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Eleição no Irã: quem poderá concorrer após mortepoker bwinpresidente — e quais mudanças isso pode trazer?:poker bwin
Em 28poker bwinjunho, o Irã realizará suas eleições presidenciais.
O pleito acontece um ano antes do esperado, após a morte do presidente Ebrahim Raisi num acidentepoker bwinhelicópteropoker bwinmaio.
Clérigo linha-dura e aliado próximo do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, Raisi consolidou o controle dos conservadores sobre todas as partes da República Islâmica.
De acordo com a Constituição do Irã, uma eleição para escolher um novo presidente deve ser realizada no prazopoker bwin50 dias após a mortepoker bwinum presidente, deixando um curto período para os partidos escolherem e anunciarem oficialmente os seus candidatos.
Entre os conservadores todo-poderosos, há candidatospoker bwindiversos grupos.
Enquanto isso, após rejeiçõespoker bwinmassapoker bwincandidaturaspoker bwineleições parlamentares anteriores e com a repressão agressiva a protestos recentes, muitos grupos e figuras reformistas proeminentes anunciaram que não participarão da eleição.
Quem está disputando?
Muitos analistas consideram que as eleições no Irã não são nem livres nem competitivas devido à influência excessivapoker bwininstituições poderosas no processopoker bwinaprovaçãopoker bwincandidatos.
O Conselhopoker bwinGuardiões, que desempenha um papel decisivo ao filtrar candidatos às eleições parlamentares e para a Assembleiapoker bwinPeritos, aprovou até agora a elegibilidadepoker bwinseis das 80 pessoas que se registraram para concorrer à Presidência.
1. poker bwin Mohammad Bagher Ghalibaf, 62 anos, serviu como presidente do parlamento iraniano nos últimos quatro anos. Ele concorreu três vezes à presidência, perdeu duas vezes e desistiupoker bwinfavorpoker bwinRaisipoker bwin2021. Ele tem uma longa históriapoker bwincargos militarespoker bwinalto escalão e detém o recorde do mandato mais longo como prefeito da capital, Teerã, servindo por 12 anos.
2. poker bwin Amirhossein Ghazizadeh Hashemi, 53, é cirurgião otorrinolaringologista. Conservador, cumpriu quatro mandatos como parlamentar. Mais recentemente, atuou como vice do presidente Raisi. Ele concorreu nas eleições presidenciaispoker bwin2021 e terminoupoker bwinquarto lugar, com menospoker bwinum milhãopoker bwinvotos — numa disputa que teve quase quatro milhõespoker bwinvotos invalidados.
3. poker bwin Saeed Jalili, 58 anos, é membro do Conselhopoker bwinDiscernimentopoker bwinConveniência. Anteriormente, foi secretário do Conselho Supremopoker bwinSegurança Nacional e liderou por quatro anos a equipepoker bwinnegociação nuclear do Irã. Ele já concorreu à presidência duas vezes, retirando-sepoker bwinfavorpoker bwinRaisi nas eleiçõespoker bwin2021.
4. poker bwin Masoud Pezeshkian, 70 anos, é especialistapoker bwincirurgia cardíaca. Cumpriu cinco mandatos como membro do parlamento e foi ministro da Saúde por quatro anos. Conhecido pelapoker bwinfranqueza, criticou abertamente a atmosfera política e a corrupção no Irã. Também questionou publicamente a forma como o governo iraniano lidou com a mortepoker bwinMahsa Aminipoker bwin2022. É considerado o único candidato reformista nestas eleições, levando alguns a considerar a aprovaçãopoker bwinsua candidatura como um feito notável.
5. poker bwin Mostafa Pourmohammadi, 65 anos, é o único clérigo entre os seis candidatos aprovados pelo Conselho Guardião. É um político conservador muito conhecido pelo seu papel no chamado "Comitê da Morte", que supervisionou a execuçãopoker bwinpresos políticospoker bwin1988 e entre cujos membros estava o falecido presidente Raisi.
6. poker bwin Alireza Zakani, 59 anos, é prefeitopoker bwinTeerã há três anos. O político conservador entrou na política através do Basij, um dos braços da Guarda Revolucionária, e cumpriu quatro mandatos como parlamentar.
Quais nomes foram rejeitados?
A rejeiçãopoker bwinregistrospoker bwincandidaturapoker bwinpolíticos conhecidos e que já ocuparam cargos importantes na República Islâmica é um tema sempre presente nos círculos políticos iranianos.
Mehrzad Boroujerdi, reitor da Faculdadepoker bwinArtes, Ciências e Educação da Universidadepoker bwinCiência e Tecnologia do Missouri, nos EUA, afirma que as rejeições às candidaturas do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad epoker bwinAli Larijani, ex-presidente do Parlamento, destacam-se como particularmente controversas.
"Apesar do mandatopoker bwinoito anospoker bwinAhmadinejad como presidente e dapoker bwinposição atual no Conselhopoker bwinConveniência — um influente órgão consultivo do Líder Supremo —, ele não foi aprovado."
Embora Ahmadinejad já tenha sido considerado um dos favoritos do aiatolá Khamenei, ele caiupoker bwindesgraça com o líder supremo no final do seu segundo mandato.
"Da mesma forma, Ali Larijani, outro membro do Conselhopoker bwinConveniência com uma formação política significativa como ex-ministro, presidente do Parlamento e secretário do Conselho Supremopoker bwinSegurança Nacional, também foi impedidopoker bwinconcorrer", aponta Boroujerdi.
"As sucessivas desqualificações sugerem que esse tipopoker bwinconservadorismo já não é favorecido pelo líder supremo e pelo Conselho."
Essa eleição é diferente das outras?
Muitos especialistas não vêem qualquer mudançapoker bwinrelação às eleições anteriores na postura do Conselho dos Guardiões nesta eleição.
O Conselho normalmente aprova um ou dois nomes do campo reformista-moderado, deixando uma maioria do campo conservador.
"O único candidato do campo moderado é Masoud Pezeshkian, cujo principal desafio é motivar um público desiludido a votar", explica Boroujerdi.
"Se for bem-sucedido, espera-se que a principal competição seja entre ele e Mohammad Baqer Qalibaf, o atual presidente do Parlamento e uma figura política proeminente favorecida pelo regime."
De acordo com a Constituição do Irã, os candidatos presidenciais devem ser "figuras religiosas e políticaspoker bwinorigem iraniana", alémpoker bwinaderir aos princípios da República Islâmica e à religião oficial do país.
No entanto, nas várias décadas desde o estabelecimento da República Islâmica, o governo tem utilizado repetidamente o Conselho dos Guardiões para desqualificar pessoas que possam representar divergências do líder supremo.
O Conselho, composto por seis clérigos e seis juristas, é direta e indiretamente controlado pelo líder supremo, que nomeia pessoalmente os clérigos.
Para a seleção dos seis juristas, o chefe do poder judicial — que também é nomeado pelo líder supremo — apresenta ao parlamento uma lista dos candidatos selecionados.
Analistas que descrevem as eleições no Irã como "encenadas" apontam para a natureza arbitrária do processopoker bwinaprovaçãopoker bwincandidatos.
As mulheres podem se candidatar?
No períodopoker bwincinco diaspoker bwininscrição, quatro mulheres anunciaram a candidatura à corrida presidencial.
Duas delas eram conservadoras, uma reformista e outra independente.
Estas quatro mulheres registraram-se apesar de, conforme a constituição, o presidente terpoker bwinser escolhido entre "homens religiosos e políticos", com base nas traduções tradicionais do termo árabe rijal.
Nenhuma mulher foi aprovada para concorrer nas 13 eleições presidenciais realizadas desde o estabelecimento da República Islâmica — uma fonte crescentepoker bwindiscórdia entre os ativistas.
Muitos defensores dos direitos das mulheres argumentam que, embora rijal signifique "homens"poker bwinárabe,poker bwinfarsi também pode significar "uma pessoa proeminente".
Argumentam, portanto, que os autores da Constituição se referiam a uma figura política, e não especificamente a uma figura masculina.
Protestos recentes terão impacto no comparecimentopoker bwineleitores?
As atuais eleições presidenciais ocorrem quase dois anos depois dos protestos generalizados que eclodiram na sequência da mortepoker bwinMahsa Aminipoker bwinsetembropoker bwin2022, enquanto estava sob custódia da chamada "polícia da moralidade".
Cercapoker bwin551 manifestantes foram mortos pelas forçaspoker bwinsegurança durante o movimento Mulher, Vida, Liberdade do Irã — a maioria deles alvospoker bwintiros,poker bwinacordo com as Nações Unidas.
O governo iraniano não só não assumiu a responsabilidade pela crise, que resultou tambémpoker bwinmuitas prisões, como também retomou mais tarde a detenção e puniçãopoker bwinmulheres que aparecerampoker bwinpúblico sem um hijab aprovado pelo governo — a suposta transgressão pela qual Amini foi inicialmente detida.
A resposta da República Islâmica levou muitos indivíduos e grupos que já participarampoker bwineleições anteriormente, com o objetivopoker bwinconquistar mudanças no país, a defenderem o boicote a qualquer participação política.
Este boicote foi confirmado nas eleições parlamentares, realizadas no mês passado. Segundo estatísticas do governo, apenas 41% dos eleitores elegíveis foram às urnas — a participação mais baixa desde o estabelecimento da República Islâmica.
Os dados da participação eleitoral também não refletem necessariamente a realidade.
Nas eleições parlamentares e para a Assembleiapoker bwinPeritos, que permitiram a votação eletrônica utilizando documentospoker bwinidentidade nacionais, houve numerosos relatospoker bwinque os votos foram emitidos utilizando os númerospoker bwinidentificaçãopoker bwinpessoas que declararam não ter participado.
Um novo presidente pode trazer mudanças?
A experiência sugere que as políticaspoker bwingoverno do Irã não são determinadas pelo presidente, mas pelo líder supremo e pelas poderosas instituições sob o seu controle.
Por isso, é pouco provável que haja qualquer mudança significativa nas políticas internas e externas sem a autorização do aiatolá Khamenei.
A maioria dos observadores acredita que as mudanças na política externa, como a revisão do programa nuclear ou o reconhecimentopoker bwinIsrael pelo Irã, não estão ao alcancepoker bwinqualquer novo presidente por si só — com o líder supremo reafirmando constantementepoker bwininfluência e autoridade final.
Da mesma forma, parece improvável que qualquer presidente seja capazpoker bwinfazer mudanças na política interna — como sobre a obrigatoriedade do hijab para as mulheres — sem a sançãopoker bwinKhamenei.
Além disso, tendopoker bwinconta a listapoker bwincandidatos aprovada pelo Conselhopoker bwinGuardiões, é pouco provável que alguém queira fazê-lo.
"Qualquer decisão que o próximo presidente tome é essencialmente uma decisão tomada pelo regime", afirma o analista político Masoud Safiri.
Quem escolhe o próximo líder supremo?
O aiatolá Khamenei tem 85 anos, por isso as questõespoker bwintorno do seu sucessor são cada vez mais relevantes.
De acordo com a Constituição do Irã, a Assembleiapoker bwinPeritos é responsável pela seleção do líder supremo.
Embora, pelo menos oficialmente, o presidente não tenha qualquer papel na escolha do sucessor, no períodopoker bwininstabilidade que normalmente se segue à morte do líder supremo, o presidente tem muitas oportunidades para exercerpoker bwininfluência sobre o cenário político.
Em última análise, porém, é evidente que a autoridade do presidente ao longo das últimas quatro décadas nunca correspondeu às responsabilidades que lhe foram atribuídas pela Constituição.
"O aiatolá Khamenei moldou a liderança no Irã ao longo dos últimos 35 anospoker bwintal forma que, após apoker bwinmorte, independentementepoker bwinquem seja o presidente, esta estrutura será capazpoker bwingovernar o país àpoker bwinprópria maneira", afirma Safiri.
"Será semelhante aos partidos comunistas do Bloco Oriental."
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