As cenas da vida na 2ª Guerra Mundial escondidas sob as ruasfreebet handyNápoles:freebet handy

Galleria Borbonica

Crédito, Vittorio Sciosa

Legenda da foto, Redefreebet handytúneis sob as ruasfreebet handyNápoles era usada para guardar carros contrabandeados, nos anos 30

Batizadafreebet handyGalleria Borbonica, foi construída por Fernando 2º das Duas Sicílias, que, temendo uma revolução, precisavafreebet handyuma passagem subterrânea grande o suficiente para permitir que tropas e cavalos conseguissem ir do Palácio Real para os quartéis.

Carros e esquecimento

Galleria Borbonica

Crédito, Mauro Palumbo

Legenda da foto, Geólogos redescobriram câmaras subterrâneasfreebet handy2010, após quase 50 anos esquecidas

No início dos anos 30, os túneis foram usados como depósito para carros e lambretas contrabandeados e apreendidos, já que havia pouco espaço disponível na lotada cidade.

Os corredores e as câmaras acabaram servindo como abrigo antiaéreo durante a Segunda Guerra Mundial, antesfreebet handyserem lacrados, do início dos anos 50, para serem esquecidos para sempre.

Masfreebet handy2012, Tonino Persico, um homemfreebet handy90 anos que se lembrava vividamente das noites passadas nos abrigos subterrâneos durante o confronto, entroufreebet handycontato com o geólogo Gianluca Minin, que liderava uma escavação no local.

Persico o alertou sobre a existênciafreebet handyum bunker sob o Palazzo Serra di Cassano, localizado atrás da Piazza del Plebiscito.

Minin efreebet handyequipe levaram três anos para retirar escombros do local. Em dezembrofreebet handy2015, o museu da Galleria Borbonica lançou o tour Via delle Memorie ("Rua das Memórias") para homenagear a vida daqueles que buscaram refúgio no local.

Umidade e podridão

Galleria Borbonica

Crédito, Elizabeth Warkentin

Legenda da foto, Carrinhosfreebet handyboneca indicam que ocupantes dos abrigos tentavam manter a vida o mais normal possível

Paolo Sola, um dos fundadores do museu, me levou para um passeio pelos túneis mal iluminados.

O ar é impregnado com uma malcheirosa misturafreebet handyumidade, podridão e até urina. Conforme caminhamos sobre a poeira compactada, passamos por pequenas alcovas lotadasfreebet handylanternas, pás e outras ferramentasfreebet handyescavação - ainda há muito trabalho a ser feito por aqui.

Em alguns momentos, o labirintofreebet handytúneis se abrefreebet handyestreitos corredoresfreebet handypedra, que no passado levavam água para as cisternas do palácio.

Finalmente, descemos mais um lancefreebet handyescadas e chegamos ao antigo abrigo antiaéreo.

Durante a guerra, as escadas ficavam às escuras e, com a agitação da multidão, não havia garantiasfreebet handyse chegar até alifreebet handysegurança.

Galleria Borbonica

Crédito, Gianluca Minin

Legenda da foto, Túneis foram construídos a mandofreebet handyrei durante o século 19

Um dos sobreviventes, o professor Aldo De Gioia, relata um trágico episódio que ele presenciou: "Eu conhecia uma linda menina chamada Edina,freebet handyolhos verdes e cabelos castanhos, que, na pressa para entrar no abrigo, acabou sendo atirada da escada e foi rolando até morrer".

Sola me pergunta se eu quero ouvir o barulho da sirene antiaérea. Claro! Uma coisa é escutar esse somfreebet handyum filme, mas presenciá-lo fez meu peito apertar com uma sensaçãofreebet handypavor.

"Quando aviões inimigos eram avistados desde Salerno e das ilhasfreebet handyIschia e Capri, a sirene era tocada três vezes", explica o geólogo.

"Isso significava que os aviões estavam a caminho e que os moradores tinham 15 minutos para chegar aos abrigos. Aqui está o telefone usado pela pessoa responsável pelas comunicações."

Eu noto uma vitrine com uma antiga ampola e uma agulha enferrujada que foram encontradas durante as escavações.

Segundo Sola, muitas pessoas ficavam feridas na superfície ou enquanto se dirigiam ao abrigo - elas recebiam cuidados médicos naquele espaço restrito e escuro, mas havia poucos remédios disponíveis.

Muitos também sofriam com doenças e má nutrição, já que o porto e as estradasfreebet handyacesso a Nápoles foram bombardeadas e os alimentos que conseguiam chegar à cidade iam diretamente para o mercado negro.

O aqueduto foi explodido - não havia água limpa - e o fornecimentofreebet handyenergia também foi cortado.

Fogões e bonecas

Galleria Borbonica

Crédito, Vittorio Sciosa

Legenda da foto, Local virou museu e oferece tourfreebet handyhomenagem às pessoas que tiveram que morar ali

Tragicamente, milharesfreebet handynapolitanos perderam suas casas nos bombardeios e tiveram que morar nos abrigos indefinidamente.

Os locais eram equipados com banheiros, que tinham chuveiros. Em um espaço adjacente, havia uma área semifechada com três paredes, onde as pessoas dormiam.

Quando os especialistas começaram a escavar os túneis, eles encontraram fogões portáteis, jarrosfreebet handymetal enferrujado, panelas escurecidas, carrinhosfreebet handyboneca, móveis embolorados e outros indíciosfreebet handyque as pessoas estavam tentando criar alguma semelhança à vida normal nesse lugar escuro, úmido e frio.

A aspereza desse sofrimento é palpável.

Mas nem sempre a vida era tão ruim. Enquanto mulheres e homens inválidos se preocupavam e velavam por seus parentes nos camposfreebet handybatalha, as crianças encontravam maneirasfreebet handypassar o tempo.

"Costumávamos brincarfreebet handyesconde-esconde, mas muitas vezes acabávamos nos perdendo", lembra De Gioia.

"Às vezes, alguém começava a cantar (a clássica canção napolitana) O Sole Mio."

"A música é uma ótima maneirafreebet handyliberar o sofrimento", lembra o sobrevivente.