Conflito entre Israel e Irã deixa Bidenf22 betcorda-bamba política nos EUA:f22 bet

Biden não só expressou af22 betfrustração, mas também o seu aborrecimento pela faltaf22 betajuda humanitáriaf22 betGaza e pela mortef22 betsete voluntáriosf22 betum ataque das Forçasf22 betDefesaf22 betIsrael.

O nívelf22 betdesacordo foi tal que o governo dos EUA deixou claro que poderia reconsiderar af22 betposiçãof22 betrelação a Israel, chegando mesmo ao pontof22 betsuspender as exportaçõesf22 betarmas.

Mas as ações do Irã durante o fimf22 betsemana e o ataque israelense desta sexta (19/4) parecem ter mudado o cenário.

O ataque do Irã

O lançamentof22 betmaisf22 bet300 mísseis e drones disparados contra Israel levou a uma ação militar conjunta EUA-Israel muito bem sucedida para defender o território israelense.

A ação coordenada parece ter reacendido alguma da antiga cordialidade. E a Casa Branca tentou tirar vantagem disso para influenciar a respostaf22 betIsrael.

As autoridades americanas nunca foram tão ingênuas a pontof22 betpensar que não haveria uma resposta, mas tentam calibrá-laf22 bettal forma que possa ser vista como um atof22 betcontenção.

Mas o sucesso militar conjunto do fimf22 betsemana também mascara uma mudança fundamental e preocupante na situação regional, segundo Dennis Ross, antigo enviado dos EUA à região com maisf22 bet40 anosf22 betexperiência diplomática no Oriente Médio.

Teerã classificouf22 betofensiva contra Israel como uma retaliação – o Irã havia prometido uma resposta depoisf22 betum ataque àf22 betrepresentação diplomáticaf22 betDamasco, na Síria, no início deste mês, que matou oficiaisf22 betalta patente.

O Irã culpa Israel, embora o país não tenha assumido a autoria.

Segundo Ross, essa açãof22 betTeerã “reescreveu as regras” da relação entre Israel e o Irã, desestabilizando ainda mais uma situação que já era precária.

Durante anos, o Irã fortaleceu grupos aliados que juraram destruir Israel, financiando e armando grupos como o palestino Hamas e o militante xiita Hezbollah no Líbano.

Mas o sábado marcou a primeira vez desde a Revolução Islâmicaf22 bet1979 que o Irã lançou um ataque direto contra Israel.

As últimas 24 horas também assistiram o que já é considerado um ataque sem precedentesf22 betIsrael ao território israelense, segundo os próprios americanos.

Portanto, independentementef22 betcomo se interprete o sucesso da tecnologia militar que neutralizou efetivamente as ações do Irã, uma nova linha foi cruzada.

Isto, segundo Ross, significa que houve um “fracasso das medidasf22 betdissuasão”f22 betrelação ao Irã.

O desafiof22 betBiden

Biden enfrenta agora um paradoxo desconfortável.

O presidente temf22 betbaixar a temperatura com o Irã e, ao mesmo tempo, fazer com que Teerã entenda que as suas ações têm um custo.

Após o ataquef22 betsábado, a Casa Branca deixou claro que não se juntaria a qualquer retaliação militar israelense contra o Irã, ao mesmo tempo que afirmava que o seu compromisso com a segurançaf22 betIsrael permanecia "firme".

O envolvimento direto do Irã na atual guerra também torna mais difícil um acordof22 betcessar-fogof22 betGaza e a libertação dos reféns detidos pelo Hamas.

Diplomatas americanos têm trabalhado sem parar para conseguir que Israel concorde com uma pausaf22 betseis semanas nos combates que permitiria a libertação tanto dos refénsf22 betGaza como dos prisioneiros palestinos nas prisões israelenses.

O acordo também facilitaria a chegada da tão necessária ajuda a Gaza, onde a fome é iminente. Antes do fimf22 betsemana, eles contavam com o apoiof22 betIsrael e a pressão recaía sobre o Hamas.

Tudo isso está agoraf22 betperigo enquanto o mundo espera quais serão os próximos passos do Irã ef22 betIsrael.

Após as primeiras informações sobre o ataque israelense serem divulgadas, a imprensa estatal iraniana divulgou imagens do Centrof22 betTecnologia Nuclearf22 betIsfahan e afirmou que não foram identificados danos.

A Agência Internacionalf22 betEnergia Atômica (AIEA) também não disse que nenhuma instalação nuclear foi danificada. Não houve nenhum comentário oficial por partef22 betIsrael até agora.

Uma autoridade iraniana disse à agênciaf22 betnotícias Reuters que "o Irã não tem planosf22 betretaliação imediata contra Israel".

O Exército israelense e o Pentágono não se pronunciaram publicamente sobre o ocorrido ainda.

Entretanto, as complicações internas para o presidente americano continuam presentes. Parte da esquerda vem pressionando para que Biden se distancief22 betIsrael, enquanto a direita o acusaf22 betfraqueza por não ter confrontado o Irã com firmeza suficiente.

"Compreendo isso num ano eleitoral. Queremos conter as coisas. É perfeitamente compreensível", diz Ross, que desempenhou um papel fundamental no processof22 betpaz no Oriente Médio durante as administraçõesf22 betGeorge Bush e Bill Clinton.

"Mas, da mesma forma, temos um Irã que deu um passo que não tinha dado antes. E ao dar esse passo está mostrando af22 betvontadef22 betultrapassar certos limites e quanto mais eles ultrapassam certos limites, mais habituados se tornamf22 betfazer isso e, como resultado, a região se torna muito mais perigosa."

A situação, é claro, está repletaf22 betpotencial para mal-entendidos e errosf22 betcálculo. Um passo errado poderia desencadear uma reaçãof22 betcadeia que poderia rapidamente sair do controle.

A região é um notório barrilf22 betpólvora e pode explodir ainda mais a qualquer momento.