Por que adoramos assistir a novelas, séries e filmes?:sacar bonus sportingbet
sacar bonus sportingbet Escapismo?
Embora não tenhamos nenhuma grande evidênciasacar bonus sportingbetnarrativas existentes antes do advento da escrita, podemos assegurar que elas foram centrais para a vida humana por milharessacar bonus sportingbetanos. As pinturas nas cavernassacar bonus sportingbetlugares como Chauvet e Lascaux, na França, que datamsacar bonus sportingbet30 mil anos, parecem mostrar cenas dramáticas provavelmente acompanhadassacar bonus sportingbetnarrativa.
"Se você olhar ao redor da caverna, verá uma sériesacar bonus sportingbetimagens diferentes que parecem sersacar bonus sportingbetuma narrativa relacionada a uma expediçãosacar bonus sportingbetcaça", diz Daniel Kruger, da Universidadesacar bonus sportingbetMichigan, no Reino Unido - narrativas que podem ser acompanhadassacar bonus sportingbetlições importantes para o grupo. Alguns contos da Era Glacial podem perdurar até hoje.
O adulto médio gasta 6% do dia envolvido com histórias fictíciassacar bonus sportingbetvários formatos. Do pontosacar bonus sportingbetvista evolutivo, seria muito tempo e energia gastossacar bonus sportingbetpuro escapismo, mas psicólogos e teóricos literários agora identificaram potenciais benefícios desse "vício"sacar bonus sportingbetficção. Uma ideia comum é que a narrativa é uma formasacar bonus sportingbetjogo cognitivo que aguça nossa mente, o que nos permite simular o mundo ao redor e imaginar estratégias diferentes, particularmentesacar bonus sportingbetsituações sociais.
"Ele nos ensina sobre outras pessoas, é uma prática da empatia e da teoria da mente", diz Joseph Carroll, da Universidade Missouri-St Louis, nos Estados Unidos.
Como uma prova dessa teoria, testes com imagens cerebrais mostraram que ler ou ouvir histórias ativa várias áreas do córtex que estão envolvidas com o processamento social e emocional; e quanto mais as pessoas leem ficção, mais fácil torna-se empatizar com outras pessoas.
sacar bonus sportingbet Política paleontológica
Psicólogos evolutivos acreditam que nossas preocupações pré-históricas ainda influenciam o tiposacar bonus sportingbethistória que nos atrai. Como humanos que evoluíram para viversacar bonus sportingbetsociedade, por exemplo, nós precisamos aprender a cooperar e não agirmos como alguém que tira vantagens sem dar nadasacar bonus sportingbettroca - ou como indivíduos dominadores que abusam do podersacar bonus sportingbetdetrimento do bem-estar do grupo.
Nossa capacidadesacar bonus sportingbetcontar histórias também pode ter evoluído como uma formasacar bonus sportingbetcomunicar as normas sociais corretas. "A lição é resistir à tirania e não se tornar também um tirano", diz Kruger.
Dessa forma, vários estudos identificaram a cooperação como um tema centralsacar bonus sportingbetnarrativas populares ao redor do mundo. O antropólogo Daniel Smith, da UCL (University College London), visitou 18 grupossacar bonus sportingbetcaçadores-coletores das Filipinas. Ele descobriu que quase 80%sacar bonus sportingbetseus contos dizem respeito a tomadassacar bonus sportingbetdecisão moral e dilemas sociais.
Isto parece, portanto, traduzir-sesacar bonus sportingbetseu comportamento na vida real: os grupos que pareceram investir maissacar bonus sportingbetcontar histórias também provaram ser os mais cooperativos durante várias tarefas experimentais - exatamente como a teoria evolutiva sugere.
A Epopeiasacar bonus sportingbetGilgamesh traz um exemplo da literatura antiga. No começo do conto, o Rei Gilgamesh parece ser o herói perfeitosacar bonus sportingbettermossacar bonus sportingbetforça física e coragem, mas também é um tirano arrogante que abusa do poder, usando seu "droit du seigneur" (ou "direito do senhor") para dormir com qualquer mulher por quem se interesse. Só depoissacar bonus sportingbetser desafiado pelo estranho Enkidu ele finalmente aprende o valor da cooperação e da amizade. A mensagem para o público parece estarsacar bonus sportingbetalto e bom som: se até o rei heróico precisa respeitar os outros, então, isso serve para você também.
sacar bonus sportingbet Qual é a história mais antiga?
Embora não tenhamos provas, é possível que alguns contos que ainda lemos hoje tenham origem na Pré-História. Daniel Kruger ressalta que histórias como a Epopeiasacar bonus sportingbetGilgamesh, e o Livro do Gênesis, no Antigo Testamento, contêm detalhessacar bonus sportingbetum dilúvio mítico que pode ter relação com memórias culturais remanescentessacar bonus sportingbeteventos geológicos reais no Oriente Médio do final da Era Glacial.
Populações indígenas na ilhasacar bonus sportingbetFlores, na Indonésia, enquanto isto, há muito tempo guardam mitos dos Ebu Gogo - criaturas pequenas e sem idioma, que parecem ter relação com a subespécie humana que viveu concomitantemente com a populaçãosacar bonus sportingbetHomo sapiens antessacar bonus sportingbetser extinta há maissacar bonus sportingbet10 mil anos.
"Os moradores locais têm histórias desses pequenos indivíduos que não conseguiam compreender a linguagem humana, mas podiam repetir palavras que eram ditas a eles. E o que me impressiona é que uma história como essa pode persistir por literalmente dezenassacar bonus sportingbetmilharessacar bonus sportingbetanos", diz Kruger. Isso tudo demonstra outro importante propósito da narrativa - osacar bonus sportingbetoferecer memória coletiva do passado distante.
Ao mapear a dispersãosacar bonus sportingbetcontos populares orais ao redorsacar bonus sportingbetdiferentes grupos culturais na Europa e na Ásia, alguns antropólogos também perceberam que certos contos populares - como O Ferreiro e o Diabo (The Smith And The Devil,sacar bonus sportingbetinglês) - pode ter chegado há maissacar bonus sportingbet6 mil anos com os primeiros colonos indo-europeus, que depois se espalharam e conquistaram o continente.
sacar bonus sportingbet Passado e presente: temáticas comuns
Em seu livro On the Origin of Stories (Sobre a origem das histórias,sacar bonus sportingbettradução livre), Brian Boyd, da Universidadesacar bonus sportingbetAuckland, da Nova Zelândia, descreve como esses temas também são evidentes na Odisseia,sacar bonus sportingbetHomero. Enquanto Penélope espera o retornosacar bonus sportingbetUlisses, seus pretendentes passam o dia todo comendo e bebendo emsacar bonus sportingbetcasa. Quando ele finalmente retorna disfarçadosacar bonus sportingbetum mendigo pobre, no entanto, eles se recusam a oferecer-lhe abrigo emsacar bonus sportingbetprópria casa. Eles acabam tendo um castigo merecido quando Ulisses revela seu disfarce e cumpre uma vingança sangrenta.
Você deve supor que nosso interesse na cooperação pode ter diminuído com o aumento do individualismo da Revolução Industrial, mas Kruger e Carroll descobriram que o tema ainda é prevalentesacar bonus sportingbetalguns dos mais populares romances britânicos dos séculos 19 e início do 20.
Ao pedir a um painelsacar bonus sportingbetleitores para avaliar os personagens principaissacar bonus sportingbetmaissacar bonus sportingbet200 romances britânicos (começando por Jane Austen e terminandosacar bonus sportingbetEdward Morgan Forster), os pesquisadores notaram que a principal falha apontada num antagonista erasacar bonus sportingbetbusca pelo domínio às custas dos outros ou o abusosacar bonus sportingbetseu poder, enquanto os protagonistas pareciam ser menos individualistas e ambiciosos.
Tenha como exemplo Orgulho e Preconceito,sacar bonus sportingbetJane Austen. A calculista e traiçoeira Srta. Bingley visa a aumentar seu status se aproximando do rico mas arrogante Sr. Darcy e unindo seu irmão e a irmãsacar bonus sportingbetDarcy - enquanto menospreza qualquer umsacar bonus sportingbetuma classe social mais baixa. A heroína Elizabeth Bennett, ao contrário, mostra pouco interessesacar bonus sportingbetascender socialmente dessa forma e até rejeita o Sr. Darcy emsacar bonus sportingbetprimeira proposta.
William Thackeray,sacar bonus sportingbetFeira das Vaidades, enquanto isso, brinca com nossas expectativas sobre um protagonista ao colocar a implacavelmente ambiciosa (e possivelmente assassina) Becky Sharp no centro do romance, enquantosacar bonus sportingbetamiga amável (mas sem graça) Amélia é um personagem secundário. Era, na própria falasacar bonus sportingbetThackeray, "um romance sem um herói", massacar bonus sportingbettermos evolutivos o castigosacar bonus sportingbetBecky - já que ao final ela é rejeitada pela sociedade - ainda sinaliza uma forte advertência àqueles que sejam tentados a se colocar na frente dos outros.
sacar bonus sportingbet A lição dos bonobos
A teoria evolutiva também pode lançar luz sobre o elemento básico da ficção romântica, como o da preferênciasacar bonus sportingbetheroínas por figuras paternais e estáveis (como o Sr. Darcysacar bonus sportingbetOrgulho e Preconceito ou Edward Ferrarssacar bonus sportingbetRazão e Sensibilidade) ou canalhas volúveis (como os mulherengos covardes Sr. Wickham ou Willoughby).
Os "pais" são opções melhores para a segurança a longo prazo e proteçãosacar bonus sportingbetsuas crianças, massacar bonus sportingbetacordo com a teoria evolutiva conhecida como a "hipótese do filho sexy", apaixonar-se por um canalha infiel tem suas vantagens, desde que ele possam transmitirsacar bonus sportingbetboa aparência, astúcia e charme para seus filhos, que também poderiam aproveitar o sucesso sexual.
O resultado é a maior chancesacar bonus sportingbetseus genes serem transmitidos para um maior númerosacar bonus sportingbetnetos - mesmo que o mulherengosacar bonus sportingbetseu parceiro tenha lhe causado desgosto pelo caminho. É por essa razão que os malvados da literatura ainda nos entusiasmam, mesmo que saibamossacar bonus sportingbetseu mau comportamento.
Dessa forma, escritores como Austen são psicólogos evolutivos intuitivos com uma compreensão "extremamente precisa" sobre a dinâmica sexual e que antecipa nossas teorias recentes, diz Kruger. "Acredito que essa seja parte da resposta para a longevidade dessas histórias. É por isso que os romances que Jane Austen escreveu há 200 anos ainda são temassacar bonus sportingbetfilmes sendo rodados hoje".
Há muitas outras compreensões que se podem tirar desse leituras, como por exemplo a recente análise das figuras malévolassacar bonus sportingbetnarrativassacar bonus sportingbetfantasia e terror - como o Lord Voldemort, inimigosacar bonus sportingbetHarry Potter, e o Leatherface,sacar bonus sportingbetO Massacre da Serra Elétrica.
Características comuns incluem uma aparência grotesca que seria projetada para desencadear nosso medo evolutivosacar bonus sportingbetcontágiosacar bonus sportingbetdoença; e dado o nosso tribalismo inato, os vilões geralmente têm sinaissacar bonus sportingbetque sãosacar bonus sportingbetfora do grupo - a razão por que tantos malvadossacar bonus sportingbetHollywood têm sotaques estrangeiros. Mais uma vez, a ideia é que uma briga com esses seres do mal acaba por reforçar nosso sensosacar bonus sportingbetaltruísmo e lealdade ao grupo.
O romancista britânico Ian McEwan é uma das mais celebradas vozes a ter abraçado essas leituras evolutivas da literatura e argumenta que vários elementos comuns dos enredos podem ser encontrados nas intrigassacar bonus sportingbetnossos primos primatas.
"Se lemos relatos sobre a observação sistemática e não-intrusivasacar bonus sportingbetgrupossacar bonus sportingbet(macacos) bonobos", escreveu McEwansacar bonus sportingbetartigo publicado na coletânea The Literary Animal (O Animal Literário,sacar bonus sportingbettradução livre), "vemos ensaiados todos os principais temas do romance do século 19: alianças feitas e desfeitas, indivíduos emergindo enquanto outros caem, planos secretos, vingança, gratidão, orgulho ferido, flertes bem e mal sucedidos e luto".
McEwan argumenta que deveríamos entender essas tendências da evolução como a principal fontesacar bonus sportingbetpoder da ficçãosacar bonus sportingbetatravessar os continentes e os séculos. Não seria possível desfrutar da literaturasacar bonus sportingbetum tempo remoto ousacar bonus sportingbetuma cultura muito diferente da nossa, a menos que compartilhemossacar bonus sportingbetalgum terreno emocional, um depósitosacar bonus sportingbetideias, com o escritor", acrescenta.
Com base nesse depósito compartilhadosacar bonus sportingbetideias, uma história como a Epopeiasacar bonus sportingbetGilgamesh continua fresca como se tivesse sido escrita ontem, e a mensagem atemporalsacar bonus sportingbetamizade leal permanece uma lição para todos nós, mesmo 4 mil anos depoissacar bonus sportingbeto autor ter gravado a saga numa tábuasacar bonus sportingbetpedra.