Aberturasao paulo globoesporteimpeachment aumenta chancesao paulo globoesporteDilma ficar, diz 'Economist':sao paulo globoesporte

Presidente Dilma e o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner,sao paulo globoesportereuniãosao paulo globoesportecoordenação política um dia após o acolhimento do pedidosao paulo globoesporteimpeachment

Crédito, Ag Brasil

Legenda da foto, Presidente Dilma e o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner,sao paulo globoesportereuniãosao paulo globoesportecoordenação política um dia após o acolhimento do pedidosao paulo globoesporteimpeachment

sao paulo globoesporte O início do processosao paulo globoesporteimpeachmentsao paulo globoesporteDilma Rousseff na Câmara dos Deputados pode, ironicamente, aumentar as chancessao paulo globoesportesobrevivência política da presidente até 2018, avalia a revista britânica The Economist sao paulo globoesporte .

Com dois textos dedicados ao novo capítulo da crise política brasileira, a edição da revista que chega às bancas nesta sexta-feira criticou o acolhimento do pedidosao paulo globoesporteimpeachment pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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"A açãosao paulo globoesporteCunha é falha e ameaça apenas afundar o Brasil ainda mais na lama", afirmou a publicação,sao paulo globoesportereferência a reportagemsao paulo globoesportefevereirosao paulo globoesporteque citava o "lamaçal" econômico e político no país.

Embora faça críticas a Dilma - citada como "a presidente mais impopular e ineficaz da história moderna brasileira" - , a revista conclui que o "tempo trabalha a favor" da petista, já que o gestosao paulo globoesporteCunha "parece um atosao paulo globoesportevingança" diante do cerco que o deputado enfrenta na Operação Lava Jato.

O deputado está entre os cercasao paulo globoesporte40 políticos com foro privilegiado investigados por suspeitasao paulo globoesporteparticipação no escândalosao paulo globoesportecorrupção na Petrobras. O Ministério Público Federal descobriu contas não declaradas do peemedebista na Suíça, que teriam sido abastecidas com dinheiro desviado da estatal. Cunha nega corrupção e diz que não tinha controle sobre as contas, que seriam apenas usadas para planejamento sucessório e educação dos filhos.

"Cunha pode ser facilmente visto como agindosao paulo globoesporteinteresse próprio do que um homemsao paulo globoesporteEstado, colocando uma interrogação sobre toda a confusão. O PT tende a cerrar fileirassao paulo globoesporteapoio à presidente, e Dilma sem dúvida será mais firme do que nuncasao paulo globoesportenão renunciar, como alguns na oposição esperavam", diz o texto intitulado "Dilma's Disasters" (Os Desastressao paulo globoesporteDilma).

Cenários possíveis

Na avaliação da Economist, a oposição não tem hoje os 342 votos (entre 512) necessários na Câmara para derrubar Dilma, mas o quadro pode mudar se surgirem provas contra a presidente na investigação da Petrobras.

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A publicação responsabiliza a presidente pelo "desastre econômico" no país, que associa a "políticas fiscais e monetárias irresponsáveis e ao incessante intervencionismo microeconômico" do primeiro mandato (2010-2014), mas diz que ela "merecia mais alguns meses para tentar retomar as rédeas" da economia.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na sessãosao paulo globoesporteque leu o pedidosao paulo globoesporteimpeachment da presidente Dilma Rousseff

Crédito, Ag Brasil

Legenda da foto, O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na sessãosao paulo globoesporteque leu o pedidosao paulo globoesporteimpeachment da presidente Dilma Rousseff

"Se ela falhasse, aí haveria um motivo forte para convencê-la a renunciar pelo bem do país", afirma a revista. "Ao atacar cedo demais e com os motivos mais inconvincentes, Cunha talvez tenha dado sobrevida maior a uma presidente fraca e destrutiva."

Sobre os motivos citados por Cunha para acolher o pedido - sobretudo a abertura por Dilma,sao paulo globoesporte2015,sao paulo globoesportecréditos suplementaressao paulo globoesportedesacordo com a Lei Orçamentária -, a revista diz que a presidente "não seria a primeira a adulterar contas públicas", mas lembra que a gestão da petista foi a primeira a ter contas rejeitadas por órgãosao paulo globoesportecontrole (Tribunalsao paulo globoesporteContas da União).

"É tudo o que o Brasil precisava. Com um enorme escândalosao paulo globoesportecorrupção a todo vapor, economiasao paulo globoesportequeda livre, finanças públicassao paulo globoesportefrangalhos - e uma classe política que agesao paulo globoesportecausa própria e sem intençãosao paulo globoesporteenfrentar nenhum desses problemas - o país agora foi servido com uma crise constitucional", diz a publicação.

2015 e 1992

Ao comparar a situaçãosao paulo globoesporteDilma com a do ex-presidente Fernando Collorsao paulo globoesporteMello, que sofreu um processosao paulo globoesporteimpeachmentsao paulo globoesporte1992, a revista aponta três semelhanças: a faltasao paulo globoesportehabilidade para lidar com um quadro político fragmentado, a baixa popularidade e a economiasao paulo globoesportebaixa.

Por outro lado, diz a Economist, a presidente não é acusadasao paulo globoesporteenriquecimento ilícito e mantém o apoiosao paulo globoesporteseu partido. "E talvez o mais importante: há pouca evidênciasao paulo globoesporteque a oposição queira assumir a bagunça das mãossao paulo globoesporteDilma. Preferiria vê-la sofrer e obter uma vitória fácil na próxima eleiçãosao paulo globoesporte2018."

"Infelizmente, o furor irá deslocar a atenção já dispersa dos políticos brasileiros das soluções para os muitos problemas do país, a começar pelo déficit crescente no Orçamento. A História poderá julgar esse como o maior pecadosao paulo globoesporteCunha."