Eleições 2022: status do WhatsApp vira 'espaço nobre' da militância virtual para segundo turno nas eleições:casa de apostas rivalo
A ferramenta permite que usuários compartilhem fotos, textos, vídeos e GIFs que ficam visíveis durante 24 horas. No entanto, para que o conteúdo possa ser visualizado, tanto a pessoa que publica quanto a que visualiza "devem ter o númerocasa de apostas rivalotelefone uma da outra salvo nas respectivas listascasa de apostas rivalocontatos", explica o próprio WhatsApp, controlado pela Meta.
A maior parte dos militantes ouvidos pela reportagem diz que foi orientada por pessoas ligadas a partidos ou outros militantes a usar o status para fazer campanha.
Uma das pessoas entrevistadas pela reportagem, que pediu para não ser identificada, afirmou que usou o status do WhatsApp pela primeira vez na vida após o primeiro turno nas eleições para fazer campanha para Lula, do PT. A intenção, diz ele, é "furar a bolha" e falar diretamente aos mais pobres.
"Eu nem olhava esse status, mas meus amigos disseram que eu deveria usar. E depois vi que faz muito sentido. Quando publico algo no Instagram ou Twitter são as mesmas pessoas que vão ter acesso. Mas, quando eu coloco no WhatsApp, quase todo mundo com quem eu já entreicasa de apostas rivalocontato vê: a diarista, o mecânico e o eletricista. Então, eu rompo essa barreira do meu círculo social e alcanço muito mais pessoas", afirma.
Procurado para saber se o númerocasa de apostas rivalopublicações aumentou recentemente, o WhatsApp informou por meiocasa de apostas rivalonota que "o status não tem algoritmo ou anúncios pagos,casa de apostas rivalomodo que os conteúdos não podem ser impulsionados comocasa de apostas rivaloredes sociais. Assim como nas conversas dentro do aplicativo, o status está protegido com criptografiacasa de apostas rivaloponta a ponta - o que significa que o WhatsApp não tem acesso ao conteúdo que é trocado".
Amadurecimento da militância
Para Vitor Piaia, sociólogo e professor da ECMI (Escolacasa de apostas rivaloComunicação, Mídia e Informação) da FGV, o uso do status do WhatsApp demonstra um amadurecimento da militância. Para ele, esse espaço tem um alcance relevante, mas costumava ser pouco utilizado.
"Esse movimento por parte da militância indica um amadurecimento do pontocasa de apostas rivalovista estratégico. Ocupar os espaços que as plataformas disponibilizam e jogar com a estrutura disponível é totalmente válido", afirmou.
Piaia afirma, no entanto, que não há estudos que comprovem o impacto e o alcance dessa ferramenta, por se tratarcasa de apostas rivalopublicações restritas entre os contatos e criptografadascasa de apostas rivaloponta a ponta. Ele também disse que não é possível afirmar se a rede é mais popular entre os mais pobres.
"Só fazemos análisescasa de apostas rivaloTelegram e WhatsAppcasa de apostas rivalogrupos públicos, por isso não consigo responder. O que dá para dizer é que o WhatsApp é uma das plataformas mais populares do mundo, presentecasa de apostas rivalomaiscasa de apostas rivalo90% dos smartphones. Também é uma rede que requer pouco desempenho do aparelho que está usando e é quase inescapável da sociedade. Você pode conhecer pessoas que não usam Twitter, Facebook, mas o WhatsApp é muito popular porque foi incorporado ao cotidiano das pessoas", afirmou.
O pesquisador ainda lembra que muitas operadorascasa de apostas rivalotelefonia móvel não descontam o uso do WhatsApp do pacotecasa de apostas rivalodados. Isso faz com que o aplicativo se torne ainda mais popular.
"O WhatsApp não é tão político como o Telegram. A plataforma foi incorporada ao cotidiano das pessoas, que a usam para vender, entrar no grupo da igreja, do futebol, do colégio. Então, ocupar uma funcionalidade deste aplicativo que tem tanta capilaridade surge como uma estratégia interessante. Como a produçãocasa de apostas rivaloconteúdocasa de apostas rivalocampanha se intensifica muito nesse período, o que a militância faz é basicamente direcioná-la. Se vai ter resultado ou não é difícil dizer, mas é uma novidade ecasa de apostas rivalobaixo custo", afirmou o professor da FGV.
O pesquisador afirmou que o incentivo ao uso do WhatsApp é mais uma ferramenta das campanhas para atingir o máximo númerocasa de apostas rivalopessoascasa de apostas rivaloplataformascasa de apostas rivalogrande alcance.
"Há algumas semanas, isso não era pauta, mas agora mudou. Neste ano, as campanhas tentaram implantar conteúdo principalmente no Kwai, Instagram e TikTok. Mas recentemente vimos esse movimentocasa de apostas rivalotentar entrar nos status do WhatsApp como uma novidade estratégica nesse momento final", afirma.
'O povo brasileiro não está no Twitter'
Quatro dias após o primeiro turno das eleições deste ano, a médica e militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) Júlia Rocha publicou uma espéciecasa de apostas rivalocartilha para a militância pró-Lula.
No post, que já registrou maiscasa de apostas rivalo13 mil curtidas, Júlia lista uma sériecasa de apostas rivaloações para incentivar as pessoas a militarem nas redes sociais. O primeiro ponto descrito por ela foi "usem o status do WhatsApp".
Na mesma publicação, ela ainda disponibilizou uma sériecasa de apostas rivalomateriais, como ilustrações e reportagens com críticas a Bolsonaro e incentivando o votocasa de apostas rivaloLula.
Em entrevista à BBC News Brasil, ela afirmou que a ideia surgiu logo após o apoio do PCB à campanha do ex-presidente petista. Ela disse que a ideiacasa de apostas rivalofocar os esforços no status do WhatsApp surgiu com a intençãocasa de apostas rivaloatingir um público já cativo dos partidos da direita.
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Finalcasa de apostas rivaloTwitter post
"A gente está no Twitter, mas o povo brasileiro não está. As pessoas estão muito no Facebook e recebendo notícia e informação que levam à tomadacasa de apostas rivalodecisão pelo WhatsApp, mas a gente não tinha organizado uma redecasa de apostas rivalodistribuição por lá. A direita fez essa espéciecasa de apostas rivalotrabalhocasa de apostas rivalobase e nós não. Nós não podemos agir da mesma forma que eles se a gente não construiu essa rede", afirmou a militante.
No entanto, a médica diz que as postagens no status do WhatsApp não devem ser feitascasa de apostas rivalomaneira agressiva.
"Tem que usar o statuscasa de apostas rivaloforma passiva, não para enviar as notícias. Você precisa deixar acasa de apostas rivaloreflexão no status e abrir o diálogo a partir dali. Dizer que está à disposição para conversar. Essa não é uma rede que vai alcançar milhares, mas são pessoas com relação íntimas, que têm seu telefone. São pessoas que ajudam na limpeza dacasa de apostas rivalocasa, vendem bijuteria e está no seu convívio. Se acasa de apostas rivalopublicação provocou essa pessoa e ela está indecisa, vai buscar informação", afirma.
Ela explica que esse é um trabalho a longo prazo e que a intenção não é que a pessoa mudecasa de apostas rivaloideia e até mesmocasa de apostas rivalovoto instantaneamente, mas "plantar uma sementinha".
"É um trabalhocasa de apostas rivaloconscientização ecasa de apostas rivalobase que a gente fazcasa de apostas rivaloforma muito artesanal. Esse é um jeito que gera impacto porque são pessoas reais. Não só virar voto, mas virar a consciência."