Oito fantásticas ilusõesoscars bwinótica do mundo das artes:oscars bwin
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O resultado é um quadro ao mesmo tempo divertido e profundo, que leva o observador a refletir sobre a perecibilidade da vida e sobre como nossa existência física é composta, materialmente, do frágil mundo que nos cerca.
Aposento do casal do Palácio Ducaloscars bwinMântua ('circa' 1465-74), Andrea Mantegna
Do centro do aposento do casal do Palácio Ducaloscars bwinMântua, na Itália, é possível olhar para cima e sentir como se o teto estivesse se abrindo.
Um lindo pedaçooscars bwincéu azul surge atravésoscars bwinuma abertura redonda, à beira da qual pousam figurasoscars bwinanjos.
A barreira do teto parece ter se dissolvido, revelando uma arquitetura invisível que nos aproxima do Paraíso. Esse efeito se deve à pintura à mão feita pelo italiano Andrea Mantegna, um gênio da perspectiva e da técnicaoscars bwincriar figuras que parecem estar sendo observadasoscars bwinbaixo para cima.
Mategna via na superfície planaoscars bwinuma tela ouoscars bwinuma parede uma oportunidade para levar o olhar e a alma do observador a uma viagem para dentro, para cima e para fora.
Acredita-se que ele foi o primeiro artista desde a Antiguidade a utilizar esse efeito como uma dimensão para a decoraçãooscars bwininteriores, trazendo um novo soprooscars bwinvida religioso a um truque pagão.
'Tudo é Vaidade' (1892), Charles Allan Gilbert
Aproxime-se deste desenhooscars bwinpreto-e-branco e ele parecerá ser nada mais do que um retratooscars bwinuma típica cena doméstica: uma mulher sentada emoscars bwinpenteadeira, olhando-se no espelho.
Mas dê um passo atrás, e a imagem sombriamente perde seus pequenos detalhes e se transformaoscars bwinuma grande caveira, sorrindo desde as sombras.
Uma vez que as duas imagens sobrepostas são registradas na mente do observador, os olhos passeiamoscars bwinuma para a outra - cada uma lutando para chamar mais a atenção.
Invenção do ilustrador Charles Allan Gilbert, o desenho ofereceu aos leitoresoscars bwinuma revista americana do século 19 um ângulo desconcertante para a convenção do memento mori ("Lembre-seoscars bwinque você é mortal") na história da arte - tradicionalmente, as caveiras eram inseridasoscars bwinalguma parteoscars bwinuma pintura para lembrar o observadoroscars bwinsua mortalidade.
'Drawing Hands' (1948), M. C. Escher
Quando usadaoscars bwinmaneira eficiente, uma ilusãooscars bwinótica momentaneamente obriga o observador a repensar a relação entre o mundo real e aquele que está sendo mostrado na obra.
Ninguém entendeu melhor o poder penetrante da ilusão do que o artista gráfico holandês M. C. Escher.
Neste hipnotizante desenho, Escher cria magicamente sob a superfície da obra um circuito fechado no qual uma mão desenha a outra, desafiando os limites dos desenhos bidimensionais.
Apanhado na rotação sem fim criada por Escher, o olhar do observador é obrigado a andaroscars bwincírculos.
Um obcecado pela matemática dos padrões repetitivos, Escher foi admirado por grandes médicos e filósofos contemporâneos.
'Galateia das Esferas' (1952), Salvador Dalí
À primeira vista, esta dinâmica pintura parece capturar a propulsãooscars bwinínúmeros átomos coloridososcars bwindireção ao espectador - como se estivessem suspensososcars bwinuma explosão dentro da água.
Afaste-se, no entanto, e a aparente correria desordenadaoscars bwinesferas se adere ao recatado contornooscars bwinum busto feminino, comoscars bwincabeça pendidaoscars bwinmaneira a lembrar várias das Madonnas do Renascimento.
Este quadro do pintor surrealista espanhol Salvador Dalí foi realizadooscars bwinum momentooscars bwinintensa ansiedade mundial ante a perspectivaoscars bwinum armagedon nuclear. Ele também revela a própria preocupação do artista com a teoria atômica após os ataques nucleares dos Estados Unidos ao Japãooscars bwin1945.
A mulher do pintor, Gala Dalí, inspirou este retrato que se compõe e decompõe infinitamente.
'Rotorelief discs' (1923-35), Marcel Duchamp
Nem toda ilusãooscars bwinótica da história da arte é lembrada positivamente. Uma das mais hipnotizantes, e desprezadas, tentativasoscars bwintrespassar o olhar do observador foi criado pelo artista francês Marcel Duchamp, cujo famoso urinol A Fonte provocou um grande escândalo.
Esta obra é composta simplesmente por discososcars bwincartolina sobre os quais o artista pintou espirais psicodélicas. Eles passam a girar quando são colocados sobre algum aparelho semelhante a um antigo toca-discos.
Mas, por mais que os Rotoreliefsoscars bwinDuchamp atraiam o olhar para esse redemoinho, a ideia do artista dadaístaoscars bwintornar os discos um sucesso comercial foi um desastre.
A obra foi amplamente ignorada pelos estudiosos da arte do século 20. Masoscars bwinambiçãooscars bwincriar uma experiência vertiginosa para o espectador acabou sendo ressuscitada por uma nova geraçãooscars bwinadmiradores.
'Cataract 3' (1967), Bridget Riley
Se o famoso quadro A Balsa da Medusa,oscars bwinThéodore Géricault, tem o poderoscars bwinfazer o espectador ficar enjoado dianteoscars bwintanta barbárie, a obra Cataract 3, da britânica Bridget Riley, consegue deixar o observador tonto só por abrir seus olhos.
Trata-seoscars bwinum trabalho aparentemente simples, que consisteoscars bwinvárias ondasoscars bwinlinhas que induzem o enjoo. A tela alucinógena mexe com o equilíbriooscars bwinquem a observa.
Riley foi um dos mais importantes nomes da chamada Op Art (diminutivo para "Optical Art"), movimento que surgiu nos anos 60. Desde cedo, ela era fascinada pelas técnicas óticasoscars bwinSeurat e dos pontilhistas, com suas teorias que sugerem que o efeitooscars bwinuma obra só se completa na mente do espectador.
Mas enquanto os pontilhistas dependidam dessa imagem na mente do observador, Riley preferiu aproveitar o poder emotivo das formas geométricas minimalistas eoscars bwinpreto-e-branco.
O resultado é um conjuntooscars bwinobras que têm uma elegância desnorteante que mexe com a mente.
'Varrendo para Debaixo do Tapete' (2006), Banksy
Desde o início da décadaoscars bwin90, o artistaoscars bwinrua britânico Banksy procura denunciar as hipocrisias sociais. Em seu famoso painel Varrendo para Debaixo do Tapete, encontrado na regiãooscars bwinChalk Farm,oscars bwinLondres, uma arrumadeira olhaoscars bwinmaneira inocente enquanto descarta uma páoscars bwinsujeira.
Mas,oscars bwinvezoscars bwinlevantar um tapete, ela parece suspender uma espécieoscars bwinmembrana que separa o mundo da arte urbana (no qual ela existe) do mundo real que se esconde por detrás do muro.
Apesaroscars bwinalgumas investigações recentes para tentar estabelecer a identidadeoscars bwinBanksy, o artista tem conseguido se manter longe do olhar do público.
Escondido sob um capuz, Banksy prefere ser o mago que manipula nosso olhar a partir dos bastidores.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês), no site da BBC Culture.