Relator que anulou julgamento do Carandiru ataca críticos: 'Você é uma infeliz':apostas no futebol brasileiro

Segundo o Ministério Público, 90,4% dos mortos foram alvejados por policiais na cabeça e no pescoço. A Promotoria diz que 86% dos mortos receberam três ou mais tiros. Nenhum policial morreu.

"Não houve massacre. Houve obediência hierárquica. Houve legítima defesa. Houve estrito cumprimento do dever legal", proclamou o desembargador, que é ex-presidente do Tribunalapostas no futebol brasileiroJustiçaapostas no futebol brasileiroSão Paulo.

As penas, que variavam entre 48 e 624 anos,apostas no futebol brasileiroprisão, foram anuladas. Divulgada na última terça-feira, a decisão é alvoapostas no futebol brasileirocríticas - incluindo um editorial do jornal Folhaapostas no futebol brasileiroS.Paulo, que a classificou como "inabalável inapetência" e "massacre, sim".

Filho nomeado por Alckmin

O desembargador foi procurado pela BBC Brasil para explicar os comentários endereçados aos críticos pela rede social, mas não respondeu.

Questionado, o Tribunalapostas no futebol brasileiroJustiça afirmou que "trata-seapostas no futebol brasileiroconta particular do desembargador por isso o Tribunalapostas no futebol brasileiroJustiça não se manifestará".

Emapostas no futebol brasileiropágina no Facebook, o desembargador faz propaganda eleitoral do filho, Guilherme Sartori, candidato a vereador pelo PHS.

"Sua história política também se deve ao grande trabalho realizado por seu pai, o Presidente do Tribunalapostas no futebol brasileiroJustiça do Estadoapostas no futebol brasileiroSão Paulo, Ivan Sartori", diz a biografiaapostas no futebol brasileiroGuilherme no Facebook.

Administradorapostas no futebol brasileiroempresas e estudanteapostas no futebol brasileirodireito, o herdeiro do desembargador tem 30 anos e foi nomeado Coordenadorapostas no futebol brasileiroJuventude do Estadoapostas no futebol brasileiroSão Paulo pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

'Pseudodireitos humanos'

Conforme a decisão anunciada no dia 27, dois desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ - Camilo Lellis e Edison Brandão - votaram pela anulação dos cinco julgamentos que condenaram os PMs. Sartori, relator do caso, foi o único a pedir a absolvição dos réus.

A "individualização dos crimes" foi o principal argumento a favor da anulação do julgamento dos PMs envolvidos no massacre. Para Sartori, não é possível saber quem disparou tiros contra quais cadáveres - portanto, segundoapostas no futebol brasileirotese, todos deveriam ser inocentados.

Para a ONGapostas no futebol brasileirodireitos humanos Conectas, a decisão é "uma afronta ao direitoapostas no futebol brasileiroreparação e responsabilização".

"O argumentoapostas no futebol brasileiroque a polícia agiuapostas no futebol brasileirolegítima defesa não encontra respaldo nos fatos, públicos e notórios, que apontam ter havido verdadeiro massacreapostas no futebol brasileiropresos rendidos e encurralados nas carceragens. Enquanto ao menos 111 presos desarmados foram mortos durante a ação, a maioria com tiros na cabeça e pelas costas - um claro sinalapostas no futebol brasileiroexecução - um policial apresentou ferimento, causado por estilhaçosapostas no futebol brasileirouma TV que levou tiros dos próprios policiais", afirma a entidade.

Na páginaapostas no futebol brasileiroSartori no Facebook, um dos críticos afirmou que "queria apenas manifestar queapostas no futebol brasileirodecisão foi deplorável. É preciso muito mais formação sociológica,apostas no futebol brasileiroartes e política nas faculdadesapostas no futebol brasileiroDireito e no ensino médio, sem dúvida".

Sartori reagiu: "Outro infeliz, cooptado pelos pseudodefensores dos direitos humanos. Vai ler o processo e depois dêapostas no futebol brasileiroopinião consciente!".

Outro seguidor afirmou: "Prende ladrãoapostas no futebol brasileirosalame faminto e libera massacre... coerente com interesses políticos... jamais com os da sociedade... escreveu seu nome na história da pior forma possível...".

Ele se refere a um episódioapostas no futebol brasileirojunho deste ano, quando Sartori condenou um homem a 6 mesesapostas no futebol brasileirocadeia por roubar cinco salamesapostas no futebol brasileiroum supermercado. O réu alegava fome, mas o desembargador alegou que mantê-loapostas no futebol brasileiroliberdade poriaapostas no futebol brasileiro"risco a incolumidade pública".

Sartori classificou a autora da crítica, emapostas no futebol brasileiropágina, como "mais uma incauta dos ativistas do pseudodireitos humanos".