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'Bolsonarismo sem Bolsonaro'? O que está por trás da trocafarpas entre Pablo Marçal e o ex-presidente:
O empresário e influenciador Pablo Marçal tem contas populares nas redes sociais, um meio que ele, assim como outros candidatos, usa para se comunicar com eleitores e tentar alcançar uma base cada vez maior.
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Mas neste sábado (24/8), o juiz Antonio Maria Patiño Zorz autorizou a suspensãocontas do candidato do PRTB na redes sociais até o fim da campanha. A ação veiouma liminar pedida pelo PSB, que acusou o candidatopagar seguidores que distribuem cortesseus vídeos nas redes sociais.
Após a defesaMarçal recorrer, o Tribunal Regional EleitoralSão Paulo (TRE-SP) negou pedido para o desbloqueio da contas. Uma "conta reserva" do candidato já tinha quase 4 milhõesseguidores nesta segunda-feira (2/9).
A mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada na quinta-feira (22/8), mostra que Marçal cresceuintençãovotos entre os bolsonaristas, o que o ajudou a já superar Nunes nos números.
No resultado geral, o deputado federal Guilheme Boulos (PSOL) lidera numericamente com 23%, seguido por Marçal, com 21%, e o atual prefeito com 19%. Como a margemerro da pesquisa étrês pontos percentuais, para mais ou para menos, os três estão tecnicamente empatados.
A divulgação da pesquisa aconteceumeio a trocasfarpas públicas entre Marçal e os Bolsonaro.
Após dar alguns sinaisque a candidaturaMarçal tinhasimpatia, o ex-presidente e seus filhos tentaram mostrar cada vez mais distanciamento do candidato do PRTB e reforçado o apoio a Nunes.
O auge do movimento aconteceu quando o empresário, Jair Bolsonaro e seus filhos exibiram os desencontrosdiálogos nas redes sociais.
Na quarta-feira (28/9), porém, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o filho do ex-presidente que tinha sido alvoofensas diretas por parteMarçal, publicou um texto apaziguando os ânimos.
"Conversei há pouco com Pablo Marçal, foi muito educado e bacana comigo. Expusemos nossos pontos e fico felizter a consciência que queremos rumar nas mesmas direções quando falamosBrasil", escreveu Carlos.
Para analistas políticos consultados pela BBC News Brasil, as rusgas públicas entre o candidatodireita mais bem posicionado na pesquisaSão Paulo e a família Bolsonaro mostram um receio do grupo político do ex-presidente "perder o controle" ou o poderinfluência preponderante sobre os eleitores da direita e da direita radical.
"Marçal pode ser uma espéciepós-Bolsonaro. Os Bolsonaro estão muito assustados e com razão", diz a cientista política Camila Rocha, pesquisadora no Centro BrasileiroAnálise e Planejamento (Cebrap), que tem se dedicado a estudar a direita no Brasil.
Entenda abaixo os contornos da disputa e o que estájogo neste xadrez político que mira não apenas outubro, mas também 2026.
Da convivência cordial às farpas
Empresário37 anos nascidoGoiânia, Pablo Marçal é donoum patrimônio milionário eum império digital que conquistou antesse lançar na política.
Influenciador e vendedorcursostreinamento motivacional e estratégiasmarketing digital egeraçãorenda ("como gerar riqueza do zero" é um dos motes), ele tem no Instagram quase 13 milhõesseguidores, enquanto no TikTok tem 2,6 milhões e no YouTube, 3,5 milhões.
Foi com esse cabedal que Marçal se candidatou pelo PRTB para governar a maior cidade do Brasil com uma plataforma que usa as mesmas basesdiscursosua carreira como palestrante:
"Deus vai mudar nossa sorte. A gente está sozinho. Nós, o povo, e Deus. [... ] Eu construi riqueza e você também vai construir. Chegou a hora do povoSão Paulo prosperar", disseum programaTV.
Até o começo do mês, a convivência entre Bolsonaro e o candidato, com quem compartilha o discurso religioso e a retórica antiesquerda e contrária aos políticos tradicionais, era cordial. Havia até demonstração públicaafinidade.
Em entrevista à Folha após um encontro com Marçal, Bolsonaro disse apenas que "a essa altura do campeonato, eu não tenho como apoiá-lo".
O ex-presidente deixou claro o compromisso com o atual prefeito Ricardo Nunes, mas deixou portas abertasuma eventual presençaMarçal no segundo turno
Também neste mês,uma entrevista à rádio 96 FMNatal (RN), Bolsonaro elogiou o influenciador: "pessoa inteligente".
Antes,junho, o ex-mandatário entregou a Marçal uma medalha"imbrochável", termo que usou na campanha2022.
Até esta semana, parecia que esse cenáriocerta forma continuaria: com Bolsonaro apoiando Nunes, mas sem romper com Marçal.
No entanto, a situação deu um giro, com o influenciador, o ex-presidente e seus filhos trocando acusações.
Jáascensão nas pesquisas, Marçal usou o Instagram para exibir uma aproximação com Bolsonaro. Em uma postagem do ex-presidente escreveu: "Pra cima, capitão. Como você disse: eles vão sentir saudadesnós.”
Bolsonaro respondeu com uma pergunta irônica: "Nós? Abraços".
Marçal rebateu dizendo: "Isso mesmo presidente. Coloquei 100 mil nacampanha, te ajudei com os influenciadores, te ajudei no digital, fiz você gravar mais800 vídeos. Por te ajudar, entrei para a listainvestigados da PF. Se não existe o nós, seja mais claro."
O ex-presidente diria ainda ao portal Metrópoles que Marçal "não tinha caráter". O influenciador, porvez, atacou o vereador Carlos Bolsonaro chamando-o"retardado".
Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) gravou um vídeoque relembrou críticasMarçal a seu pai no passado.
Em 2022, o influenciador tentou ser candidato a presidente, sem sucesso, e disse que havia pouca diferença entre Bolsonaro e o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
No vídeo publicado nas redes, Eduardo alertou a seus seguidores que "no momento mais crucial [nas eleições2022]", Marçal não "tomou partido" e declarou: "Não existe direita no Brasil, existe Bolsonaro".
"A direita não tem dono. A liberdade não tem dono", respondeu Pablo Marçal, dizendo respeitar o ex-presidente.
Bolsonarismo sem Bolsonaro?
Se o tamanho da influência dos Bolsonaro nas eleições municipais já era um dos principais temas da campanha e um focointeresse dos cientistas políticos, a contenda aberta entre Marçal e o ex-presidente catapultou o debate.
No começo deste ano, a cientista política Camila Rocha, do Cebrap, desenvolveu com outras duas autoras uma pesquisa com eleitores bolsonaristas justamente para saber como eles se posicionariam nas eleições municipais e colheu algumas pistas.
Feito por meioentrevistas qualitativas, uma das principais conclusões do estudo, chamado"Bolsonarismo sem Bolsonaro?”, apontou na direçãoque o apoioBolsonaro segue "importante" para os eleitores, mas nao é "fundamental".
"O que as pessoas nos disseram foi que o mais importante era a adesão dos candidatos aos 'princípios do bolsonarismo'. Ou seja, que fale abertamente ser conservador, cristão, que acredita na meritocracia e que tenha compromisso com tudo isso", disse Rocha,entrevista à BBC News Brasil.
Esse "descolamento" se acentuou principalmente após Bolsonaro ser declarado inelegível pelos próximos 8 anosdecisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , segundo Rocha.
Para o cientista político Claudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o cenário mostraria que o "bolsonarismo está sofrendo uma consequência adversa do seu próprio sucesso".
"Eles firmaram o ideário reacionário eextrema direita fortemente entre os eleitores do Brasil,tal forma que esse ideário independe da liderançaBolsonaro efamília. O bolsonarismosi não precisa ser o único operador da extrema direita", diz Couto.
Para Camila Rocha, a posturaMarçal até agora indica que o candidato do PRTB compreeende a importância e a força que Bolsonaro ainda tem.
"Ele não pode entrarrotacolisão direta com Bolsonaro. Agora, com os filhos, tudo bem, porque as pessoas não gostam deles", diz Rocha, ressaltando que a imagem negativa dos filhosBolsonaro entre bolsonaristas é identificadasuas pesquisas.
"Você tem meu respeito e admiração capitão, obrigado pelo que você fez pelo Brasil,2026 eu vejo você presidente, Tarcísio governador e eu prefeito, juntos governaremos esse país", escreveu Marçaltom conciliador na sexta-feira.
Claudio Couto concorda com Rocha que, para o candidato a prefeito, não é estratégico "implodir a relação" com Bolsonaro se ele quer galgar um espaço para se colocar como "substituto" dele.
"O que ele não precisa é ser encarado como traidor e desafetoBolsonaro. Para ele, é positivo se colocar como alternativa e atacar as 'más influências', como os próprios filhos, mas preservando o alinhamento", avalia Couto .
Na conversa com a BBC News Brasil, no dia 23/8, o pesquisador não descartou ainda que a família Bolsonaro, também à frentemilharesseguidores nas redes, desse um passo atrás nas críticas à Marçal. Foi exatamente o que aconteceu na semana seguinte, com a espécie"trégua" selada entre o candidato a prefeito e Carlos Bolsonaro.
O verdadeiro "antissistema"
Para os analistas, um dos pontos a ser notado na eleiçãoSão Paulo é a escolha políticaBolsonaroapoiar um candidato que não é "bolsonarista raiz", no caso o prefeito Ricardo Nunes, que é filiado a um partidocentro, o MDB.
Coube ao PLBolsonaro indicar o viceNunes, o ex-coronel da Rota da PM RicardoMello Araújo.
Em entrevistas, Bolsonaro chegou a dizer que Nunes "não era seu candidato dos sonhos".
Esses sinais mostrariam uma ambiguidade ao eleitordireita que, segundo Camila Rocha, permite enxergar Marçal como o "bolsonaristafato".
"O Nunes é da política tradicional. Então, é o Marçal que pode se vender como o 'antissistema'", comenta.
Claudio Couto concorda que Nunes não é encarado como um "candidato autêntico da extrema direita" pelo eleitorado.
"Eu brinco queum lado temos um bolsonarista envergonhado, que é o Nunes, e do outro um bolsonarista não correspondido, que é o Marçal".
Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, 44% dos eleitoresBolsonaro escolhem Pablo MarçalSao Paulo, contra 30% do mesmo grupo que dizem que vão votar no atual prefeito Ricardo Nunes. Entre os que se declaram bolsonaristas, 46% escolhem Marçal.
Mas, para saber se Marçal realmente vai se firmar no campo da direita, é preciso aguardar próximas pesquisas, para avaliar se o crescimento é sustentado, dizem os analistas.
Ao decorrer da campanha, pode haver mudanças na intençãovoto na medidaque as propostas ficam mais conhecidas, os outros candidatos ficam mais expostos e os eleitores parem para pensar quemfato vão escolher.
Mas, caso Marçal consiga se eleger prefeito, os dois cientistas políticos apostam que a família Bolsonaro terá que "recalcular a rota". Outros analistas lembram que, mesmo se não sair exitoso, a experiência pode mostrar o potencialsuper influenciadoreseleições majoritárias.
Camila Rocha lembra que Marçal já deixou claro que o objetivo dele é se tornar presidente.
"Acredito que, se ele se tornar prefeito, ele já vai estar mirando a eleição2026. E os Bolsonaro vão ter que lidar com isso".
Já Claudio Couto acredita que a decisãoeleitores nesse pleito municipal pode mudar o jogo eleitoral2026, mas avalia que é preciso lembrar que o fenômeno Marçal só está sendo testado na cidadeSão Paulo - ainda que o público do influenciador Marçal, com seus milharesseguidores, seja nacional.
“Ele é alternativa aos bolsonarismo nesse momentoSão Paulo, é o produto mais parecido àquilo que eles buscavam nesse campo. Não quer dizer necessariamente que vai ser um fenômeno nacional.”
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