Números da dengue no RJ aumentam preocupação com zika durante Jogos:1 xbet ios
Ações1 xbet ioscombate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, são vistas pelos especialistas como a maior arma que as autoridades possuem contra a ameaça.
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"Não é necessário reinventar a roda ou ter novas tecnologias. As duas coisas essenciais agora são a mobilização da população e a intensificação do trabalho com mais agentes. A campanha precisa ser boca a boca, é necessário mostrar o que pode ser um potencial criadouro, educando a pessoa no nível cara a cara mesmo", diz o infectologista Jessé Reis Alves, coordenador do Ambulatório1 xbet iosMedicina do Viajante do Hospital Emílio Ribas.
O especialista ressalta, no entanto, que além1 xbet iosmedidas1 xbet iosgrande escala anunciadas pelo governo é necessário garantir investimento para intensificar o controle ao mosquito, sobretudo nas circunstâncias atuais.
"Sobre os Jogos Olímpicos, é preciso levar1 xbet iosconta que o evento ocorre numa época do ano1 xbet iosque o número1 xbet ioscasos costuma cair, mas sim, se houver uma grande quantidade1 xbet ioszika vírus1 xbet ioscirculação, teremos muita gente infectada, por mais que somente1 xbet iosum quinto dos casos haja sintomas", diz Alves.
Embora muitos casos1 xbet ioszika sem assintomáticos e alguns dos sintomas sejam confundidos pelos médicos com os da dengue, a grande preocupação com relação à epidemia é a população1 xbet iosmulheres grávidas, já que há suspeitas1 xbet iosque o vírus esteja relacionado ao aumento1 xbet ioscasos1 xbet iosmicrocefalia no país.
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, atualmente há 3.448 casos suspeitos sendo investigados no Brasil e 270 já foram confirmados.
Migowski, da UFRJ, diz que a proximidade da Olimpíada reforça a necessidade1 xbet ioscontrolar o vetor. "É fundamental que todos os esforços sejam intensificados para baixar o índice1 xbet iosinfestação pelo mosquito. É a ferramenta mais eficaz1 xbet iosque dispomos - a única, na verdade", avalia.
Mobilização e microcefalia
Para Alves, do Emílio Ribas, seria importante que as autoridades e a população aproveitassem a crise1 xbet iostorno do zika vírus para implementar mudanças concretas.
"Agora o momento é1 xbet iosaproveitar esse empenho, essa mobilização nacional, para a gente ver se consegue obter resultados melhores do que nos anos anteriores", diz.
Migowski, da UFRJ, acredita que a questão da microcefalia possa ter um impacto neste cenário.
"Essas crianças vão ser o ícone atual da incompetência1 xbet iostodos nós no combate ao vetor. Pode ser que haja maior mobilização quando as pessoas virem essas crianças e se lembrem1 xbet iosque o mosquito é a origem do problema", diz.
Epidemias e tipos1 xbet iosvírus
Uma análise dos números1 xbet ioscasos1 xbet iosdengue registrados nos últimos cinco anos somente na cidade do Rio1 xbet iosJaneiro mostra que há grande flutuação.
Em 2011, a cidade registrou 77.653 casos. Em 2012, foram 130.412 casos. Já1 xbet ios2013, o Rio contabilizou 66.278 casos, e1 xbet ios2014 a cifra caiu para 2.649 casos. No ano passado,1 xbet ios2015, foram 18.059 casos.
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Para os especialistas, os anos1 xbet iosmaiores epidemias estão relacionados à circulação1 xbet iosnovos tipos1 xbet iosdengue.
"A flutuação se deve ao vírus novo circulando. Há quatro tipos1 xbet iosdengue, então quando circula um novo tipo para o qual as pessoas ainda estão vulneráveis, há mais casos, e menos quando circula um tipo para o qual a população está imune", explica Jessé Reis Alves, do Emílio Ribas.
Apesar das questões1 xbet iostorno do grande número1 xbet ioscasos assintomáticos, os especialistas não descartam a possibilidade1 xbet iosque o aumento das notificações1 xbet iosdengue no Estado do Rio1 xbet iosJaneiro esteja relacionado à entrada do zika vírus, para o qual a população está totalmente vulnerável, e que os médicos estejam confundindo o novo vírus com a dengue ao fazerem diagnósticos.
Outro lado
Consultados pela BBC Brasil, os encarregados do combate ao Aedes aegypti e controle da dengue no Estado e na cidade do Rio1 xbet iosJaneiro responderam às críticas1 xbet iosque o trabalho tem sido "ineficaz".
Para o subsecretário1 xbet iosVigilância1 xbet iosSaúde da Secretaria1 xbet iosEstado da Saúde do RJ, Alexandre Chieppe, a estratégia adotada pelo Brasil é a mesma preconizada pela Opas (Organização Pan-Americana1 xbet iosSaúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde), focando na eliminação mecânica dos criadouros do mosquito.
"Temos que melhorar a capacidade1 xbet iosmobilização da população e o desenvolvimento1 xbet iosnovas tecnologias. Não existem tecnologias atualmente que permitam um controle total do Aedes, e no Estado nós temos 6 milhões1 xbet iosimóveis, é impensável colocar um agente por semana1 xbet ioscada imóvel", diz.
Chieppe adianta que os agentes1 xbet iossaúde estão sendo orientados a auxiliar os agentes1 xbet iosvigilância epidemiológica nos meses1 xbet iosjaneiro a abril, o que permitiria dobrar o efetivo1 xbet ios10 mil agentes.
Para Marcus Vinicius Ferreira, coordenador1 xbet iosVigilância Ambiental1 xbet iosSaúde da Secretaria Municipal1 xbet iosSaúde do Rio1 xbet iosJaneiro, o percentual1 xbet ioscasos da capital na cifra estadual tem diminuído, o que sinalizaria um melhor controle na cidade.
"A população do Rio1 xbet iosJaneiro representa 50%1 xbet iostoda a população do Estado, mas os números atuais mostram que nós contribuímos com muito menos do que isso para o total1 xbet ioscasos1 xbet iosdengue. Este percentual foi reduzido nos últimos anos, o que mostra que nossos esforços estão indo na direção certa", diz.
Sobre os 593 casos1 xbet iosdengue registrados nas três primeiras semanas1 xbet ios2016 contra os 133 no mesmo período do ano passado, Ferreira diz que o aumento gradual mês a mês entre janeiro e maio é "normal".
"Após maio, temos historicamente uma redução dos casos. Os meses1 xbet iosjulho e agosto, quando ocorrerão os Jogos Olímpicos, são mais frios e registram número menor1 xbet ioscasos", afirma.
Chieppe, do Estado do RJ, também descarta riscos para a Olimpíada.
"No período dos Jogos, os meses1 xbet iosjulho e agosto, a série histórica mostra que a taxa1 xbet iostransmissão tem ficado1 xbet iostorno1 xbet iosmenos1 xbet iosum para cada cem mil habitantes. Já no período1 xbet iosmarço e abril, num ano1 xbet iosepidemia, a taxa sobe para até 300 casos transmitidos a cada cem mil habitantes", diz.