As imagens que expõem o aperto cotidiano no metrôsports lvbetTóquio:sports lvbet

Passageirossports lvbetmetrô

Crédito, MICHAEL WOLF/CORTESÍA FLOWERS GALLERY

Legenda da foto, A coleção Tokyo Compression, ou Apertosports lvbetTóquio, mostra o congestionamentosports lvbetpessoas nos metrôs da capital japonesa

sports lvbet Muitas das pessoas nas fotos da série Tokyo Compression ("Apertosports lvbetTóquio",sports lvbettradução livre), do fotógrafo alemão Michael Wolf, parecem ter sido forçadas a fazer poses esquisitas.

Mas não. Suas posturas mostram apenas a contorsão cotidiana dos passageiros no metrôsports lvbetTóquio no Japão.

O incômodo das viagens diárias ganham um tom poético nas fotossports lvbetWolf, que foram tiradas na estação Shimo-Kitazawa, que deixousports lvbetfuncionarsports lvbet2013.

Amassados contra as janelas do trem e outros companheirossports lvbetviagem, muitos dos passageiros seguem com os olhos fechados, como se escolhessem se fecharsports lvbetsi mesmos ou entrarsports lvbetum tiposports lvbettranse.

Passageira no metrô

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, Surpreendentemente, muitos dos passageiros parecem tranquilos e não angustiados, como se estivessem fechadossports lvbetsi mesmos (Tokyo Compression #17, 2010).

"Você não pode mudar a situação, então a única maneirasports lvbetsuportá-la é colocá-lasports lvbetalguma parte do cérebro que não te afete", diz Wolf.

"Você sofresports lvbetmanhã, sofre no caminhosports lvbetvolta e é isso aí: não fique obcecado pensando nisso."

A edição final da série "Apertosports lvbetTóquio"sports lvbetWolf acabasports lvbetser publicada no livro The Final Cut ("O Corte Final", porque a estaçãosports lvbettrem Shimo-Kitazawa já não existe), encerrando um projeto iniciado há maissports lvbet20 anos.

"A revista Stern me enviou a Tóquiosports lvbet1995 depoissports lvbetalguns ataquessports lvbetgás sarin", conta Wolf.

Passageiro no metrôsports lvbetTóquio

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, "Quando as pessoas meditam, juntam o dedão com o indicador na posição 'om' e isso aparecesports lvbetvárias fotos", diz o fotógrafo Michael Wolf. "Seus olhos estão fechados, seu dedos estãosports lvbetcerta maneira, suponho que estão se retraindo. Você tem que se retrair se vai passar uma hora assim" (Tokyo Compression #9, 2010).
Passageiro no metrôsports lvbetTóquio

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, Depoissports lvbetganhar o prêmio World Press Photo, Wolf visitou um editorsports lvbetTóquio com um portfolio comsports lvbetimagens. "Ele as viu por 30 segundos e disse: 'e daí? Faço isso todos os dias durante 40 anos, é normal'", disse o fotógrafo à BBC (Tokyo Compression #75, 2011)

"Cheguei na estaçãosports lvbetmetrô onde tirei as fotografias, fiquei ali 10 minutos e tirei cinco ou seis imagenssports lvbetpessoas apoiadas nas janelas que pareciam desamparadas e nem sequer era hora do rush."

Wolf decidiu guardar as imagens para decidir o que fazer com elas no futuro.

"Em 2010, 5 anos depois, tive um poucosports lvbettempo, encontrei essas cinco fotos e pensei: 'por que não volto a essa estação e vejo se consigo fazer algo com isso?'."

O fotógrafo voltou a Shimo-Kitazawa todo ano entre 2010 e 2013. "Fui ali quatro anos seguidos, durante quatro semanas por ano, e toda vez voltava com imagens mais intensas", lembra.

Passageiro no metrôsports lvbetTóquio

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, "Há uma discussão que tive muitas vezes: como penso que as pessoas fotografadas se sentem? Obviamente, não posso pedir permissão, há um vidro nos separando, assim ou fotografo ou não", diz Wolf (Tokyo Compression #1, 2010)

"Eu ia lá todas as manhãs entre 7h45 e 8h50, que é a hora do rush, e a cada 80 segundos passava um trem. Eu tinha 30 segundos para tirar fotos antes que o trem se movimentassesports lvbetnovo".

O projeto passa uma sensaçãosports lvbetclaustrofobia. "Uma das coisas que sempre gostei ésports lvbetfazer o espectador sentir que não pode escapar da imagem", disse Wolf à BBCsports lvbet2014.

Essa intensidade lhe rendeu prêmios. Em 2010, Wolf ganhou um prêmio World Press Photo na categoria Vida Cotidiana por uma das imagens e a série "Apertosports lvbetTóquio" foi pré-selecionada para o Prêmio Pictet 2017.

Passageiro no metrôsports lvbetTóquio

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, Wolf quer transmitir aos espectadores a sensaçãosports lvbetque não podem escapar da imagem (Tokyo Compression #66, 2010).
Passageiro no metrôsports lvbetTóquio

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, As fotossports lvbetWolf frequentemente viralizam. "Um blog as publica e escrevem algo como 'o pesadelo do transportesports lvbetTóquio' e outras 20 páginas as compartilham. Passa um mês e morrem, depoissports lvbetum ano as descobremsports lvbetnovo", conta Wolf (Tokyo Compression #55, 2010)

Além disso, suas imagens foram amplamente compartilhadas. "'Apertosports lvbetTóquio' viraliza todo ano", afirma Wolf.

"Se você vê as fotos, imediatamente sabe do que se trata e sente empatia pelas pessoas que estão sofrendo isso, você imediatamente se conecta com elas, não importa quem seja."

Passageiro no metrôsports lvbetTóquio

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, Um ensaio no último livrosports lvbetWolf explora esse sentimentosports lvbetproximidade extrema: "Em nenhum momento nos aproximamos, involuntariamente, do nosso vizinho tanto quanto do metrô", escreve o autor alemão Christian Schüle sobre as fotossports lvbetWolf
Passageira no metrôsports lvbetTóquio

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, Os retratos contrastam completamente das imagens que Wolf tira dos arranha-céussports lvbetHong Kong, onde o fotógrafo vive desde 1994. Mas ambos os projetos passam uma sensaçãosports lvbetclaustrofobia (Tokyo Compression #84, 2011).

Os retratossports lvbetWolf não parecem enganar os passageiros, mas expõem intimidades.

A condensação da água nas janelas do metrô - produto da respiração e do suor dos passageiros - é um recurso visual da "compressão".

"Alguém deve recolhê-la, destilá-la e fazer um perfume: Big City Scent (Essência da Grande Cidade)", brinca Wolf. "Damien Hirst faria isso e venderia por um milhãosports lvbetdólares: o suor concentradosports lvbetum milhãosports lvbetpassageirossports lvbetum pequeno frasco."

Passageira no metrôsports lvbetTóquio

Crédito, Michael Wolf/Cortesia Flowers Gallery

Legenda da foto, A água condensada nas janelas do metrô dão um ar obscuro ao apertosports lvbetTóquio. "Tenho fotossports lvbetmãos que borraram a condensação e parecem escrever uma mensagem na janela,sports lvbetcaligrafia japonesa: 'me ajude, estou preso, chame a polícia'", diz Wolf (Tokyo Compression #162, 2009)