadas por funcionários da empresa por meioblaze entrar loginvisitas e cartas.

Na época, as operações da empresa já estavam paralisadas. Em abrilblaze entrar login2022, após três anosblaze entrar loginatividades e denúnciasblaze entrar loginirregularidades dos locais, o governo da Bahia - do então governador Rui Costa (PT), hoje ministro da Casa Civil - interditou a mina da Brazil Iron por tempo indeterminado.

Crédito, Paulo Koba/BBC

Legenda da foto, Cratera para mineração foi abertablaze entrar loginmeio às montanhas da Chapada Diamantina

Mas a Brazil Iron, bancada com dinheiroblaze entrar loginacionistas, incluindo ingleses, não desistiu dos seus planos: planeja conseguir retomar não só os trabalhosblaze entrar loginPiatã como também expandir a mineração para outros 30 pontos da Chapada Diamantina -blaze entrar logincidades como Abaíra e Jussiape -, segundo requerimentos formaisblaze entrar loginlicençablaze entrar loginpesquisa para mineração obtidos pela reportagem.

Já a prefeiturablaze entrar loginPiatã - município com cercablaze entrar login20 mil habitantes - celebra os ganhos financeiros da chegada dos britânicos: surgiram vagasblaze entrar loginempregoblaze entrar loginuma região com escassezblaze entrar loginoportunidades, a economia melhorou com a aberturablaze entrar loginrestaurantes e hoteis, além da cidade ter passado a receber royalties pela exploração mineralblaze entrar loginseu território, o que proporcionou obras públicas.

Em março, a reportagem da BBC News Brasil foi até Piatã para entender esse conflito. Na cidade conhecida porblaze entrar logincentenária produçãoblaze entrar logincafé e cachaça, o cenário éblaze entrar logindivisão: parte da população, principalmente na zona rural, tem resistido à mineração, enquanto outra parcela apoia o setor.

Desculpe, mas não é possível exibir esta parte da história nesta páginablaze entrar loginacesso resumidoblaze entrar logincelular.

'Tudo foi por água abaixo'

"Sou da sexta geraçãoblaze entrar loginquilombolas da Bocaina", diz Catarina Oliveira da Silva,blaze entrar login52 anos, que se tornou líderblaze entrar loginuma associação que vem desafiando a empresa desde o início das operações da mina,blaze entrar login2019.

"A gente tem uma históriablaze entrar loginuns 200 anos. Uma história triste que vem da escravidão, meu tataravô foi escravo. Será que nunca teremos paz?", questiona a agricultora, que abandonoublaze entrar loginantiga casa para viverblaze entrar loginum ponto mais distante da mina.

Catarina conta que, com a chuva forte, os rejeitos da mineração começaram a descer a montanha, soterrando as nascentes do rio Bebedouro, que corta as comunidades, um processo conhecido como "assoreamento".

Mas também um sonhoblaze entrar loginCatarina foi soterrado: ela estava investindo na construçãoblaze entrar loginum pesque-pagueblaze entrar loginum pequeno lagoblaze entrar logintrês metrosblaze entrar loginprofundidade no terreno da família.

"A gente comprou canos, bomba, cabosblaze entrar loginenergia, e tinha perspectivablaze entrar loginampliar a lavoura e fazer um meioblaze entrar loginlazer e tambémblaze entrar loginnegócio. Mas tudo foi por água abaixo", conta.

"A água trazia os rejeitos. Com isso soterrou todo esse lago, e agora está do jeito que vocês estão vendo, maisblaze entrar logintrês metros assoreadoblaze entrar loginlamablaze entrar loginminério", diz a camponesa, que hoje trabalha como cozinheirablaze entrar loginuma escola municipal e complementa a renda com a produçãoblaze entrar loginmel.

No ponto onde ficava o lago, o que se vê agora é capim alto e ferramentas abandonadas, como um moinhoblaze entrar loginespremer cana. Mais à frente, onde passava o rio Bebedouro, há uma clareira cercada pela vegetaçãoblaze entrar loginCaatinga, Cerrado e Mata Atlântica, biomas que se misturam na região.

Catarina, nascida e criada naquela mata, diz que consegue perceber a presença do minério pegando a terra nas mãos. Ela cava uma amostra do leito do rio e outra do meio da floresta. "Essa aqui é a terra da mata, mais grossa, fértil, mais caroçuda. Já essa daqui é do leito do rio, resultado do assoreamento, fina, seca, com um poucoblaze entrar loginbrilho", explica.

Para ela, a lentidão da Justiça brasileira foi um dos motivos que levaram a comunidade a processar a Brazil Iron na Inglaterra - um movimento iniciado anos atrás por vítimas da tragédiablaze entrar loginMariana, que processaram a Vale também no Reino Unido.

"Acho que a Justiça aqui no Brasil, não sei, não resolve muito problema dos pequenos", diz. "Acho que a empresa não imaginava que a gente pudesse chegar a uma instância fora do Brasil. Estamos buscando ter mais força porque a pressão aqui é muito grande."

'Caixa d'água da Bahia'

Crédito, Paulo Koba/BBC

Legenda da foto, O geógrafo Rogério Mucugê Miranda estudou o impacto da mineração nos rios

Segundo o geógrafo Rogério Mucugê Miranda, que estudou os impactos da mineraçãoblaze entrar loginseu mestrado na Universidade Católica do Salvador, uma atividade que traga poluição a rios e nascentes da Chapada Diamantina pode afetar não apenas os quilombosblaze entrar loginPiatã.

"A Chapada Diamantina é a caixa d’água da Bahia. O rio Bebedouro é um afluente do rioblaze entrar loginContas, que ajuda a abastecer parte do Estado, desembocandoblaze entrar loginItacaré (sul da Bahia). O problema é que essa caixa d’água está sendo contaminada, queimada, poluída. A chapada deveria ter uma importância estratégica, porque sem água ninguém vive", diz.

Ele critica o modelo implantado na região, vendido pela empresa como "sustentável" e "verde".

"A sustentabilidade é somente econômica, a comunidade está sendo impactada. O que acontece aqui é a expansão da metrópole para o meio rural. Se a gente está dizendo que esse modelo é sustentável, que esse modelo vai gerar uma energia limpa, será que é limpo acabar com um rio?", questiona.

Um estudoblaze entrar login2020, produzido por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), constatou a presençablaze entrar loginchumbo, fósforo, manganês e zincoblaze entrar loginamostras do rio Bebedouro, cuja água era utilizada para abastecer a população local.

Segundo a pesquisa, nas amostras havia concentraçõesblaze entrar loginminérios acima do recomendado por órgãos ambientais, o que demandava monitoramento e estudos mais aprofundados sobre o impacto da mineração no solo e na água.

A empresa Brazil Iron contesta qualquer influência da mina na poluição e assoreamento das águas do rio Bebedouro. Segundo Rafael Genú, gerenteblaze entrar loginmeio ambiente da companhia, um monitoramento próprio "não indicou qualquer impacto ambiental".

"Temos programas que monitoram a água, qualidade do ar, vibração. Todos os nossos monitoramentos indicam que nós não temos nenhum tipoblaze entrar logininterferência diretablaze entrar loginqualquer uma dessas situações", diz Genú, que conversou com a reportagem na entrada da mina interditada,blaze entrar loginonde se via apenas máquinas paradas e o tráfegoblaze entrar logincaminhões.

Pó na terra

Crédito, Paulo Koba/BBC

Legenda da foto, Com mineração, cresceram vagas emprego e estabelecimentos comerciaisblaze entrar loginPiatã

Segundo os agricultores, o minérioblaze entrar loginferro estava no ar e na terra.

Eles contam que as constantes explosões, muitas vezes sem aviso prévio, não só causavam muitos sustosblaze entrar loginuma população acostumada ao silêncio da zona rural, como também lançava uma poeira no ar, processo que, segundo eles, prejudicou a lavoura e também a saúde das pessoas.

"As folhasblaze entrar loginhortaliças ficavam escuras. Às vezes, dava para ver até os brilhinhos nas folhas. A gente ficou com medoblaze entrar logincomer, e acabou desanimandoblaze entrar loginplantar. Mesmo lavando, você não consegue tirar 100% do resíduo", diz Edimone Almeida Silva,blaze entrar login39 anos, que também mora na Bocaina e vivia essencialmente da agricultura familiar.

A camponesa, mãe soloblaze entrar loginduas filhas adolescentes, percebeu que uma delas passou a tossir além do normal, principalmenteblaze entrar loginnoites pós-explosões.

"Ela praticamente não dormia, era a noite inteira tossindo, tentando coçar a garganta, roncando. Levei no médico, e ele passou o inalador. Ela tinhablaze entrar loginusar sempre. Depois da interdição, ela melhorou", conta Edmone, que diz também ter sofrido alguns problemas respiratórios durante a operação da Brazil Iron.

Em nota, a empresa afirma que "nenhuma evidência"blaze entrar loginproblemasblaze entrar loginsaúde relatados pelos moradores foi apresentado. Também diz ter oferecido aos agricultores "exames independentes e tratamento médico gratuito", mas que 26 famílias não compareceram. "Aqueles que aproveitaram a oportunidade, não apresentaram sintomas", diz.

Crédito, Paulo Koba/BBC

Legenda da foto, Edimone Almeida Silva relata problemas respiratórios emblaze entrar loginfamília

A poucos quilômetros da casablaze entrar loginEdimone, já na comunidade do Mocó, outra agricultora conta ter abandonado o pequeno canavial queblaze entrar loginfamília mantinha há décadas.

"Tinha um pó na terra, como se tivessem jogado cimento. A cana começou a morrer, não vingava, e não conseguimos mais plantar. Virou tudo capim pra gado", diz.

Pouco antes da entrevista, a camponesa fez um pedido: não queria que seu nome nemblaze entrar loginimagem fossem divulgados nesta reportagem.

"Eu tenho medo, porque outras pessoas aqui são a favor da mineração. E, quando eu falo que sou contra, elas aparecem aqui para me cobrar, me pressionar. É uma pressão muito grande", diz.

Em 2020, essa pressão chegou às ruasblaze entrar loginPiatã. Moradores dos dois quilombos fizeram um protesto contra a mineração no centro da cidade, mas a manifestação foi dispersada com bombasblaze entrar logingás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar.

Mineração verde

A empresa Brazil Iron diz trabalhar com "mineração verde" a partirblaze entrar loginuma produçãoblaze entrar loginaço conhecida como "ferro briquetado a quente", sem a necessidade do usoblaze entrar logincarvão, resultandoblaze entrar loginmenos emissõesblaze entrar logincarbono na atmosfera. Para isso, a companhia afirma utilizar energia elétrica solar e eólica produzidablaze entrar loginfazendas na Chapada Diamantina.

A Brazil Iron tem pelo 30 solicitaçõesblaze entrar loginandamento para expandir a mineração pela região, pois acredita que a reservablaze entrar loginferro ali encontrada será importante para suprir a necessidade do planeta por aço.

Embora a empresa negue qualquer impacto ambiental, segundo Rafael Genú, diretorblaze entrar loginmeio ambiente, a Brazil Iron "aprendeu com alguns erros do passado". Ele cita como exemplo o desmatamento sem autorizaçãoblaze entrar loginuma área comprada pela empresa.

"É um projeto sustentável, que inclui as comunidades, que mantém uma mitigação (dos impactos), tem um controle e monitoramento ambiental efetivos, com resultados confiáveis e comunicação aberta. Essa é a maneirablaze entrar loginse fazer hoje a mineração sustentável", diz.

Inicialmente, a Brazil Iron só tinha autorização para realizar um estudo sobre o impacto ambiental e viabilidade econômica da mineraçãoblaze entrar loginPiatã - essa fase é chamadablaze entrar login"lavra experimental". A partir daí, a empresa poderia conseguir a liberação para explorar comercialmente a reserva.

Essa lavra dava à companhia o direitoblaze entrar loginextrair e comercializar 300 mil toneladasblaze entrar loginferro por ano, mas o próprio site da empresa informava,blaze entrar login2022, que ela estava produzindo muito mais - uma médiablaze entrar login120 mil toneladas por mês.

Crédito, Paulo Koba/BBC

Legenda da foto, Brazil Iron tinha autorização para explorar 300 mil toneladasblaze entrar loginminério por ano

Em nota, a Brazil Iron afirmou que "esses números estão equivocados e que 120 mil toneladas se tratavam da capacidade do equipamento, não da produção real". A empresa alega que nunca excedeu os limites, e que passava por fiscalização.

A atuação da companhia inglesa está sendo investigada pelo Ministério Público da Bahia. A BBC News Brasil pediu uma entrevista com o promotor do caso, mas ele informou que não poderia se manifestar, pois a investigação correblaze entrar loginsegredoblaze entrar loginJustiça.

A Defensoria Pública da União (DPU) ajuizou uma ação contra a Brazil Iron por danos ambientais e prejuízos às comunidades quilombolas. O órgão pede R$ 5 milhõesblaze entrar loginindenização destinada aos moradores.

A empresa afirma que irá provar nos tribunais, do Brasil e da Inglaterra, que não causou tais impactos relatados nesta reportagem.

A Brazil Iron Ltd tem sedeblaze entrar loginLondres, e controlablaze entrar loginsubsidiária brasileira, a Brazil Iron Mineração LTDA.

O presidente da companhia é um empresário australianoblaze entrar loginmineração chamado Gordon Toll, dono da Atlantic Iron Ltd. O CEO é o britânico Guy Saxton, residente no Brasil.

Contatada na segunda-feira, a Agência Nacional da Mineração (ANM), órgão federal responsável pela gestão do setor no país, não respondeu aos questionamentos da BBC até a publicação desta reportagem.

Procurado no dia 19blaze entrar loginabril, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) também não respondeu.

Ganhos financeiros

Crédito, Paulo Koba/BBC

Legenda da foto, O prefeito Marcos Paulo Santos Azevedo diz que as receitas da mineração ajudaram a prefeitura a entregar obras públicas

Enquanto famílias da zona rural se mobilizam contra a mineração, a Prefeiturablaze entrar loginPiatã celebra os ganhos econômicos gerados pelo setor. A cidade passou a receber um royalty chamado Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem).

Entre 2019 e 2022, a cidade recebeu R$ 28,2 milhõesblaze entrar loginCfem,blaze entrar loginacordo com a Companhia Baianablaze entrar loginPesquisa Mineral, valor que praticamente foi zerado após a interdição.

Como comparação, no mesmo período, Piatã arrecadou R$ 78,8 milhões do Fundoblaze entrar loginParticipação dos Municípios (FPM), principal repasseblaze entrar loginverbas da União às cidades.

Segundo o prefeito Marcos Paulo Santos Azevedo (PSD), durante a operação da mina, o dinheiro do Cefem ajudou a prefeitura a construir escolas públicas, um postoblaze entrar loginsaúde, ciclovia, quadras esportivas e parteblaze entrar loginum estádio municipal.

"Como prefeito, não tenho como negar a importância do Cfem, porque eu não conseguiria fazer tudo isso só com o FPM", diz.

O prefeito diz que não tem poder para interferir no licenciamento oublaze entrar loginfiscalizar o impacto ambiental da mineração. Isso dependeblaze entrar loginórgãos ambientais dos governos estadual e federal."Se a mina foi interditada, algum motivo deu para isso", pondera.

Azevedo conta ter se assustado ao ouvir uma das promessas da Brazil Iron para Piatã: a criaçãoblaze entrar login15 mil empregos caso ela consiga implantar seu projetoblaze entrar logincrescimento.

"Não posso pensar só no lado financeiro. Qual o impacto disso para minha cidade? Piatã consegue absorver todas essas pessoas? Estive lá na mineração, e eles me falaram que vão criar 15 mil empregos. Espera aí, calma. Eu tenho Piatãblaze entrar login20 mil habitantes, vou botar mais 15 mil pessoas onde aqui? Então, isso realmente me assusta", diz.

'Perto da família'

Crédito, Paulo Koba/BBC

Legenda da foto, Erivelton Sousa Silva é um dos 400 funcionários da Brazil Iron

Um dos 400 empregos que a Brazil Iron diz já ter criadoblaze entrar loginPiatã pertence a Erivelton Sousa Silva,blaze entrar login28 anos, morador da Bocaina e presidenteblaze entrar loginoutra associaçãoblaze entrar loginagricultores que se posiciona a favor da mineradora britânica, ao contrárioblaze entrar loginseus vizinhos.

"Quando terminei os estudos aqui, não tinha fonteblaze entrar loginrenda nem nada. Na comunidade, a maioria dos jovens viaja para São Paulo para procurar emprego. Morei lá por dois anos. Não aguentei e vim embora", conta o funcionário, que começou na mineraçãoblaze entrar login2019 como porteiro e hoje atua como motoristablaze entrar logincaminhão e operadorblaze entrar loginmáquinas pesadas.

Para ele, um dos principais benefícios da mineração, "além da carteira assinada e as férias remuneradas, é ter a oportunidadeblaze entrar loginmorar perto da família".

"Meus pais sentiram muito minha falta. Então, algo que o dinheiro não pode comprar é a oportunidadeblaze entrar loginestar perto da mãe e do pai da gente", diz Erivelton, que diz receber R$ 4 milblaze entrar loginsalário, renda que ajuda na casa e na criaçãoblaze entrar loginalguns animais nos fundos do terreno da família.

Para ele, a desconfiança dos quilombolas é resultado do histórico da empresa britânica na região. "Hoje a comunidade mostra uma certa resistência. As pessoas ficam com um pé atrás: será que dessa vez eles estão falando a verdade?"