Por que o filme 'Matrix' envelheceu mal?:betstar bet

Eles lhe dão algumas notícias perturbadoras. O mundo como ele conhece é uma simulação virtual chamada "matrix", enquanto, na realidade, a Terra é um terreno baldio pós-apocalíptico.

Não só houve uma guerra entre humanos e máquinas inteligentes, mas os humanos perderam e, agora, passam suas vidas adormecidosbetstar betvagens cheiasbetstar betgosma, enquanto "sonhos gerados por computador" são bombeadosbetstar betseus cérebros.

Nem tudo são más notícias, no entanto. Agora que Anderson sabe que a matrix é essencialmente um jogobetstar betcomputador, ele pode burlar as regras e tornar-se superforte, super-rápido e superestiloso. Melhor ainda, ele é aparentemente "o escolhido", um profeta que salvará a humanidadebetstar betseus senhores robôs.

Um herói antiquado

É uma premissa fantástica, mas que tem falhas. Anderson/Neo é um herói do tipo que não faz quase nada para ganhar seu statusbetstar betherói.

Ele se torna um especialistabetstar betartes marciais imbatível não por ter treinado por anos, mas ao ser conectado a um computador por algumas horas. E ele se torna onipotente na matrix não porque seja particularmente corajoso, nobre ou inteligente, mas porque, como Morpheus diz, ele está disposto a "acreditar".

Anteriormente, quando era programadorbetstar betcomputador, Anderson também não era o messias mais óbvio.

Ele não era um guerreiro ecológico ou um ativista político, mas um solitário cujas únicas qualificações para ser o escolhido são crimes cibernéticos genéricos e uma sensaçãobetstar betquebetstar betexistência não era como deveria ser.

"Você sentiu a vida toda", diz Morpheus, "que há algo errado com o mundo. Você não sabe o que é, mas está lá, como um corpo estranho embetstar betmente, enlouquecendo você".

É uma atitude que agora parece tão antiquada - algo que tem a cara do final do século 20. Anderson não perde o sono por causabetstar betguerras, das mudanças climáticas ou da ascensão do fascismo. Ele não estábetstar betcampanha por direitos iguais - e ele certamente não está treinando para aprender kung-fu.

Ele é um trabalhadorbetstar betescritório cujo problema mais grave é uma leve insatisfação combetstar betvida comum no trabalho. Ele é, fundamentalmente, como o personagem Chandler Bing, da série Friends, mas sem o bom humor e a sagacidade.

E tem muitos outros exemplos como estes. Como o narrador sem nome (Edward Norton)betstar betClube da Luta. Ou Peter Gibbons (Ron Livingston), o programadorbetstar betsoftware insatisfeito da comédia cult Office Space.

Ambos foram lançadosbetstar bet1999, como Matrix. E ainda que os três possam parecer bem diferentes, todos compartilham um tema cuja predominância na cultura pop dos anos 1990 culminou com a estreia da série da BBC2, The Office,betstar betjulhobetstar bet2001.

A mensagem é que ser um profissional bonitobetstar betclasse médiabetstar bettrinta e poucos anos não é algo muito gratificante.

Matrix pode aludir a Alice no País das Maravilhas e a O Mágicobetstar betOz, a Jean Baudrillard e a Jesus, masbetstar bettese central está bem ali no pôsterbetstar betOffice Space: "O trabalho é uma droga".

Uma fantasiabetstar betpoder masculino exemplar

Um dos muitos elementos que o filme das irmãs Wachowski tembetstar betcomum com Office Space e Clube da Luta é uma sequência que você pode chamarbetstar bet"o acessobetstar betraiva do funcionáriobetstar betescritório".

Em Office Space, Peter e seus amigos batem com um tacobetstar betbeisebolbetstar betuma impressora defeituosa. Em Clube da Luta, o anti-herói arrasa uma dúziabetstar betquarteirõesbetstar betum distrito financeiro.

Em Matrix, o vilão Agente Smith (Hugo Weaving) interroga Morpheus nãobetstar betum covil subterrâneo oubetstar betuma espaçonavebetstar betórbita, masbetstar betum arranha-céu corporativo.

A essa altura, o personagembetstar betReeves não é mais Thomas Anderson, o programador com quem o chefe brigou por ter chegado atrasado ao trabalho. Ele renasceu como Neo, um vingador que entra armado no saguãobetstar betum arranha-céu, acompanhado por uma amazona superflexível vestida com látex preto, e massacra acrobaticamente os seguranças do prédio (há muitos inocentes mortosbetstar betMatrix), antesbetstar betdestruir o local com uma bomba e um helicóptero.

É uma fantasiabetstar betpoder masculino exemplar, projetada com precisão para lisonjear qualquer homem que trabalhabetstar betuma baia e pensa, como diz o chefebetstar betAnderson, que "é especial e quebetstar betalguma forma as regras não se aplicam a você".

Mas é uma fantasia que agora parece ingênua e antiquada. Para a geração pós-Matrix, ficar entediado com empregos regulares e bem pagos tornou-se o sonho, não o pesadelo.

O desânimo com a vidabetstar betAnderson parece algo trivial após os ataques do 11betstar betSetembro, os muitos atos extremistas que se seguiram, as guerras no Oriente Médio, a crise financeirabetstar bet2008 e as contínuas catástrofes ambientais.

Algumas ou todas essas questões estãobetstar betalguma forma presentes nos filmesbetstar betficção científica mais recentes: Filhos da Esperança, Interstelar e A Chegada são inspiradosbetstar betnossos medosbetstar betum conflito global ebetstar betum colapso ecológico.

Mas,betstar bet1999, Matrix estava mais interessadobetstar betcomo seria chato sentar-se confortavelmentebetstar betfrente a um computador o dia todo. E é por isso que, apesarbetstar bettodas as suas inovações técnicas ebetstar betestilo, ele agora parece um monumento à autopiedade da geração X: uma cápsula do tempobetstar betuma era mais inocente e complacente.

Em Matrix, as máquinas escolheram o final dos anos 1990 como cenário parabetstar betsimulaçãobetstar betrealidade, explica o Agente Smith, porque esse período era "o auge da civilização". Não há muita chancebetstar betum vilãobetstar betficção científica dizer issobetstar bet2019.

betstar bet Leia a versão original betstar bet desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture betstar bet .

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