As pessoas que se voluntariam para serem infectadas por doenças:galera bet site
Cada voluntário foi levado para um laboratório. Ali, sobre uma mesa, havia um pequeno recipiente, do tamanhogalera bet siteuma xícaragalera bet sitecafé, coberto por uma gaze.
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Fim do Matérias recomendadas
Dentro, havia cinco mosquitos barulhentos, importados da América do Norte e infectados com o parasita da malária. O voluntário colocaria seu braço contra o topo do recipiente, para que os mosquitos pudessem trabalhar, picando a pele do voluntário através da cobertura.
À medida que os insetos sugavam o sangue da vítima voluntária, a saliva dos mosquitos, usada para evitar quegalera bet siterefeição se coagule, poderia levar o parasita da malária para dentro da ferida. A esperança era que a vacina oferecesse aos voluntários proteção suficiente para que eles não desenvolvessem a doença.
Este é um exemplo clássico do que é conhecido como estudogalera bet siteinfecção humana controlada. Neste tipogalera bet siteexperimento, os voluntários são deliberadamente expostos a uma doença.
Pode parecer perigoso, talvez até imprudente, expor conscientemente uma pessoa a uma infecção que poderá deixá-la seriamente doente. Mas esta técnica se tornou popular nas últimas décadas, no setorgalera bet sitepesquisas médicas, e tem gerado resultados, com algumas conquistas médicas importantes.
Os cientistas comprovaram que a vacina R21 apresenta eficáciagalera bet siteaté 80% na prevenção da malária. Ela se tornou a segunda vacina contra a doença a ser recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Recentemente, as primeiras doses da vacina foram administradas a bebês na Costa do Marfim e no Sudão do Sul – dois países que perdem milharesgalera bet sitepessoas todos os anosgalera bet sitedecorrência da doença.
E, segundo os cientistas, tudo isso foi possível,galera bet siteparte, porque os voluntários se dispuseram a expor seus braços àquelas xícaras repletasgalera bet sitemosquitos.
"Ao longo dos últimos 20 anos, houve um notável renascimento dos estudosgalera bet siteinfecção humana", afirma o professorgalera bet sitevacinologia Adrian Hill, diretor do Instituto Jenner. "Modelosgalera bet siteinfecção têm sido usados para tudo, desde gripe até covid-19. É realmente muito importante."
Agora, os cientistas tentam infectar voluntários deliberadamente com cada vez mais doenças, na esperançagalera bet sitedesenvolver vacinas e tratamentos cada vez mais eficazes.
Patógenos como zika, febre tifoide e cólera já foram usadosgalera bet siteestudosgalera bet siteinfecção humana controlada. E outros vírus estão entre os futuros candidatos, como o da hepatite C.
Não existe um registro centralgalera bet siteestudosgalera bet siteinfecção humana controlada. Mas Hill estima que eles tenham contribuído com pelo menos 12 vacinas nas últimas duas décadas.
Uma análise sistemática encontrou 308 estudosgalera bet siteinfecção humana entre 1980 e 2021, que expuseram os participantes a patógenos vivos. Seus proponentes acreditam que os benefícios destes estudos superam amplamente os riscos, se forem corretamente conduzidos.
Mas alguns testes recentes questionaram as fronteiras da ética médica, fazendo com que alguns cientistas importantes passassem a se sentir desconfortáveis com a velocidadegalera bet sitecondução desses experimentos, que eram um tabu até pouco tempo atrás.
Antecedentes
Para compreender as origens do mal-estar que persiste entre algumas pessoas sobre os estudosgalera bet siteinfecção humana, é preciso analisar alguns dos momentos mais obscuros da história da medicina.
Os exemplos mais famosos são os experimentos realizados por cientistas da Alemanha nazista, que levaram prisioneiros dos camposgalera bet siteconcentração a serem infectados à força com tuberculose e outros patógenos.
Menos conhecidas são as açõesgalera bet sitemédicos norte-americanos na Guatemala,galera bet sitemeados dos anos 1940. Eles infectaram intencionalmente 1.308 pessoas com sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis.
No início dos anos 1970, descobriu-se que médicos da Escola Estadual Willowbrook, na cidadegalera bet siteNova York (Estados Unidos), expuseram maisgalera bet site50 crianças com deficiência intelectual a hepatite, nos anos 1950 e 1960. O propósito era criar uma vacina.
Entre os pesquisadores médicos, "Willowbrook" passou a ser sinônimogalera bet sitefaltagalera bet siteética nas pesquisas. E os experimentos na escola também contribuíram para a descobertagalera bet siteque existe maisgalera bet siteum patógeno responsável pela hepatite.
Todos estes exemplos contribuíram para criar uma imagem negativa da ideiagalera bet siteinfectar intencionalmente as pessoas com patógenos, segundo o diretor do Institutogalera bet siteÉtica Kennedy da Universidadegalera bet siteGeorgetown, nos Estados Unidos, Daniel Sulmasy. Ele fez parte da comissão presidencial americana que investigou os estudos sobre a sífilis na Guatemala.
No final dos anos 1960 e na décadagalera bet site1970, cientistasgalera bet sitepaíses desenvolvidos criaram uma sériegalera bet sitenormas para estudos médicos, colocando o bem-estar dos voluntários no centro das atenções. Com isso, ficou muito mais difícil realizar estudosgalera bet siteinfecção humana controlada.
Mas, pouco a pouco, nossa visão da ética médica passou a ser mais flexível. E,galera bet siteface da crescente ameaça das pandemias, os cientistas estão novamente se voltando para os estudosgalera bet siteinfecção humana.
Uma das principais motivações é a velocidade.
Em um estudogalera bet sitevacinas tradicional, os voluntários recebem uma vacina ou placebo e são orientados a levargalera bet sitevida normalmente. A esperança é que alguns dos voluntários sejam expostos ao vírus ao longo do seu dia a dia, oferecendo a chancegalera bet sitetestar a eficácia das vacinas.
Mas o processo pode ser implacavelmente lento. O desenvolvimentogalera bet siteuma vacina típica contra uma doença infecciosa pode levar maisgalera bet site10 anos, com gastosgalera bet sitedezenasgalera bet sitemilhõesgalera bet sitedólares. Enquanto isso, milhares – talvez milhões –galera bet sitepessoas continuam a sofrer com a doença.
Os estudosgalera bet siteinfecção humana controlada reduzem o tempogalera bet sitebusca. Eles eliminam o períodogalera bet siteespera e observação, expondo o voluntário vacinado diretamente ao vírus.
"O tempo é importante e, às vezes, realmente precisamos ser muito mais rápidos", afirma a professoragalera bet siteMedicina Andrea Cox, da Universidade Johns Hopkinsgalera bet siteBaltimore, no Estado americanogalera bet siteMaryland.
Para ela, os estudosgalera bet siteinfecção humana controlada são positivos: eles economizam tempo, dinheiro e,galera bet siteúltima análise, vidas humanas.
Ela destaca que estes estudos são particularmente úteis no casogalera bet sitepatógenos raros, como Salmonella e Shigella. Os testes tradicionais para estes patógenos podem se arrastar por anos, enquanto os cientistas aguardam que os voluntários entremgalera bet sitecontato com a doença por acaso.
"Não é algo que aconteça com frequência e, por isso, esperar a ocorrência leva muito tempo", explica a professora.
Quando realizados corretamente, os estudosgalera bet siteinfecção humana controlada também podem agir como sistemasgalera bet sitealerta precoce, segundo os cientistas. Eles oferecem agilidade para os pesquisadores, testando a vacinagalera bet sitediferentes tiposgalera bet sitepessoas e destacando eventuais dificuldades na química envolvida.
De fato, Cox explica que as vacinas ocasionalmente apresentam problemas iniciais quando são lançadas. E é muito melhor descobrir essas questões no conforto do laboratório, com tratamentos facilmente disponíveis.
Ela menciona a vacina Dengvaxia, introduzida pelo governo das Filipinasgalera bet site2016 para proteger a população contra o vírus da dengue, responsável pela mortegalera bet sitemilharesgalera bet sitepessoas todos os anos.
A vacina foi administrada a 800 mil crianças filipinas. Mas os pesquisadores identificaram um problema: a vacina funcionava bem para crianças que já haviam contraído dengue, mas era potencialmente perigosa para aquelas que ainda não haviam sido infectadas.
Por isso, a OMS alterou suas orientaçõesgalera bet site2017, recomendando que a Dengvaxia não fosse administrada a indivíduos que não houvessem sido infectados anteriormente pelo vírus da dengue.
Este é exatamente o tipogalera bet sitedetalhe alarmante que um estudogalera bet siteinfecção humana controlada poderia ter detectado logogalera bet siteinício, segundo Cox.
Para ela, se a Dengvaxia tivesse sido testadagalera bet siteum estudogalera bet siteinfecção humana, os pesquisadores poderiam ter observado como a vacina e o vírus interagem dentro do corpogalera bet sitediversos pacientes, incluindo aqueles que já haviam sido infectados pela dengue e os que não tiveram contato com o vírus.
"Aprender que uma vacina causa problemasgalera bet siteum ambiente com intensa observação e disponibilidadegalera bet siteassistência médica é melhor do que aprendergalera bet siteuma região do mundo onde existem recursos limitados", diz Cox.
Riscos e prevenção
Durante os debates sobre os estudosgalera bet siteinfecção humana controlada, os cientistas vêm discutindo há muito tempo a necessidadegalera bet sitetratamento confiável no casogalera bet siteefeitos adversos.
O Instituto Jenner começou a expor intencionalmente as pessoas à maláriagalera bet site2001. Naquela época, já existiam tratamentos eficazes contra a doença.
Os pesquisadores do instituto também têm o cuidadogalera bet siteusar uma linhagemgalera bet sitemalária com alta sensibilidade ao tratamento medicinal. Isso se deve ao aumento da resistência do parasita aos medicamentosgalera bet sitemuitas partes do mundo.
Mas alguns cientistas se preocupam com a permeabilização dos limites da ética,galera bet siterelação ao usogalera bet sitedoenças sem tratamentos disponíveis.
Em 2022, pesquisadores norte-americanos administraram duas linhagens do vírus zika a 20 mulheres saudáveis (nenhuma delas grávida ou lactante). Elas fizeram partegalera bet siteum estudo que também observou um número similargalera bet sitehomens infectados com o vírus.
O zika causa sintomas leves na maior parte dos adultos, mas pode gerar anormalidades no nascimentogalera bet sitebebêsgalera bet sitepais infectados durante a gravidez. Em casos raros, o zika também é associado a problemas neurológicosgalera bet siteadultos. E não há tratamento contra o vírus.
As mulheres passaram por vários testesgalera bet sitegravidez antes do estudo e os pesquisadores pediram que elas usassem métodosgalera bet sitecontrolegalera bet sitenatalidade pelos dois meses seguintes.
Os resultados do estudo ainda não foram publicados, mas todas as mulheres que receberam o vírus se infectaram. A maioria delas desenvolveu sintomas como dores nas juntas e erupções na pele durante o períodogalera bet sitequarentena, segundo os detalhes relatadosgalera bet siteuma conferência médicagalera bet site2023.
A pesquisa poderá fornecer um modelo para um estudo maiorgalera bet siteinfecção humana pelo vírus zika, segundo uma das autoras, a especialistagalera bet sitedoenças infecciosas Anna Durbin, da Escola Bloomberggalera bet siteSaúde Pública da Universidade Johns Hopkins.
Os pesquisadores estão agora recrutando voluntários para um estudo que testará a eficáciagalera bet siteuma vacina contra a dengue para proteger as pessoas deliberadamente infectadas com o vírus zika.
Talvez a maior controvérsia sobre os estudosgalera bet siteinfecção humana controlada sejam as discussões sobre estudos com HIV, considerando as consequências da doença para toda a vida. Mas esta ainda é uma hipótese distante.
Mais realista é a perspectivagalera bet siteum estudogalera bet siteinfecção humana controlada para hepatite C, um vírus que normalmente pode ser tratado, embora nem sempre. As infecções crônicas com o vírus podem causar cirrose, insuficiência hepática e levar à morte, se não receberem tratamento.
Pesquisadores da Universidadegalera bet siteOxford, por exemplo, obtiveram financiamento para testar uma possível vacina contra a hepatite C, com um estudogalera bet siteinfecção humana controlada. Cox também propõe um estudo deste tipo com o vírus apósgalera bet sitefrustrada tentativagalera bet sitelançar um teste convencionalgalera bet sitevacina contra a hepatite C,galera bet site2012.
Ela conta que o teste durou seis anos e acabou fracassando – um processo emocional decepcionante, que viu milhõesgalera bet sitepessoas morrerem da doençagalera bet sitetodo o mundo no mesmo período.
Cox destaca que o estudogalera bet siteinfecção humana controlada seria muito mais rápido. Ela propõe o recrutamentogalera bet sitevoluntários adultos totalmente informados, que dariam seu livre consentimento para participar, mas também receberiam pelo seu tempo.
Depois da vacinação, eles seriam deliberadamente expostos ao vírus e monitorados ao longogalera bet sitediversas semanas ou meses. E os participantes que não se livrassem do vírus receberiam antivirais.
Mas, mesmo com medidas rigorosasgalera bet sitesegurança, acidentes acontecem.
Hill conta que,galera bet site2012, um voluntário do Instituto Jenner deixougalera bet sitecomparecer ao seu check-in médico obrigatório, sete dias depoisgalera bet siteser infectado com malária. Ele passou uma semana sem ser encontrado.
O voluntário estava bem, mas o incidente foi relatado para o comitêgalera bet siteética. E as consequências poderiam ter sido muito mais sérias.
Altruísmo e voluntariado
A velocidadegalera bet siterealização dos estudosgalera bet siteinfecção humana controlada é exatamente o que incomoda alguns cientistas. É o caso da professora eméritagalera bet siteinfecções e imunologia Eleanor Riley, da Universidadegalera bet siteEdimburgo, no Reino Unido.
"Para os casos que têm potencialgalera bet sitecausar doenças muito graves, sem que tenhamos um remédio para impedir o desenvolvimento daquele organismo, acho que... o equilíbrio se torna muito, muito mais difícil", afirma ela.
"Quando existe um riscogalera bet sitemortegalera bet siteumagalera bet sitecada 1 mil pessoas [por exemplo], você precisa me convencergalera bet siteque irá conseguir algo que não pode aprendergalera bet sitenenhuma outra forma."
Outros estudiosos da ética têm menos preocupações.
O professorgalera bet sitebioética Arthur Caplan, da Escolagalera bet siteMedicina Grossman da Universidadegalera bet siteNova York, nos Estados Unidos, acredita que a noçãogalera bet siteque os estudosgalera bet siteinfecção humana somente devem ser realizados com doenças tratáveis é uma "moralidade confusa". Para ele, "o altruísmo e a tentativagalera bet siteajudar os outros são razões totalmente legítimas para querer participar das pesquisas".
Caplan menciona experimentos conduzidos para auxiliar a exploração espacial. Nesses estudos, pede-se aos voluntários que se deitem sobre uma cama que se inclina para trás e leva o fluxo sanguíneogalera bet sitedireção ao cérebro, para imitar os efeitos da microgravidade.
Muitas vezes, os voluntários obtêm poucos benefícios ao fazerem parte desses estudos, segundo ele. Eles simplesmente participam pelo bem público.
"Ou seja, existem precedentesgalera bet siteusogalera bet sitepessoasgalera bet siteestudos que se voluntariam para enfrentar riscos sem obter benefícios", conclui Caplan.
Os estudos na pandemia
Todas estas questões vieram à tonagalera bet site2021, quando o Imperial Collegegalera bet siteLondres anunciou o primeiro estudogalera bet siteinfecção humana controlada do mundo para covid-19.
O experimento foi recebido com entusiasmo, principalmente pelo grupo ativista norte-americano 1DaySooner. Criadogalera bet sitemarçogalera bet site2020galera bet siteresposta à pandemiagalera bet sitecovid-19, o grupo tem como propósito promover mais estudosgalera bet siteinfecção humana controlada e apoiar o recrutamentogalera bet sitevoluntários.
O estudo forneceu conhecimentos valiosos sobre por que algumas pessoas conseguem evitar ficar doentes, mesmo depoisgalera bet siteinfectadas. Ele revelou que elas dispõemgalera bet siteuma reação imunológica localizada no revestimento do nariz, o que evita que o vírus se instale nos seus corpos.
Mas o estudo também gerou controvérsias. Afinal, a covid-19 não tem cura e seus efeitosgalera bet sitelongo prazo são imprevisíveis.
Trinta e seis jovens adultos foram expostos ao vírus por meiogalera bet siteum líquido gotejado no nariz e mantidosgalera bet sitequarentena por 14 dias,galera bet siteum hospitalgalera bet siteLondres.
"Observamos que [os voluntários] sofreram grande reprodução do vírus no nariz e na garganta e permaneceram com a infecção por cercagalera bet site10 dias", afirma uma das autoras do estudo, a professora clínica Anika Singanayagam, do Imperial Collegegalera bet siteLondres.
O estudo também ajudou a comprovar a precisão dos testesgalera bet siteantígeno (também conhecidos como testes rápidos) – os testesgalera bet sitecovid domésticos,galera bet sitefácil utilização, empregados rotineiramente na épocagalera bet sitemuitos países.
Mas Daniel Sulmasy acredita que o estudogalera bet siteinfecção humana controlada do Imperial College não passou pelo crivo da ética.
Para ele, "não se aprendeu muita coisa que não poderia ser estudadagalera bet siteformas alternativas. A covid era algo novo. Eles realmente não sabiam muito sobre as consequênciasgalera bet sitelongo prazo."
Sulmasy destaca que diversas vacinas contra a covid-19 já haviam sido aprovadas na época do início do estudo, o que reduzia a necessidadegalera bet siteassumir aquele risco.
Em declaração por escrito, o Imperial Collegegalera bet siteLondres afirmou que Remdesivir – o tratamento antiviral que pode reduzir o riscogalera bet sitedoença gravegalera bet sitepacientes com covid-19 – ficou disponível ao longogalera bet sitetodo o estudo para qualquer voluntário que apresentasse sintomas maiores do que o esperado.
"Quando o estudo foi eticamente aprovado, já estávamos com um anogalera bet sitepandemia", declarou um porta-voz. "Naquela época, havia muitas informações sobre a doençagalera bet siteadultos jovens saudáveis que demonstravam risco muito baixogalera bet sitedoença grave naquele grupo."
O Imperial College acrescentou que o estudo "forneceu muitos dados granulares sobre a infecção [por covid-19], o que não teria sido possível com outros tiposgalera bet siteestudo".
Desde então, surgiram outros estudosgalera bet siteinfecção humana controlada com covid-19. Pesquisadores do Instituto Jenner da Universidadegalera bet siteOxford, por exemplo, estão agora inscrevendo participantes para um estudo que irá infectar deliberadamente voluntários vacinados contra covid-19 com a subvariante Ômicron BA.5.
O objetivo é entender melhor como as vacinas interagem com as subvariantes do vírus. Os participantes receberão 4.935 libras (cercagalera bet siteR$ 36 mil) pelo seu tempo e para cobrir despesasgalera bet siteviagem.
Sean Cousins tem 33 anos e trabalha como entregadorgalera bet siteSouthampton, no Reino Unido. Ele recebeu maisgalera bet site11 mil libras (cercagalera bet siteR$ 80,3 mil) para participargalera bet sitetrês estudosgalera bet siteinfecção humana controlada entre 2014 e 2020.
Em dois dos estudos, ele foi infectado com influenza. No terceiro, com vírus sincicial respiratório. Mas ele afirma que teria se inscrito mesmo sem receber para isso.
"Era apenas algo novo para testar", explica ele. "[Eu queria] fornecer meu tempo [...] e apenas ajudar a humanidade, se pudesse."
Em um ponto, os cientistas concordam: iremos provavelmente observar mais estudosgalera bet siteinfecção humana controlada no futuro.
A listagalera bet sitepatógenos utilizados também irá crescer, incluindo alguns perigosos e sem tratamento. Isso deixa alguns cientistas, como Sulmasy, com uma sensaçãogalera bet siteansiedade difícilgalera bet sitecontrolar.
"Acho que iremos estender as fronteiras e só iremos parar quando alguém sair prejudicado", afirma ele.
Já outros preveem imensas oportunidades para a medicina. Eles defendem que, com os controles certos, os estudosgalera bet siteinfecção humana controlada podem melhorar e acelerar o desenvolvimentogalera bet sitevacinas contra doenças que atormentam a humanidade há séculos.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation.