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Por que o Irã está lançando mísseis contra Iraque, Síria e Paquistão?:
A Fars News, uma agência próxima da Guarda Revolucionária, afirmou que três bases da Mossad, afiliadas ao serviçointeligênciaIsrael, foram destruídas no ataque.
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O governo do Curdistão iraquiano negou a presençaagentes estrangeiros no seu território, enquanto Israel não se pronunciou.
No dia seguinte, o Irã também lançou mísseis contra uma região no oeste do Paquistão.
No entanto, a Guarda Revolucionária demonstrou que pode realizar ataques precisos ao bombardear a residência do proeminente empresário e multimilionário curdo, Peshraw Dizayee. Ele foi morto no ataque.
Dizayee era proprietário e fundadorduas empresas – Falcon Group e Empire World – nos anos que se seguiram à invasão do Iraque pelos EUA2003. A Reuters diz que ele era próximo da família do premiê Barzani.
Sua casa foi atingida por quatro mísseis e há relatosquefilha11 meses também foi morta no ataque.
O Grupo Falcon operavários setores, incluindo segurança, construção e petróleo e gás. Adivisãosegurança tem prestado assistência a representantes e empresas americanas e a vários representantes ocidentais no Iraque.
A precisão do ataque sublinha a mensagemque a Guarda Revolucionária não só pode atingir estruturas civis, como também pode atacar instalações militares perto do aeroporto internacionalErbil, a poucos quilômetrosdistância da base da coligação liderada pelos EUA.
Os EUA têm 2.500 soldados no Iraque, incluindoErbil, que fazem parte da coligação liderada pelos EUA contra o grupo Estado Islâmico (EI).
Washington diz que os homens estão lá para apoiar as forças locais e evitar o ressurgimento do EI, que no passado controlav vastas áreas do Iraque e da Síria.
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No entanto, estes ataques também servem a objetivos internos do Irã, levandoconsideração as recentes açõesIsrael na Síria.
Em 25dezembro, um alto comandante da Guarda Revolucionária foi morto no que teria sido um ataque aéreo israelense nos arredoresDamasco.
No ataque15janeiro, a Guarda Revolucionária também lançou mísseis balísticos na provínciaIdlib, no noroeste da Síria. A organização disse que tinha como alvo o EI e outros “grupos terroristas” na região.
Idlib é o último reduto da oposição remanescente, lar2,9 milhõessírios deslocados, que apoiaram a revolta2011 contra o presidente Bashar al-Assad.
Al-Assad conseguiu permanecer no poder com o apoio militar da Rússia e do Irã.
O grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sharm (HTS) é o principal que controla Idlib, embora o EI e a Al-Qaeda também estejam presentes.
A Guarda Revolucionária afirmou que o ataque foi uma retaliação aos atentados suicidas do EIKerman, no sul do Irã,3janeiro.
Multidões se reuniam perto do túmulo do comandante da Guarda Revolucionária Qasem Soleimani para celebrar o aniversário damorte quando dois homens-bomba atacaram.
A Guarda Revolucionária afirma ter usado um míssil Kheibar Shekan para atingir Idlib, que pode viajar até 1.450 km.
O organização disse também que lançou o ataque a partir da província do Khuzistão, no sul.
No entanto, a Guarda Revolucionária poderia ter lançado os mísseisIdlib a partir da província ocidental do Azerbaijão, que está muito mais próxima.
A escolha da localização e do sistemamísseis Kheibar Shekan sugerem que o Irã quer mostrar ao mundo que tem capacidadeatingir vários locaisIsrael, que faz fronteira com a Síria.
Paquistão
Além dos ataques na Síria e no Iraque, o Irã também lançou mísseis contra uma região no oeste do Paquistão16janeiro.
O ataque atingiu uma aldeia na vasta província fronteiriça do sudoeste do Baluchistão.
Teerã disse que tinha como alvo o Jaish al-Adl, um grupo muçulmano sunita balúchi que realizou ataques dentro do Irã, bem como contra as forças do governo paquistanês.
Como resposta, o Paquistão lançou ataques com mísseis contra o Irã dois dias depois, matando nove pessoas. Segundo o governo local, os alvos eram "esconderijos terroristas" no sudeste do território iraniano.
O Ministério das Relações Exteriores paquistanês disse que seus ataques ao redor da cidade iranianaSaravan ocorreram à luz"informações confiáveis sobre atividades terroristas iminentesgrande escala" e acrescentou que "respeita totalmente" a "soberania e integridade territorial" do Irã.
Naprópria declaração, o Exército do Paquistão disse que os “ataquesprecisão” foram conduzidos com drones, foguetes e mísseislongo alcance e tiveram como alvo o ExércitoLibertação do Baluchistão e a FrenteLibertação do Baluchistão.
O Irã e o Paquistão têm relações complicadas, mas cordiais.
Os dois países têm preocupações semelhantes sobre a zona fronteiriça entre seus territórios, onde traficantesdrogas e os grupos militantes balúchis são bastante ativos.
Depoisambos os ataques aéreos, representantes das duas nações se reuniramIslamabad e concordaramtrabalharconjunto para melhorar a cooperaçãosegurança.
Esta reportagem foi originalmente publicada17janeiro2024 e atualizada1fevereito2024.
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