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Quem demoliu o Monroe? A história do mais polêmico prédio público brasileiro:novibet forgot username
Quase meio século depois, dois leões enfeitam a entrada da fazenda São Geraldo,novibet forgot usernameUberaba, município a 481 quilômetrosnovibet forgot usernameBelo Horizonte (MG); e dois estão no acervo do Instituto Ricardo Brennand, no Recife (PE).
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Como encontrar cdigos promocionais no Brasil?
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adicionar
```
".
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Resumo
Em todo o Brasil, os æ codigos promocionais são cada vez mais populares e est&atild; disponveis para uso novibet forgot username {k0} muitos sites diferentes. Para aproveitá los máximo, tudo o que você precisa fazer é saber donde encontrá e como usufruir da oferta. Ao usar estes códigos, certifique-se os termos e condições novibet forgot username cada loja, e tenha um pouco novibet forgot username diversão buscando ofertas excitantes para desfrutar online.
Por contrato, a empresa responsável pela demolição do Monroe podia vender o que estivesse dentro dele: nem os oitos anjosnovibet forgot usernamebronze que mediam três metros e pesavam cem quilos escaparam.
Segundo matéria do Diárionovibet forgot usernameNotícias, publicadanovibet forgot username11novibet forgot usernamejaneironovibet forgot username1976, a Aghil faturou, só na vendanovibet forgot usernameferro e cobre, 9 milhõesnovibet forgot usernamecruzeiros (cercanovibet forgot usernameR$ 6,2 milhõesnovibet forgot usernamevalores atuais, segundo calculadora do Banco Central com correção pelo IPC-Fipe).
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Pela demolição, ganhou 191 mil cruzeiros (cercanovibet forgot usernameR$ 131 milnovibet forgot usernamevalores atuais, segundo a mesma ferramentanovibet forgot usernameatualização monetária).
A parte mais difícil da empreitada, ainda segundo o jornal, foi a retirada da cúpula, que tinha 15 metrosnovibet forgot usernamediâmetro e pesava 300 toneladas.
A descida do domo principal até a Rio Branco consumiu 20 diasnovibet forgot usernametrabalho e exigiu, entre outros cuidados, três guindastes e 80 operários. Aparentemente, ninguém se interessou pela compra da cúpula.
Em agostonovibet forgot username1976, sete meses depois do início da demolição, não havia mais vestígios do Palácio Monroe no Centro do Rio. Para ocuparnovibet forgot usernamevaga, foi transferido,novibet forgot username1979, um chafariznovibet forgot usernamefabricação francesa que se encontrava na Praça da Bandeira e tinha sido adquirido,novibet forgot username1878, pelo imperador Dom Pedro II (1825-1891),novibet forgot usernameViena.
Em 2002, foi inaugurada, na Praça Mahatma Gandhi, uma garagem subterrânea com capacidade para 1.050 carros.
"A demolição do Monroe foi, por assim dizer, um 'assassinato' coletivo, quase um linchamento. E o palácio não teve 'morte' instantânea. Foi 'torturado' ao longo dos anos", afirma o escritor e pesquisador Carlos Eduardo Drummond, autornovibet forgot usernameTempos Modernos – O Rio Metrópole, a Exposiçãonovibet forgot username1922 e a Incrível História do Palácio que Desapareceu Durante a Ditadura Militar (Litteris Editora, 2024).
"Minha descoberta mais surpreendente foi, sem dúvida, a atanovibet forgot usernameuma reunião localizada nos arquivos da Fundação Getulio Vargas (FGV). É revelada a criação, por ordem do então presidente Geisel,novibet forgot usernameuma campanha artificial,novibet forgot usernamejornais e revistas da época, para convencer a populaçãonovibet forgot usernameque o Palácio Monroe precisava ser demolido. É chocante porque prova a ilegalidade do ato. Se fosse um julgamento, mudaria o rumo da decisão final."
Quem é o culpado?
A pergunta "Quem demoliu o Monroe?" já deu origem a livros (Palácio Monroe – Da Construção à Demolição,novibet forgot usernameSérgio A. Fridman), documentários (Crônica da Demolição,novibet forgot usernameEduardo Ades) e teses acadêmicas (Memórias, Resistências e Ressonâncias no Processonovibet forgot usernameDestruição do Palácio Monroe,novibet forgot usernameDaniel Levynovibet forgot usernameAlvarenga).
São muitas as hipóteses para a demolição do mais polêmico prédio público brasileiro da história: desde a construção do metrô até a obstrução da paisagem.
Há quem diga, inclusive, que tudo não passounovibet forgot usernamevingança pessoal do então presidente da República, o general Ernesto Geisel (1907-1996).
Durante o governonovibet forgot usernameJuscelino Kubitschek, Geisel teria sido preterido para um cargonovibet forgot usernameconfiança. Em seu lugar, JK teria escolhido Rafaelnovibet forgot usernameSouza Aguiar (1900-1990), filho do autor do projeto, o engenheiro Francisco Marcellinonovibet forgot usernameSouza Aguiar (1855-1935).
"Não há na biografia destes dois militares indícios consistentes que reforcem a versãonovibet forgot usernameque se tratavanovibet forgot usernameuma rivalidade", explica o historiador Daniel Levynovibet forgot usernameAlvarenga, doutornovibet forgot usernameHistória, Política e Bens Culturais pela FGV/CPDOC e autor da dissertaçãonovibet forgot usernamemestradonovibet forgot usernameHistória pela Universidade Federal do Estado do Rionovibet forgot usernameJaneiro (UNIRIO), Memórias, Resistências e Ressonâncias no Processonovibet forgot usernameDestruição do Palácio Monroe (2018).
"A hipótese mais aceita e estudada pela historiografia é aquela que atribui a demolição do Monroe à ausêncianovibet forgot usernamevalor estético e arquitetônico que justificassenovibet forgot usernamepreservação. O estilo eclético do palácio enovibet forgot usernamedesconfiguração com relação ao projeto original teriam sido os motivos determinantes para anovibet forgot usernamedestruição."
Uma das hipóteses mais recorrentes – anovibet forgot usernameque o Palácio Monroe teria sido destruído para dar lugar à estação da Cinelândia do Metrô – também é refutada.
"O Metrô não foi a causa da demolição do Monroe. Sua rota desvia do palácio", revela o cineasta Eduardo Ades, diretor e roteirista do documentário Crônica da Demolição (2015).
Autornovibet forgot usernameTempos Modernos, Drummond afirma que são muitos os vilões dessa história. "Uns, com mais peso; outros, com menos", pondera.
No topo da lista, estão o arquiteto Lúcio Costa (1902-1998) e o general Ernesto Geisel. "Os dois tinham prerrogativas técnicas e políticas suficientes para evitar a demolição." E, no entanto, nada fizeram.
A joia da coroa
A história do Palácio Monroe começounovibet forgot username27novibet forgot usernamejulhonovibet forgot username1903. Naquele dia, Souza Aguiar foi chamado ao gabinete do presidente Rodrigues Alves (1848-1919), no Palácio do Catete.
A ele, foram confiadas duas missões: presidir a comissão que representaria o Brasil na Exposição Universalnovibet forgot username1904 e construir o pavilhão que servirianovibet forgot usernamesede para o Brasilnovibet forgot usernameSaint Louis. A exposição comemorava o centenário da compra da Louisiana pelos EUA.
Não satisfeito, o ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas, Lauro Müller (1863-1926), acrescentou um terceiro pedido: terminada a exposição, o pavilhão seria reconstruído na Avenida Central, atual Rio Branco, no Rionovibet forgot usernameJaneiro, a então capital do Brasil.
Até o dia 30novibet forgot usernameabrilnovibet forgot username1904, data da inauguração da exposição, Souza Aguiar teria sete meses para projetar e construir o pavilhão.
Com 41 metrosnovibet forgot usernamecomprimento e 31 metrosnovibet forgot usernamelargura, foi um dos mais visitadosnovibet forgot usernameSaint Louis. Entre outros convidados ilustres, recebeu a visita do presidente dos EUA, Theodore Roosevelt (1858-1919), e do “pai da aviação”, Alberto Santos Dumont (1873-1932). Quem visitava o pavilhão degustava o cobiçado cafezinho brasileiro – foram servidas até quatro mil xícaras por dia.
A exposição chegou ao fim no dia 1ºnovibet forgot usernamedezembronovibet forgot username1904. Dos 12 pavilhões presentesnovibet forgot usernameSaint Louis, o brasileiro foi considerado o mais bonito. Ganhou do júri oficial a medalhanovibet forgot usernameouro do grande prêmionovibet forgot usernamearquitetura.
No dia 19novibet forgot usernamenovembronovibet forgot username1905, já no Brasil, foi lançada a pedra fundamental do palácio, batizadonovibet forgot usernameSão Luiz – a versão aportuguesadanovibet forgot usernameSaint Louis. O objetivo inicial do governo federal era transformá-lonovibet forgot usernamelocalnovibet forgot usernameexposições. E a primeira delas já tinha sido até escolhida: a 3ª Conferência Pan-Americana,novibet forgot username23novibet forgot usernamejulhonovibet forgot username1906. Pela segunda vez, Souza Aguiar teve que correr contra o relógio: teria oito meses para concluirnovibet forgot usernamereconstrução.
Na inauguração do Palácio São Luiz, o discursonovibet forgot usernameabertura foi proferido pelo Barão do Rio Branco (1845-1912) e a conferência presidida por Joaquim Nabuco (1849-1910), embaixador do Brasilnovibet forgot usernameWashington. Partiu dele, aliás, a ideianovibet forgot usernamerebatizar o Palácionovibet forgot usernameMonroe,novibet forgot usernamehomenagem ao ex-presidente americano James Monroe (1758-1831).
Com o fim da 3ª Conferência Pan-Americana,novibet forgot username27novibet forgot usernameagostonovibet forgot username1906, o Palácio Monroe passou a abrigar os mais diversos eventos sociais, como bailes, concertos e formaturas. O velórionovibet forgot usernameJoaquim Nabuco, que sugeriu a mudançanovibet forgot usernamenomenovibet forgot usernameSão Luiz para Monroe, também foi realizado lá,novibet forgot username1910.
Temanovibet forgot usernameexposição
O Palácio Monroe sediou a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. A Câmara dos Deputados, por oito anos,novibet forgot username1914 a 1922, e o Senado Federal, por 35 anos,novibet forgot username1925 a 1960. Quando o Palácio Tiradentes ficou pronto, a Câmara dos Deputados mudounovibet forgot usernameendereço. O mesmo se pode dizernovibet forgot usernameBrasília. Quando a capital do Brasil foi inaugurada, o Senado Federal foi transferido do Rionovibet forgot usernameJaneiro para o Distrito Federal.
Em 1923, quando ficou decidido que o Monroe seria a sede do Senado Federal, o palácio sofreu profundas transformações arquitetônicas. Entre outras reformas, foram instalados três elevadores, que chegaram ao Brasil a bordo do navio American Legion,novibet forgot username1924.
Ao longo desses 35 anos, o Monroe foi ocupado pelo Ministério da Justiça, o Departamentonovibet forgot usernameImprensa e Propaganda e o Departamentonovibet forgot usernameOrdem Política e Social, do Estado Novonovibet forgot usernameGetúlio Vargas,novibet forgot username1937, e pelo Tribunal Superior Eleitoral,novibet forgot username1945. Com a volta do regime democrático, o Senado voltou a ocupar o Monroe.
A última sessão nas dependências do Monroe foi realizada no dia 14novibet forgot usernameabrilnovibet forgot username1960. Com a vitória nas eleições, Juscelino Kubitschek cumpriu a promessanovibet forgot usernametransferir a sede do Senado para a recém-inaugurada Brasília.
Desde março, o Palácio Monroe é temanovibet forgot usernameuma exposição: Um Legado da Democracia, que faz parte das comemorações dos 200 anos do Senado Federal. “Era uma edificação imponente, com uma arquiteturanovibet forgot usernameestilo eclético, que trazia a ideianovibet forgot usernamesolidez e poder no início do século 20 e representava a nova República e a modernização do Brasil”, descreve a museóloga Luana da Conceição Martins.
“Como sede do Senado, foi palco para aprovaçãonovibet forgot usernameimportantes legislações, como o voto feminino, no início da décadanovibet forgot username1930; as primeiras leisnovibet forgot usernameproteção da criança e do adolescente, e a legislação trabalhista, durante o primeiro governonovibet forgot usernameGetúlio Vargas”.
Ascensão e queda
Curiosamente, o palácio que,novibet forgot username1904, ganhou um importante prêmio internacionalnovibet forgot usernamearquitetura, a pontonovibet forgot usernamemerecer rasgados elogios da imprensa americana como “soberbo”, “estupendo” e “grandioso”, passou a sofrer ataques da mídia brasileira. Entre outros impropérios, foi xingadonovibet forgot username“inútil”, “ridículo” e “desprezível”. “O Monroe representa um trambolho que nada justifica enfear o Rio”, publicou O Globonovibet forgot username10novibet forgot usernamejaneironovibet forgot username1961.
“Chega a ser impressionante a trajetória do Monroe:novibet forgot usernameapenas 55 anos, passounovibet forgot usernamemodelo e símbolonovibet forgot usernamecivilização para um ‘trambolho’ que atrapalhava a cidade”, ironiza o historiador Daniel Levynovibet forgot usernameAlvarenga. “O que mais chama a atenção é a violência simbólicanovibet forgot usernamesua demolição. Não podemos esquecer que, durante 35 anos, o Monroe foi sede do Senado Federal. Seria como demolir o Capitólionovibet forgot usernameWashington”.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) era a favor da demolição. Mesmo aposentado como chefe da divisãonovibet forgot usernameestudos e tombamentos, Lúcio Costa endossou o parecer da instituição: “Perdeu toda e qualquer significação e deve ser demolidonovibet forgot usernamebenefício do desafogo urbano”, declarou o pioneiro da arquitetura modernista do Brasil.
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), porém, defendianovibet forgot usernamepreservação. “A memória do homem é fraca”, declarou o historiador Pedro Calmon (1902-1985). “Por isso que a história é a memórianovibet forgot usernameum povo”.
O Clubenovibet forgot usernameEngenharia também saiunovibet forgot usernamedefesa do Monroe. “A construção tem um grande valor arquitetônico e histórico, não apresenta problemasnovibet forgot usernamesegurança enovibet forgot usernamedestruição não beneficiaria o tráfego local”, dizia o relatório assinado pelo engenheiro Durval Lobo (1910-2007), diretor do Departamento Técnica Especializadonovibet forgot usernameUrbanismo do Clubenovibet forgot usernameEngenharia.
À época, Lobo liderou um movimento, o Manifesto pela Preservação do Palácio Monroe, que contou com a adesãonovibet forgot username162 arquitetos, urbanistas e engenheiros, como o paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994).
“Não podemos esquecer que, nos anos 1970, o Brasil vivia os horrores do golpenovibet forgot username1964. Neste aspecto, considero o manifesto, mesmo não conseguindo manter o prédionovibet forgot usernamepé, um atonovibet forgot usernamecoragem”, enaltece Alvarenga.
De nada adiantou.
No dia 9novibet forgot usernameoutubronovibet forgot username1975, Golbery do Couto e Silva (1911-1987), chefe da Casa Civilnovibet forgot usernameErnesto Geisel, enviou uma carta a Mário Henrique Simonsen (1935-1997), ministro da Fazenda, comunicando a decisão do presidentenovibet forgot usernamedemolir o Monroe.
A decisão foi comemorada pelo jornal O Globo.
“Por decisão do Presidente da República, o Patrimônio da União já está autorizado a providenciar a demolição do Palácio Monroe. Foi, portanto, vitoriosa uma campanha deste jornal que há muito se empenhava pelo desaparecimento do monstrengo arquitetônico da Cinelândia”, publicou na ediçãonovibet forgot username11novibet forgot usernameoutubronovibet forgot username1975.
O próximo capítulo
À pergunta “Quem demoliu o Monroe?”, segue-se outra: “Como estaria hoje o Palácio?”. O historiador Daniel Levynovibet forgot usernameAlvarenga imagina que o Monroe poderia ser “um importante equipamento urbanonovibet forgot usernamedivulgação da cultura”, como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) ou o Centro Cultural Correios.
Já o cineasta Eduardo Ades acredita que,novibet forgot usernamevez do Palácio da Cidade,novibet forgot usernameBotafogo, a Prefeitura do Rio poderia funcionar no Palácio Monroe, no Centro da Cidade. “É uma pena! Se o Monroe ainda estivesse lá, a Cinelândia não estaria tão abandonada”, lamenta.
O escritor Carlos Eduardo Drummond, mais do que imaginar como o Monroe estaria hoje, sonha comnovibet forgot usernamereconstrução. “Está na horanovibet forgot usernamecriar outra campanha: o da reconstrução do Monroe, bem ali no lugar original. Não há mais justificativa para ter um estacionamento subterrâneo naquela praça. E um chafariz que praticamente não é desfrutado pela população, dado o risconovibet forgot usernamefurtos e assaltos, por causa do descaso e do abandono da região”.