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É verdade que o Hamas foi criado por Israel?:numéro 1xbet
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Fim do Matérias recomendadas
O longo trabalho do Hamas
O Movimentonuméro 1xbetResistência Islâmica Hamas não surgiu do nadanuméro 1xbet1987. Antes disso, já havia percorrido um longo caminho, que pode ser dividido –numéro 1xbetforma bem simplificada –numéro 1xbetduas etapas:
- As primeiras raízes do movimento nos territórios palestinos surgiramnuméro 1xbetmeados da décadanuméro 1xbet1940, com o estabelecimento das primeiras ramificações da Irmandade Muçulmananuméro 1xbetGaza, no bairro Sheikh Jarrahnuméro 1xbetJerusalém enuméro 1xbetoutros lugares.
- A segunda etapa viria com a frustração dos jovens da Irmandade Muçulmana com os líderes árabes após o "revés" representado pela derrota para Israel na Guerra dos Seis Diasnuméro 1xbet1967 e com as primeiras ideias sobre uma possível luta armada.
De acordo com os registros da Irmandade Muçulmana, grande parte da história da organização islâmica nos territórios palestinos eranuméro 1xbetnatureza religiosa,numéro 1xbetapoio enuméro 1xbetconscientização. Eles também construíram mesquitas e instituições sociais.
Esses documentos dizem que, nos primeiros anosnuméro 1xbetterritórios palestinos, a Irmandade Muçulmana concentrou-se na preparação intelectual, cultural e espiritual dos jovens — mais que no treinamento militar.
A Irmandade Muçulmana foi fundada no Egitonuméro 1xbet1928 com a missãonuméro 1xbetdefender os ensinamentos do Alcorão e com o objetivonuméro 1xbetaplicarnuméro 1xbettodos aspectos da vida as leis islâmicas, a Sharia.
A organização se expandiu para outros países árabes e também inspirou outros movimentos islâmicos com seu modelo que combina ativismo político com trabalhonuméro 1xbetcaridade.
Khaled Meshal, atual líder do Hamas no exterior, aponta que os militantes islâmicos foram forçados a se ausentar dos territórios palestinos por diferentes períodos nas décadasnuméro 1xbet1950 e 1960 por conta das ondas nacionalistas árabes seculares, bem como da onda comunista.
De acordo com declaraçõesnuméro 1xbetMeshal à imprensa, os militantes islâmicos não eram bem-vindos.
Na próxima parte deste texto, vamos nos concentrar nos eventos que levaram ao surgimento do Hamas,numéro 1xbet1967 até o nascimento do movimento,numéro 1xbet1987.
Sinaisnuméro 1xbet'luta armada'
Uma toneladanuméro 1xbetcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
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A transformação nos métodos usados na "luta contra Israel" começou a ganhar forma após Israel derrotar os árabes na Guerra dos Seis Dias, que ocorreu entre 5 e 10numéro 1xbetjunhonuméro 1xbet1967.
Nos meses que antecederam a guerra, um conflito entre árabes e judeus parecia iminente. Em maio daquele ano, o Egito tinha mobilizado milharesnuméro 1xbetsoldados na fronteira com Israel e instituiu um bloqueio naval a este país no estreitonuméro 1xbetTiran.
Então, na manhãnuméro 1xbet5numéro 1xbetjunho, Israel conduziu inesperados ataques aéreos contra o Egito e a Síria.
Nos dias seguintes, Israel batalhou contra os exércitos desses países e também da Jordânia, saindo finalmente vitorioso. O conflito consolidou o poderio militarnuméro 1xbetIsrael e aumentou significativamente seu tamanho, tomando a península do Sinai do Egito, as colinasnuméro 1xbetGolã da Síria e a Cisjordânia da Jordânia.
Em seu livronuméro 1xbetmemórias, O Minarete Vermelho, o primeiro porta-voz do movimento Hamas, Ibrahim Ghosheh, fala das repercussões que a derrota teve sobre os jovens do movimento Irmandade Muçulmana.
Ghosheh diz que tanto ele quanto outrosnuméro 1xbetsua geração ficaram insatisfeitos com uma conferência que havia sido convocada pela Controladoria-Geral da Irmandade na Jordânia "porque não apresentou soluções claras para o futuro da Palestina e não pediu o início da construção jihadista islâmica".
Ghosheh acrescenta que o caso levou os jovens da Irmandade – entusiasmados a lutar contra Israel – a trabalhar no que chamaramnuméro 1xbet"movimento corretivo", que defendia o usonuméro 1xbetarmas, ao contrário do que defendiam membros mais experientes da Irmandade Muçulmana.
Como resultado, chegou-se a um acordo secreto com o movimento Fatah para treinar e dar habilidadesnuméro 1xbetcombate a esses jovens membros da Irmandade.
O Fatah é um movimento secular fundado por Yasser Arafat nos anos 1950 com o objetivo inicialnuméro 1xbetempreender uma luta armada contra Israel para criar um Estado palestino.
Depois, o movimento se tornou um partido e passou a defender a soluçãonuméro 1xbetdois Estados (fórmulanuméro 1xbetpaz que prevê um Estado palestino independente ao ladonuméro 1xbetIsrael). Com o tempo, seu poder diminuiu.
Ghosheh diz que o treinamento com o Fatah começounuméro 1xbet1968 e terminounuméro 1xbet1970, após a descobertanuméro 1xbetmembros da Irmandade no chamado "movimento corretivo" e depois do "Setembro Negro" — guerra civil na Jordânia que teve seu augenuméro 1xbetsetembronuméro 1xbet1970 e que opôs as forças do país à Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
A OLP foi criada nos anos 1960 por países árabes para representar os palestinos no cenário internacional. Yasser Arafat assumiu a liderança da organizaçãonuméro 1xbet1969 e lá ficou aténuméro 1xbetmorte,numéro 1xbet2004. O Fatah tem sido por décadas o grupo mais forte dentro da OLP.
O Setembro Negro deixou milharesnuméro 1xbetpalestinos que viviam na Jordânia mortos e desalojados.
Durante esse período, a Irmandade Muçulmana experimentou vários conflitos internos entre os "líderes tradicionais" e a "geração mais jovem".
Enquanto os jovens pressionavam para adotar a abordagemnuméro 1xbetluta contra Israel, os líderes insistiamnuméro 1xbetpriorizar a "construção do Estado". Essa divisão levou vários membros do movimento a desertar e a formar "grupos nacionais e movimentos militantes que abraçaram a luta armada".
Também aumentou a pressão sobre o grupo, que já enfrentava dificuldades devido à quantidadenuméro 1xbetoponentes e à presençãonuméro 1xbetoutros movimentos intelectuais e nacionais palestinos.
'Criaram o Hamas para enfrentar Yasser Arafat'
A "suspeita sobre uma suposta relação" entre Israel e o grupo islâmico do qual o Hamas surgiu apareceu nas décadasnuméro 1xbet1970 e 1980.
O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi um dos que levantaram essa suspeita, quando acusou o movimento Hamasnuméro 1xbetser uma criação israelense.
Mubarak aparecenuméro 1xbetum vídeo antigo com vários oficiais militares egípcios dizendo: "Israel criou o Hamas para trabalhar contra a OLP".
Mubarak não foi o único a fazer essa afirmação: Ron Paul, ex-membro da Câmara dos Representantes dos EUA que concorreu à Casa Brancanuméro 1xbet1988 disse ao Congressonuméro 1xbet2009: "Se olharmos para a história, descobriremos que Israel encorajou e ajudou a criar o Hamas, com o objetivonuméro 1xbetconfrontar Yasser Arafat".
Além disso, o ex-ministro e membro da delegação palestina durante as negociações secretasnuméro 1xbetOslonuméro 1xbet1993, Hassan Asfour, disse à BBCnuméro 1xbetsetembronuméro 1xbet2023 que "o Hamas nasceu após um acordo entre alguns países árabes e Israel - no âmbitonuméro 1xbetum projeto dos EUA - que buscava uma alternativa à OLP".
O professor palestinonuméro 1xbetRelações Internacionais da Universidade do Catar Ahmed Jamil Azm comenta sobre a origem desta acusação.
"Os próprios israelenses são parte dessas acusações. As divisões internas entre os palestinos também desempenharam um papel na origem dessas acusações", diz o professor.
Azm também abordou as antigas declaraçõesnuméro 1xbetMubarak.
"O discurso do regime egípcio mudavanuméro 1xbetacordo com seus interesses, e talvez essas acusações tenham sido feitasnuméro 1xbetum contextonuméro 1xbethostilidade com a Irmandade Muçulmana ounuméro 1xbetum momentonuméro 1xbettensão com o Hamas."
"Por outro lado, Hosni Mubarak e seu diretornuméro 1xbetinteligência, Omar Suleiman, tiveram uma relação muito positiva com o Hamas durante diferentes períodos, a pontonuméro 1xbetfacilitar a entradanuméro 1xbetarmas na Faixanuméro 1xbetGaza".
Pode-se dizer que as acusaçõesnuméro 1xbetuma suposta (e nunca comprovada) “relação proibida” entre o Hamas e Israel foram feitasnuméro 1xbetfases posteriores à guerranuméro 1xbet1967, quando a Irmandade Muçulmana iniciou a chamada “fase da mesquita” nos territórios palestinos.
Essa etapa, que segundo algumas fontes durou até 1975, caracterizou-se pelo trabalhonuméro 1xbet"construçãonuméro 1xbetmesquitas", "mobilização da nova geração (...) e concentração e aprofundamento da doutrina para enfrentar o movimento sionista", segundo explica o acadêmico Khaled Hroubnuméro 1xbetseu livro Hamas: Pensamento e Prática Política.
Hroub acredita que os militantes islâmicos fizeram investimentos significativos após a guerranuméro 1xbet1967, com a validação do discurso islâmico alternativonuméro 1xbetoposição ao discurso nacionalista, tão ligado à guerra perdida.
O autor afirma que “a fase seguintenuméro 1xbetconstrução institucional estendeu-senuméro 1xbetmeados da décadanuméro 1xbet1970 até ao final da décadanuméro 1xbet1980, e viu o estabelecimentonuméro 1xbetgruposnuméro 1xbetestudantes islâmicos, clubes, sociedadesnuméro 1xbetcaridade e outras entidades que se tornaram centrosnuméro 1xbetencontro da nova juventude islâmica”.
'Fui chefe do Shin Bet e fui testemunha do surgimento do Hamas'
Em 1981, o jornal New York Times conversou com o então governador militar israelensenuméro 1xbetGaza, Yitzhak Segev.
"Os fundamentalistas islâmicos recebem alguma ajuda israelense", disse Segev ao Times. "O governo israelense me deu um orçamento, e o governo militar fornece apoio às mesquitas."
No artigo, uma justificativa para isso é apresentada: o dinheiro era destinado a fortalecer a formação que concorria com a OLP.
No entanto, Yaakov Peri, que trabalhou como chefe do Shin Bet (agêncianuméro 1xbetinteligência interna) israelense, dissenuméro 1xbetuma entrevista publicada recentemente: "Fui chefe da agêncianuméro 1xbet1988 a 1995. Testemunhei a ascensão do movimento Hamas e lembro que nossa avaliação revelou que era mais como um movimento social e que trabalhava para satisfazer as necessidades das pessoas."
"Muitas pessoas boasnuméro 1xbetIsrael acusaram o Shin Betnuméro 1xbetapoiar o aparato político do Hamas como uma alternativa à OLP, mas isso não é verdade."
Se analisarmos as declarações do fundador do movimento Hamas, o xeque Ahmed Yassin, ele não parece ter visto a questão das verbas israelenses como um problema.
Yassin confirmou que Israel pagava salários como potência que ocupava o território, acrescentando: "Eles começaram a oferecer pagar pensões e salários aos funcionários que aceitassem voltar a trabalhar".
Yassin acrescentou que Israel estava tendo esses gastos com o objetivonuméro 1xbetgarantir que a vida voltasse ao normal após a ocupaçãonuméro 1xbetGaza.
'Confluência involuntárianuméro 1xbetinteresses'
Roni Shaked, pesquisador do Instituto Truman da Universidade Hebraica, dissenuméro 1xbetuma entrevista à BBC que Israel não tinha problemas com movimentos sociais religiosos, acrescentando que a Irmandade não representava qualquer ameaça na época.
Shaked, que foi funcionário do Shin Bet durante a décadanuméro 1xbet1970, disse que Israel nunca financiou os militantes islâmicos e que suas contribuições se limitavam a conceder licenças para a construçãonuméro 1xbetmesquitas.
O discurso do ex-oficialnuméro 1xbetinteligência coincide com onuméro 1xbetAhmed Azm.
Ambos acreditam que o fatonuméro 1xbeto movimento islâmico não querer confrontar Israel – promovia a existêncianuméro 1xbetmovimentos que não adotaram a luta armada – levou a uma situação "involuntária".
Israel desviounuméro 1xbetatenção dos militantes islâmicosnuméro 1xbetdetrimentonuméro 1xbetsuas ações contra os movimentos seculares como o Fatah, mas Shaked e Azm não acreditam que isso tenha significado o apoio à Irmandade.
No contextonuméro 1xbetquestionamentos sobre a natureza da relação do governo israelense com a comunidade islâmica e a questão do "financiamento ou licençasnuméro 1xbetIsrael para a construçãonuméro 1xbetmesquitas islâmicas", encontramos um livro intitulado A políticanuméro 1xbetIsraelnuméro 1xbetrelação aos dotes islâmicos na Palestina, publicadonuméro 1xbet1992 pelo escritor britânico Michael Demper.
Nele, Demper diz que uma das primeiras ações que o governador militar israelense tomounuméro 1xbet1967 foi nomear um oficial israelense como responsável por assuntos religiosos na Faixanuméro 1xbetGaza - e seu trabalho era gerar vínculos entre o governo militar, o movimento islâmico e grupos cristãos.
Embora o escritor britânico relate que Israel permitiu a construçãonuméro 1xbetmesquitas entre o final dos anos 1970 e meados dos anos 1980 como formanuméro 1xbetencontrar um equilíbrio com a OLP, não fala sobre a relação entre Israel e os responsáveis pelas mesquitas que receberam financiamento do país.
'Foi negligência... E nunca financiamos o Hamas'
Em Israel, não há consenso sobre a abordagem que o governo utilizou para enfrentar o crescimento do movimento islâmico dentronuméro 1xbetGaza.
Embora existam ex-funcionários israelenses que expressem “arrependimento” pela atuação do país relativa ao Hamas, há também testemunhos como onuméro 1xbetShalom Harari, que era oficial da inteligência militarnuméro 1xbetGaza nessa época.
“Israel nunca financiou o Hamas, e Israel nunca armou o Hamas...Houve avisos sobre os islamistas que foram ignorados, mas a razão por trás disso foi a negligência, e não o desejonuméro 1xbetos fortalecer”, disse ele ao New York Times.
Nesse contexto, Ahmed Yassin afirmou que “Israel estava monitorando as instituições militantes islâmicas, como o faz com qualquer outra instituição, e estava tentando encontrar equilíbrios... Deixando cada grupo crescer ànuméro 1xbetmaneira até chegar o momentonuméro 1xbetque se enfrentam uns aos outros".
'Os resultados caíram sobre suas cabeças'
O estabelecimento da Sociedade Islâmica e da Academia Islâmica é uma das principais razões apontadas por aqueles que acusam Israelnuméro 1xbetcontribuir para o surgimento do Hamas.
Documentos da Irmandade dizem que esta fase do século passado ocorreu sob "o guarda-chuva da lei israelense (...) e que suas atividades se limitavam a meros aspectos religiosos (...) Não infringiram a lei e não entraramnuméro 1xbetconfronto com as autoridades israelenses."
O líder espiritual do Hamas, Ahmed Yassin, contou sobre essa época: "Não podíamos entrarnuméro 1xbetconflito com a ocupação, e daí surgiu a ideia das instituições islâmicas. A Sociedade Islâmica,numéro 1xbet1976, era uma salanuméro 1xbetuma mesquita e se concentrava principalmentenuméro 1xbetatividades esportivas."
No livro Intifada,numéro 1xbet1990, os escritores israelenses Ehud Yaari e Ze'ev Schiff afirmam que "a administração civil israelense contribuiu significativamente para o desenvolvimento do movimento islâmico que mais tarde ganharia destaque com o início da Primeira Intifada. Israel permitiu-lhes assumir posiçõesnuméro 1xbetpoder e influência nas comunidades locais, e também lhes permitiu estabelecer todos os tiposnuméro 1xbetinstituições."
Os dois autores israelenses afirmam que "Israel se iludiu ao pensar que pode exercer controle sobre os militantes islâmicos e aproveitar-senuméro 1xbetsua ascensão enquanto limita a influência da Organização para a Libertação da Palestina (...) Israel aprendeu a lição, mas é tarde demais."
Líder do Hamas, Ibrahim Ghosheh diz: "Não é culpa da Irmandade ou do Sheikh Yassin que Israel acredite que conceder uma licença à Academia Islâmica ajudará a equilibrar a tendência secular da OLP e a tendência religiosa da Irmandade. Se os sionistas erraramnuméro 1xbetsuas estimativas, os resultados acabaram caindo sobre suas cabeças."
Alguns estudiosos mencionam que as autoridades israelenses não apenas permitiram que o movimento islâmico estabelecesse instituições, mas também deram sinal verde para que outras facções nacionais estabelecessem instituiçõesnuméro 1xbettodos os tipos: clubes, associações, sindicatos e redaçõesnuméro 1xbetimprensa.
Abdullah al-Hourani, autor do livro Sociedadesnuméro 1xbetCaridade na Cisjordânia e na Faixanuméro 1xbetGaza, publicadonuméro 1xbet1988, diz que o númeronuméro 1xbetassociaçõesnuméro 1xbetGaza antes da Primeira Intifada,numéro 1xbet1987, chegava a 62 - das quais apenas 4 estavam associadas à Irmandade.
As mais proeminentes eram a Academia Islâmica e a Sociedade Islâmica.
'Erro estratégico'
O professornuméro 1xbetRelações Internacionais Ahmed Jamil Azm diz que Israel cometeu um erro estratégico e tático: "Nunca houve uma estratégia clara, Israel está sempre confiante emnuméro 1xbetsuperioridade como grande potência".
"Por exemplo, após a ocupaçãonuméro 1xbetGazanuméro 1xbet1967, tentou se comunicar com a sociedade por meionuméro 1xbetoportunidades econômicas, impulsionando a liderança local representada por famílias notáveis e permitindo a realizaçãonuméro 1xbeteleições municipais."
"Mas a tomadanuméro 1xbetdecisão foi baseadanuméro 1xbetfundamentosnuméro 1xbetsegurança, e nãonuméro 1xbetuma compreensão realista das verdadeiras dimensões da ocupação e das consequências que ela estava tendo... Esses métodos não podem ser aceitos pela sociedade como alternativa à resistência à ocupação."
Ronni Shaked, pesquisador do Instituto Truman da Universidade Hebraica, avalia que, apesarnuméro 1xbetter sido alertado sobre o perigo potencial que o movimento islâmico poderia representar no futuro, Israel nunca entendeu isso completamente e se confundia ao abordar o tema.
Shaked diz que o então governante militar israelensenuméro 1xbetGaza, Yitzhak Segev, havia expressado temor com as condições no território “devido à semelhança que tinham com a situaçãonuméro 1xbetTeerã antes da revolução”.
Shaked acrescenta: "O xeque Ahmed Yassin enganou Israel para se dedicar a combater os comunistas enquanto trabalhava para construir jardinsnuméro 1xbetinfância e criar gerações, preparando-as para resistir a Israel".
O pesquisador acredita que Israel ainda acha que alcançará estabilidade eliminando o Hamas e dando aos palestinos oportunidadesnuméro 1xbetemprego e benefícios econômicos. "Isso não é verdade... Se o Hamas for eliminado, novos movimentos nacionaisnuméro 1xbetresistência surgirão depois", avalia.
A luta contra Israel
A mudança radical nos métodos da Irmandade Muçulmana contra Israel ocorreunuméro 1xbet1983, quando o grupo realizou uma conferência na Jordânia na qual decidiu "permitir que seus quadros na Cisjordânia e Gaza organizassem ações militares e as iniciassem o mais rápido possível quando tivessem as condições adequadas," segundo o livronuméro 1xbetmemórias do primeiro porta-voz do Hamas.
Um ano depois dessa conferência, Israel desferiu um golpe mortal na primeira célula militar na Faixanuméro 1xbetGaza, prendendo todos seus membros.
Os combatentes respondiam a Ahmed Yassin, que os liderou por 13 anos.
Eles foram presos com cercanuméro 1xbet80 armas que estavam guardadas na casanuméro 1xbetYassin,numéro 1xbetpreparação para uma ação militar contra Israel.
Mas Yassin passou apenas alguns meses detido, pois se beneficiounuméro 1xbetum grande acordonuméro 1xbettrocanuméro 1xbetprisioneiros entre Israel e a Frente Popular para a Libertação da Palestina, e foi libertadonuméro 1xbet1985.
Embora esse golpe inicial tenha sido doloroso para os combatentes - especialmente porque a ala "militar" do movimento estava apenas começando, era inexperiente e tinha capacidades muito modestas -, as bases ideológicas do grupo permaneceram sólidas, permitindo que ele se reorganizasse.
Por tentativa e erro, eles finalmente conseguiram organizarnuméro 1xbetala militar.
Mas, mesmo na época, parecia que Israel não dava importância à mudançanuméro 1xbetestratégia desses grupos, nem tinha consciência do alcance que eles haviam obtido dentro e fora dos territórios palestinos,
Isso permitiu que os combatentes desenvolvessem ainda mais suas ferramentas.
Essas estratégias e a mudançanuméro 1xbetfoco da Irmandade para a "luta armada" seriam reveladas publicamente com o anúncio da criação do Movimentonuméro 1xbetResistência Islâmica Hamasnuméro 1xbet14numéro 1xbetdezembronuméro 1xbet1987, um dia após o início da Primeira Intifada.
Não há dúvidanuméro 1xbetque a história do Hamas é caracterizada pela ambiguidade e faltanuméro 1xbetdocumentação. Muitos membros do movimento atribuem essa faltanuméro 1xbetregistros às condiçõesnuméro 1xbetsegurança - além dos contextos políticos e sociais - que cercaram a Irmandade Muçulmana desdenuméro 1xbetformação nos territórios palestinos.
No entanto, é possível responder à pergunta se Israel "fabricou" o Hamas analisando a falácia que a própria pergunta representa.
Israel não "fabricou" o Hamas, mas a complexa redenuméro 1xbetlongo trabalho social da Irmandade Muçulmana, produzidanuméro 1xbetmeio à ocupação e à resistência palestina a ela, acabou dando origem ao Hamas, como confirmam Shaked e Azm.
Assim, pode haver espaço para o debate sobre as acusaçõesnuméro 1xbetque Israel teria pelo menos ignorado o movimento durante seu início, ou mesmo tentado explorarnuméro 1xbetpresença quando já havia se tornado uma força crescente na luta palestina.
Mas o contexto histórico do movimento islâmico e as circunstânciasnuméro 1xbetque ele surgiu demonstram que a acusaçãonuméro 1xbetque o Hamas é "uma invençãonuméro 1xbetIsrael" não tem fundamento.
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