O minúsculo país que lidera a 'corrida do ouro' espacial:bbb betway
Hakamada é o CEO do iSpace, uma empresa espacial com basebbb betwayTóquio, mas que também tem presençabbb betwayLuxemburgo. A companhia planeja completar uma órbita lunarbbb betway2020, e então tentar uma aterrissagem no satélite naturalbbb betway2021.
"Nossas primeiras duas missões serão uma demonstraçãobbb betwaynossa tecnologia. A partir daí, começaremos a estabelecer um serviçobbb betwaytransportebbb betwayalta frequência para levar clientes à Lua", afirma. "Se encontrarmos água, poderemos desenvolver uma indústriabbb betwayrecursos totalmente nova no espaço."
A descobertabbb betwayuma baíabbb betwayágua congelada seria um momento extraordinário para nossa espécie, pois permitiria que humanos permanecessem por mais tempo fora da Terra.
Hakamada está longebbb betwayser o único com ambições cósmicas. Dez companhiasbbb betwaymineração espacial (incluindo a iSpace) se estabelecerambbb betwayLuxemburgo desde a aprovação,bbb betwayfevereirobbb betway2016,bbb betwayuma lei local para a exploraçãobbb betwayrecursos espaciais. A tendência foi impulsionada por um fundo no valorbbb betwayUS$ 223 milhões (R$ 840 milhões).
Além da Lua, cercabbb betway16 mil asteroides que orbitam próximos à Terra também estão na mira das empresas. A quantidadebbb betwayminerais desses corpos celestes é tamanha quebbb betwayexploração poderia levar ao surgimento do primeiro trilionário do mundo, segundo especialistas como o renomado astrofísico Neil deGrasse Tyson.
A aprovação da leibbb betwayLuxemburgo acelerou a nova corrida espacial. Agora, o país é o segundo no mundo – depois dos EUA – a ter uma estrutura legal abrangentebbb betwayexploração dos recursos fora da Terra.
"Desde fevereirobbb betway2016, quase 200 empresas entrarambbb betwaycontato", afirma Paul Zenners, representante do Ministério da Economiabbb betwayLuxemburgo, que coordena a iniciativa do governo SpaceResources.lu.
A estrutura legal espacialbbb betwayLuxemburgo tem diferenças importantes da dos EUA. Em terras americanas, é exigido que companhias tenham maisbbb betway50%bbb betwaycapital ali. O país europeu não impõe tal limitação e, alémbbb betwayser um dos locais com o maior PIB per capita, também é visto por alguns como um paraíso fiscal – oferece incentivos e benefícios fiscais, incluindo taxas extremamente baixas para a repatriaçãobbb betwaycapital.
Americanos interessados
A entradabbb betwayLuxemburgo na corrida por recursos especiais atraiu as maiores empresas americanas do ramo, incluindo a Deep Space Industries e a Planetary Resources.
Esta última têm investimentos do empresário Richard Branson, do grupo Virgin, ebbb betwayum dos fundadores do Google, Larry Page. É ainda uma das mais antigas da indústria espacial e vendeu uma participação para Luxemburgo por US$ 28 milhões (R$ 105 milhões). Não se sabe o quanto isso representa, mas o diretor da empresa admite que o país europeu é um dos principais investidores.
O Atobbb betwayRecursos Espaciaisbbb betwayLuxemburgo abriu as portas para os investimentos no setor. Hoje, o Ministério da Economia diz que a indústria espacial representabbb betwaytornobbb betway1,8% do PIB nacional, a maior proporçãobbb betwayqualquer país europeu.
Mas apesarbbb betwayreceber altos investimentos, a indústriabbb betwaymineração espacial ainda lida com as armadilhasbbb betwayleis ambíguas.
"Não está claro se a lei internacional espacial permite ao país o direito pela propriedade dos recursos naturais extraídos do espaço", apontou um estudo da Allen and Overy, um escritóriobbb betwayadvocaciabbb betwayLuxemburgo.
Depois que os EUA aprovaram a primeira leibbb betwaymineração espacialbbb betway2015, a Rússia foi um dos países a levantar objeções.
Para entender a ambiguidade, voltemos ao Tratado do Espaço Exteriorbbb betway1967, um acordo do período da Guerra Fria proibindo a apropriaçãobbb betwaycorpos celestes por países. Nele, o espaço é entendido como uma propriedade coletiva, como a Antártida.
O desenvolvimento militar é bastante limitado no espaço devido ao acordo, assinado por 105 países. Para implementar a Força Espacial recentemente anunciada pelo presidente Donald Trump, Washington teria que sair do tratado, isolando ainda mais os EUA.
Mas o acordobbb betway1967 não faz qualquer referência à propriedade dos recursos espaciais, para os quais os EUA e Luxemburgo decidiram definir regras. E provavelmente não serão os únicos: os Emirados Árabes Unidos recentemente estabeleceram uma parceria com Luxemburgo para entender a estruturabbb betwaysua lei promulgada.
"A leibbb betwayLuxemburgo sobre exploração e usobbb betwayrecursos espaciais aborda isso (a omissão) e traz mais clareza a nível nacional, servindo como um primeiro passo para permitir atividades com recursos espaciais", diz Zenners.
"Não tem o objetivo, propósito ou efeitobbb betwayabrir caminho para qualquer apropriaçãobbb betwaycorpos celestes. Apenas a posse dos recursos espaciais é abordada no marco legal, que também estabelece normas para a autorização e supervisãobbb betwaymissões", completa.
Desta forma, Luxemburgo pode ficar na liderança na corrida pelas riquezas do espaço.
"Junto aos EUA, Luxemburgo provou ser um país com visãobbb betwayfuturo, e seu sucesso permitirá que empresas privadas conduzam profundas missões espaciais", diz Bill Miller, CEO da empresa americana Deep Space Industries, que usa Luxemburgo comobbb betwaysede europeia.
Se os lucros da indústria começarem a brotarbbb betwayum futuro próximo, provavelmente Luxemburgo estarábbb betwayevidência.
- Leia a versão original desta reportagem (em inglês bbb betway ) no site BBC Future bbb betway .