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O quão ricos são os super-ricos nos EUA (e por que é tão difícil medirbetboo kimdirriqueza)?:betboo kimdir
Estaria Chris Rock certo ao afirmar que os americanos não têm consciência dos níveisbetboo kimdirdesigualdade embetboo kimdirsociedade?
Os ricos provavelmente prefeririam que fiquemos no escuro sobre o quão ricos são, presumivelmente para evitar as "rebeliões" mencionadas anteriormente. Pessoas como eu, porém, que estudam esse assunto, estão semprebetboo kimdirbuscabetboo kimdirmais dados e formas melhores e mais precisasbetboo kimdirmedir a desigualdade entre ricos e pobres.
E por mais que não queira promover a violência nas ruas, acredito ser importante que os cidadãos estejam completamente a par dos níveisbetboo kimdirdesigualdade embetboo kimdirsociedade.
A forma mais reveladorabetboo kimdirfazer isso,betboo kimdiracordo com a minha perspectiva, é olhar para a desigualdadebetboo kimdirriqueza.
Quão grande é a diferença?
Há várias formasbetboo kimdirmedi-la. A mais popular é por renda, principalmente porque há mais dados e é muito mais fácilbetboo kimdirmedir. Mas essa medida é apenas uma foto instantânea.
A riqueza, por outro lado, é um agregado afetado não só pela renda atual mas por ganhos acumulados durante anos e por gerações anteriores. É estudando a desigualdadebetboo kimdirriqueza que acadêmicos, legisladores e outros podem ter a medida mais profunda e ampla da diferença entre os ricos e o resto dos cidadãos.
A dimensão da riquezabetboo kimdiruma pessoa dá também uma ideia melhor sobrebetboo kimdirqualidadebetboo kimdirvida ebetboo kimdirsuas oportunidades. Isso determinabetboo kimdirhabilidadebetboo kimdirinvestirbetboo kimdireducação, ativos financeiros e o conforto e a segurançabetboo kimdirsua aposentadoria. Riqueza também reduz preocupações com a variabilidade do salário ou gastos não previstos. Se você tem fundos, o custo imprevisívelbetboo kimdirterbetboo kimdirconsertar um aquecedorbetboo kimdirágua oubetboo kimdirpagar por uma consulta médica não causa tanto estresse quanto causaria caso você fosse pobre.
Um abismo cada vez maior
Quando olhamos para os dados sobre desigualdadebetboo kimdirriqueza nos EUA, vê-se que ela é tão contundente que faz com que as do resto do mundo desenvolvido pareçam pequenas.
O Instituto Hudson, um centrobetboo kimdirestudosbetboo kimdirtendência conservadora, relatoubetboo kimdir2017 que os 5%betboo kimdirlares americanos mais ricos detinham 62,5%betboo kimdirtodos os ativos nos Estados Unidosbetboo kimdir2013 e maisbetboo kimdir54,1% nos 30 anos anteriores. Como consequência, a riqueza dos outros 95% da população caiubetboo kimdir45,9% para 37,5%.
Como resultado, a renda médiabetboo kimdirfamíliasbetboo kimdirclasse alta (de US$ 639.400 ao ano, ou R$ 2,1 milhões) era quase sete vezes a da classe média (US$ 96.500, ou R$ 318 mil)betboo kimdir2013, a maior diferençabetboo kimdirpelo menos 30 anos.
Os estudiososbetboo kimdirdesigualdade Emmanuel Saez e Gabriel Zucman descobriram que os 0,01% mais ricos controlavam 22%betboo kimdirtoda a riquezabetboo kimdir2012, quandobetboo kimdir1979 possuíam apenas 7%.
Se você olhar apenas para dados sobre desigualdadebetboo kimdirrenda, porém, você verá uma situação diferente. Em 2013, por exemplo, os 5% mais ricos ficaram com apenas 30%betboo kimdirtoda a renda recebida nos EUA (em comparação ao dadobetboo kimdirpossuírem quase 63%betboo kimdirtoda a riqueza).
Por mais que os EUA não sejam o único país desenvolvido a registrar um aumento da desigualdade nas últimas três décadas, é um caso à parte. As 5%betboo kimdirfamílias mais ricas do país têm quase 91 vezes mais riqueza que a família americana média, a maior diferença entre 18 dos países mais desenvolvidos do mundo. O segundo da lista é a Holanda, com menos da metade dessa proporção (Nota do Editor: o Brasil é o décimo país mais desigual do mundo, segundo o Relatóriobetboo kimdirDesenvolvimento Humano, elaborado pelas Nações Unidas e publicadobetboo kimdir2017).
A legislação tributária aprovada recentemente nos EUA deve piorar ainda mais a situação. Ela duplica a dedução padrãobetboo kimdircontribuintes individuais, reduz temporariamente a taxa aplicável aos mais ricos -betboo kimdir39,6% para 37% -, reduz significativamente o númerobetboo kimdirfamílias sujeitas a imposto sobre propriedade e corta a taxabetboo kimdirimpostos corporativosbetboo kimdir35% para 21%.
O principal impacto, porém, é o benefício que traz aos ricos. Por exemplo, os 20% dos lares menos favorecidos terão uma redução nos impostosbetboo kimdirU$ 40 (R$ 142)betboo kimdirmédia, comparados com U$ 5.420 (R$ 17.886)betboo kimdirredução nos impostos para os 20% dos mais ricos.
Enquanto isso, os 0,1% mais ricos pouparão U$ 61.920 (R$ 204.342). Em 2025, os mais ricos estarão poupandobetboo kimdirmédia U$ 152.200 (R$ 502.275), enquanto todo o resto não verá muita diferença. Todos os cortes individuais devem expirarbetboo kimdir2026.
Os contribuintes mais ricos também lucrarão com outras características da legislação. Pesquisas mostram que a maioria dos cortesbetboo kimdirimpostos para negócios beneficiam os ricos, e a redução no númerobetboo kimdirfamílias sujeitas a imposto sobre heranças significa mais acumulaçãobetboo kimdirriqueza atravésbetboo kimdirgerações.
Os defensores da nova legislação tributária dizem que ela não aumentará os níveisbetboo kimdirdesigualdade porque o dinheiro que os ricos pouparão será "redistribuído" a outras famílias aumentando a renda destas.
Estudos empíricos realizados nos EUA, porém, sugerem o contrário. Dar mais dinheiro aos ricos através do cortebetboo kimdirimpostos não aumenta o crescimento econômico, piora oportunidades educacionais para os americanos mais pobres e até reduzbetboo kimdirexpectativabetboo kimdirvida, que piorou pelo segundo ano consecutivobetboo kimdir2017.
Conscientização
Estaria então Chris Rock certo sobre a ignorância dos americanos a respeito da desigualdade no país?
Pesquisas indicam que sim. Participantesbetboo kimdiruma pesquisa nacionalbetboo kimdir2011, por exemplo, "subestimaram imensamente" os níveisbetboo kimdirdesigualdade nos EUA.
Essa e outras pesquisas também confirmambetboo kimdirparte a outra metade da frasebetboo kimdirRock ("...haveria rebelião nas ruas") ao revelar que a maioria dos americanos se importam com a desigualdadebetboo kimdirrenda e gostariam que ela diminuísse.
Se a desigualdade atual dos EUA é social ou moralmente sustentável - ou se levará aos tumultos sugeridos pelo comediante -, isso é uma perguntabetboo kimdiraberto.
Seja o que acontecer, precisamos saber e entender o quão ruim é a desigualdadebetboo kimdirrenda no mundo. E então podemos decidir o que fazer a respeito.
*Este artigo foi publicado originalmente no site The Conversation e é publicado aqui com uma licençabetboo kimdirlivre publicação. O autor, Gil B. Manzon Junior, é professorbetboo kimdirfinanças da Faculdadebetboo kimdirBoston.
- betboo kimdir Leia a versão original desta matéria (em inglês) betboo kimdir no site da BBC Capital
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