A especialista para quem milharescasas de apostas online portugalpessoas no mundo perguntam se devem ou não ter filhos:casas de apostas online portugal

O "não"casas de apostas online portugalMerle ao pedidocasas de apostas online portugalcasamento durou um ano e meio. Nesse tempo, ela conversou com mulheres que tiveram muito sucesso na carreira e que, além disso, eram mães e gostavam da maternidade.

Foi então que ela viu exemplos para contrastar com as ideias que havia construído inconscientemente sobre a maternidade.

"Minha ideiacasas de apostas online portugalser mãe naquela época era acasas de apostas online portugalque eu não conseguiria realizar meus próprios sonhos além do sonhocasas de apostas online portugalter uma família", diz.

Ele cresceu testemunhando o amorcasas de apostas online portugalsua mãe pela família, mas também a frustração que ela sentia por não ter tido uma carreira.

Este processocasas de apostas online portugaldecifrar as suas próprias ideias e emoções sobre ser mãe não só a levou a finalmente decidir ser mãe, como também lhe permitiu encontrar aquela que é, até hoje — 45 anos depois — acasas de apostas online portugalpaixão: ajudar as pessoas a decidirem se querem ou não ter filhos.

Em 1981, Bombardieri, psicoterapeuta e assistente social clínica, publicou The Baby Decision: How to Make the Most Important Choice of Your Life ("A decisão sobre o bebê: como fazer a escolha mais importante dacasas de apostas online portugalvida",casas de apostas online portugaltradução livre), um livro que apresenta um métodocasas de apostas online portugalcinco etapas para se tomar essa decisão.

O livro passou desapercebido por muitos anos. Em 2016, contudo, relatoscasas de apostas online portugalleitores começaram a se espalhar pela internet após a publicaçãocasas de apostas online portugaluma versão atualizada da obra.

Desde então, Bombardieri se tornou uma espéciecasas de apostas online portugalguru do assunto nos Estados Unidos, consultada por milharescasas de apostas online portugalpessoas que buscamcasas de apostas online portugalorientaçãocasas de apostas online portugalgrupos do Facebook e do Reddit.

A novidade do seu método é que ele está centrado na compreensão das pessoas sobre as suas ideias e emoções, por vezes ocultas, sobre a maternidade e a paternidade. E também fornece ferramentas práticas para a tomadacasas de apostas online portugaldecisão.

Aos 75 anos, Bombardieri continua atendendo (o valor das consultas varia entre US$ 200 e US$ 300 por sessão — ou R$ 1.230 a R$ 1.840). Mas ela tem se concentradocasas de apostas online portugalalcançar o maior número possívelcasas de apostas online portugalpessoas falandocasas de apostas online portugalredes sociais, podcasts e na mídia. E está preparando seu segundo livro para 2026.

Bombardieri conversou com a BBC News Mundo sobrecasas de apostas online portugalobra.

casas de apostas online portugal BBC: Todo mundo sabe que ter um filho é uma grande decisão, mas nem todo mundo passou 45 anos pensando nisso. Para você, o que faz desta a decisão mais importante da vida, como diz o subtítulo do seu livro?

casas de apostas online portugal Merle Bombardieri: Algo que adoro nesta decisão é que não se trata apenascasas de apostas online portugalter ou não ter um filho, mascasas de apostas online portugaltudo o que ainda não aconteceu nas nossas vidas e que queremos que aconteça entre agora e a nossa morte. Isso nos faz pensar sobre o que realmente importa para nós.

Quando faço a pergunta desta forma, muitas vezes encontro respostas como "às vezes, quando eu estou deprimido, gostariacasas de apostas online portugalestar numa aulacasas de apostas online portugaldança" ou "gostariacasas de apostas online portugalcriar uma fundação contra a fome no mundo".

Essa visão do futuro pode ou não incluir ter um filho, mas é importante reconhecer e colocar todas as outras coisas diantecasas de apostas online portugalsi. Há muito para se descobrir assim.

Outro fator que torna essa decisão crucial é que os relacionamentos mudam muito quando você abre espaço para um filho. É importante que as pessoas vejam o que está acontecendocasas de apostas online portugalseu casamento e como isso pode mudar com um filho.

Quando os casais estão muito apaixonados, se comunicam bem e se sentem seguros um com o outro, geralmente conseguem acrescentar um filho às suas vidas.

Mas se um relacionamento não for bom, um bebê não vai consertar isso, e vai tornar as coisas ainda mais difíceis.

Por exemplo, se alguém não tem certezacasas de apostas online portugalque seu parceiro o ama o suficiente, pode ficar com ciúmes do bebê ou não ser capazcasas de apostas online portugaltolerar momentoscasas de apostas online portugalque ambos tenham que cuidarcasas de apostas online portugaluma criança doentecasas de apostas online portugalvezcasas de apostas online portugalir ao cinema.

Tomar esta decisão, que às vezes pode ser tão tortuosa, é uma oportunidadecasas de apostas online portugalouro para as pessoas crescerem individualmente e como casal.

As pessoas que me consultam costumam acreditar que já sabem tudo sobre seus parceiros porque estão casados ​​há anos, e acabam descobrindo no processo muitas coisas que não sabiam sobre como eram quando crianças, que ideias tinham sobre serem pais ou mesmo por que se apaixonaram.

casas de apostas online portugal BBC: O seu método vai alémcasas de apostas online portugalexplorar os prós e os contras. Em vez disso, trata-secasas de apostas online portugalajudar as pessoas a explorar as suas próprias ideias sobre a paternidade e maternidade, os seus medos e os seus desejos. O que acontece quando a decisão é abordada desta outra forma?

casas de apostas online portugal Bombardieri: Quando as pessoas fazem listascasas de apostas online portugalprós e contras, a única coisa que faz sentido é não ter filhos.

Eu me lembrocasas de apostas online portugalquando comecei a escrever meu livro, li um artigocasas de apostas online portugaluma revista que dizia algo como: "Você prefere passar duas semanas na praia do Caribe ou trocar fraldas no meio da noite?" Obviamente essas perguntas não são muito úteis.

As pessoas podem fazer listas e ver quais são os prós e os contras, mas ainda assim não saber como realmente se sentem.

Um dos exercícios que eu faço e que tem ajudado muitas pessoas é o diálogo na cadeira.

O exercício consistecasas de apostas online portugalvocê sentarcasas de apostas online portugaluma cadeira e dizer: "Definitivamente vou ter um filho". E então você se sentacasas de apostas online portugaloutra cadeira e diz: "Você está louco? Como pode abrir mão dacasas de apostas online portugalliberdade? O que vai acontecer comcasas de apostas online portugalcarreira? Além disso, você odeia bebês gritando e é sensível ao barulho".

Ecasas de apostas online portugalseguida você mudacasas de apostas online portugalcadeira novamente e apresenta seus argumentos opostos.

O que acontece é realmente interessante. As pessoas pensam que o diálogo é "50-50", mas logo descobrem que uma das duas vozes é mais forte.

Literalmente,casas de apostas online portugalvoz fica mais alta e claracasas de apostas online portugaluma das cadeiras. Sua postura é mais ereta e você se sente mais no seu elemento – mais autêntico.

Apenas olhando as listascasas de apostas online portugalprós e contras você não entrarácasas de apostas online portugalcontato com esses tiposcasas de apostas online portugalreações físicas, fantasias e memórias.

Outro exercício muito útil é manter um diário no qual você escreve com uma cor os seus sentimentos positivoscasas de apostas online portugalrelação à parentalidade e com outra cor seus sentimentos positivos relacionados a não ter filhos.

Por exemplo, se você visitar amigos que têm um recém-nascido que não paracasas de apostas online portugalgritar e não deixa ninguém dormir, escreva issocasas de apostas online portugalvermelho. Se você então vai na casa do seu melhor amigo que tem um filhocasas de apostas online portugal10 e umcasas de apostas online portugal12 anos e se diverte jogando futebol e fazendo piquenique, você escreve issocasas de apostas online portugalazul.

O fascinante é que depoiscasas de apostas online portugalalgumas semanas uma cor começa a predominar. Às vezes você pode ver a resposta mesmo sem ler tudo o que foi escrito.

casas de apostas online portugal BBC: A infância costuma influenciar se alguém quer ser pai ou não?

casas de apostas online portugal Bombardieri: Ela influencia as ideias que se tem sobre ser pai.

Uma das coisas que fiz e que acho que fez a diferença para algumas pessoas foi ajudá-las a entrarcasas de apostas online portugalcontato com suas memórias.

Talvez você tenha tido que cheirar o cocô do seu irmãozinho quando era pequeno e ajudou a trocar a fralda dele, e isso te deixou com muito nojo. Talvez você não pense nisso há anos, mas, tendo essa memória, você pode dizer: "ah, talvez seja por isso que fico tão enojado com crianças".

Principalmente os que tiveram uma infância muito infeliz tendem a pensar "eu não gostariacasas de apostas online portugalimpor isso aos meus filhos".

Mas,casas de apostas online portugalalguns casos, à medida que curam seus traumascasas de apostas online portugalinfância – talvez atravéscasas de apostas online portugalterapia ou com a ajudacasas de apostas online portugalamigos carinhosos oucasas de apostas online portugalum conselheiro espiritual –, eles passam a imaginar a maternidade ou a paternidadecasas de apostas online portugalforma diferente.

Outras pessoas vivem uma infância feliz e querem replicar isso. Por exemplo, eu adorava fazer piqueniques no quintal com os meus irmãos e pais e eu queria fazer o mesmo com as minhas filhas.

Mas também há muitas pessoas que tiveram uma ótima infância e decidem não ter filhos, talvez porque tenham padrões muito elevados sobre o que significa ser um bom pai e sintam que não poderiam alcançar isso, ou talvez porque existem outras coisas importantescasas de apostas online portugalsuas vidas que merecem toda acasas de apostas online portugalatenção.

casas de apostas online portugal BBC: Uma das razões pelas quais tantos casais a consultam ou leem seu livro é porque não conseguem chegar a um acordo. Você diz que a solução nesses casos não é necessariamente terminar o relacionamento.

casas de apostas online portugal Bombardieri: Você não pode ser pai nos anos pares e não ter filhos nos anos ímpares. Então, é claro, há momentoscasas de apostas online portugalque os casais decidem terminar o relacionamento, porque realmente não conseguem encontrar uma solução que lhes permita continuar juntos.

Mas há muitas outras ocasiõescasas de apostas online portugalque os casais acreditam que isso tem que acabar e não acaba.

Muitas pessoas podem preferir a opção oposta ao parceiro, mas se olharem atentamente para as possibilidades, poderão encontrar maneirascasas de apostas online portugalgostar ou nãocasas de apostas online portugalter um filho.

Digamos que uma mulher queira ter três filhos e o seu marido não queira ter nenhum, mas talvez ele também sinta que perderia alguns dos prazeres da vida por não ser pai.

Talvez eles possam considerar ter apenas um filho e esperar mais quatro ou cinco anos para fazê-lo, se ele achar que precisa desses anos paracasas de apostas online portugalcarreira ou para que possam viajar mais juntos. Muitas vezes podem ser encontradas soluções que não são óbvias.

Muitas vezes também existe um grande desconhecimento sobre a opçãocasas de apostas online portugalser uma família sem filhos. Existe uma suposição básicacasas de apostas online portugalque todo mundo tem filhos e, se não tiver, você é uma aberração ou está perdendo a melhor experiência da vida.

Mas há muitas experiênciascasas de apostas online portugalvida excelentes e nem todas têm a ver com crianças.

casas de apostas online portugal BBC: Quanto pesa essa pressão social sobre quem toma a decisão?

casas de apostas online portugal Bombardieri: Isso variacasas de apostas online portugalcasal para casal e também variacasas de apostas online portugalcultura para cultura.

Por exemplo, na cultura latino-americana, os pais têm um desejo profundamente enraizadocasas de apostas online portugalque os seus filhos tenham filhos e assumem que isso vai acontecer.

Acho que cada vez mais os pais entendemcasas de apostas online portugalforma abstrata as razões pelas quais seus filhos não querem ter filhos, mas a maioria ainda gostariacasas de apostas online portugalter netos.

Além disso, durante todos os anoscasas de apostas online portugalque criaram os filhos, eles presumiram que teriam netos, então terão uma grande decepção.

Claro que hoje há mais aceitação social à ideiacasas de apostas online portugalnão se ter filhos do que no final dos anos 70, quando comecei a trabalhar nisso.

Mas ainda existem muitas ideias negativas sobre as pessoas que decidem não ter filhos e muita pressão.

casas de apostas online portugal BBC: Ter filhos é uma decisão que está ligada à economia, aos direitos reprodutivos e ao meio ambiente. Você acha que vivemoscasas de apostas online portugaluma épocacasas de apostas online portugalque as pessoas podem tomar livremente a decisãocasas de apostas online portugalter filhos?

casas de apostas online portugal Bombardieri: É uma pergunta muito boa. Acho que estamos vivendo um momento muito difícilcasas de apostas online portugalque temos preocupações que as gerações passadas não tiveram que enfrentar... Quando tiver 14, 17 ou 19 anos, nosso filho vai ter ar suficiente? Comida suficiente?

E depois há a questão financeira. Devido a todos os problemas econômicos que ocorrem há muitos anos no mundo, muitas pessoas que gostariamcasas de apostas online portugalter um filho não o têm.

Ou enfrentam um terrível estresse financeiro para ter apenas um, quando gostariamcasas de apostas online portugalter dois ou três. O custocasas de apostas online portugalcriar os filhos aumentou muito.

Essas circunstâncias estão tornando a decisão muito mais difícil.

casas de apostas online portugal BBC: Quanto mudou o tipocasas de apostas online portugalpessoa que procura você para orientar seu processocasas de apostas online portugaltomadacasas de apostas online portugaldecisão? Que mudanças você observou?

casas de apostas online portugal Bombardieri: Vejo cada vez mais pessoas solteiras, gays, pessoas trans, pessoas solteiras e casais heterossexuais que têm apenas um filho e decidem não ter mais.

Em geral, tenho visto mais aceitação e compreensãocasas de apostas online portugalque existem muitas maneirascasas de apostas online portugalconstituir família.

casas de apostas online portugal BBC: No livro, você falacasas de apostas online portugalum contraste entre as pessoas que tomam ativamente uma decisão e aquelas que deixam as coisas acontecerem – talvez deixando a porta entreaberta para uma gravidez acidental ou adiando a decisão até que não haja mais uma decisão a ser tomada. Você pode falar um pouco sobre o que acontececasas de apostas online portugalcada um desses casos?

casas de apostas online portugal Bombardieri: Eu encorajo as pessoas a tomarem uma decisão ativa. Tantas coisas difíceis acontecem na vida, mesmo quando você toma a decisão certa, que é muito fácil se sentir vítima e dizer "ah, isso acaboucasas de apostas online portugalacontecer comigo, coitadocasas de apostas online portugalmim".

Pessoas que tomam conscientemente a decisãocasas de apostas online portugalter um filho, quando há um problema ou algo não vai bem, sentem que estão no controlecasas de apostas online portugalsuas vidas e tendem a ser proativas.

Por exemplo, às vezes as pessoas decidem ter um filho e acabam por ter problemascasas de apostas online portugalinfertilidade ou o bebê nasce prematuro e não pode ir para casa durante dois meses.

Se tomarem uma decisão ativa,casas de apostas online portugalvezcasas de apostas online portugalsentirem "ah, coisas estão acontecendo conosco", provavelmente pensarão "isso faz parte do nosso plano, podemos lidar com isso e seguiremoscasas de apostas online portugalfrente".

Há também pessoas que nunca decidem que não vão ter um filho, mas simplesmente deixam o tempo passar. O problema disso é a perdacasas de apostas online portugaltempo.

Tem gente que me diz: "Se eu tivesse tomado a decisãocasas de apostas online portugalnão ter filhos há sete anos, talvez já tivesse feito o doutorado e estaria lecionando na universidade ou fazendo pesquisascasas de apostas online portugallaboratório".

O problemacasas de apostas online portugalnão decidir é que você nunca sofre conscientemente por não ser pai. Portanto, você não é tão capazcasas de apostas online portugalcriar consciente e intencionalmente a vida que pode pagar, não tendo que gastar seu tempo e dinheiro para ter um filho.

É por isso que acho tão importante tomar uma decisão ativa.

casas de apostas online portugal BBC: Você diz que alguém vai se arrepender, quer tenha filhos ou não. Como você pode fazer as pazes com esse arrependimento?

casas de apostas online portugal Bombardieri: Ser ambivalente é da natureza humana. Quando você vai a uma nova sorveteria e pede um sorvetecasas de apostas online portugalnozes, e depois vê que outra pessoa pediu sabor manga, você quer o sabor da outra pessoa.

É da natureza humana nos perguntarmos que outra opção poderíamos ter tomado. É por isso que digo para não se perguntar se você se arrependerácasas de apostas online portugalsua decisão. Pergunte a si mesmocasas de apostas online portugalqual decisão você menos se arrependerá.

Se você espera arrependimento, é mais provável que saiba como falar consigo mesmo e com seu parceiro quando esse arrependimento vier, acompanhadocasas de apostas online portugalsensocasas de apostas online portugalhumor e perspectiva.