'A vidaroulette ruinfluencer me levou à exaustão':roulette ru
"O mercado ficou saturado", diz ela. "As pessoas começaram a perceber o quão lucrativo era esse tiporoulette rutrabalho e, por isso, surgiu esse novo objetivoroulette ruse tornar influenciador". As marcas passaram a não pagar tanto porque as pessoas trabalhavam por menos — ou mesmoroulette rugraça. "Eu tive que diminuir meus valores. Eu tive que trabalhar duas vezes mais por duas vezes menos (dinheiro)", diz ela.
O impacto psicológicoroulette ruprecisar brigar por trabalho, associado à ondaroulette rucompetição, foi suficiente para Zollman abandonar o estiloroulette ruvidaroulette ruinfluenciadora e voltar ao oposto: um trabalho tradicional das nove às cinco.
"Eu pensei: 'Por que tenho tanta vergonha da ideiaroulette ruter que conseguir um emprego?'", diz ela. Confiar no Instagram para validação criativa e renda regular a deixou emocionalmente exausta, e conseguir um emprego estável parecia a melhor coisa pararoulette rusaúde mental.
Zollman não é a única influenciadora que ficou desiludida com o que ela chamaroulette ru"performance" da indústria. Especialistas dizem que é sinalroulette rumudança; um tiporoulette rufadiga que afeta não apenas os influenciadores, mas as marcas e os consumidores, que ficam céticosroulette rurelação a muitos dos posts patrocinados que bagunçam seus feeds.
Mercado saturado e evoluindo
Apesar disso, a indústria continua enorme: o marketingroulette ruinfluenciadores deve se transformarroulette ruum negócioroulette ruUS$ 15 bilhões (cercaroulette ruR$ 60 bi) até 2022, e as marcas estão mais dispostas do que nunca a investir seu dinheiro na "próxima Kim Kardashian".
Por outro lado, as empresas estão se tornando cada vez mais cautelosas quanto à seleçãoroulette rutalentos influenciadores,roulette ruacordo com Karen Doolittle, diretoraroulette rumídia socialroulette ruuma empresaroulette rupublicidaderoulette ruLos Angeles.
Alguns casosroulette rufraude — quando influenciadores aumentaram artificialmente o alcanceroulette rusuas contas ou inventaram narrativas pessoais totalmente falsas — ajudaram o público a se tornar "mais perspicaz e exigente", diz ela, e agora há uma "hesitação e quase desconfiança da parte dos consumidores e das marcas"roulette rurelação às celebridadesroulette ruredes sociais.
Uma agênciaroulette rurelações públicas na Austrália anunciou no início do ano que deixariaroulette rutrabalhar com influenciadores, alegando que as campanhas com eles eram muito caras e geralmente forneciam métricas falsas ou enganosas sobre o alcance online das marcas.
A agência observou, ainda, que os influenciadores estavam dando likes e comentando os posts uns dos outros para aumentar artificialmente seu desempenho.
Apesar desses sinais, Doolittle diz que as marcas continuam dispostas a investirroulette ruinfluenciadores. A demanda por conteúdo também continua a aumentar, diz ela, mas à medida que a concorrência cresce entre os influenciadoresroulette runível médio e os micro-influenciadores, "um trabalho fixo como influencer será mais difícilroulette ruencontrar para muitos".
Vale a pena?
Esse mercado saturado, combinado com a demanda incessante por conteúdo, forçou alguns influenciadores a se perguntarem se a atividade ainda vale a pena.
Daniel Volland, 35 anos, certamente se sentiu assim. Ele deixou seu trabalho como optometrista para se tornar um influenciadorroulette ru2014, animado com o hype dos primeiros dias do Instagram.
Um ano depois, após fazer duas viagens pelos EUA patrocinadas, ele se viu morandoroulette ruforma precáriaroulette ruLos Angeles, vivendo um clichê do trabalhador da área criativa, freelancer, subempregado na capital mundial do show business.
"Um grande componente para mim foi o estresse financeiro, não ser capazroulette ruplanejar um futuro", diz ele. Mudanças no aplicativo caíram mal naroulette ruconta — ele perdeu muitos seguidores e também engajamento, curtidas, comentários etc. "Minha audiência estava diminuindo continuamente. Eu acho queroulette ruum certo momento eu disse, tipo: 'Qual é o sentido?'"
Ele também achou que a plataforma havia mudado. O Instagram começou como uma espécieroulette ruplayground criativo para fotógrafos, mas Volland sentiu que a liberdade artística foi sufocada à medida que evoluiu para uma plataforma mais comercial, estruturadaroulette rutornoroulette rucelebridades e anunciantes. "O que é valorizado no Instagram hoje é drasticamente diferente do que era valorizado no Instagramroulette ru2012", diz ele.
Agora, Volland estároulette ruvolta à optometriaroulette rutempo integral, trabalhandoroulette ruseu próprio consultórioroulette ruAnchorage, no Alasca. Embora ele ainda faça posts pagos emroulette rucontaroulette ru81.000 seguidores, ele agora está a milharesroulette ruquilômetros do mundo do conteúdo patrocinado.
'Pornografia da vulnerabilidade'
Mesmo aqueles que ainda vivem esse estiloroulette ruvida podem se ressentirroulette ruvezroulette ruquando. Brianna Madia,roulette ru29 anos, vive uma vida que pode ser descrita como típicaroulette ruuma influenciadora millenial, documentando suas viagens pelo deserto com o marido e dois cães.
Embora seu estiloroulette ruvida itinerante possa parecer um sonho para os seguidores, Madia diz que está cansadaroulette ruatender a uma audiênciaroulette ru"285.000 chefes". Ela diz que excluir seu Instagram é algo com que ela sonha com frequência. "Eu sei que isso é temporário, que não vai durar para sempre", diz ela.
Ela se incomoda, principalmente, com o que chamaroulette ru"pornografia da vulnerabilidade". É o público exigindo "quão vulnerável você pode ser? Que informação posso expor sobre mim? Quanto posso abrir meu peito para todas essas pessoas?", explica.
Jessica Zollman se identifica com essa ideiaroulette ruvulnerabilidade performativa. Ela diz que os fãs desejam relacionamentos com influenciadores e celebridades que demonstram sinceridade online. Mas ela diz que há uma linha tênue entre veracidade sincera e vulnerabilidade falsa por engajamento.
Os fãs, por outro lado, podem ser rápidos nas críticas quando um post não atende às expectativas. "Às vezes pode parecer que [os fãs] estão esperando as pessoas que admiram falhem publicamente", diz ela. "Há algo realmente errado no fatoroulette ruisso ser normal e aceitável."
Madia também diz que foi convidada a endossar todos os tiposroulette ruprodutos que nunca usaria: pílulas dietéticas, tasers — armas que disparam cargas elétricas —, "revólveres cor-de-rosa projetados para mulheres".
Como o marido ganha um salário fixo, ela pode recusar sugestõesroulette ruque não goste. Mas nem todos os influenciadores têm esse luxo — se Madia não endossar um produto, alguém o fará.
E a busca por endossos virais criou um frenesiroulette rumercado, com as marcas cultivando seus produtosroulette ruuma rede cada vez maiorroulette ruinfluenciadores. Isso criou uma maior possibilidaderoulette rufalsificação nas campanhas — mais influenciadores endossando produtos que eles talvez não usem, o que é algo que os fãs rapidamente percebem e denunciam.
"É verdade que a confiança do públicoroulette rurelação aos influenciadores diminuiu à medida que o mercado se tornou mais saturado", diz Doolittle. Se o conteúdo patrocinado "ressoar e parecer relevante, as pessoas se envolverão. Caso contrário, eles deixarãoroulette ruseguir."
Jasmine Sandler, especialistaroulette rumarketing digitalroulette ruNova York, viu as campanhasroulette ruinfluenciadores falharem quando as marcas "escolheram o influenciador errado, que não tinha a ver com o público". À medida que o marketingroulette ruinfluenciadores avança, ela diz que é preciso promover um maior sensoroulette ru"confiança e credibilidade" entre marcas e consumidores.
Menos nichosroulette runível intermediário
Doolittle concorda. Para acalmar o crescente ceticismo público, as marcas procurarão "parcerias que demonstrem o tiporoulette ruautenticidade" que falta ao que você pode ver hoje espalhado no seu feed do Instagram, diz ela. Para esse fim, haverá mais campanhasroulette rulongo prazo e também um focoroulette rumicro-influenciadores cujos públicos menores são mais ligados aos consumidores.
Mas provavelmente será cada vez mais difícil para criadoresroulette runível intermediário, como Zollman e Volland, criar um nicho.
Para Zollman, deixar tudo para trás foi uma ótima decisão. Atualmente, ela supervisiona a fotografia e o marketingroulette ruuma empresaroulette rucaféroulette ruLos Angeles como coordenadora visual, e não sente mais queroulette ruautoestima está tão entrelaçada com seu trabalho. Ela ainda mantém uma página no Instagram e posta uma publicação patrocinadaroulette ruvezroulette ruquando para seus 216.000 seguidores, mas o faz com suas próprias regras.
"Não sinto que desistiroulette rualgo", diz ela. "Sinto que tenho um emprego diário para que possa continuar fazendo arte, arte que me faça sentir bem."
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