De 'vira-lata' a aliança global no G20: biocombustível ganha força e deve gerar negócios para Brasil:sportingbet flamengo e corinthians

Críticas têm partido historicamente, sobretudo,sportingbet flamengo e corinthianspaíses europeus, que questionam quão sustentáveis os biocombustíveis sãosportingbet flamengo e corinthiansfato.

Desmatamento para aberturasportingbet flamengo e corinthiansnovos campossportingbet flamengo e corinthiansplantação e a ocupaçãosportingbet flamengo e corinthiansterras usadas para produçãosportingbet flamengo e corinthiansalimentos são fatores apontados como problemas dessa produção.

Já os defensores da nova aliança dizem que ela visa, justamente, promover a produção sustentávelsportingbet flamengo e corinthiansbiocombustíveis, com o compartilhamentosportingbet flamengo e corinthiansconhecimento e tecnologiasportingbet flamengo e corinthianspaíses como o Brasil, e o usosportingbet flamengo e corinthiansterrenos já desmatados.

Uma iniciativa brasileira que pode ser compartilhada, segundo fontes do Itamaraty, é o RenovaBio, programa criado pelo Ministériosportingbet flamengo e corinthiansMinas e Energiasportingbet flamengo e corinthians2016 que realiza a certificação da produçãosportingbet flamengo e corinthiansbiocombustíveissportingbet flamengo e corinthiansacordo com suas reduções na emissãosportingbet flamengo e corinthiansgases do efeito estufa, permitindo aos produtores comercializarem créditossportingbet flamengo e corinthianscarbono.

Na visão desses diplomatas, a resistência históricasportingbet flamengo e corinthianspaíses europeus contra biocombustíveis,sportingbet flamengo e corinthiansgeral justificada na preocupação com o desmatamento, está também relacionada ao interesse desses paísessportingbet flamengo e corinthiansvender suas tecnologias, como os carros elétricos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimôniasportingbet flamengo e corinthianslançamento ao lado do presidente americano, Joe Biden, e do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, mas não houve discursos devido à agenda corrida durante a cúpula.

“Hoje, a necessidade do momento é que todos os países trabalhem juntos na áreasportingbet flamengo e corinthiansmisturasportingbet flamengo e corinthianscombustíveis. Nossa proposta é tomar uma iniciativasportingbet flamengo e corinthiansnível global para levar a misturasportingbet flamengo e corinthiansetanol à gasolina a até 20%”, disse Modi,sportingbet flamengo e corinthiansoutro momento da cúpula.

No Brasil, a gasolina já tem 27,5%sportingbet flamengo e corinthiansetanol emsportingbet flamengo e corinthiansmistura, e o governo estuda aumentar esse percentual para 30%.

Crescimento do mercado vai gerar negócios para o Brasil

A ideia da aliança é que biocombustíveis sejam mais usados globalmente, não só no transporte automotivo, mas tambémsportingbet flamengo e corinthiansaviões e embarcações.

A Organização Internacional da Aviação Civil já adotou metas ambiciosassportingbet flamengo e corinthiansreduçãosportingbet flamengo e corinthiansemissõessportingbet flamengo e corinthianscarbono que começam a valersportingbet flamengo e corinthians2027, enquanto o setor marítimo está finalizando o processo para isso.

Os biocombustíveis líquidos já são um quinto (cercasportingbet flamengo e corinthians20%) do consumo energético dos transportes do Brasil, mas no mundo esse percentual ésportingbet flamengo e corinthiansapenas 4%.

Segundo a Agência Internacionalsportingbet flamengo e corinthiansEnergia, a produção global precisa triplicar até 2030 para que o mundo possa alcançar emissões líquidas zerosportingbet flamengo e corinthianscarbono até 2050.

Um mercado mundial mais robusto pode render negócios ao Brasil, que é liderança na produçãosportingbet flamengo e corinthiansetanol a partir da cana-de-açúcar e poderá exportar carros flex (movidos a gasolina e etanol) e tecnologia, exemplifica Plinio Nastari, presidente da Datagro Consultoria e integrante do Conselho Nacionalsportingbet flamengo e corinthiansPolítica Energética.

“O mundo vai produzir mais, vai precisarsportingbet flamengo e corinthiansequipamentos. Qual é o maior produtor mundialsportingbet flamengo e corinthiansequipamento para produçãosportingbet flamengo e corinthiansetanol? É o Brasil”, disse à reportagem.

Nastari concorda que os biocombustíveis foram por muito tempos tratados como uma energia “vira-lata”. Ele ressalta que estão sendo desenvolvidos usos mais modernos dessa energia, comosportingbet flamengo e corinthiansaplicaçãosportingbet flamengo e corinthianscarros movidos a hidrogênio.

“Sendo um carregadorsportingbet flamengo e corinthianshidrogênio, o etanol permite que você faça a distribuiçãosportingbet flamengo e corinthianshidrogênio na formasportingbet flamengo e corinthiansum combustível líquido,sportingbet flamengo e corinthiansforma prática, econômica e segura. E a transformação desse combustível líquido etanolsportingbet flamengo e corinthianshidrogênio ocorre no ato do consumo”, explicou.

“O hidrogênio tem um conteúdosportingbet flamengo e corinthiansenergia muito concentrado. Então, a eficiência da motorização a hidrogênio é muito alta. Vamos poder ter um carro que vai fazer 25 quilômetros por litrosportingbet flamengo e corinthiansetanol, mas etanol na formasportingbet flamengo e corinthianshidrogênio, não na formasportingbet flamengo e corinthianscombustível. Enquanto os carros utilizando o etanol (convencional) hoje fazem oito, onze, quatorze quilômetros por litro, no caso dos híbridos”, afirma Nastari.

Alternativa para o Sul Global

A tentativasportingbet flamengo e corinthiansexpandir o mercado mundialsportingbet flamengo e corinthiansetanol é uma agenda antiga do Itamaraty e do setor privado brasileiro, liderado pela Unica (União da Indústriasportingbet flamengo e corinthiansCanasportingbet flamengo e corinthiansAçúcar).

No seu segundo mandato presidencial, Lula chegou a assinar um acordo com o presidente americano George W. Bushsportingbet flamengo e corinthians2007, com objetivosportingbet flamengo e corinthianspromover os biocombustíveis no mundo, mas os avanços foram tímidos.

Naquele momento, Bush chegou a se referir a Lula como o “evangelizador do etanol”, devido à forte campanha do brasileirosportingbet flamengo e corinthiansfavor dessa opção energética.

Para o Itamaraty, a aliança firmada na Índia é uma iniciativa que se encaixa perfeitamente nos objetivos da política externa brasileirasportingbet flamengo e corinthianspromover o desenvolvimento do Sul Global.

Isso porque a adoção dos biocombustíveis é considerada uma alternativa mais baratasportingbet flamengo e corinthiansenergia sustentável para o transporte do que, por exemplo, a eletrificação da frota. Além disso, também é mais intensivasportingbet flamengo e corinthiansmãosportingbet flamengo e corinthiansobra, podendo gerar mais emprego e renda.

Etanol, a aposta indiana com pitada brasileira

O Brasil é o segundo maior produtorsportingbet flamengo e corinthiansbiocombustíveis do mundo, atrás dos Estados Unidos.

Já a Índia se tornou recentemente o terceira maior, após o governo Modi apostar com mais força nessa opção energética, processo que contou com o apoio do governo e do setor privado brasileiros por meiosportingbet flamengo e corinthiansacordossportingbet flamengo e corinthianscooperação.

Devido à velocidade do avanço, o país inclusive antecipousportingbet flamengo e corinthians2030 para 2025 a metasportingbet flamengo e corinthiansadicionar 20%sportingbet flamengo e corinthiansetanol à gasolina, após atingir antecipadamente a metasportingbet flamengo e corinthians10% do ano passado.

A Índia é um grande produtorsportingbet flamengo e corinthianscanasportingbet flamengo e corinthiansaçúcar (uma das matérias-primas do etanol) ao mesmo tempo que é o maior importadorsportingbet flamengo e corinthianspetróleo do mundo. Por isso, a ampliação do usosportingbet flamengo e corinthiansbiocombustíveis passou a ser vista como um importante trunfo para a segurança energética do país e economiasportingbet flamengo e corinthiansdivisas.

“O que no fundo essa aliança global vai fazer é justamente construir um processosportingbet flamengo e corinthianscooperação para que sejam acelerados os processossportingbet flamengo e corinthiansadoção da bioenergia como substituto a fontes energéticas fósseis", disse à reportagem o presidente da Única, Evandro Gussi.

“Essa ideia nascesportingbet flamengo e corinthiansum exemplo concreto: o que os setores público e privado do Brasil têm feito com a Índia nesses últimos anos é compartilhar a nossa experiência na produçãosportingbet flamengo e corinthiansbioenergia, especificamentesportingbet flamengo e corinthiansetanol”, reforçou.