O que fábricasbetano basquetemunições da 1ª Guerra têm a nos ensinar sobre jornadas estressantesbetano basquetetrabalho:betano basquete

Em 1915, o governo criou o Comitêbetano basqueteSaúde dos Trabalhadores da Munição (HMWC) para monitorar as condiçõesbetano basquetetrabalho e aconselhar sobre questões como expediente. O comitê conseguiu coletar um rico conjuntobetano basquetedados que podem nos dizer muito sobre o que acontece quando as pessoas trabalham demais.

As informações são especialmente úteis devido à natureza do trabalho e das trabalhadoras: havia apenas um turno e cada trabalhador fazia as mesmas tarefas – fáceisbetano basquetecontar. Como as informações são inequívocas e mensuráveis, são ótimos dados para os pesquisadores.

A análisebetano basquete2015 desses dados mostrou que, à medida que o númerobetano basquetehoras trabalhadas aumentava, a produção também, mas apenas até certo ponto. A produção por hora atingiu um pico no pontobetano basquetecercabetano basquete40 horasbetano basquetetrabalho por semana e depois caiu.

O autor do estudo, John H. Pencavel, professor do departamentobetano basqueteeconomia da Universidadebetano basqueteStanford, nos Estados Unidos, sugere que há um ponto-chave no númerobetano basquetehoras que as pessoas trabalham por semana.

"Após este ponto (que provavelmente variabetano basqueteacordo com o tipobetano basquetetrabalho), uma hora a mais gera mais resultado (ou melhor desempenho) se o trabalhador já trabalhou 30 horas do que se já trabalhou 40 horasbetano basqueteuma semana ", explica à reportagem, por e-mail.

Em seu livro Diminishing Returns at Work: The Consequences of Long Working Hours ("Diminuindo o retorno no trabalho: as consequências das longas horasbetano basquetetrabalho",betano basquetetradução livre), Pencavel mostra, também com dados do setorbetano basquetemunições, que as semanasbetano basqueteque a produção era mais alta não coincidiam com semanasbetano basqueteque as jornadas eram mais longas.

Isso significa que, a partirbetano basqueteum determinado momento, trabalhar mais horas não ajuda – e, ainda, aumenta os custos operacionais.

A importância do tempobetano basquetefolga

Não se trata apenas da quantidadebetano basquetehoras trabalhando: os diasbetano basquetefolga também são importantes quando se tratabetano basqueteprodutividade.

As municionetes, por exemplo, costumavam trabalhar muitos dias seguidos sem descanso. O trabalho no sábado ainda era comum na época e os domingos voltaram a ser diasbetano basquetetrabalho por causa da guerra.

Ocasionalmente, no entanto, elas precisavam tirar um domingobetano basquetefolga. O HMWC coletou dados que cobrem essas duas condições – diabetano basqueteexpediente ebetano basquetefolga – e percebeu que uma semana inteirabetano basquetetrabalho sem um diabetano basquetedescanso não beneficia ninguém. A produção não aumenta e os trabalhadores ficam descontentes.

Mas algumas condições no setorbetano basquetemunições são particulares. As municionetes faziam trabalho manual e repetitivobetano basquetecondições perigosas. As mulheres superavam os poucos homens e jovens empregados nas fábricasbetano basqueteuma proporçãobetano basquetequatro para um.

Dado que elas aceitaram a ocupação como uma formabetano basqueteservir a seu país e eram pagas por tarefa, e não por hora, é justo presumir que suas motivações também eram semelhantes.

Cem anos depois, os resultados do excesso deste trabalho manual não parecem ser tão diferentes para trabalhos mais intelectuais. Trabalhar por muitas horas é algo que sai pela culatra tanto para os empregadores quanto para os funcionários – issobetano basquetemétricas variadas, dos resultados e qualidade da produção à criatividade e habilidade interpessoal dos trabalhadores.

Isso não quer dizer que uma maratona para concluir um projeto ou cumprir um prazo não valha a pena. E alguns podem argumentar que, apesarbetano basquetetrabalharem por horas a fio, alguns CEOs e executivos prosperarambetano basquetesuas funções.

Embora certamente possa haver discrepâncias, não há um conjunto consistentebetano basquetepesquisas apontando que longas horas sejam o ideal; já no suporte a semanasbetano basquetetrabalho mais curtas, há amplas evidências.

As pessoas precisambetano basquetefinsbetano basquetesemana e outros tiposbetano basquetefolga para se recuperar do trabalho e retornar à labuta renovadas e produtivas. Um estudo com trabalhadores israelenses que ficaram as mesmas duas semanas fora do escritório constatou que todos experimentaram algum tipobetano basquetealívio no períodobetano basquetefolga – não importando se, antes do descanso, o funcionário se sentisse ou não estressado.

"É a natureza cotidiana, aparentemente interminável e inevitável do estresse crônico que causa burnout", escrevem os autores.

O atobetano basqueteir trabalhar recorrentemente desgasta as pessoas; o intervalo permite que elas se recuperem.

Mas alguns tiposbetano basquetetrabalhadores não podem evitar um blocobetano basquetetrabalhobetano basquetelongas horas, como aqueles nas emergências hospitalares, cirurgiões, marinheiros, pilotosbetano basqueteavião, mineiros... Os estudos sobre esses grupos geralmente se concentram nos efeitos da privação do sono, porque trabalhar muitas horas contínuas significa não dormir. Os riscos variambetano basqueteacordo com a profissão, mas são consistentemente negativos quando longas horasbetano basquetetrabalho levam ao sono insuficiente.

Estabelecendo limites

Uma vantagem dos trabalhadores manuaisbetano basqueterelação aosbetano basqueteocupação mais intelectual é que suas horas trabalhadas e tarefas concluídas são registradas com mais facilidade.

É muito mais difícil quantificar a produção se o seu trabalho é promover relacionamentosbetano basquetelongo prazo com outras empresas, por exemplo. À medida que a natureza do trabalho muda, é ainda mais difícil descobrir o que constitui "trabalho".

"O que pode ser complicado para as profissionais intelectuais é controlar o tempo trabalhado", diz Erin Reid, professora associadabetano basqueterecursos humanos e administração da Universidade McMaster, no Canadá. "Espera-se que muitos deles respondam e-mails ou mensagensbetano basquetetextobetano basquetetrabalho a todo momento do dia, no finalbetano basquetesemana e, muitas vezes, nas férias. Como resultado, mesmo que eles estejam tecnicamente 'fora do trabalho', ainda estão envolvidos com ele, o que pode ser muito desgastante."

Reid diz que, alémbetano basquetese tornarem menos produtivas, pessoasbetano basquetejornadas extensas também podem perder a alegria ou satisfação no trabalho.

As soluções para evitar o excessobetano basquetetrabalho parecem enganosamente simples e envolvem o estabelecimentobetano basquetelimites e o gerenciamentobetano basquetecargasbetano basquetetrabalho.

"Mas, para ser sincero, longas horasbetano basquetetrabalho e demandas fora do horário são impostas aos funcionários pela gerência e geralmente fazem partebetano basqueteum ambientebetano basquetetrabalho oubetano basqueteuma cultura profissional", diz Reid. "Pedir aos trabalhadores que resolvam o problema por si mesmos pode levar a correções temporárias e incompletas."

Em outras palavras, cabe aos empregadores e gerentes controlarem o volumebetano basquetetrabalhobetano basqueteseus funcionários.

Pencavel observa que alguns empregadores sabem as consequências do excessobetano basquetetrabalhobetano basqueteseus resultados e funcionários, embora outros não estejam muito informados.

"Eles atuam há algum tempobetano basqueteuma determinada maneira e, por isso, não veem motivo para mudanças", diz.

Ainda assim, há casosbetano basqueteempregadores que possibilitaram mudanças após revisar os resultados da empresa.

"Por que não vemos mais empregadores fazendo isso, ou seja, testando jornadas diferentes?", pergunta Pencavel. "Não sei porque não o fazem."

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