Suécia obriga pais a tirar pelo menos 3 mesesestrela pix betlicença-paternidade:estrela pix bet
Gruposestrela pix betpais fazendo refeições, cercados por carrinhosestrela pix betbebê, são uma visão comum na Suécia. Em 1974, o país se tornou o primeiro do mundo a oferecer a licença-paternidade e estender aos pais a chanceestrela pix bettambém passar tempoestrela pix betcasa com os filhos.
"É uma forte tradição na Suécia", afirma Roger Klinth, professorestrela pix betEstudosestrela pix betGênero na Universidade Linkoping. "Todos os partidos políticos votaram a favor da licença-paternidadeestrela pix bet1974, o que é um sinal claroestrela pix betque homens e mulheres deveriam ter o mesmo status para cuidar dos filhos e que nenhum gênero deveria assumir a responsabilidade".
Compulsoriedade
A ideia era que casais recebessem seis mesesestrela pix betlicença por criança, divididos igualmente entre pai e mãe. Homens, porém, tinham a opçãoestrela pix bettransferir dias para as mulheres - algo que a maioria fez. Nos anos 90, quase 90% dos diasestrela pix betlicença ainda eram usados por mulheres. Em 1995, o governo criou o que se pode chamarestrela pix betuma "cota para papais", alocando 30 dias compulsórios e que seriam perdidos caso não fossem usados. Sete anos mais tarde, o período foi estendido para 60 dias.
Ambas as reformas tiveram impacto direto na proporçãoestrela pix betdiasestrela pix betlicença tirados por pais:estrela pix bet2014, homens já eram responsáveis por 25% dos dias disponíveis para casais. A partir deste 1ºestrela pix betjaneiro, a cota compulsória foi aumentada para 90 dias.
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Atualmente, casais recebem por lei 480 diasestrela pix betlicença a partir do nascimento da criança. Nos primeiros 390 dias, quem optar por ficarestrela pix betcasa recebe 80% do salário, pagos pelo Estado.
Os 90 dias restantes são tirados com pagamento menor. Rikard tem 41 anos e trabalha na emissora TV4, ao passo que Fredrik,estrela pix bet40, é designer gráfico. Ambos estão tirando um períodoestrela pix betquatro mesesestrela pix betlicença.
Pelo Facebook, pais formam grupos para conhecer e encontrar outros tambémestrela pix betlicença. Enquanto as crianças brincam, eles aproveitam para conversar e trocar experiências, da mesma que forma que suas mães um dia fizeram. A mulherestrela pix betFredrik, Susanne, diz que Elton ficou muito mais ligado ao pai desde que ela voltou ao empregoestrela pix betuma agênciaestrela pix betrecrutamento.
"Fico um pouco triste às vezes quando vejo que Elton prefere ficar com Fredrik, mas sei que isso ocorre porque eles passam mais tempo juntos. E sei também que pode ser um pouco duro para Fredrik se as crianças quiserem ficar com ele o tempo todo".
A vida era bastante diferente para o paiestrela pix betFredrik, Jan Casservik,estrela pix bet1975. Ele tirou apenas alguns dias do empregoestrela pix betdiretor escolar quando o filho nasceu, embora pudesse ter obtido mais.
"Não era algo muito comum naquela época. Se alguém tirasse uma licença grande, era até meio suspeito. Não era algo que um homem fazia", diz Jan.
"Se hoje tivesse filhos, definitivamente passaria mais tempoestrela pix betcasa, como faz Fredrik".
'Babás gays'
Sua esposa, Margareta, concorda. Ela tirou todo o períodoestrela pix betlicença quando teve seus três filhos e classifica como "brilhante" a decisãoestrela pix betFredrik. "A experiência que ele está tendo com as crianças é incrível. Todos deveriam passar por ela.
A licença-paternidade na Suécia inspirou até um projeto artístico: o fotógrafo Johan Bavman escreveu o livro Swedish Dads ("Pais Suecos"), que tem um ensaio fotográfico com pais "que ficamestrela pix betcasa". A ideia surgiu quando o próprio Bavman tirou licença para ficar com o filho, Viggo.
São 45 fotos mostrando homens que optaram passar maisestrela pix betseis mesesestrela pix betlicença com os filhos. Johan diz que o objetivo não foi mostrar os pais como algum tipoestrela pix betsuper-herói, mas sim o trabalho para cuidarestrela pix betforma apropriada das crianças.
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"Isso é algo pelo qual mulheres jamais tiveram reconhecimento antes e algo que nós homens sempre deram como garantido. É a horaestrela pix betmudar as concepções tantoestrela pix betpais como mães."
Os pais contam nunca terem sido alvosestrela pix betcomentários negativos nas ruas, mas um amigoestrela pix betRikard conta ter ouvido um turista uma vez perguntar "quem eram todos esses babás gays".
Desigualdade
A Suécia tem um dos menores índicesestrela pix betdesigualdadeestrela pix betgênero do mundo, segundo uma classificação do Fórum Econômico Mundial. O país está na quarta posição entre os cinco melhores países - o Brasil aparece apenasestrela pix bet85º lugar na listaestrela pix bet145 nações.
Niklas Logfren, porta-voz do equivalente sueco ao Institutoestrela pix betPrevidência Social, diz que uma distribuição igualitária do tempo passado com os filhos nos primeiros diasestrela pix betvida tem benefícios a longo prazo.
"É natural que, se você divide as responsabilidades mais igualmente quando a criança é pequena, há uma chance maiorestrela pix betque ambos assumirão mais responsabilidades caso os pais se separem. Não temos como demonstrar uma ligação direta, mas na Suécia é muito comum que pais se separem e os filhos passem a morar com elesestrela pix betsemanas alternadas".
Logfren explica que os dias tendem a ser divididosestrela pix betforma mais igualitária quando o nível educacional da mulher é maior que o do homem.
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Fredrik diz queestrela pix betalguns lugares do mundo a ideiaestrela pix betpais trocando fraldas e fazendo as tarefas caseiras pode soar estranha. Ele tem um irmão casado que vive nos EUA, mas a mulher é quem ficaestrela pix betcasa com as duas crianças. Fredrik diz se preocupar com isso.
Por mais que Fredrik e Rikard gostemestrela pix betcuidar dos filhos, os dois homens sentem saudades do trabalho. "Gostoestrela pix bettrabalhar. Cuidar do meu filho é uma oportunidade que não vai voltar, não tem nada a ver com algum desejoestrela pix bettrabalhar menos", diz Rikard.
Empregadores estão do lado deles. "Empresas precisamestrela pix betpessoas competentes para serem competitivas e é importante que sejam atraentes para homens e mulheres com a possibilidadeestrela pix betdesenvolverestrela pix betcarreira enquanto têm filhos", explica Catharina Back, especialistaestrela pix betseguridade social da Swedish Enteprise, associação empresarial do país.
As autoridades suecas acreditam que, se o ritmoestrela pix betimpacto das reformas implementadas desde 1974 for mantido, homens e mulheres vão tirar dias iguaisestrela pix betlicençaestrela pix bet2035.