Como 'maniapromo freebetlimpeza' pode causar asma e alergias:promo freebet

Cientistas recomendam lavar as mãos, mas dizem que banhos não precisam ser diários

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Fora do corpo, as boas bactérias ajudam a decompor o lixo orgânico e são os responsáveis por metade do oxigênio presente no mundo, alémpromo freebetfixarem os níveispromo freebetnitrogênio no ar – o que ajuda a Terra a ser um planeta habitável.

Com base nessas informações, muitos cientistas argumentam que a humanidade se tornou “limpa demais”. E que isso não é, necessariamente, uma boa coisa.

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Convivência esquecida

Em 1989, o epidemiologista britânico David Strachan se tornou o primeiro a sugerir que a exposição a infecções durante a infância ajudaria a criar defesas contra alergiaspromo freebetoutras fases da vida. A ideia ficou conhecida como “Hipótese da Higiene”.

Uma alergia é, na realidade, o nosso sistema imunológico entrandopromo freebetpânico ao interpretar uma substância inofensiva como um enorme ataque.

Segundo Dorothy Matthews, biólogo do Russell Sage College, nos Estados Unidos, nosso corpo reagepromo freebetmaneira exagerada a micróbios benéficos porque nosso sistema imunológico “se esqueceu”promo freebetcomo conviver com eles.

Por isso, precisamos entender como a microbiota (conjuntopromo freebetmicrorganismos que vivempromo freebetnosso corpo) pode nos ajudar.

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Excessopromo freebetcuidados com a limpeza pode estar por trás do aumentopromo freebetcasospromo freebetasma

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“É essencial transmitir a microbiota materna, composta por organismos inofensivos e simbióticos presentes nos intestinos, na pele epromo freebetoutros órgãos. Precisamos ter contato com a biodiversidade microbiana que existepromo freebetnosso mundo”, explica Graham Rook, epidemiologista da University College London, do Reino Unido.

Um exemplo é opromo freebetuma chupeta que cai no chão. Para Rook, é melhor que a mãe a limpe compromo freebetprópria boca do que dar ao bebê uma nova chupeta esterilizada, pois isso acelera o desenvolvimento da microbiota da criança e reduz o riscopromo freebetalergias.

É algo que poderia ser chamadopromo freebet“terapia da exposição”, e que também vale para os alimentos e outras partes da vida.

“Uma alimentação variada, com produtos caseiros, e uma rotinapromo freebetexercícios ao ar livre,promo freebetvezpromo freebetna academia, são medidas que ajudam a proteger o organismo”, argumenta o cientista. O mesmo vale para o contato com cães e outros animais domésticos, que ajuda a aumentar a biodiversidade microbiana.

Exposição desde o nascimento

De certa forma, o sistema imunológico é como um fazendeiro. Ele garante que nossos corpos tenham os micróbios necessários para o nosso desenvolvimento e metabolismo, ao mesmo tempopromo freebetque “limpa a área” e se livra dos micróbios que contêm agentes infecciosos.

Não é a toa que a faltapromo freebetdiversidade da microbiota está ligada a uma enorme variedadepromo freebetdoenças.

Mesmo assim, ainda não há provas convincentespromo freebetque a ausênciapromo freebetum determinado tipopromo freebetmicróbio possa causar alguma doença específica. “O problema é imensamente complexo, do pontopromo freebetvista técnico e estatístico”, diz Rook.

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Outros cientistas concordam. “O microbioma está ligado à imunidade, ao autismo, às alergias, à autoimunidade, ao humor e ao desenvolvimento do sistema nervoso central”, afirma Mary Ruebush, microbióloga da Becker Professional Education School, do Reino Unido.

A terapia da exposição é algo que começa assim que nascemos. Crianças nascidaspromo freebetparto normal apresentam um índice muito menorpromo freebetalergias do que aquelas vindas ao mundo por cesariana. Isso pode ser explicado pelo contato inicial do bebê com a flora vaginal da mãe.

Para Rook, essa exposição a “micróbios bons” no início da vida traz enormes benefícios à saúde. O contato com microrganismos no intestino ativa, por exemplo, algumas células imunológicaspromo freebetmaneira que elas não reajam mal a certos microrganismos no futuro.

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A convivência com cães e outros animais domésticos pode aumentar a imunidade

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Rook chama esses micróbiospromo freebet“velhos amigos”, mas diz que agora estamos cada vez mais nos afastando dessa amizade por causa da extrema preocupação com a limpeza. Não temos tanto contato com esses micróbios como nossos antepassados.

Isso apresenta uma espéciepromo freebetdilema para quem gostapromo freebetviver uma vida saudável. Como evitar as doenças causadas por certas bactérias, mas ao mesmo tempo abrigar as boas?

Rook e os demais cientistas são categóricos no que se refere aos cuidados básicospromo freebethigiene, como lavar as mãos, por exemplo. “Esses cuidados precisam ser mantidos”, dizem. Para cientistas, mãos sujas são um dos principais meiospromo freebettransmissãopromo freebetinfecções.

Mas nem todas as partes do corpo precisam ser lavadas com tanto cuidado. O excessopromo freebetbanhos oupromo freebetlavagens “perturba a flora normal, que mantém o indivíduo saudável ao competir com organismo nocivos”, afirma Ruebush.

A cientista diz acreditar que não é necessário tomar um logo banho todos os dias, porque isso remove as “boas bactérias” da pele. Mas é preciso lavar os genitais e as áreaspromo freebettranspiração excessiva. E trocar as roupaspromo freebetbaixo diariamente.

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Em casa, a melhor solução para combater as bactérias nocivas não é o excessopromo freebetlimpeza, mas sim hábitospromo freebetfaxina constantes. A boa higiene não é algo para se fazer uma vez por semana. É preciso que seja “parte da vida diária”, diz Sally Bloomfield, da Escolapromo freebetMedicina Tropical e Higiene da Universidadepromo freebetLondres.

Um exemplo é o das tábuas usadas na cozinha. Se elas são usadas para cortar legumes e verduras, não há problema lavá-las depois da refeição. Mas se for para peixe ou carne crua, é preciso limpar tudo imediatamente, ou pode haver o riscopromo freebetuma infecção.

Estudos realizadospromo freebethospitais mostraram que lençóis e toalhas podem facilmente espalhar vírus e germes, maspromo freebetcasa o risco é bem menor.

“Não há dados específicos sobre a frequênciapromo freebetque se deve trocar os lençóis e toalhas”, diz Bloomfield. Mas ela recomenda fazê-lo uma vez por semana, e alerta para que esses itens não sejam compartilhados, assim como objetospromo freebetuso pessoal.

Roupas úmidas e quentes são um porto seguro para bactérias nocivas, segundo a cientista. Por isso, a recomendaçãopromo freebettrocar panospromo freebetprato e toalhaspromo freebetmão quase que diariamente, lavando-os sempre a 60ºC.

E no banheiro, fechar a tampa da privada pode ser mais importante do que parece: isso impede que as bactérias lá dentro se espalhem e se multipliquem.

Contato com a natureza

Os cientistas insistem que a mensagem não é voltar a viverpromo freebetmeio à sujeira para poder se beneficiar das boas bactérias. É preciso apenas cuidarpromo freebetnossas casas para mantê-las longe dos germes nocivos.

Para Ilkka Hanski, biólogo da Universidadepromo freebetHelsinque, na Finlândia, é importante sairpromo freebetcasa e passar um bom tempo junto à natureza. “Deixe as crianças brincarempromo freebetlugares onde elas tenham contato com a terra e com as plantas, que são ricaspromo freebetmicróbios benéficos”, recomenda.

Vários estudos científicos demonstram os benefícios. Crianças que crescempromo freebetum ambiente que não seja obsessivamente limpo têm menos incidênciapromo freebetalergias e asma.

Certas bactérias também nos protegem ativamentepromo freebetdoenças do intestino e atépromo freebetalguns tipospromo freebetansiedade e depressão.

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Uma vida mais saudável pode ser incrementada com a exposição a animais domésticos e a micro-organismos inofensivos presentes na água, nos alimentos e na poeira.

Se a “hipótese da higiene” estiver correta, ele pode explicar o rápido aumentopromo freebetcasospromo freebetasma e alergias nos últimos 20 anos. É claro que há outras explicações, como o uso generalizadopromo freebetágua purificada, o abusopromo freebetantibióticos e mudançaspromo freebetnosso ambiente, como o alto nívelpromo freebetpoluição.

Por outro lado, Ruebush oferece um consolo. “Cada vez que adoecemos, ficamos também mais fortes”, afirma. “A mensagem não é o que a maioria das pessoas quer ouvir. Elas querem uma solução farmacológica para qualquer pequeno incômodo. Mas, toda vez que você faz isso, torna seu corpo mais frágil”, explica.

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