O que se sabe sobre ataquef12beyIsraelf12beyzona humanitáriaf12beyGaza que deixou 141 mortos:f12bey
Israel disse que o ataque tinha como alvo líderes seniores do Hamas, mas o grupo diz que a afirmação é “falsa” e serve para “justificar” o ataque.
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O ataque teria atingido a áreaf12beyal-Mawasi, pertof12beyKhan Younis, que os militares israelenses designaram como zona humanitária e onde instalaram palestinosf12beybuscaf12beyabrigo.
Uma autoridade israelense disse que o ataque teve como alvo Mohammed Deif, chefe do braço militar do Hamas,f12beyuma "área aberta" onde havia "apenas terroristas do Hamas e nenhum civil".
Rafa Salama, comandante do Hamasf12beyKhan Younis, também foi alvo do ataque, disse o militarf12beyIsrael, que classicou como "preciso" o trabalhof12beyinteligência que levou à operação.
Já o Hamas disse que é "falsa" a alegaçãof12beyque os alvos eram líderes do grupo.
"Não é a primeira vez que Israel afirma ter como alvo os líderes palestinos, alegações que depois se mostram falsas", disse o grupof12beycomunicado.
De acordo com a agência Reuters, o primeiro-ministrof12beyIsrael, Benjamin Netanyahu, manterá reuniões sobre segurança durante o dia.
A BBC Verify, o serviçof12beychecagem da BBC, analisou imagens da região após o ataque e confirmou que a ação militar ocorreu dentrof12beyuma área designada como zona humanitária,f12beyacordo com o próprio site das Forçasf12beyDefesaf12beyIsrael.
Uma testemunha ocularf12beyal-Mawasi disse à BBC que o local do ataque parecia ter sido atingido por um "terremoto".
Vídeos feitos na área mostram destroços fumegantes e vítimas ensanguentadas carregadasf12beymacas.
Nas imagens, é possível ver pessoas que tentam desesperadamente vasculhar os escombrosf12beyuma grande cratera com as próprias mãos.
Um dos médicosf12beyum hospital que atende os feridos no ataque disse à BBC que este é "um dos dias mais obscuros".
Em entrevista ao Serviço Mundial da BBC, o Dr. Mohammed Abu Rayya afirmou que a maioria das vítimas que chegou após o ataque já estava morta. Outros sofriam com múltiplos ferimentos por estilhaços.
Ele comparou as cenas com "estar no inferno" e acrescentou que muitas das vítimas eram civis, principalmente mulheres e crianças.
Imagens do hospitalf12beycampanha próximo do Kuwait revelam cenasf12beycaos. Muitos pacientes recebiam tratamento no chão.
O complexo médico Nasser,f12beyKhan Younis, está "sobrecarregado" e já não é capazf12beyfuncionar, afirmou a instituiçãof12beycaridade britânica Medical Aid for Palestinians (MAP, na singlaf12beyinglês).
Na quarta-feira (10/7), os militares israelenses orientaram que todos os residentes da Cidadef12beyGaza evacuassem para o sul,f12beydireção ao centro da Faixaf12beyGaza,f12beymeio às intensificaçõesf12beyoperações no norte do território.
Mohammed Deif, chefe das Brigadas al-Qassam, a ala militar do Hamas, é um dos principais alvos dos militaresf12beyIsrael.
Deif tem um status quase míticof12beyGaza, depoisf12beyescapar da captura e sobreviver a várias tentativasf12beyassassinato.
Acredita-se que ele seja um dos mentores do ataque do Hamasf12bey7f12beyOutubro, quando cercaf12bey1,2 mil israelenses e estrangeiros — a maioria deles civis — acabaram mortos e outros 251 foram levadosf12beyvolta a Gaza como reféns.
Isso levou à grande operação militar israelensef12beyGaza, que matou maisf12bey38,4 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.
Um porta-voz do Hamas, citado pela Reuters, classificou o ataque como uma "grave escalada", que mostrou que Israel não está interessadof12beychegar a um acordo para o fim da guerra.
As negociações para o cessar-fogo realizadas no Qatar e no Egito terminaram na sexta-feira (12/7) sem sucesso, apurou a BBC.