Rainha da Dinamarca abdica do trono: outros monarcas podem seguir o exemplo?:betesporte betesports.com login

A acessibilidadebetesporte betesports.com loginMargrethe é típica das casas reais da Dinamarca, Suécia e Noruega, cujo comportamento informal lhes rendeu altos índicesbetesporte betesports.com loginaprovação.

A realeza mais jovem consolidou essa impressão. O príncipe herdeiro dinamarquês Frederik é visto como um homembetesporte betesports.com loginfamília amigável e prático, com uma queda pelo rock.

Haakon, o herdeiro do trono norueguês, construiu uma reputaçãobetesporte betesports.com loginpregar peçasbetesporte betesports.com loginjantaresbetesporte betesports.com logingala. E a amada princesa herdeira da Suécia, Victoria, fala abertamente sobrebetesporte betesports.com loginluta contra a anorexia.

Muitos membros da realeza dinamarquesa e norueguesa também matriculam os seus filhosbetesporte betesports.com loginescolas públicas. E o fatobetesporte betesports.com loginos três herdeiros dos tronos nórdicos terem todos casado com plebeus também ajuda.

A afinidade entre os membros das três famílias reais é evidente: eles visitam-se frequentemente e alguns até passam férias juntos. Também é importante notar que os três monarcas atuais são todos parentes: o rei Harald 5º da Noruega e Carl 16º Gustaf da Suécia são primosbetesporte betesports.com loginsegundo e primeiro graubetesporte betesports.com loginMargrethe, respectivamente.

"As monarquias nórdicas partilham os mesmos valores, cultura e história. Abetesporte betesports.com loginrealeza é amplamente vista como trabalhadora e interessadabetesporte betesports.com loginfalar com as pessoas ebetesporte betesports.com logininteragir com elas", disse à BBC a comentarista Marie Ronde, da TV2 da Dinamarca.

Os monarcas das três famílias reais nórdicas também conseguiram acompanhar as mudanças dos tempos.

No final da décadabetesporte betesports.com login1970, a lei sueca foi alterada para garantir que a filha mais velhabetesporte betesports.com loginCarl 16º Gustaf pudesse sucedê-lo,betesporte betesports.com loginvez do seu único filho.

O rei tem sido um defensor do ambientalismo ao longo da vida e tem utilizado frequentemente abetesporte betesports.com loginposição para aumentar a consciencialização sobre as alterações climáticas.

Harald é conhecido por ter opiniões progressistas semelhantes. Em 2016, ele fez um discurso apaixonadobetesporte betesports.com loginapoio à igualdade LGBT e aos refugiados, prestando homenagem aos imigrantes do Afeganistão, Paquistão e Polónia, da Suécia, Somália e Síria.

Acimabetesporte betesports.com logintudo, as monarquias nórdicas provaram que são capazesbetesporte betesports.com loginmais do que apenas mudanças cosméticas - sobretudo ao optarem por reduzir as suas monarquias.

Em 2019, Carl 16º Gustaf retirou cinco dos seus netos da casa real, refletindo uma visão mais amplabetesporte betesports.com loginque não há necessidadebetesporte betesports.com loginpagar tantos membros da família real por funções oficiais.

Três anos depois, Margrethe retirou os títulos reaisbetesporte betesports.com loginquatro dos seus netos - algo que ela disse que iria "preparar o futuro" para a instituição e permitir-lhe "acompanhar os tempos".

Essas decisões valeram a pena. As taxasbetesporte betesports.com loginaprovação para os regentes dinamarqueses e noruegueses oscilam consistentementebetesporte betesports.com logintorno da marca dos 80%, enquanto uma recente sondagem sueca mostrou que o sentimento anti-monarquia estava no seu nível mais baixobetesporte betesports.com loginmaisbetesporte betesports.com login20 anos.

Efeito cascata?

A abdicação, então, continua sendo o último obstáculo. Apesar das conotações negativasbetesporte betesports.com loginalguns setores, não é uma prática universalmente desprezada entre as famílias reais da Europa.

Nos Países Baixos tornou-se uma espéciebetesporte betesports.com logintradição: quatro monarcas holandeses decidiram renunciarbetesporte betesports.com loginfavor dos seus filhos desde que os Países Baixos se tornaram uma monarquia independentebetesporte betesports.com login1815, e vários grão-duques do vizinho Luxemburgo também cederam o trono aos seus herdeiros com aparente facilidade.

É verdade que,betesporte betesports.com loginmuitos lugares, o conceito evoca lembranças desagradáveis. Os antigos reisbetesporte betesports.com loginEspanha e dos belgas renunciaram na sequênciabetesporte betesports.com logingrandes escândalos, enquanto o Reino Unido mergulhou numa crise constitucional após a decisãobetesporte betesports.com loginEdward 8ºbetesporte betesports.com logindesocupar o trono para se casar com uma americana divorciadabetesporte betesports.com login1936.

Por seu lado, os monarcas nórdicos resistiram totalmente à prática - até ao anúncio chocantebetesporte betesports.com loginMargrethe na vésperabetesporte betesports.com loginAno Novo.

Agora, abetesporte betesports.com logindecisão - devido a problemasbetesporte betesports.com loginsaúdebetesporte betesports.com loginlonga data - levou muitos a perguntar-se se uma surpresa semelhante poderia estar prevista noutras partes da região. Os regentes nórdicos sempre rejeitaram sugestõesbetesporte betesports.com loginrenúnciabetesporte betesports.com loginfavorbetesporte betesports.com loginseus herdeiros, até a decisãobetesporte betesports.com loginMargrethe.

"A rainha sempre havia sido muito firme embetesporte betesports.com loginposiçãobetesporte betesports.com loginque seu reinado era para a vida toda", disse o especialista real sueco Roger Lundgren à BBC.

Em 2012, no seu 40º aniversário como rainha, Margrethe disse a famosa frase: "Permanecerei no trono até cair". Mas agora ela mudoubetesporte betesports.com loginideia.

Precedentes

O único outro precedentebetesporte betesports.com loginabdicação na Dinamarca é Erik 3º - que renunciou ao tronobetesporte betesports.com login1146.

O comentarista real sueco Anders Pihlblad diz que embora Carl 16º Gustaf seja frequentemente questionado sobre a possibilidadebetesporte betesports.com loginrenunciar, "não é porque o povo sueco não pense que ele está fazendo um bom trabalho, mas porquebetesporte betesports.com loginfilha, a princesa herdeira Victoria, é muito, muito popular."

Carl 16º Gustaf já havia indicado que estava determinado a permanecer no trono atébetesporte betesports.com loginmorte. "Aposentadoria? Não, essa palavra não existebetesporte betesports.com loginnossa família. Pelo menos não historicamente", disse ele ao canal sueco Expressenbetesporte betesports.com login2014. "É uma antiga tradição nossa não se aposentar."

Da mesma forma, Harald disse à mídia norueguesa que o juramento que fezbetesporte betesports.com login1991 era "para toda a vida". "É simples assim para mim. Estamos nisso até o fim."

"Os noruegueses apoiarão Harald [se ele abdicar], mas estão muito impressionados por ele ainda estar no trono, apesarbetesporte betesports.com logintodos os seus problemasbetesporte betesports.com loginsaúde", disse Kristi Marie Skrede, correspondente real da televisão norueguesa NRK.

Abetesporte betesports.com loginrelutância parece por vezes surpreendente: depoisbetesporte betesports.com logindécadasbetesporte betesports.com loginserviço, é pouco provável que sejam repreendidos por renunciarem.

O mais jovem dos três, Carl 16º Gustaf, tem 77 anos e está no trono sueco desde os 27; assim que Margarethe deixar o cargo, ele se tornará o terceiro monarca com o reinado mais longo do mundo.

Harald, que fará 87 anos no próximo mês, tirou licença médica diversas vezes – inclusive para se submeter a uma cirurgiabetesporte betesports.com loginproblemas cardíacos e câncerbetesporte betesports.com loginbexiga, e foi internado no hospital com uma infecção no ano passado. Seu filho, Haakon, interveio perfeitamente para atuar como regente. Tal como os herdeiros das outras casas reais nórdicas, ele é muito popular.

Será possível, então, que a abdicaçãobetesporte betesports.com loginMargrethe abra caminho para movimentos semelhantesbetesporte betesports.com loginreinos vizinhos?

"Se você tivesse me feito essa pergunta há seis meses, eu teria dito que nunca, jamais, eles abdicariam", disse Lundgren. "Mas o caso da Dinamarca mostra que tudo pode acontecer."