'Russos invadiram minha casa e mantiveram soldado preso no porão':

Marina Perederii, cabelos castanhos longos e lisos e vestindo uma blusa azul
Legenda da foto, Marina fugiu da guerra e deixoucasaVuhledar

Em fevereiro2022, a Rússia lançouinvasãogrande escala da Ucrânia. O maridoMarina foi para o combate e ela foi embora com os filhos. Antesfugir, Marina filmou o que achou que poderia ser seu último momento na casa da família.

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Introdução aos Números Ímpares

Nos Estados Unidos, os números Ímpares desempenham um papel significativo {k0} diversas áreas, desde as ciências matemáticas até ao processamento dados. Neste artigo, nós iremos analisar como esses números funcionam e como eles influenciam a nossa vida quotidiana.

Características dos Números Ímpares

Um número ímpar é um inteiro que não pode ser dividido uniformemente por 2. É fácil determinar se um número é ímpar ou não - basta dividir o número por 2 e ver o resto da операação. Se o resto for diferente zero, então o número é um número ímpar. Algumas características únicas dos números ímpares incluem a soma dois números ímpares que é sempre um número par e o produto dois números ímpares que é sempre ímpar.

Situação Atual e Impacto dos Números Ímpares

Nos Estados Unidos, os números ímpares são usados {k0} uma variedade situações, incluindo estatística, finanças, informática e pesquisa científica. No entanto, eles também podem apresentar algumas dificuldades {k0} situações específicas, especialmente ao lidar com números negativos ou casos especiais. Para resolver esses problemas, é possível remover o sinal negativo, determinar se o número é ímpar ou par e, {k0} seguida, restaurar o sinal original.

Exemplos Resolvidos

É 17 um número ímpar? Sim, desde que 17 dividido por 2 tenha resto 1, então sim, 17 é um número ímpar. Em segundo lugar, é 22 um número par ou ímpar? Não, uma vez que 22 dividido por 2 seja exato 11, então 22 é um número par. Por fim, qual é o próximo número ímpar após 21? O próximo número ímpar depois 21 é 23.

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"Minha querida casa, não sei se você vai ficarpé ou não. Não sei se algum dia voltaremos aqui, ou se sobreviveremos", diz ela no vídeo.

Quarto com florescerejeira e pombas pintadas na parede da cama

Crédito, Marina Perederii

Legenda da foto, O cômodo preferidoMarina era o quarto, com uma pinturapombos e florescerejeira na parede da cabeceira da cama

Um ano depois,fevereiro2023, ela viu a casa novamente. Mas desta vez pelos olhosum soldado russo,imagens feitas pela câmera corporal dele que foram postadas redes sociais.

Um fuzileiro naval chamado Fima estava emsalaestar, folheando fotosMarina e da família. "Lindo", disse ele, olhando para uma foto.

Foi uma imagem arrepiante que a deixou com raiva. "Eu gostariater levado os álbuns comigo", diz Marina.

A Ucrânia passou dois anos e meio defendendo Vuhledar e, apesar da grande ofensiva lançada2023, as forças russas não conseguiram capturar a cidade completamente até o momento.

Durante a longa batalha, enquanto a linhafrente mudava, Fima liderou um gruposoldados para os subúrbios no finaljaneiro2023 e participoucombates pesados na rua Sadova. Ele e outros entraram, então, na casaMarina.

Uma imagem da câmera corporalFima mostra suas mãos segurando um álbumfotos aberto

Crédito, Câmera corporalsoldado russo

Legenda da foto, O vídeo da câmera corporalFima mostrou-o folheando os álbunsfotofamíliaMarina

Quando as imagens feitas porcâmera corporal viralizaram na Rússia, Fima foi celebrado como um herói.

Documentos oficiais mostram que ele foi retirado do frontbatalhafevereiro2023 devido a um ferimento na perna.

Mas o que a filmagem não mostrou foi que os russos mantiveram um soldado ucraniano no porãoMarina morrendofome e precisando desesperadamentecuidados médicos. O nome dele é Oleksii.

Antes da guerra, Oleksii trabalhava como especialistaTI. Quando a Rússia invadiu seu país, ele se ofereceu para lutar e tornou-se um operadordronesVuhledar. O amor que tinha pela dança rendeu-lhe o apelidoDançarino.

Quando os russos romperam as linhasdefesa ucranianas no finaljaneiro2023, Oleksii e seus companheiros tentaram recuar, mas alguns, Oleksii entre eles, foram baleados.

Feridos, eles foram levadoscasacasa por soldados russos, e Oleksii acabou no porão da casaMarina.

Oleksiipé entre dois veículos militaresKiev após seu resgate. Ele tem cabelos castanho curto e veste uma camiseta branca com uma imagemum cacto
Legenda da foto, Oleksii tem uma bala alojada nas costas - os médicos disseram que é muito perigoso removê-la
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Lá ele foi mantidocativeiro por quase um mês - imagens russas postadas online mostram ele enroladoum dos tapetesMarina.

Durante a batalha por Vuhledar, houve um momentoque os soldados russos recuaram e deixaram Oleksii para trás. Ao todo, ele passou 46 dias na casaMarina egrande parte desse tempo quase sem comida ou água.

Ferido, faminto e desidratado, ele não conseguiu sair do local.

"Consegui encontrar algumas migalhas no chão", disse ele ao Serviço Mundial da BBC diretoKiev.

"Havia um pedaçobiscoito, que um rato rouboumim à noite. Eu o escondi, e então o rato provavelmente roubou porque eu não consegui encontrá-lo."

Mas a fome não era nada comparada à sede. Um dia, depois que os russos saíram, o desespero por água quase matou Oleksii.

Ele rasgou os painéisuma sauna na esperançaque pudesse haver água dentro dos canos. Conseguiu abrir um e bebeu um pouco do líquido que havia dentro, mas era anticongelante. Os poucos goles causaram queimaduras internas e foram quase fatais.

Então,março daquele ano, quando as forças ucranianas retomaram partesVuhledar e chegaram à rua Sadova, outro vídeo da casaMarina viralizou. Desta vez, mostrando o ex-soldado da Nova Zelândia Kane Te Tai entrando no número 17 e encontrando Oleksii.

O momentoque Oleksii é resgatado, com um pirulito na boca

Crédito, jeka___af/TikTok

Legenda da foto, No vídeo do resgateOleksii, ele é visto chupando um pirulito dado pelas forças ucranianas

'Apenas morte lá dentro'

"Nova Zelândia, Nova Zelândia, estou aqui!", gritou Oleksii gritou para o colega, que viajou para lutar pela Ucrânia. Te Tai morreu no campobatalha apenas duas semanas depois.

Oleksii foi levado para fora da casa e levado para um localsegurança.

Ele conta que se tivesse permanecido apenas mais alguns dias ali não teria sobrevivido.

Sabe-se que vários outros soldados ucranianos e russos morreram dentro e ao redor da rua Sadova durante a batalha por Vuhledar.

"Graças a Deus, Oleksii sobreviveu. Mas o fatoque pessoas morreram na minha casa me chocou", diz Marina. "Há apenas morte lá dentro."

O Serviço Mundial da BBC questionou o Ministério da Defesa russo sobre o tratamento dado a Oleksii, mas não obteve resposta.

Meio ano após o resgateOleksii, seu captor russo era enaltecidocasa. Ele não era mais chamado por seu nomeguerra, Fima, mas por seu primeiro nome, Andrei.

Imagens da TV estatal russa mostram ele reencenando o ataqueVuhledar e compartilhando suas experiências com crianças do ensino fundamental, sendo apresentado por professores como herói.

A BBC comparou essa filmagem com fotografiasAndreicentenasperfisrede social e encontrou semelhanças - o mesmo cortecabelo, a mesma pinta no pescoço e sinais clarosuma lesão na perna.

Seu nome completo é Andrei Efimkin - um jovem28 anos nascido no Extremo Oriente da Rússia.

Entramoscontato com ele e perguntamos sobre o vídeo feito na rua Sadova, especialmente sobre as fotos da famíliaMarina. Ele disse que estava fazendo um "truque psicológico" nele mesmo devido aos tiros que ouvia.

"Peguei o álbum e comecei a olhar as fotos para me distrair", disse.

"Sabe que, na verdade, eu me senti com sangue-frio. Por um segundo, para ser honesto, esses pensamentos passaram pela minha cabeça, sobre quem morava aqui."

Andrei Efimkin dentroum veículo, vestindo roupas camufladas

Crédito, CanalTelegram 155 Marine Brigade

Legenda da foto, Fima era o nomeguerraAndrei Efimkin - um jovem28 anos nascido no Extremo Oriente da Rússia

Mas quando perguntado diretamente sobre Marina, Efimkin disse que não queria responder mais e encerrou a ligação.

Marina está agora na Alemanha e tenta construir uma nova vida, aprender um novo idioma e encontrar trabalho aqui e ali - mas ela ainda lamenta pela casa perdidaVuhledar.

"É tão difícil. Ainda consigo ver minha casa nos meus sonhos, está sempre na minha cabeça. Ainda espero que a Ucrânia vença e tudo ficará bem, nós voltaremos", diz ela.

"Minha terra está lá, o ar é meu."

Mas na rua Sadova não resta quase nada da casa, que mais uma vez não é mais do que paredes.

É possível identificá-laimagensdrones pelo azul da piscina, um contraste com os tonscinza dos escombros do entorno.

Vistacima, a casaMarina e a piscina azul vazia - há neve no chão e outras residências danificadas no entorno

Crédito, Donbass opeartivniy/Telegram

Legenda da foto, O azul da piscinaMarina se destaca nas imagens feitas com drone