Por que trabalhadores chineses estão sendo mortos ou sequestrados pelo mundo?:pixbét

O ELB disse que tinha "como alvo um grupopixbétalto nívelpixbétengenheiros e investidores chineses" que chegava do aeroporto, no que disseram ser um ataque suicida.

O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, classificou o ataque como um "ato hediondo" e o Ministério das Relações Exteriores disse que "não ficaria impune".

O ELB trava uma lutapixbétlonga data por um território para o povo balúchi.

Os dois cidadãos chineses mortos trabalhavam pelo desenvolvimentopixbétPort Qasim, pertopixbétKarachi, na provínciapixbétSindh, no Paquistão.

O ELB também admitiu ter atacado uma base aérea naval próxima do portopixbétGwadar, no Baluchistão,pixbétmarço, que está sendo construída por empresas chinesas.

Alémpixbéttrês acadêmicos chineses e o motorista paquistanês que os acompanhavapixbétum ataque suicida próximo ao Instituto Confúcio (administrado por chineses), na UniversidadepixbétKarachi,pixbétabrilpixbét2022.

Para o ELB , o povo balúchi não tem recebido uma parcela justa da riqueza trazida pelo investimento estrangeiro na província, ou da extraçãopixbétminerais (como petróleo) por empresas estrangeiras empixbétárea.

Quantos cidadãos chineses trabalham no exterior e por quê?

Há cercapixbét568 mil chineses trabalhandopixbétprojetos administrados por empresas chinesas no exterior,pixbétacordo com dados do Ministério do Comérciopixbét2022 (os mais recentes disponíveis).

Eles atuam principalmentepixbétprojetos que fazem parte da Iniciativa Cinturão e Rota da Seda (ICRS).

Estima-se que US$ 1 trilhão foram gastospixbétprojetos da ICRS para projetospixbétinfraestrutura como ligações rodoviárias e ferroviárias, portos e usinaspixbétenergia.

O objetivo é criar novas rotas para as exportações da China e aprofundar os laços comerciais com os países parceiros.

O Paquistão abriga um dos maiores projetos da ICRS: o Corredor Econômico China-Paquistão. Nele está uma sériepixbétligações rodoviárias e ferroviárias da fronteira ocidental da China, através do Paquistão, até o portopixbétGwadar no Mar Arábico.

Assim como o Paquistão, muitos países do continente africano, como Quênia, Etiópia e Senegal, pegaram bilhõespixbétdólares emprestados da China para melhorar infraestruturapixbéttransporte e energia.

Mas é frequente a reclamação dos moradores dos países que recebem esses projetospixbétque as empresas oferecem poucos empregos a eles — a maior parte do trabalho fica com cidadãos chineses.

"A população localpixbétpaíses africanos se ressente disso", diz o professor Steve Tsang do Instituto SOAS ChinapixbétLondres.

"As empresas trazem muitos trabalhadores chineses, e há uma sensaçãopixbétque empregam africanos apenas nos trabalhos com as condições mais duras", disse ele à BBC.

"A China diz que seu investimento no exterior é um ganha-ganha", diz Alex Vines, da Chatham House, um think tankpixbétrelações exteriores com sede no Reino Unido.

"Mas deu os empregos a trabalhadores chineses para resolver o problema do desemprego na China", disse ele à BBC.

Quão perigoso é para funcionários chineses trabalhar no exterior?

Os investimentos da China no exterior levaram os trabalhadores chineses para alguns dos países mais perigosos do mundo, e até zonas ativaspixbétconflito.

O Paquistão, por exemplo, é considerado um dos países mais instáveis ​​politicamente, segundo um ranking do Banco Mundial.

O correspondente do Serviço Mundial da BBCpixbétKarachi, Riaz Sohail, diz que houve 16 ataques ligados a projetospixbétdesenvolvimento chineses por lá, que resultarampixbét12 cidadãos chineses mortos e 16 feridos.

Isso inclui a morte,pixbétmarçopixbét2024,pixbétcinco engenheiros chineses que trabalhavam na barragem hidrelétricapixbétDasu na regiãopixbétBisham,pixbétKhyber Pakhtunkhwa — uma área altamente volátil no noroeste do país.

Em novembropixbét2018, homens armados mataram pelo menos quatro pessoaspixbétum ataque ao consulado chinêspixbétKarachi.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelos ataques.

Na África, houve vários ataques a funcionários chineses que trabalham nas minaspixbétouro na República Democrática do Congo,pixbétuma região onde a violência política por grupos militantes armados é abundante.

Em julhopixbét2024, seis cidadãos chineses e pelo menos dois soldados congoleses foram baleadospixbétuma minapixbétouro no nordeste do Congo, parcialmentepixbétpropriedadepixbétuma empresa chinesa, informou a agênciapixbétnotícias Reuters na época.

Os responsáveis seriam membrospixbétuma milícia chamada Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo. Trata-sepixbétum dos vários grupos que disputam o controlepixbétterras e recursos naturais na região.

Em janeiropixbét2022, na Nigéria, homens armados teriam sequestrado três trabalhadores chineses no canteiropixbétobraspixbétuma barragem no estadopixbétNíger que estava sendo construída pela empresa estatal chinesa Sinohydro.

De acordo com um relatório do Peterson Institute for International Economics (PIEE), dos EUA, grupos armados na África e no sudeste da Ásia muitas vezes acham lucrativo sequestrar cidadãos chineses porque esperam que os empregadores paguem grandes resgates para tê-lospixbétvolta.

Nas duas décadas entre perder o poder no Afeganistão e retomar o controle, era comum o Talibã sequestrar trabalhadores estrangeiros chineses para pedir resgatepixbéttroca.

Como a China tenta proteger os trabalhadores no exterior?

De acordo com o PIEE, o governo chinês e as empresas chinesas têm, até aqui, "pagado resgates para garantir a libertação, pressionado autoridades locais a fornecer melhor segurança e exportado tecnologiapixbétvigilância para ajudar a identificar e interditar possíveis extremistas".

A China também está treinando forças armadas nos países que recebem os projetos para que eles possam fornecer melhor segurança. E as empresas chinesas têm cada vez mais contratado empresas privadas para combater homens-bomba, atiradores e sequestradores.

"Mas há limites para o que Pequim pode razoavelmente esperar que os países anfitriões façam", diz o relatório do PIEE. "O investimento estrangeiro direto (IED) chinês tem como alvo países com um estadopixbétdireito mais fraco."

Após o último ataque no Paquistão, a embaixada chinesa no país lembrou seus cidadãos e empresas chinesas no Paquistão para ficarem atentos e "para tomar precauçõespixbétsegurança".