#SalaSocial: 'Chatos moderados precisam sair do armário no Brasil do Fla-Flu':aposta esportiva super 5
O debate público no Brasilaposta esportiva super 5hoje, seja no Parlamento ou no pontoaposta esportiva super 5ônibus, foi tomado por um método simplista e eficiente. Colocamos cada pessoaaposta esportiva super 5uma caixinha e a classificamos como amiga ou inimiga. Não há espaço para quem diz "as coisas são mais complicadas do que isso" ou "acho melhor checar os fatos para ver se é isso mesmo".
Qualquer tentativaaposta esportiva super 5colocar substância no debate é vista como um alinhamento automático com o inimigo. Você conhece os exemplos, e eles são muitos – infelizmente.
Para os extremos do debate, esse é um caminho próspero. Esses polos prosperam com a faltaaposta esportiva super 5dados, com os gritos e com os inimigos comuns. Têm soluções para tudo.
Convenhamos, é muito pouco para um país que, até hoje, não conseguiu ligar 40% das suas residências à redeaposta esportiva super 5esgoto e que ainda convive com grandes taxasaposta esportiva super 5evasão escolar. Eles substituem o chato do concreto pela emoçãoaposta esportiva super 5um ringue. E, tenhoaposta esportiva super 5admitir: é atraente. Inútil, mas atraente.
<link type="page"><caption> Leia também: Cientistas dizem ter encontrado abismo gigantesco escondido sob o gelo da Antártida</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2016/01/160113_canion_antartida_ab" platform="highweb"/></link>
E é atraente porque, nesses tempos incertosaposta esportiva super 5que vivemos, no Brasil e no mundo, nós queremos respostas rápidas a nossas dúvidas. Por isso, o extremismo cresce. Ele oferece um norte.
Tomados pela ansiedadeaposta esportiva super 5encontrar respostas, nós estamos suprimindo as perguntas – e ignorando os perguntadores. Porém, essas pessoas são fundamentais para resolver os problemas.
E precisamos fazer perguntas não apenas sobre as nossas mazelas, mas também sobre as nossas conquistas.
Por exemplo: Como e por que o Brasil venceu, <link type="page"><caption> pela primeira vez, um campeonato mundialaposta esportiva super 5ensino técnico</caption><url href="http://www.valor.com.br/brasil/4183178/pela-1-vez-brasil-vence-competicao-mundial-de-educacao-profissional" platform="highweb"/></link>? <link type="page"><caption> Ou como o trabalho árduoaposta esportiva super 5milharesaposta esportiva super 5brasileiros anônimos, ao longo das décadas, criou a maior rede públicaaposta esportiva super 5transplantesaposta esportiva super 5órgãos do planeta</caption><url href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-09/brasil-e-destaque-no-contexto-mundial-de-doacao-de-orgaos" platform="highweb"/></link>? São feitos impressionantes, fruto do trabalhoaposta esportiva super 5muitas pessoas diferentes (e com cabeças diferentes) país afora.
Entender o que funciona é tão fundamental quanto apontar o que não funciona. Afinal, reconhecer as nossas mazelas não é fazer crítica barata ao governo. Apontar nossos sucessos não é se deliciar no quentinho da chapa branca.
Muitas pessoas e organizações têm feito esse trabalho,aposta esportiva super 5buscar correção e profundidade nas discussões. Há gruposaposta esportiva super 5jornalistas que apenas checam dados e desmontam declarações amalucadas e mentirosas. Há uma efervescência nas discussões sobre as cidades, com uniõesaposta esportiva super 5especialistas, donasaposta esportiva super 5casa, aposentados, estudantes e mais um monteaposta esportiva super 5gente para melhorar espaços públicos. Essas pessoas estão transformando as discussões delasaposta esportiva super 5resultados bons – e reais.
Claro, não é todo mundo que tem tempo e disposição para fazer isso. Mas mesmo do nosso lado do teclado, nas nossas casas, nós podemos contribuir. Basta que, ao entrar no debate, a gente se disponha a dar substância a ele, com fatos, dados e opiniões bem fundamentadas.
<link type="page"><caption> Leia também: 'El Chapo' é o novo Pablo Escobar?</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2016/01/160112_chapo_novo_pablo_escobar_lab" platform="highweb"/></link>
Também é imprescindível ouvir. Nós precisamos escutar os outros com atenção e levar seus pontos a sério – até para entender os seus (e os nossos) erros e acertos. A desqualificação sistemática do pontoaposta esportiva super 5vista das outras pessoas é uma ferramenta que só interessa a extremistas para organizar e manter seu poder.
Não tenho ilusõesaposta esportiva super 5que vamos todos caminhar juntos o tempo inteiro. A discordância faz parte da vida, e isso é bom. Ela nos provoca e nos leva adiante. Mas uma coisa é clarezaaposta esportiva super 5propósitos e ideias, outra é o consenso passado na marra e no grito. Podemos até levantar a voz e o tom (quem nunca?), mas precisamosaposta esportiva super 5mais substância para sustentar declarações fortes e passar receitas definitivas.
Por isso, chegou a hora dos moderados, muitas vezes taxadosaposta esportiva super 5chatos, das pessoas que fazem perguntas, dos indivíduos que não se contentam como fatos extraídosaposta esportiva super 5fontes pouco confiáveis. É o momentoaposta esportiva super 5quem quer fazer alguma coisa. A multidão silenciosa, que não aceita ser manada, espalhada entre os extremos, com medoaposta esportiva super 5ser atacada pelas gangues dos likes, precisa aparecer.
É horaaposta esportiva super 5perguntar "Ok, e qual o seu plano?" "De onde você tirou essa informação?" "Qual a evidência que sustenta uma declaração tão forte?" É mais chato, eu sei. Também é mais útil. É horaaposta esportiva super 5confrontar os extremos com o seu próprio vazio. Às vezes, uma simples pergunta basta. É o momentoaposta esportiva super 5qualificar os debates públicos, mesmo aquelas zonas áridas dos comentáriosaposta esportiva super 5Facebook.
Afinal, o Brasil não pode se dar o luxoaposta esportiva super 5desperdiçar tempo com a estupidez. Há mais o que fazer por aqui do ganhar discussão no Facebook. Se você quer ir além do grito, há milharesaposta esportiva super 5pessoas que querem caminhar contigo. Você não está só.