De jornalista a atendente: 'como venci a crise e me descobri preconceituosa':sinais aviator b2xbet

Jornalistasinais aviator b2xbetformação, Beatriz Franco publicou post no Facebook sobre como enfrentou próprio preconceito ao aceitar emprego como garçonetesinais aviator b2xbetuma lojasinais aviator b2xbetdoces; post viralizou.

Crédito, Arquivo pessoal/Beatriz Franco

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"Achava que não tinha preconceitos. Mas me descobri preconceituosa. Pensava comigo mesma: 'Como eu, jornalista, trabalharia como atendente?' O que aconteceria se algum dos meus amigos me visse naquela situação", relembra.

"Mas logo vi que não tinha mal nenhumsinais aviator b2xbettrabalhar como atendente. Feio é não ter dinheiro para pagar as contas", acrescenta.

Viral

Beatriz resolveu contarsinais aviator b2xbethistória no Facebook. O relato viralizou: até a publicação desta reportagem, o post contava com 230 mil curtidas e 33 mil compartilhamentos.

"Nunca imaginaria tamanha repercussão. Resolvi escrever o post como um desabafo. Sempre recorri à escrita para desabafar. Foi uma autocrítica. Eu era preconceituosa e não tinha consciência disso. Deveria é ter vergonhasinais aviator b2xbetmim por pensar assim", afirma.

Post já teve 230 mil curtidas e 33 mil compartilhamentos

Crédito, Reprodução/Facebook

Legenda da foto, Post já teve 230 mil curtidas e 33 mil compartilhamentos

Desde que postou o relato no Facebook, ela conta ter recebido inúmeras mensagens, muitas das quaissinais aviator b2xbetpessoas que passaram por experiências semelhantes.

"Essa foi a minha melhor recompensa. As pessoas compartilharam comigo preocupações semelhantes para no final das contas se darem contasinais aviator b2xbetque tudo não passasinais aviator b2xbetum preconceito estúpido", diz.

Beatriz conta que a experiência como atendente também lhe trouxe ensinamentossinais aviator b2xbetgestão, especialmentesinais aviator b2xbetfinanças.

"Pretendo fazer cursos, sem deixarsinais aviator b2xbetlado minha paixão, o jornalismo. Também dou aulassinais aviator b2xbetinglês e não vou parar. Quem sabe lançar um blogsinais aviator b2xbetque possa trocar experiências com outras pessoas? Estou aberta a tudo", conclui.

Confira o relato que viralizou no Facebook.

Me descobri preconceituosa. Eu, que defendo tanto a igualdadesinais aviator b2xbetgêneros,sinais aviator b2xbetcor,sinais aviator b2xbetreligião, que tenho amigos gays, nordestinos, evangélicos, jovens, velhos, com dinheiro e sem, até coxinhas e petralhas! Vários tipossinais aviator b2xbetrótulos.

Explico: Nos últimos meses, minha áreasinais aviator b2xbettrabalho - como muitas - está muito ruim. Em quatro meses não consegui quase nada. Então, depoissinais aviator b2xbetmeses me enterrando num sofá perdendo tempo, vida e dinheiro, surgiu a oportunidadesinais aviator b2xbetajudar uma amiga atendendo clientes emsinais aviator b2xbetlojasinais aviator b2xbetdoces. Quatro vezes por semana, período da tarde, remunerado. Uma boa formasinais aviator b2xbetocupar a cabeça, sairsinais aviator b2xbetcasa e ter algum dinheiro. Foi aí que veio o primeiro julgamento: Eu, balconista? Jornalista, três idiomas, currículosinais aviator b2xbetcomunicação, trabalhandosinais aviator b2xbettouquinha na cabeça servindo os outros? Foi difícil tomar essa decisão, mas aceitei, estou precisando.

Dias depois, a cena durante a tarde, limpando uma das mesas, ouvi dois clientes conversando: "Coloco acentosinais aviator b2xbet'tem'? Mudou com a nova ortografia?" "Não sei. Não entendo." E eu ali me remoendo pra dizer "eu sei, eu sei!!!". Mas, eu era só uma atendente e eles não iriam acreditar que eu sabia. Depois a barreira seguinte: conhecidos e colegas antigos entrarem na loja e me verem nessa função. "O que eles vão pensar? Eles não sabem como cheguei até aqui, que a dona é minha amiga, vão pensar que não dei certo na vida."

Dá pra entender como isso é errado??? Era com essa inferioridade que eu via os outros atendentes, balconistas e nunca tinha percebido! Sentia vergonha por estarsinais aviator b2xbetum trabalho honesto, justo, que traz alegria para as pessoas, que auxilia os outros? Eu deveria é ter vergonhasinais aviator b2xbetmim por pensar assim, por tanta faltasinais aviator b2xbethumildade e empatia.

Por um preconceito idiota eu ia perder a chancesinais aviator b2xbetconhecer tanta gente nova como nas últimas três semanas,sinais aviator b2xbetouvir tantas históriassinais aviator b2xbetvida como sempre gosteisinais aviator b2xbetfazer,sinais aviator b2xbetaprender um novo trabalho,sinais aviator b2xbetajudar uma amiga,sinais aviator b2xbetter dinheiro pra comprar uma nova bicicleta, pra ir no casamentosinais aviator b2xbetuma amigasinais aviator b2xbetoutra cidade,sinais aviator b2xbetviver! Em tão pouco tempo, esse trabalho que eu achava tão inferior já me ajudou a estar mais feliz, disposta, a ter novas ideias, entender como uma pequena empresa funciona, a buscar cursos para aprender mais.

Como dizia meu avô: A vida não é como a gente quer, é como ela se apresenta! Então, estou aqui aceitando com muito amor e gratidão o que me foi apresentado. Aceitando novas formassinais aviator b2xbetcrescer e evoluir com, por enquanto, um preconceito a menos. Hoje, estou aqui, jornalista, tradutora, professorasinais aviator b2xbetidiomas, aprendizsinais aviator b2xbetgestora e sim, atendentesinais aviator b2xbetum ateliêsinais aviator b2xbetdoces. E o que mais precisar, a gente aprende a fazer também! E, modéstia à parte, eu tbm fico lindasinais aviator b2xbettouquinha! :p

Esse textão é pra tirarsinais aviator b2xbetuma vez essa vergonhasinais aviator b2xbetmim, para agradecer pela confiança e apoio dos queridos amigos Veronica, Bruno e Felipe, pelo empurrão dos meus pais Edna e Orlando e, talvez, se não for me achar muito, ajudar alguém a fazer a mesma reflexão e dar um passo à frente se for o momento.