Pesquisa investiga possíveis problemas neurológicos causados por zikaaposta siteadultos:aposta site
“Temos casos relatadosaposta sitealterações neurológicasaposta sitepessoas que tiveram diagnóstico clínicoaposta sitezika”, afirma a diretora científica do Idor, Fernanda Tovar Moll, professora da UFRJ e especialistaaposta siteneuroimagem.
“Nosso projeto vai usar técnicasaposta siteneuroimagem para tentar determinar essas alterações e contribuir para esse diagnóstico. Vamos procurar na ressonância sinais que corroborem essas reações clínicas, como alterações no tecido cerebral e na medula.”
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Pesquisadores frisam, no entanto, que tanto a síndromeaposta siteGuillain-Barré quanto outros problemas neurológicos são ocorrências muito raras. Ou seja, apenas um pequeno percentual das pessoas infectadas pelo vírus zika (sejam elas sintomáticas ou assintomáticas) podem ter algum desdobramento mais grave – embora não haja como saber quem seria mais propenso a tais complicações.
Vale lembrar também que essas complicações não são exclusivas da infecção por zika - podem ocorreraposta siteoutras infecções por vírus ou bactérias.
De toda forma,aposta sitese tratando do zika, continua valendo a regraaposta siteque a infecção só é mais preocupante entre as grávidas, por conta do riscoaposta sitemás-formações nos fetos.
Minicérebros
De volta ao estudo fluminense, Fernanda explica que ainda há poucos casos estudados para que seja possível determinar quais alterações específicas seriam características da infecção por zika. Mas tudo indica que as alterações sejam mesmo no tecido cerebral e na medula.
A especialista explica que não há ainda como saber se esses pacientes com problemas neurológicos terão sequelas. E que, por enquanto, o foco é, justamente, mapear todo o espectroaposta siteação do vírus e as complicações decorrentes.
Num outro desdobramento da mesma pesquisa, cientistas do grupo estão inoculando o vírus da zikaaposta sitemicrocérebros criadosaposta sitelaboratório. O objetivo dessa experiência, que remete a filmesaposta siteficção futuristas, é justamente acompanhar eventuais estragos que o vírus possa causar no tecido cerebral.
Com isso, seria possível também determinar, sem dúvidas, se o vírus causaaposta sitefato alterações na formação do cérebro que levam à microcefaliaaposta sitefetos.
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Os organoides, que têm 2 milímetrosaposta sitediâmetro, já foram inoculados com o vírus da zika. Os microcérebros reproduzem o desenvolvimento fetal humano até os dois mesesaposta sitegestação – o período mais crítico da infecção.
Cabe agora aos cientistas acompanhar como a infecção afeta os tecidos nervosos e o desenvolvimento cerebral. A experiência, que começou na semana passada, deve ter seus primeiros resultadosaposta siteseis meses.
“A gente quer entender, por exemplo, se há um efeito direto do vírus no tecido nervoso, se provoca alterações diretas no cérebro ou se as alterações registradas seriam um efeito da infecção na mãe”, explica o neurocientista Stevens Rehen, do Idor e do Institutoaposta siteCiências Biomédicas da UFRJ.
“Se o efeito for direto do vírus no tecido cerebral, podemos tentar entender esse processo e, futuramente, desenvolver mecanismos para impedir essa infecção ou mesmo testar medicamentos.”
O grupoaposta siteneuroimagem liderado por Fernanda Tovar Moll também está investigando a microcefaliaaposta sitebebês. “A ideia é mapear as alterações no sistema nervoso central desses bebês, as más-formações, a comunicação entre os dois hemisférios do cérebro, o contorno do cérebro, tudo isso”, explica a especialista.
“Além do métodoaposta siteimagens, estamos trabalhando também com neuropsicólogos e pediatras.”
O objetivo do estudo é acompanhar os bebêsaposta sitemulheres que pelo menos tenham tido o diagnóstico clínicoaposta sitezika, mas, idealmente, que tenham sido testadas. Os especialistas querem não apenas determinar os problemas no nascimento, mas tentar também determinar se bebês nascidos aparentemente saudáveis -aposta sitemães que tiveram zikaaposta siteestágios mais avançados da gestação - podem vir a apresentar algum problema no futuro.