O país onde as meninas têm medofreebet imlekusar o banheiro das escolas:freebet imlek
"Eles vêm nos olhar, querem entrar", diz, sem especificar quem são "eles".
Alguns dos banheiros sequer têm fechaduras.
- <link type="page"><caption> Leia também: Panama Papers: vazamentofreebet imlekmilhõesfreebet imlekdocumentos revela paraísos fiscaisfreebet imlekricos e poderosos</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2016/04/160402_documentos_panama_rb" platform="highweb"/></link>
"No banheirofreebet imlekalgumas escolas existe o riscofreebet imlekabuso às meninas", diz à BBC Mundo Johana Chévez, assessorafreebet imlekgênero da organização Plan Internacional.
"Nem sempre há porta, nem sempre são higiênicos, às vezes o das meninas fica muito perto do dos meninos. Elas são trancadas (lá dentro), recebem pedradas, chegam a espioná-las", conta.
'Indiferença dos professores'
Com os estudos Escutem nossas vozes e Situação das Meninas, adolescente e mulheres jovens na Nicarágua, a Plan Internacional e a Universidade Centroamericana (UCA) dimensionaram o problema numericamente.
A pesquisa foi feitafreebet imlek22 comunidades e dez municípios.
- <link type="page"><caption> Leia também: Um postofreebet imlekgasolina e um presente misterioso: assim começou o escândalo que ameaça o governo</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2016/04/160331_como_comecou_escandalo_petrobras_rb" platform="highweb"/></link>
Umafreebet imlekcada quatro meninas que participaram das pesquisas disse que "nunca" se sentiu "cômoda" ao usar os banheiros da escola.
"Não vamos ao banheiro porque os meninos nos espiam e colocar um telefone celular no sapato para gravar e ver tudo", disse uma das entrevistadas.
A proporção é superior à encontrada pela organização no resto da América Latina efreebet imlekoutros locais do mundo.
- <link type="page"><caption> Leia também: Igreja exibe na França 'túnicafreebet imlekCristo', que teria sido usada no caminho para a cruz</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2016/04/160402_tunica_cristo_df_rb" platform="highweb"/></link>
"Nos estudos o resultado da Nicarágua é praticamente o dobrofreebet imlekoutros países quanto ao medo e à insegurança sentida pelas meninas ao ir para a escola e ao usar o banheiro escolar, porque elas acham que nestes locais ocorre abuso", disse o diretor da Plan Internacional no país, Patricio Lara.
Chévez diz que isso tudo ocorre diante da indiferença dos professores.
"Eles não prestam atenção à violência. É algo totalmente cego", destaca. "Os professores não veem porque usam outros banheiros e também porque há uma naturalização do assunto. Além disso, os meninos sentem desde cedo que podem se apropriar do corpo das mulheres."
Causafreebet imlekabandono escolar
As escolas também não estão livresfreebet imlekoutro tipofreebet imlekviolência, aquela exercida por professores.
"Nos deparamos com chacotas, agressões físicas, assédio e favoritismo dos professores com os meninos, e vimos que toda essa violência provoca abandono escolar", diz Karla Hernández Roa, pesquisadora da Universidade Centroamericana (UCA) que participou dos estudos.
"Também há professores que manipulam psicologicamente as meninas, que usam seu poder na aula para conseguir favores, para chantageá-las e cobrar para que refaçam uma prova", diz.
A Plan Internacional e a UCA não são as únicas instituições que denunciaram a situação.
A ONU Mulheres, a Unicef e a União Nacionalfreebet imlekEducadores e Trabalhadoresfreebet imlekEducação reportaramfreebet imlek2014 que as meninasfreebet imlekGuatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá e República Dominicana sofrem "periodicamente" abusos sexuais na escola e "chantagem sexual" relacionada a suas qualificações.
E mais recentemente,freebet imlekmarço do ano passado, o Grupofreebet imlekMonitoramento da Educação para Todos no Mundo, da Unesco, e a Iniciativa das Nações Unidas para a Educação das Meninas denunciaram que "a violênciafreebet imlekgênero estendida à escola e suas proximidades impõe grave obstáculo à educaçãofreebet imlekqualidade, integradora e equitativa".
Segundo o Ministério da Educação da Nicarágua, o segundo país mais pobre da América, atrás somente do Haiti, 9% dos alunos matriculados abandonam a escola. Em 2012,freebet imlek1,6 milhãofreebet imlekinscritos, 144 mil deixaram a escola.
A Unicef estima que 500 mil crianças e adolescentes com idades entre 3 e 17 anos estejam fora do sistema escolar no país.
A BBC Mundo, o serviçofreebet imlekespanhol da BBC, pediu uma entrevista ao ministério, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.