A 'cidade do pecado' romana que acabou engolida pelo mar:casa de apostas site

Legenda da foto, Maiscasa de apostas site2 mil anos atrás, Baia era considerada a Las Vegas do Império Romano | Foto: Maxime Bermond/Getty Images

Além disso, era o lugar para onde os ricos e poderosos iam quando queriam realizar negócios escusos.

"Há muitas históriascasa de apostas siteintrigas associadas ao local", diz o pesquisador John Smout, que trabalhoucasa de apostas siteparceria com arqueólogos para estudar a região.

Há rumorescasa de apostas siteque Cleópatra teria escapadocasa de apostas siteBaia a bordocasa de apostas siteum barco após Júlio César ser assassinado,casa de apostas site44 a.C.

Júlia Agripina, porcasa de apostas sitevez, teria planejado, tambémcasa de apostas siteBaia, a mortecasa de apostas siteseu marido Cláudio, para que seu filho Nero pudesse se tornar imperadorcasa de apostas siteRoma.

"Ela envenenou Cláudio com cogumelos mortais", explica Smout.

"Mascasa de apostas sitealguma forma ele sobreviveu. Então naquela mesma noite, Agripina fez com que seu médico administrasse uma lavagemcasa de apostas sitebulbo selvagem venenoso, que finalmente funcionou."

As nascentescasa de apostas siteágua mineral e o clima ameno do local atraíram a aristocraciacasa de apostas siteRoma durante a segunda metade do século 2 a.C.

Baia era também conhecida como Campos Flamejantes, devido às inúmeras caldeiras vulcânicas espalhadas pela região.

"Eu era um menino quando visitei o local. O guia cutucou o chão com um guarda-chuva e dali saíram vapor e lava", relembra Smout.

Legenda da foto, Sob as águas do Tirreno se escondem algumas ruínas da antiga cidade romana | Foto: Photononstop/Alamy

As caldeiras eram veneradas por gregos e romanos como portascasa de apostas siteentrada para o submundocasa de apostas siteHades, mas também foram fundamentais para uma sériecasa de apostas siteavanços tecnológicos. A invenção do cimento impermeável, uma misturacasa de apostas sitelodo e rochas vulcânicas, estimulou, por exemplo, a construçãocasa de apostas sitecúpulas abertas e fachadascasa de apostas sitemármore, assim como lagoas privadas com peixes e suntuosas casascasa de apostas sitebanhos.

Mas, dada a reputação pecaminosacasa de apostas siteBaia, talvez tenha sido apropriado que a abundânciacasa de apostas siteatividade vulcânica na região também tenha causadocasa de apostas siteruína.

Por alguns séculos, o bradissismo - movimento gradualcasa de apostas sitesubida e descida da superfície da Terra causado pela atividade sísmica e hidrotermal - fez com que grande parte da cidade afundassecasa de apostas siteuma sepultura submersa, onde ainda se encontra.

O mistério dos moluscos

O interesse turístico por essa faixa litorânea só seria renovado na décadacasa de apostas site1940, quando um piloto divulgou uma fotografia aéreacasa de apostas siteuma construção logo abaixo da superfície do mar.

Na sequência, geólogos começaram a tentar desvendar o mistério dos orifícios deixados por moluscoscasa de apostas siteruínas descobertas perto da praia - um sinalcasa de apostas siteque algumas partes da encosta já haviam sido submersas.

Legenda da foto, As nascentescasa de apostas siteágua mineral e o clima ameno da região atraíam a aristocracia da época | Imagem: De Agostini Picture Library/Getty Images

Duas décadas depois, autoridades italianas enviaram um submarino para analisar os fragmentos da cidade que permaneciam debaixo d'água.

E o que eles descobriram foi fascinante. Desde a época romana, a pressão subterrânea fez com que as terras que rodeavam Baia emergissem e afundassem constantemente, empurrando as ruínas antigas para cima,casa de apostas sitedireção à superfície do mar, antescasa de apostas siteengoli-las lentamente mais uma vez - uma espéciecasa de apostas sitepurgatório geológico.

Até recentemente, os fragmentos submersos tinham sido explorados por apenas alguns intrépidos arqueólogos. Somentecasa de apostas site2002, o sítio arqueológico subaquático foi formalmente classificado como áreacasa de apostas siteproteção e aberto ao público.

Desde então, a tecnologia 3D e outros avanços da arqueologia submarina permitiram olhar pela primeira vez a fundo para esse capítulo da Antiguidade. Mergulhadores, historiadores e fotógrafos conseguiram registrar diferentes estruturas submersas, incluindo o famoso Templocasa de apostas siteVênus (uma sauna, na verdade) - descobertas que oferecem, porcasa de apostas sitevez, indícios da devassidão da Roma antiga.

Devido à ondulação da crosta terrestre, a ruínas se encontram, na verdade,casa de apostas siteáguas relativamente rasas, com uma profundidade médiacasa de apostas site6 metros, permitindo que os visitantes vejam algumas das estruturas submersas por meiocasa de apostas siteum barco com fundocasa de apostas sitevidro, por exemplo.

Legenda da foto, A pressão subterrânea fez com que as terras que rodeavam Baia se emergissem e afundassem constantemente | Foto: De Agostini/G.Carfagna/Getty Images

Empresas locaiscasa de apostas sitemergulho também oferecem aos turistas flutuação com snorkel e mergulho submarinocasa de apostas sitetorno da cidade imersa no mar Tirreno.

Em um diacasa de apostas sitemar calmo, os visitantes podem observar colunas romanas, antigas estradas e praças pavimentadas. Estátuascasa de apostas siteCláudia Otávia (filha do imperador Cláudio) e Ulisses sinalizam a entrada das grutas submarinas, com seus braços estendidos cobertoscasa de apostas sitecrustáceos.

Há também muito para ver na superfície. Na verdade, muitas das esculturas submersas são, na realidade, réplicas. Os originais podem ser encontrados no topo da colina, no Castelocasa de apostas siteBaia, onde a Superintendência Arqueológica da Campânia administra um museu com as relíquias recuperadas do mar.

Muitas ruínas estão localizadas nas proximidades do Parque Arqueológico das Termascasa de apostas siteBaia, parte da cidade antiga que ainda se mantém acima do nível do mar. O local foi escavado na décadacasa de apostas site1950 por Amedeo Maiuri, o arqueólogo que também desenterrou as cidades romanascasa de apostas sitePompeia e Herculano. É possível observar nessa área restoscasa de apostas siteterraços feito com mosaicos ecasa de apostas sitecasascasa de apostas sitebanho.

Perto do parque, encontra-se a moderna Baia - à sombracasa de apostas sitesua antiga grandiosidade, mas preservando o espíritocasa de apostas siteindolência e prazer.

Atualmente, a costa, que era salpicadacasa de apostas sitemansões e casascasa de apostas sitebanho, possui uma pequena marina, um hotel e um punhadocasa de apostas siterestaurantescasa de apostas sitefrutos do mar, todos localizadoscasa de apostas siteuma estrada estreita que segue para o nordeste,casa de apostas sitedireção a Nápoles.

Mas a chancecasa de apostas sitevisitar essa relíquia da Antiguidade pode estar com os dias contados. Especialistas preveem um aumento da atividade vulcânica ao longo da costacasa de apostas siteBaia num futuro próximo, o que faz com que o destino da cidade seja novamente incerto.

Somente no ano passado, foram registrados cercacasa de apostas site20 pequenos terremotos. E as autoridades já discutem a possibilidadecasa de apostas sitefechar permanentemente as ruínas submersas ao público.

Por enquanto, no entanto, os visitantes ainda podem procurar nessa cidade submersa uma entrada escondida - se não para o submundocasa de apostas siteHades, para uma coleçãocasa de apostas sitetesouros subterrâneos espetaculares.

  • casa de apostas site Leia a versão original desta reportagem (em inglês casa de apostas site ) no site da BBC Travel.