O homem que ficou 30 minutos sem ar e sobreviveu:palpites brasileiro 2024

Mergulhador caído no fundo do marpalpites brasileiro 2024cenapalpites brasileiro 2024documentário

Crédito, Dogwoof

Legenda da foto, Cena do documentário 'Last Breath', sobre o acidente com Chris Lemons

Lemons fazia partepalpites brasileiro 2024uma equipepalpites brasileiro 2024mergulhopalpites brasileiro 2024saturação que consertava oleodutos num poçopalpites brasileiro 2024petróleo no campopalpites brasileiro 2024exploração Huntington, cercapalpites brasileiro 2024204 km a lestepalpites brasileiro 2024Aberdeen, na costa leste da Escócia (Reino Unido). Para fazer esse trabalho, mergulhadores precisam passar um períodopalpites brasileiro 2024um mês vivendo, dormindo e comendopalpites brasileiro 2024câmaras especialmente construídas, a bordo do naviopalpites brasileiro 2024mergulho, separados do resto da tripulação por uma paredepalpites brasileiro 2024metal e vidro. Nesses tubos,palpites brasileiro 2024seis metrospalpites brasileiro 2024comprimento, os três mergulhadores se aclimatizam à pressão que eles experimentarão embaixo d'água.

É uma forma inusitadapalpites brasileiro 2024isolamento. Os três mergulhadores podem falar e ver seus colegas que estão fora da câmara, mas fora isso estão separados deles. Os integrantespalpites brasileiro 2024cada equipe dependem completamente uns dos outros – antespalpites brasileiro 2024eles deixarem a câmara hiperbárica ou antes que alguma ajuda possa ser levada para seu interior, são necessários seis diaspalpites brasileiro 2024descompressão.

"É uma situação bastante estranha", diz Lemons,palpites brasileiro 202439 anos. "Você está vivendo num navio, cercado por muitas pessoas que estão separadaspalpites brasileiro 2024você apenas por um pedaçopalpites brasileiro 2024metal, mas você está completamente isolado delas. De certa maneira, é mais rápido voltar da Lua do que das profundezas do mar."

A descompressão é necessária porque o nitrogênio do ar comprimido que os mergulhadores respiram, enquanto estão embaixo d'água, dissolvepalpites brasileiro 2024suas correntes sanguíneas e tecidos enquanto estãopalpites brasileiro 2024grande profundidade. Quando eles voltam para a superfície, a pressão da água desaparece, e as bolhaspalpites brasileiro 2024nitrogênio deixam o corpo. Se isso acontece muito rapidamente, pode causar dores nos tecidos do corpo e danos ao sistema nervoso, alémpalpites brasileiro 2024levar à morte casos as bolhas se formem no cérebro – uma condição comumente conhecida como "bends" (torções).

Câmara hiperbáricapalpites brasileiro 2024operação

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Mergulhadores que passam longos períodos embaixo d'água precisam passar por uma descompressão, por vários dias, numa câmara hiperbárica

Riscos rotineiros

Os mergulhadores que fazem esse trabalho, no entanto, lidam com esses riscos com facilidade. Para Lemons, a maior preocupação era passar tanto tempo longepalpites brasileiro 2024sua noiva, Morag Martin, e a casapalpites brasileiro 2024que vivem, na costa oeste da Escócia.

O dia 18palpites brasileiro 2024setembropalpites brasileiro 20242012 começarapalpites brasileiro 2024forma normal para Lemons e os dois colegas com quem ele estava mergulhando – Dave Youasa e Duncan Allcock. Os três entraram no sinopalpites brasileiro 2024mergulho, que seria baixado a partir do navio Bibby Topaz até o fundo do mar, onde eles fariam os trabalhospalpites brasileiro 2024reparo.

"De certa maneira, era apenas um dia comumpalpites brasileiro 2024trabalho", diz Lemons. Apesarpalpites brasileiro 2024não ser tão experiente quanto seus dois colegas, ele mergulhava havia oito anos e já fazia mergulhopalpites brasileiro 2024saturação havia um ano e meio, tendo participadopalpites brasileiro 2024nove mergulhospalpites brasileiro 2024águas profundas. "O mar estava um pouco agitado na superfície, mas no fundo estava bastante claro."

Mergulhador caído no fundo do marpalpites brasileiro 2024cenapalpites brasileiro 2024documentário

Crédito, Dogwoof

Legenda da foto, Chris Lemons passou 30 minutos no fundo do mar, sem receber ar

O mar agitado, entretanto, iniciaria uma reaçãopalpites brasileiro 2024cadeia que quase tirou a vidapalpites brasileiro 2024Lemons. Normalmente, naviospalpites brasileiro 2024mergulho usam sistemaspalpites brasileiro 2024navegação e propulsão controlados por computador – conhecidos como posicionamento dinâmico – para manter a embarcação sobre o local do mergulho enquanto há pessoas embaixo d'água. Assim que Lemons e Youasa começaram a consertar os dutos, sob supervisãopalpites brasileiro 2024Allcok, que estava dentro do sino, o sistemapalpites brasileiro 2024posicionamento do navio Bibby Topaz paroupalpites brasileiro 2024funcionar repentinamente. O navio rapidamente começou a sairpalpites brasileiro 2024posição.

No fundo do mar, alarmes dispararam no sistemapalpites brasileiro 2024comunicação dos mergulhadores. Lemons e Youasa foram instruídos a voltar ao sinopalpites brasileiro 2024mergulho. Mas, quando eles começavam a seguir seus cordões umbilicais, o navio já havia se movimentado por sobre a alta estruturapalpites brasileiro 2024metalpalpites brasileiro 2024que eles estavam trabalhando – o que significou que eles tinhampalpites brasileiro 2024escalá-la.

Quando eles chegaram perto do topo, no entanto, o cordão umbilicalpalpites brasileiro 2024Lemons ficou preso num pedaçopalpites brasileiro 2024metal da estrutura. Antes que ele pudesse soltá-lo, o navio puxou o cabo e o puxou contra os pilarespalpites brasileiro 2024metal. "Dave percebeu que havia algopalpites brasileiro 2024errado e virou-se para voltar na minha direção", diz Lemons, cuja história virou tema do documentário Last Breath (Último Suspiro,palpites brasileiro 2024tradução livre).

Chris Lemons inconsciente no fundo do mar

Crédito, Floating Harbour

Legenda da foto, Chris Lemons inconsciente no fundo do mar,palpites brasileiro 2024imagem enviada por um veículopalpites brasileiro 2024operação remota

"Nós tivemos esse estranho momentopalpites brasileiro 2024que estávamos olhando para os olhos um do outro. Ele estava nadando desesperadamente para chegar até mim, mas o navio o puxava para longe. Antes que eu percebesse, eu não tinha mais nenhum ar porque o cabo estava esticado demais."

A tensão sobre o cabo deve ter sido imensa. Compostopalpites brasileiro 2024uma sériepalpites brasileiro 2024tubos e cabos elétricos, com uma corda passando pelo meio, ele começou a se romper enquanto a embarcação o puxava, o esticando cada vez mais. Instintivamente, Lemons ligoupalpites brasileiro 2024seu capacete o dispositivo para a entrada do ar comprimidopalpites brasileiro 2024emergência do tanque que carregava nas costas. Mas, antes que ele conseguisse fazer qualquer outra coisa, o cabo se partiu, e ele foi jogadopalpites brasileiro 2024volta para o fundo no mar.

Milagrosamente,palpites brasileiro 2024total escuridão, Lemons conseguiu ficarpalpites brasileiro 2024pé e encontrar seu caminhopalpites brasileiro 2024volta à estruturapalpites brasileiro 2024metal do poçopalpites brasileiro 2024petróleo, para escalá-la novamente até o topo, na esperançapalpites brasileiro 2024avistar o sino e voltarpalpites brasileiro 2024segurança.

Mergulhador subindo estrutura metálicapalpites brasileiro 2024cenapalpites brasileiro 2024documentário

Crédito, Dogwoof

Legenda da foto, Cenapalpites brasileiro 2024documentário mostra Chris Lemons subindo a estrutura metálica que ele consertava

"Quando eu cheguei lá, não havia sinal do sino", diz Lemons. "Eu decidi ficar calmo e conservar o poucopalpites brasileiro 2024ar comprimido que eu ainda tinha. Eu tinha apenas cercapalpites brasileiro 2024seis ou sete minutospalpites brasileiro 2024arpalpites brasileiro 2024emergência nas minhas costas. Eu não esperava ser resgatado, então eu apenas me curvei, como uma bola."

Sem oxigênio o corpo humano pode sobreviver por apenas alguns minutos antes que o processo biológico que alimenta as células comece a falhar. Os sinais elétricos que alimentam os neurônios no cérebro diminuem e depois param completamente.

"A perdapalpites brasileiro 2024oxigênio está no último extremo da sobrevivência", diz Mike Tipton, chefe do laboratóriopalpites brasileiro 2024ambientes extremos da Universidadepalpites brasileiro 2024Portsmouth, no Reino Unido. "O corpo humano não tem uma grande reservapalpites brasileiro 2024oxigênio – talvez uns dois litros. Como você a utiliza depende do seu metabolismo."

Mergulhador caído no fundo do marpalpites brasileiro 2024cenapalpites brasileiro 2024documentário

Crédito, Dogwoof

Legenda da foto, A água gelada e o oxigênio adicional no corpopalpites brasileiro 2024Lemons ajudaram-no a sobreviver por 30 minutos sem ar

Um adultopalpites brasileiro 2024descanso geralmente usa entre 20% e 25%palpites brasileiro 2024um litropalpites brasileiro 2024oxigênio a cada minuto. Isso pode aumentar para quatro litros por minuto se eles estiverem se exercitando fortemente. "Se alguém estiver estressado oupalpites brasileiro 2024pânico, isso também pode elevar a taxapalpites brasileiro 2024metabolismo", diz Tipton, que estudou pessoas que sobreviveram a longos períodos sem ar embaixo d'água.

Tentativapalpites brasileiro 2024resgate

A bordo do Bibby Topaz, a tripulação tentava desesperadamente navegar o barco manualmentepalpites brasileiro 2024volta à posição inicial para salvar o colega perdido. Enquanto eles se afastavam ainda mais, eles lançaram um submarino controlado por controle remoto na esperançapalpites brasileiro 2024encontrá-lo. Quando o submarino o encontrou, eles olharam impotentes, por suas câmeras, enquanto os movimentospalpites brasileiro 2024Lemons gradualmente pararam, epalpites brasileiro 2024vida se esvaía.

"Eu me lembropalpites brasileiro 2024puxar os últimos restospalpites brasileiro 2024ar do tanque nas minhas costas", diz Lemons. "Exigiu mais esforço puxar o ar para baixo. Eu senti um pouco como os momentos antespalpites brasileiro 2024você cair no sono. Não foi desagradável, mas eu posso me lembrarpalpites brasileiro 2024me sentir com raiva e me desculpando muito a minha noiva, Morag. Eu estava com raiva por causa dos danos que isso causaria a outras pessoas. E então, não havia mais nada."

Máscaraspalpites brasileiro 2024oxigêniopalpites brasileiro 2024avião

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Uma perdapalpites brasileiro 2024pressão repentina no avião pode deixar passageiros sem respirar, e por isso máscaraspalpites brasileiro 2024oxigênio são imediatamente providenciadas

Passaram-se 30 minutos até que a tripulação do Bibby Topaz fosse capazpalpites brasileiro 2024retomar o controle e reiniciar o sistemapalpites brasileiro 2024posicionamento dinâmico que havia falhado. Quando Youasa chegou até Lemons, no topo da estrutura submarina, seu corpo não se mexia. Youasa arrastou o colegapalpites brasileiro 2024volta até o sino e o passou para Allcock. Quando eles removeram seu capacete, Lemons estava azul e não respirava. Instintivamente, Allcock lhe deu duas respiraçõespalpites brasileiro 2024ressuscitação boca a boca. Milagrosamente, Lemons retomou a consciência.

"Eu estava meio tonto, e havia algumas luzes piscando, mas eu não tenho muitas lembranças claraspalpites brasileiro 2024quando acordei", diz Lemons. "Eu me lembropalpites brasileiro 2024Dave sentado, do outro lado do sino, parecendo exausto, e eu não sabia exatamente por quê. Foi apenas alguns dias depois que eu percebi a gravidade da situação."

Quase sete anos depois, Lemons segue perplexo sobre como ele conseguiu sobreviver por tanto tempo sem oxigênio. Segundo o senso comum, ele deveria ter morrido, depoispalpites brasileiro 2024ter ficado tanto tempo no fundo do mar. Mas parece que a água gelada do Mar do Norte pode ter tido um papel nesse desfecho – a cercapalpites brasileiro 2024100 metrospalpites brasileiro 2024profundidade, a temperatura da água provavelmente estava abaixopalpites brasileiro 20243 graus Celsius. Sem a água quente que fluía através do cordão umbilical para aquecerpalpites brasileiro 2024roupapalpites brasileiro 2024mergulho, seu corpo e seu cérebro rapidamente esfriaram.

Filmagem do documentário Last Breath

Crédito, Dogwoof

Legenda da foto, O acidentepalpites brasileiro 2024Chris Lemons é tema do documentário 'Last Breath'

"O rápido esfriamento do cérebro pode aumentar o períodopalpites brasileiro 2024sobrevivência sem oxigênio", diz Tipton. "Se você reduz a temperaturapalpites brasileiro 202410 graus, a taxapalpites brasileiro 2024metabolismo pode cair pela metade. Se você reduz a temperatura do cérebro para 30 graus, isso pode elevar o tempopalpites brasileiro 2024sobrevivênciapalpites brasileiro 202410 minutos para 20 minutos. Se você esfriar o cérebro para 20 graus, esse tempo pode chegar a uma hora."

O ar comprimido que mergulhadorespalpites brasileiro 2024saturação normalmente respiram pode ter dado uma chance a mais a Lemons. Quando alguém respira muito oxigênio sob pressão, ele pode dissolver na corrente sanguínea, dando ao corpo reservas adicionais que ele pode usar.

Ficando hipóxico

Mergulhadores são talvez as pessoas mais propensas a experimentarem uma perda repentinapalpites brasileiro 2024suprimentopalpites brasileiro 2024ar. Mas existem muitas outras situaçõespalpites brasileiro 2024que o fornecimentopalpites brasileiro 2024oxigênio pode ser cortada. Integrantespalpites brasileiro 2024brigadaspalpites brasileiro 2024combate a incêndio com frequência dependempalpites brasileiro 2024equipamentospalpites brasileiro 2024respiração quando entrampalpites brasileiro 2024prédios tomados por fumaça, e pilotospalpites brasileiro 2024jatos que voampalpites brasileiro 2024altas altitudes também usam máscaraspalpites brasileiro 2024respiração.

Em casos menos extremos, a faltapalpites brasileiro 2024oxigênio – conhecida como hipoxia – pode afetar muitas pessoas. Alpinistas experimentam níveis baixospalpites brasileiro 2024oxigênio quando estãopalpites brasileiro 2024montanhas altas, uma condição que é regularmente apontada como responsável por acidentes. Quando níveispalpites brasileiro 2024oxigênio caem, o funcionamento do cérebro pode sofrer, levando a decisões ruins e confusão.

Alpinistapalpites brasileiro 2024montanha com neve

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Alpinistas que escalam as montanhas mais altas precisam carregar suplemento extrapalpites brasileiro 2024oxigênio

Pacientes que passam por cirurgia também muitas vezes enfrentam uma hipoxia leve, que pode afetarpalpites brasileiro 2024recuperação. Derrames também são causados pela perdapalpites brasileiro 2024oxigênio no cérebropalpites brasileiro 2024uma pessoa, o que leva à mortepalpites brasileiro 2024células e a danos que podem ter efeitos duradouros empalpites brasileiro 2024vida.

"Há várias doençaspalpites brasileiro 2024que o estágio final é a hipoxia", diz Tipton. "Uma das coisas que acontecem é que pessoas que estão hipóxicas começam a perderpalpites brasileiro 2024visão periférica, e elas acabam olhando para um ponto. Acredita-se que esse seja o motivo pelo qual pessoas dizem ver uma luz no fimpalpites brasileiro 2024um túnel quando vivem uma experiênciapalpites brasileiro 2024estar bem perto da morte."

Máscarapalpites brasileiro 2024mergulho

Crédito, Dogwoof

Legenda da foto, Desde o acidente com Chris Lemons, mergulhadorespalpites brasileiro 2024saturação agora carregam suprimentospalpites brasileiro 2024ar para 40 minutos,palpites brasileiro 2024vezpalpites brasileiro 2024apenas 6 ou 7

O próprio Lemons sobreviveu a seu período sem oxigênio sem sequelas. Ele identificou apenas alguns machucados nas suas pernas depoispalpites brasileiro 2024sua traumática experiência. Maspalpites brasileiro 2024sobrevivência não é algo inédito. Tipton examinou 43 casos separados na literatura da medicinapalpites brasileiro 2024pessoas que ficaram submersas na água por longos períodos. Quatro delas se recuperaram, incluindo uma meninapalpites brasileiro 2024dois anos e meiopalpites brasileiro 2024idade que sobreviveu depoispalpites brasileiro 2024ficar embaixo d'água por pelo menos 66 minutos.

"Crianças e mulheres têm mais chancespalpites brasileiro 2024sobreviver porque são menores, e seus corpos tendem a esfriar muito mais rapidamente", diz Tipton.

Chris Lemons e colega após seu resgate

Crédito, Floating Harbour

Legenda da foto, Lemons diz não se lembrarpalpites brasileiro 2024praticamente nada do momentopalpites brasileiro 2024seu resgate

O treinamento para mergulhadorespalpites brasileiro 2024saturação como Lemons também pode, inadvertidamente, ensinar seus corpos a lidarem com situações extremas. Pesquisadores da Universidadepalpites brasileiro 2024Ciência e Tecnologia Norueguesa (NTNU),palpites brasileiro 2024Trondheim, descobriram que mergulhadorespalpites brasileiro 2024saturação adaptam-se ao ambiente extremopalpites brasileiro 2024que trabalham alterando a atividade genéticapalpites brasileiro 2024suas células sanguíneas.

"Nós vimos uma mudança clara nos programas genéticos para transportepalpites brasileiro 2024oxigênio", diz Ingrid Eftedal, chefe do grupopalpites brasileiro 2024pesquisapalpites brasileiro 2024barofisiologia (que estuda os efeitospalpites brasileiro 2024mergulho e pressões extremas sobre o corpo humano) da NTNU. O oxigênio é carregadopalpites brasileiro 2024nossos corpos na hemoglobina, molécula encontrada nos nossos glóbulos vermelhos. "Nós descobrimos que a atividadepalpites brasileiro 2024genespalpites brasileiro 2024todos os níveis do transportepalpites brasileiro 2024oxigênio – desde a hemoglobina até a produção e atividade dos glóbulos vermelhos – é reduzida durante o mergulhopalpites brasileiro 2024saturação", diz Eftedal.

A pesquisadora e seus colegas acreditam que isso possa ser uma resposta às altas concentraçõespalpites brasileiro 2024oxigênio que os mergulhadores respiram enquanto estão embaixo d'água. É possível que a redução do transportepalpites brasileiro 2024oxigênio no corpopalpites brasileiro 2024Lemons tenha permitido que o pequeno suprimento que ele possuía tenha durado por mais tempo. Exercitar-se antespalpites brasileiro 2024mergulhar também mostrou ser algo que ajuda a reduzir o desenvolvimento dos chamados "bends".

Evolução humana no mergulho sem equipamentos

Estudos feitos com integrantespalpites brasileiro 2024povos indígenas que costumam mergulhar sem nenhum equipamento também mostram o quanto o corpo humano consegue se adaptar a viver sem oxigênio. Membros do grupo Bajau, da Indonésia, conseguem atingir profundidadespalpites brasileiro 2024até 70 metros apenas prendendo a respiração, enquanto pescam com a ajudapalpites brasileiro 2024lanças.

Mergulhadores do povo Bajau, na Indonésia

Crédito, Alamy

Legenda da foto, Mergulhadores tradicionais do povo Bajau, na Indonésia, passam longos períodos na água sem respirar

Melissa Ilardo, geneticista evolucionária da Universidadepalpites brasileiro 2024Utah (EUA), descobriu que os Bajau desenvolveram-se geneticamente para ter baços 50% maiores que os do povo Saluan, seus vizinhos que vivem no interior. Estima-se que o baço exerça um papel-chavepalpites brasileiro 2024permitir que seres humanos mergulhem sem auxíliopalpites brasileiro 2024tanquespalpites brasileiro 2024oxigênio.

"Existe uma coisa chamada reflexopalpites brasileiro 2024mergulho mamífero, que nos humanos é acionado pela combinação do atopalpites brasileiro 2024prender a respiração e mergulhar na água", diz Ilardo. "Um dos efeitos do reflexopalpites brasileiro 2024mergulho é a contração do baço. O baço funciona como uma reserva para glóbulos vermelhos ricospalpites brasileiro 2024oxigênio, e quando ele contrai esses glóbulos vermelhos são colocadospalpites brasileiro 2024circulação, providenciando uma oferta adicionalpalpites brasileiro 2024oxigênio. Ele pode ser visto como um tanquepalpites brasileiro 2024oxigênio biológico."

Com baços maiores, acredita-se que os Bajau se beneficiempalpites brasileiro 2024uma injeção maiorpalpites brasileiro 2024sangue oxigenado e por isso consigam prenderpalpites brasileiro 2024respiração por mais tempo. Um mergulhador Bajau que Ilardo conheceu lhe disse já ter ficado 13 minutos embaixo d'água.

O próprio Lemons voltou a mergulhar três semanas depoispalpites brasileiro 2024seu acidente – no mesmo local onde ele havia acontecido, para terminar o trabalho que eles haviam começado. Ele também se casou com Morag, e os dois tiveram uma filha. Ao refletir sobre seu flerte com a morte epalpites brasileiro 2024sobrevivência milagrosa, ele não assume muito crédito por suas próprias ações.

Lemons epalpites brasileiro 2024mulher, Morag

Crédito, Chris Lemons

Legenda da foto, Após o acidente, Lemons casou-se com Morag

"Um dos maiores motivos pelos quais eu sobrevivi foi a qualidade das pessoaspalpites brasileiro 2024tornopalpites brasileiro 2024mim", diz ele. "Na verdade, eu fiz muito pouco, foi o profissionalismo e o heroísmo dos outros dois embaixo d'água comigo epalpites brasileiro 2024todo mundo no navio. Eu tive muita sorte."

Seu acidente provocou uma sériepalpites brasileiro 2024mudanças dentro da comunidadepalpites brasileiro 2024mergulhadores. Eles agora usam tanquespalpites brasileiro 2024emergência que carregam 40 minutospalpites brasileiro 2024ar,palpites brasileiro 2024vezpalpites brasileiro 2024cinco. Os cordões umbilicais agora são decorados com luzes, para que possam ser vistos com mais facilidade embaixo d'água.

As mudanças na própria vidapalpites brasileiro 2024Chris Lemons não foram tão dramáticas. "Eu ainda tenho que trocar fraldas", brinca ele. Mas ele diz pensarpalpites brasileiro 2024forma diferente sobre a morte hoje. "Eu não vejo mais como algo a ser temido. É algo mais ligado ao que deixamos para trás."

palpites brasileiro 2024 Leia a versão original palpites brasileiro 2024 desta reportagem (em inglês) no site BBC Future palpites brasileiro 2024 .

Línea.

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