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Por que economia brasileira surpreende, mas mercado segue cético?:site crash blaze
No exterior, mercados oscilaram bastante sem saber se a crise inflacionária mundial está sob controle ou não.
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Fim do Matérias recomendadas
Os analistas ouvidos pela BBC News Brasil indicam que no início do ano houve um certo “pessimismo exagerado” do mercado com as perspectivas da economia brasileira sob um novo governo Lula. Mas muitos se disseram surpreendidos positivamente — principalmente pelo arcabouço fiscal.
“Eu acho que houve um pessimismo um pouco exagerado [do mercado] no começo do ano. Mas agora nós estamos vendo que a situação não é tão ruim assim", diz Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter.
Ainda que analistas enxerguem a regra do arcabouço fiscalsite crash blazeLula como menos eficiente do que a regra anterior que foi extinta pelo Congresso (o tetosite crash blazegastos), há um consensosite crash blazeque existe um lado bom no arcabouçosite crash blazeLula: a nova regra tem gatilhos para impedir a explosãosite crash blazegastos e da dívida pública brasileira — elementos que são vistos hoje como essenciais para o crescimento da economia.
Mas mesmo diantesite crash blazeum cenário melhor do que o previsto inicialmente, os analistas seguem céticos diante das perspectivas futuras da economia brasileira a partirsite crash blazeagora.
Por um lado, o Brasil pode aproveitar ventos bons nos próximos meses, com as perspectivassite crash blazequeda nas taxassite crash blazejuros internas, possível desvalorização internacional do dólar e retomada do aquecimento.
A maioria dos analistas acredita que o Banco Central brasileiro começará a baixar a taxa básicasite crash blazejuros da economia a partirsite crash blazeagosto ou setembro — antes dos bancos centrais das maiores economias do mundo.
Por outro, há muitas incertezas dos analistas sobretudo na política econômica do governo. Muitos definem o novo arcabouço fiscal do governo federal como “ousado” — dizendo que é incerto que a nova regra vai melhorar as contas públicas, e que seu sucesso dependerá,site crash blazeúltima instância, da atividade econômica.
Também há incertezassite crash blazerelação ao futuro da reforma tributária, que promete ser a grande agenda do governo Lula no Congresso a partir do próximo mês.
Por fim, existe o temorsite crash blazeventos ruins do exterior — os Estados Unidos podem entrarsite crash blazerecessão e os juros e a inflação nos países industrializados seguemsite crash blazealta. Uma crise no exterior poderia impactar o crescimento do Brasil.
Dívida alta
Para analistassite crash blazemercado, o principal problema histórico da economia do país tem sido a alta dívida pública brasileira.
O alto endividamento levanta dúvidas sobre a capacidade futurasite crash blazeo governo honrar seus compromissos — e isso tem consequências para todo o ambiente econômico: as taxassite crash blazejuros sobem (por conta dos riscos maiores nos empréstimos) e a expectativasite crash blazeinflação dispara (já que a forma mais fácilsite crash blazeo governo honrar suas dívidas seria expandindo a quantidadesite crash blazemoeda na economia, o que gera inflação).
Como consequência, o ambiente econômico fica comprometido — deprimindo crescimento, renda e emprego.
O endividamento do PIB brasileiro está hojesite crash blaze73% do Produto Interno Bruto, mas economistas estão sempre discutindo se esse percentual pode subir por causasite crash blazemedidas tomadas pelo governo.
Por isso, tanta ênfase é dada para a arrecadação com impostos e despesas com gastos do governo — nos anossite crash blazeque o governo tem arrecadação maior do que as suas despesas (superávit fiscal), a trajetória da dívida brasileira cai.
Em 2016, o Brasil aprovou a PEC (Projetosite crash blazeEmenda Constitucional) do Tetosite crash blazeGastos, que limitava o gasto do governo àsite crash blazearrecadação, mantendo a dívida sob controlesite crash blazepraticamente qualquer cenário (sejasite crash blazecrescimento ousite crash blazecontração da economia).
Nos últimos anos, no entanto, o teto foi “furado”site crash blazediversas ocasiões. Inicialmente isso aconteceu por causa da criação dos gastos com a pandemiasite crash blazecoronavírus — sobretudo com o Auxílio Brasil, criadosite crash blazedezembrosite crash blaze2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), por meiosite crash blazeuma lei que extinguiu o antigo programa Bolsa Família.
Mas mesmo depois do período mais crônico da pandemia, o Brasil continuou gastando mais — primeiro com a chamada PEC dos Benefíciossite crash blazejulhosite crash blaze2022 (também chamadasite crash blazePEC Kamikaze), que criou um estadosite crash blazeemergência no Brasil até o fimsite crash blaze2022, e depois com a PEC da Transição,site crash blazedezembrosite crash blaze2022, que permitiu gastos acima da inflação com Bolsa Família e salário-mínimo.
Com déficits maiores, a trajetória da dívida brasileira voltou a subir, provocando pessimismo geral no mercado no finalsite crash blaze2022.
Iníciosite crash blazegoverno tumultuado
O anosite crash blaze2023 começou com muitas dúvidas sobre como o novo governo lidaria com o problema fiscal.
Durante a campanha eleitoral e a transiçãosite crash blazegoverno, Lula havia prometido acabar com o tetosite crash blazegastos do orçamento do governo e reverter aspectos da reforma trabalhista — mas ele havia dado poucas pistas sobre qual seria a política econômica que ele implementaria no lugar.
Lula foi eleito com fortes críticas às políticas econômicassite crash blazeseus antecessores. Para o presidente, o tetosite crash blazegastos é uma política que impede o Estado brasileirosite crash blazeinvestir e isso acaba por prejudicar os mais necessitados.
“O ponto mais marcante para mim nesse primeiro semestre foi o ruído político", diz Raphael Figueredo, estrategista-chefe da Eleven Financial.
"A gente começou a virada do ano acreditando que a taxa Selic ia cair. Mas logosite crash blazejaneiro, quando houve a fala do Lula no Congresso, quando ele critica o tetosite crash blazegastos, essas projeçõessite crash blazetaxasite crash blazejuros subiram bastante e só caíramsite crash blazenovo agora no fim do mês passado.”
As repetidas críticassite crash blazeLula ao presidente do Banco Central por causa dos juros e a ausênciasite crash blazeum plano econômico nos primeiros meses para substituir o tetosite crash blazegastos contribuíram para o pessimismo do mercado no começo do ano.
“No início do governo, só havia promessassite crash blazegasto e mais gasto. Nós não conseguíamos nem fazer as nossas contas — como projeçãosite crash blazePIB ousite crash blazeinflação. Nós não sabíamos qual seria a política fiscal e demorou um tempo para vir o arcabouço”, disse Caio Megale, economista-chefe da XP, que foi secretáriosite crash blazeDesenvolvimento da Indústria e Comércio e Diretorsite crash blazeProgramas no Ministério da Economiasite crash blaze2019 e 2020.
Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciousite crash blazemeta fiscal: zerar o déficit das contas públicas até 2024. Ou seja, a partir do ano que vem, o governo gastaria apenas o que arrecada (sem contar o pagamentosite crash blazejuros sobre a dívida).
Arcabouço 'pior', mas positivo
O principal anúncio feito pelo governo este ano foi a apresentação dasite crash blazenova regra fiscal, o arcabouço fiscal,site crash blazeabril. O projeto está tramitando no Congresso e foi aprovadosite crash blazeprimeira instância na Câmara dos Deputados.
Segundo a proposta do governo federal, no lugar do tetosite crash blazegastos — que limitava o crescimento das despesas à inflação do ano anterior —, os gastos públicos passariam a crescer dentrosite crash blazeum intervalosite crash blaze0,6% a 2,5% acima da inflação, a depender do ritmosite crash blazeexpansão das receitas.
O governo argumenta que seu arcabouço fiscal é melhor para a economia brasileira do que o tetosite crash blazegastos, por manter o compromissosite crash blazecombater o endividamento, mas dando às autoridades mais recursos para promover investimentos públicos.
Todos os analistassite crash blazemercado ouvidos pela BBC News Brasil avaliaram que o arcabouço fiscal é pior do que a regra do teto para conter o endividamento público — mas afirmaram que, ainda assim, diante do que esperavam do governo Lula, a proposta foi positiva.
O temor é que, ao contrário do tetosite crash blazegastos, o sucesso do arcabouço fiscal no combate à dívida depende demais da performance da economia brasileira — e que uma combinaçãosite crash blazepreços baixossite crash blazecommodities e atividade fraca podem seguir gerando déficits fiscais.
Claudio Ferraz, economista-chefesite crash blazeBrasil do BTG Pactual, diz que o projeto do arcabouço fiscal foi aprimorado nas discussões no Congresso e que o mercado está aguardando para entender qual vai ser a versão do arcabouço que vai prevalecer no final.
“Houve uma aprovação por uma larga vantagem na Câmara, o que impressionou”, diz Ferraz.
Ele diz que entre as propostas que agradaram o mercado estão os gatilhos que obrigam contingenciamentosite crash blazegastos quando as metas fiscais do governo estiveremsite crash blazerisco, vedaçãosite crash blazecriaçãosite crash blazenovos gastos obrigatórios e congelamentosite crash blazereajustessite crash blazefuncionários públicos.
Mas mesmo que a versão que mais agrada o mercado seja aprovada, Ferraz e os economistas do BTG Pactual não acreditam que o governo será capazsite crash blazeatingir a metasite crash blazeacabar com o rombo fiscal aindasite crash blaze2024, porque a arrecadação ainda não está acompanhando as despesas.
O determinante para o sucesso do arcabouço fiscal na redução da dívida brasileira, segundo Ferraz, seria a capacidade do governosite crash blazecombater lobbies setoriais – que sempre brigam por benefícios fiscais – e o desempenho da economia no segundo semestre.
Se houver desaceleração da economia, concessãosite crash blazemais subsídios e queda no preço internacional das commodities, o arcabouço fiscal não seria suficiente para sanear as contas públicas.
"Por outro lado, se a economia se mostra mais resiliente, as commodities sobem e o governo entrega asite crash blazeparte, você tem um lado positivo. Então eu acho que vamos ter que monitorar a evolução da arrecadação daqui para frente para saber."
Juros altos
Mas então, se existe tanta incertezasite crash blazerelação ao arcabouço fiscal, por que a inflação no Brasil estásite crash blazequeda?
“Porque a taxasite crash blazejuros hoje ésite crash blazequase 14%, muito, muito, muito superior a qualquer expectativasite crash blazetaxasite crash blazeinflação. Podemos imaginar que a inflação esse ano serásite crash blaze5% ou 6%”, explica Dalton Gardimam, economista-chefe da Ágora.
O economista diz que a taxasite crash blazejuros no Brasil funciona como se fosse um analgésicosite crash blazeum paciente com uma doença — o medicamento não serve para curar o problema principalsite crash blazesaúde (no caso do Brasil, o alto nível da dívida e o déficit fiscal), mas mitiga os sintomas e efeitos, trazendo bem-estar e alívio temporários.
No caso dos juros, eles servem para manter a inflação baixa e para apreciar o câmbio — o que contribui para as quedas do dólar e dos juros que surpreenderam positivamente no Brasilsite crash blaze2023. Com a taxa tão alta, brasileiros deixamsite crash blazeenviar recursos ao exterior e investidores estrangeiros são premiados ao colocar dinheiro no Brasil.
Gardimam diz que mesmo reduzindo a dose do “analgésico” no futuro — ou seja, com a queda da taxa Selic que está prevista para o segundo semestre desse ano — o Brasil seguiria com juros muito acima da média mundial e da inflação prevista.
No entanto, segundo o economista-chefe da Ágora, um dos problemas fundamentais da economia seguiria existindo: o déficit fiscal que faz a dívida brasileira aumentar. Esse problema o governo espera resolver com o arcabouço fiscal.
Reformas
Outro problema histórico da economia brasileira que Gardimam aponta — e que nasite crash blazeopinião é mais grave do que o da dívida — é a baixa produtividade, algo que só pode ser resolvido com soluçõessite crash blazelongo prazo, como investimentos contínuossite crash blazeeducação e reformassite crash blazebase.
Nesse sentido, o mercado estásite crash blazeolho nos planos do governosite crash blazepromover uma reforma tributária no segundo semestre deste ano.
Para Rafaela Vitória, do Banco Inter, alguns bons números da economia brasileirasite crash blazehoje se explicam justamente porque o país fez diversas reformas nos últimos anos.
“Nós ainda não conseguimos avaliar o impacto positivo que essas várias reformas feitas nos últimos seis anos tiveram na economia brasileira. Desde 2016, essas reformas têm trazido benefícios, como a reforma da Previdência — que conseguiu controlar o crescimento realsite crash blazegastos que era insustentável — e a reforma trabalhista — que fez com que tivessemos uma flexibilização maior e melhorasse o cenáriosite crash blazeemprego e renda.”
Vitória considera que esse conjuntosite crash blazereformas ajuda na geraçãosite crash blazeempregos e atraçãosite crash blazeinvestimentos internacionais – dois indicadores que também foram positivossite crash blaze2023 até agora.
Figueredo, da Eleven Financial, diz que a reforma tributária é “importantíssima”.
“Eu não acho que seja simples a aprovaçãosite crash blazeuma reforma tributária, mas ela está avançando no Congresso e o governo chamou a reforma para si. Mesmo que venha uma reforma desidratada, ainda assim ela vai ajudar demais no crescimentosite crash blazelongo prazo”, diz Figueredo.
A reforma discutida até agora no Congresso não traz alterações na carga tributária — ou seja, ao contrário do arcabouço fiscal, ela não alteraria substancialmente as metas fiscais. O objetivo da reforma é simplificar os impostos cobrados no Brasil e reduzir o custo que as empresas têm para se mantersite crash blazedia.
O complicado sistema tributário é um dos fatores do chamado "custo Brasil".
“Há dezenassite crash blazerelatossite crash blazeempresas que têm só um advogado tributarista lá nos Estados Unidos e aqui no Brasil elas precisam ter centenas só para o atosite crash blazepagar impostos”, diz Dalton Gardimam, do Ágora.
Mas os analistas esperam dificuldades no Congresso.
O desafio da reforma tributária será convencer Estados — sobretudo governadores — a abrirem mãosite crash blazetributos usados hojesite crash blazediasite crash blazeguerras fiscais. Para Figueredo, o governo precisará gastar bastante capital político para conseguir aprovar a reforma.
Futuro incerto
Se os indicadores até agora surpreenderam economistassite crash blazemercadosite crash blazeforma positiva, o futuro é um pouco mais nebuloso.
No começo do mês, o IBGE anunciou que o PIB brasileiro cresceu 1,9% — acima das previsõessite crash blazeanalistas.
No entanto, esse número foi puxado pelo ótimo desempenho da agricultura (que teve expansãosite crash blaze21,6%), que se beneficiousite crash blazeuma boa safra esite crash blazeuma alta no preço das commodities. Os setoressite crash blazeserviços e indústria permaneceram relativamente estagnados, despertando dúvidas sobre a robustez do crescimento do Brasil nos próximos meses.
Caio Megale, da XP, acredita que os bons indicadores atuais da economia — bolsa, câmbio, inflação e juros — são justificados porque, segundo ele, "os preços dos ativos brasileiros estavam muito deprimidos por conta do riscosite crash blazeradicalização" da política econômica do novo governo, que não se confirmou com o tempo.
Mas isso não significa que os problemas da economia brasileira tenham passado.
"No curto prazo, nós temos um alívio, uma melhora, porque existe essa desanuviada do risco. Agora, ao longo do tempo, eu acho que com essa dinâmicasite crash blazemais gastos, necessidadesite crash blazebuscar mais receita, incerteza sobre o equilíbrio da dívida pública — isso não se estabiliza daqui para frente. Também há incerteza se teremossite crash blazevolta uma gestão mais politizada na Petrobras e no BNDES. Acho que esses temas todos ainda estãosite crash blazeaberto. Na nossa visão, isso limita o espaçosite crash blazecortesite crash blazejuros esite crash blazerecuperação da economia.”
“Nós não acreditamos que a Selic possa cair para um dígitosite crash blazeforma sustentável, com essa política fiscal que tem um viéssite crash blazeaumentar as despesas esite crash blazeeventualmente aumentar subsídios. Acho que esse risco ainda está presente.”
Um dos testes mais importantes deve acontecer no próximo dia 29, quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) definirá se haverá mudanças na metasite crash blazeinflação perseguida pelo Banco Central.
Os analistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem que o mercado estarásite crash blazeolho nas decisões tomadas pelo CMN para poder avaliar se as autoridades estão comprometidas com manter a inflaçãosite crash blazetrajetóriasite crash blazequeda.
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