Entenda primeiro ataque direto do Irã a Israel:botafogo copinha

Legenda do vídeo, Israel-Irã: Sirenes tocambotafogo copinhaJerusalém enquanto objetos são abatidos do céu

Pela primeira vez, o Irã realizou ataques diretos contra o território de Israel no sábado (13/4).

No meio da noitebotafogo copinhasábado, alertasbotafogo copinhaataque aéreo dispararambotafogo copinhaIsrael. Os residentes procuraram abrigo enquanto explosões eram ouvidas e as defesas aéreas eram ativadas.

As interceptações iluminaram o céu noturnobotafogo copinhavários lugares do país, enquanto muitos drones e mísseis foram abatidos pelos aliadosbotafogo copinhaIsrael antesbotafogo copinhachegarem ao território israelense.

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Pelo menos nove países estiveram envolvidos na escalada militar — com projéteis disparados do Irã, Iraque, Síria e Iêmen e abatidos por Israel, pelos EUA e pela França, bem como pela Jordânia.

Uma represália era esperada. O Irã havia prometido retaliar depoisbotafogo copinhaum ataque ao seu consulado na Síria, no dia 1ºbotafogo copinhaabril, que atribuiu a Israel (embora Israel não tenha confirmado ser o autor).

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Naquele ataque, 13 pessoas foram mortas, incluindo um generalbotafogo copinha63 anos com um longo históricobotafogo copinhaserviços prestados ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na siglabotafogo copinhainglês), o poderoso exército paralelo do Irã — e o mais numeroso dentro das suas Forças Armadas.

A seguir, veja o que se sabe sobre o ataque e entenda as origens da rivalidade entre Israel e Irã, uma das principais fontesbotafogo copinhainstabilidade no Oriente Médio.

Luzes contra um céu escuro
Legenda da foto, Sistemabotafogo copinhadefesabotafogo copinhaIsrael conseguiu interceptar drones direcionados à Jerusalém

'Permanecer alerta'

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Fim do Que História!

As forças israelenses estãobotafogo copinhaalerta máximo e "monitorando todos os alvos", segundo afirmaram autoridades no fimbotafogo copinhasemana.

O porta-voz das Forçasbotafogo copinhaDefesabotafogo copinhaIsrael, contra-almirante Daniel Hagari, disse que o Irã disparou maisbotafogo copinha300 projéteis contra Israel durante a noite, 99% dos quais foram abatidos. Ele acrescentou que alguns dos lançamentos chegaram do Iraque e do Iêmen.

Hagari disse que alguns mísseis iranianos atingiram o interiorbotafogo copinhaIsrael, causando pequenos danos, mas sem vítimas.

Um dos mísseis atingiu a base aéreabotafogo copinhaNevatim, no sul do país, causando poucos danos.

O ministro da Defesabotafogo copinhaIsrael, Yoav Gallant, disse que "muito poucos danos foram causados", mas alertou que "a campanha ainda não terminou" e disse que Israel deve "permanecer alerta".

O serviçobotafogo copinhaambulânciabotafogo copinhaIsrael disse que uma menina beduínabotafogo copinhasete anos foi ferida por estilhaçosbotafogo copinhadestroços na região sulbotafogo copinhaArad.

Hagari disse que o ataquebotafogo copinhalarga escala foi uma "grande escalada" e disse que Israel e seus aliados operaram com força total para defender Israel.

Após o ataque, o primeiro-ministrobotafogo copinhaIsrael, Benjamin Netanyahu, afirmou que "juntos venceremos".

O ministro centrista Benny Gantz disse que Israel vai responder "quando chegar a hora" e vai "cobrar o preço" do ataque.

O presidente dos EUA organizou uma reunião online dos líderes do G7, enquanto a Casa Branca insistiu que não quer ver a crise no Médio Oriente aumentar.

O presidente Biden disse ter reafirmado "o firme compromisso da América com a segurançabotafogo copinhaIsrael" mas disse também que os EUA não vão participarbotafogo copinhaum ataque se Israel decidir retaliar.

Repercussão internacional

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou os membros para não aumentarem ainda mais as tensões com represálias contra o Irã, dizendo que o Oriente Médio já está "no limite".

Ao discursar durante a reunião do Conselhobotafogo copinhaSegurança no domingo (14/4), ele afirmou: "As pessoas da região enfrentam um perigo realbotafogo copinhaum conflito devastadorbotafogo copinhagrande escala. Agora é a horabotafogo copinhadesarmar e desescalar. Nem a região nem o mundo podem permitir mais guerras".

Na mesma reunião, o enviadobotafogo copinhaIsrael na ONU instou o Conselhobotafogo copinhaSegurança a impor "todas as sanções possíveis" contra o Irã após os ataques sem precedentes do país.

Já o secretáriobotafogo copinhaRelações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, declarou que o Irã sofreu uma "dupla derrota": primeiro, o ataque falhou; segundo, a ação mostrou a verdadeira natureza do país ao mundo

Cameron diz que agora é a horabotafogo copinhadiminuir a escalada e exorta Israel a pensar com "a cabeça, não com o coração".

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma notabotafogo copinhaque diz acompanhar o conflito "com grave preocupação".

"Desde o início do conflitobotafogo copinhacurso na Faixabotafogo copinhaGaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã", disse o Itamaraty.

"O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentidobotafogo copinhaevitar uma escalada."

'Quase todos'

Ao expressar forte condenação pelo ataque, durante o fimbotafogo copinhasemana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que os EUA ajudaram Israel "a derrubar quase todos" os mísseis e drones.

"O Irã e os seus representantes que operam a partir do Iêmen, Síria e Iraque lançaram um ataque aéreo sem precedentes contra instalações militaresbotafogo copinhaIsrael", disse Biden.

Em um comunicado oficial, o Irã afirmou que o ataque foi nomeado "Operação Promessa Verdadeira" e disse que lançou "dezenasbotafogo copinhamísseis e drones contra alvos específicos"botafogo copinhaIsrael.

A declaração militar do Irã diz que o ataque está relacionado a "crimes repetidos"botafogo copinhaIsrael, incluindo o ataquebotafogo copinha1ºbotafogo copinhaabril ao consulado iraniano, que Teerã atribuiu a Israel.

Devido aos ataques, os espaços aéreos foram fechadosbotafogo copinhatodo o Oriente Médio no sábado.

A Jordânia, o Líbano e o Iraque, três países localizados na provável trajetóriabotafogo copinhavoo destes drones, fecharam o seu espaço aéreo. O Irã e Israel também fecharam os seus para todos, exceto aeronaves militares.

Míssil iraniano durante exercício militar no Irãbotafogo copinha2023

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Míssil iraniano durante exercício militar no Irãbotafogo copinha2023

Desdobramento da guerrabotafogo copinhaGaza

Entre os inúmeros desdobramentos da guerrabotafogo copinhaIsrael contra o Hamas na Faixa Gaza, a intensificação da inimizade entre Israel e o Irã é considerada a mais explosiva, escreve a correspondente internacional da BBC Lyse Doucet.

Os países têm uma grande rivalidade há anos, o que já deixou um grande númerobotafogo copinhamortos, muitas vezesbotafogo copinhaações secretasbotafogo copinhaque nenhum dos governos admitebotafogo copinharesponsabilidade.

Desde que a guerrabotafogo copinhaGaza eclodiu há seis meses, Israel intensificou os seus movimentos contra o Irã, não apenas atacando o fornecimentobotafogo copinhaarmas e infraestruturas na Síria, mas assassinando altos comandantes do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã e do Hezbollah (organização política e paramilitar fundamentalista islâmica, criada no Irã e presente no Líbano).

O Irã então apreendeu um navio comercial com ligações a Israel na manhãbotafogo copinhasábado (13/4), mas analistas já afirmavam que era pouco provável que Teerã considerasse esta uma "resposta apropriada" aos últimos atosbotafogo copinhaIsrael.

O especialista israelense Raz Zimmt, pesquisador sênior do Institutobotafogo copinhaSegurança Nacionalbotafogo copinhaTel Aviv, alertou que o Irã agiria com força. "A paciência dos iranianos esgotou-se diante dos reveses atribuídos a Israel", disse o pesquisadorbotafogo copinharede social.

Origem da Rivalidade

Israel e Irã estão há anosbotafogo copinhauma rivalidade sangrenta que virou uma das principais fontesbotafogo copinhainstabilidade no Oriente Médio e cuja intensidade variabotafogo copinhaacordo com o momento geopolítico.

As relações entre Israel e o Irã foram bastante cordiais até 1979, quando a chamada Revolução Islâmica dos aiatolás conquistou o poderbotafogo copinhaTeerã.

E embora tenha se oposto ao planobotafogo copinhafatiamento da Palestina que resultou na criação do Estadobotafogo copinhaIsraelbotafogo copinha1948, o Irã foi o segundo país islâmico a reconhecer Israel, depois do Egito.

O Irã era uma monarquia na qual reinavam os xás da dinastia Pahlavi e um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Assim, o fundadorbotafogo copinhaIsrael e seu primeiro chefebotafogo copinhagoverno, David Ben-Gurion, procurou e conseguiu a amizade iraniana como formabotafogo copinhacombater a rejeição do novo Estado judeubotafogo copinhaseus vizinhos árabes.

Mas a Revoluçãobotafogo copinhaRuhollah Khomeini,botafogo copinha1979, derrubou o xá e impôs uma república islâmica que se apresentava como defensora dos oprimidos e tinha como principais marcas a rejeição ao "imperialismo" americano e a Israel.

Teerã então passou a considerar que Israel não tem o direitobotafogo copinhaexistir.

Os governantes iranianos consideram o país o "pequeno Satanás", o aliado no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamambotafogo copinha"grande Satanás".

Já Israel acusa o Irãbotafogo copinha"financiar grupos terroristas" ebotafogo copinharealizar ataques contra seus interesses, movidos pelo antissemitismo dos aiatolás.