Dia dos Namorados: 'Conheci o amor da minha vida nos comentáriosgloboesporte com flamengoreportagem da BBC no Facebook':globoesporte com flamengo
"Era um momentogloboesporte com flamengoestresse ali, mas, se eu não tivesse feito o comentário, nunca teria tido a chancegloboesporte com flamengoencontrá-la, porque nunca havia passado na minha cabeça ir ao Mato Grosso. O amor dagloboesporte com flamengovida pode estar nos comentários do Facebook", relembra Edes.
Hoje, quase cinco anos depois, ele abandonou a carreira militar, voltou ao Brasil para estudar agronomia e moragloboesporte com flamengoCuiabá, com Raylane, agora estudantegloboesporte com flamengomedicina. Juntos, têm uma filha, Cecília,globoesporte com flamengo1 ano e 10 meses, e, sempre que lembram, voltam ao post original para reviver o momento do encontro.
'Cabeça quente'
A reportagem da BBC News Brasil era sobre um ataque terrorista no Mali, país da África Ocidental que é ex-colônia francesa. Homens armados invadiram um hotel na capital, Bamako, fizeram 170 reféns e deixaram 18 mortos.
A autoria do ataque foi reivindicada pela Al-Qaeda do Magreb Islâmico e umgloboesporte com flamengoseus grupos aliados na região, o Al-Murabitoun.
Era do Mali que Nogueira havia acabadogloboesporte com flamengovoltar após passar quatro mesesgloboesporte com flamengomissão. Quando deparou com comentários críticos à presença francesa no país, perdeu a cabeça.
Chamou outros comentaristasgloboesporte com flamengo"ignorantes", defendeu a França e disse que "só Deus sabe o que se passa lá, experimentem 4 mesesgloboesporte com flamengodeserto, comendo ração, tomando água quente".
"Estavagloboesporte com flamengocabeça quente. Hoje, eu mais discordo do que concordo com a Legião (Estrangeira) e o que acontece por lá. Na época, eu defendia que a gente estava presente, ajudava, éramos heróis. Mas, quando amadureci, vi que, na verdade, a maioria das coisas que aconteceu lá foi culpa da França também. Mesmo que tente consertar hojegloboesporte com flamengodia, agora é tarde", opina Edes.
A mudançagloboesporte com flamengoopinião tem o dedogloboesporte com flamengoRaylane. Nos comentários, ela tentou acalmar Nogueira e o apoiou: "Você sabe que está fazendo seu trabalho e está ajudando quem precisa", escreveu.
O interesse natural dela pelo tema vinhagloboesporte com flamengouma questãogloboesporte com flamengoprova que ela havia errado, justamente sobre o conflito no Mali, iniciadogloboesporte com flamengo2012.
Edes conta que, inicialmente, nem percebeu que havia recebido apoio. Só dois dias depois, mais tranquilo, resolveu reler a conversa e enviou um convitegloboesporte com flamengoamizade a Raylane. Quando a conversa evoluiu para as mensagens privadas, os dois continuaram falando sobre os conflitos na África.
"Eu sabia que ele tinha a experiênciagloboesporte com flamengovida daquilo e sabia o que falava, mas também começamos a conversar sobre outros aspectos, como a exploração francesa na África. Qual era o objetivo da França lá? O que eles ganham com as tropas no país?", relembra Raylane.
O papo sobre o assunto durou duas semanas, até evoluir para uma paquera. Na usual tensão pré-resultado do vestibular, Edes falava todo dia com Raylane para acalmá-la e diminuir agloboesporte com flamengoansiedade. "Ele foi muito importante nesse momento", conta a jovem, que acabou sendo aprovadagloboesporte com flamengomedicina.
Menosgloboesporte com flamengodois meses após o encontro na página da BBC News Brasil, Edes embarcou para Curitiba, onde Raylane iria passar as festasgloboesporte com flamengofimgloboesporte com flamengoano com a família, para conhecer pessoalmente a nova namorada.
Vidagloboesporte com flamengofamília
Paraibano criadogloboesporte com flamengoSão Paulo e então com 19 anos, Edes terminava o ensino médio,globoesporte com flamengo2013, quando leu uma reportagem que falava sobre a atuaçãogloboesporte com flamengobrasileiros na Legião Estrangeira francesa. Mesmo sem apoio da família, foi para a Europa com 300 euros no bolso, o passaporte e a vontadegloboesporte com flamengose tornar um militar francês.
Após três mesesgloboesporte com flamengoisolamento, o jovem foi aprovado e firmou um contratogloboesporte com flamengocinco anos. No meiogloboesporte com flamengo2015, foi convocado a ir ao Mali, onde passou quatro mesesgloboesporte com flamengomeio à guerra civil.
De volta à França, deixougloboesporte com flamengodormir bem e começou a ter crises ansiedade. "Quando ela me conheceu, eu tomava energético o dia inteiro, como água, e à noite tomava remédio pra dormir. Ela me ajudou bastante a parargloboesporte com flamengotomar essas coisas, mesmo à distânica", conta.
Na primeira folga que teve após o contato com Raylane, Edes comprou a passagem para o Paraná. No aeroporto mesmo, aconteceu o primeiro beijo. Uma semana depois, oficializaram o namoro.
Nos dois anos que seguiram, o namoro à distância foi alimentado por viagens esporádicas. Em uma das visitas ao Brasil, Raylane acabou engravidando, decidiu trancar a faculdade e foi morar na França com o namorado. A pequena Cecília nasceu no país,globoesporte com flamengo2018.
Tambémgloboesporte com flamengo2018, Nogueira foi diagnosticado com transtornogloboesporte com flamengoestresse pós-traumático, distúrbio caracterizado pela dificuldadegloboesporte com flamengose recuperar depoisgloboesporte com flamengovivenciar um acontecimento trágico, antecipando o fim do contrato com a Legião Estrangeira. Em 2019, ele voltou ao Brasil para começar uma nova vida ao lado da namorada e da filha.
Longe do campogloboesporte com flamengobatalha, os conflitos no Mali, hoje, viraram lembranças. "Foi um mal que veio pelo bem. Se eu não tivesse sido tão afetado ali, ela não ia aparecer na minha vida", conta Edes.
"As pessoas precisam conversar mais desarmadas nas redes sociais, sem achar que sabemgloboesporte com flamengotudo, abertas a entender mais sobre os assuntos. Acho que nosso encontro aconteceu porque nos abrimos a isso", diz Raylane, que, até hoje, repreende e abre os olhos do namorado quando ele se envolvegloboesporte com flamengonovas discussões na internet.
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