'E as vítimas na Síria?': a pergunta sem resposta que revela o caos no país hoje:apostas jogos copa
apostas jogos copa Após os intensos bombardeios franceses à Síria, uma sérieapostas jogos copaperguntas, que se espalham nas mídias sociais, continuam sem resposta: "E as vítimas na Síria? Morreram civis, morreram crianças?", questionam internautas.
Em meio à faltaapostas jogos copainformações, circulam mensagens, acompanhadasapostas jogos copafotos retiradasapostas jogos copaoutros incidentes violentos na região, dizendo que 210 crianças teriam sido mortas vítimas dos bombardeios franceses. Essas mensagens não citam fontes e não há qualquer confirmação deste total pelas organizações que monitoram a situaçãoapostas jogos copaRaqqa, alvo dos ataques franceses após os atentadosapostas jogos copaParis.
A única informação sobre mortos nessa recente campanha veioapostas jogos copauma organização que, apesar das inúmeras barreiras impostas pelo autodenominado Estado Islâmico (EI), continua tentando monitorar a situaçãoapostas jogos copaRaqqa, cidade tomada pelo grupoapostas jogos copajaneiroapostas jogos copa2014 e transformada à forçaapostas jogos copauma espécieapostas jogos copacapital do califado "fundado" pelo EI.
Logo após os primeiros bombardeios franceses, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) divulgou que 33 jihadistas teriam sido mortos e que não haveria vítimas entre civis.
Outra organização que faz este perigoso trabalho se chama "Raqqa Is Being Slaughtered Silently" (algo como 'Raqqa Está Sendo Massacrada Silenciosamente). A repórter da BBCapostas jogos copaBeirute Lina Sinjab conversou com um integrante da organização que disse não haver vítimas civis desta recente levaapostas jogos copaataques. Não é possível, no entanto, confirmar se,apostas jogos copafato, não houve vítimas civis.
Além disso, a Síria não é alvo apenasapostas jogos copaataques franceses que tentam atingir o EI. Desde o ano passado o país tem sido alvoapostas jogos copabombardeios, levados a cabo tanto por uma coalizão comandada pelos Estados Unidos (e da qual a França faz parte) quanto pela aviação russa e por forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
Aliadas a uma situação caóticaapostas jogos copaterra,apostas jogos copaque diferentes grupos lutam uns contra os outros, as campanhas aéreas tornam a missãoapostas jogos copaapurar informações sobre as vítimas do conflito algo praticamente impossível.
A ONU, por exemplo, trabalha com estimativas que ela mesmo admite carecerapostas jogos copaprecisão -apostas jogos copaum relatório divulgado no ano passado, por exemplo, seu Escritórioapostas jogos copaDireitos Humanos (OHCHR) informou que faltavam informações para checar pelo menos 50 mil relatosapostas jogos copamortes na Guerra Civil síria. A entidade estima que maisapostas jogos copa200 mil pessoas morreram.
A BBC Brasil explica abaixo por que é tão complicado ter dados confiáveis sobre o totalapostas jogos copamortos:
1. Ausênciaapostas jogos copacobertura in loco mídia
A morteapostas jogos copajornalistas na linhaapostas jogos copafrente ou nas famigeradas execuções protagonizadas pelo Estado Islâmico reduziu maciçamente a presença da imprensa na Síria.
A maior parte da cobertura da situação no país é feita com baseapostas jogos copainformações prestadas por autoridades oficiais, como o Departamentoapostas jogos copaDefesa dos EUA, ou por relatosapostas jogos copasupostas testemunhasapostas jogos copaatrocidades obtidos pela redeapostas jogos copacontatosapostas jogos copaorganizaçõesapostas jogos copaativistas, como o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Mesmo a tarefa desses grupos é altamente arriscada. Um integrante da redeapostas jogos copaativistas 'Raqqa Está Sendo Massacrada Lentamente', que divulgava informações sobre a cidade para o mundo, foi assassinadoapostas jogos copaoutubro na fronteira entre a Turquia e a Síria. Após o brutal assassinato, o EI publicou um vídeo mostrando a vítima, Ibrahim Abdul Qader, com a garganta cortada e os dizeres na tela: "Você não conseguirá escapar da faca do Estado Islâmico. Nossa mão vai alcançá-lo onde estiver".
<link type="page"><caption> Leia também: Raqqa, a 'capital' criada à força por 'Estado Islâmico' que é alvoapostas jogos copabombardeios aéreos</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151118_raqqa_isis_fd" platform="highweb"/></link>
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2. A mãoapostas jogos copaferro do Estado Islâmico
As áreas dominadas pelo grupo extremista muçulmano que se autodenomina Estado Islâmico têm sido as mais atingidas pelos bombardeios. Eles controlam com mãosapostas jogos copaferro uma área equivalente à do Reino Unidoapostas jogos copapartes da Síria e do Iraque. A "capital", Raqqa, é o maior exemplo: a cidadeapostas jogos copa400 mil habitantes tem monitoramento constante da vida dos moradores, restrições ao uso da internet e revistasapostas jogos copaplena rua,apostas jogos copaque militantes checam conteúdoapostas jogos copacelulares.
Uma simples suspeitaapostas jogos copadivulgaçãoapostas jogos copainformações pode ser punida com a morte. E a intensificação dos bombardeios, sobretudo depois dos atosapostas jogos copaterrorapostas jogos copaParis e da quedaapostas jogos copaum aviãoapostas jogos copapassageiros russo, fez com que o EI impusesse ainda mais restrições à movimentaçãoapostas jogos copapessoas.
3. O interesse por trás da divulgaçãoapostas jogos copainformações
Imagensapostas jogos copajatos militares franceses partindo para campanhas aéreas contra alvos do EIapostas jogos copaRaqqa correram o mundo, mostrando a intensificação dos bombardeiosapostas jogos copaposições do grupo extremista.
No entanto, relatos da redeapostas jogos copaativistas 'Raqqa Está Sendo Silenciosamente Massacrada' afirmam que apenas instalações abandonadas pelos militantes foram atingidas. Os 33 jihadistas mortos teriam sido atingidos por estaremapostas jogos copaposiçõesapostas jogos copamonitoramentoapostas jogos copainstalações praticamente vazias.
A redeapostas jogos copaativistas diz que não há vítimas civis dos bombardeios franceses, mas sugerem que o quadro é radicalmente oposto entre os alvos dos bombardeios russos, que seriam mais indiscriminados e estariam fazendo vítimas entre civis. Isso porque o alvo dos russos não é apenas o Estado Islâmico, mas também rebeldes que lutam contra o presidente Bashar al-Assad.
<link type="page"><caption> Leia também: Por queapostas jogos copatoda tragédia surgem heróis anônimos?</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151118_vert_fut_heroismo_ml" platform="highweb"/></link>
Ou seja, sem a possibilidadeapostas jogos copaverificaçãoapostas jogos copafato, é preciso receber qualquer informação com precaução.
Em setembro, por exemplo, autoridadesapostas jogos copadefesa dos EUA diziam ter confirmado apenas dois óbitos nos bombardeios da coalizão na Síria, número contestado pelo Observatório Sírio, que falaapostas jogos copa181.
O número também é contestado pelo site Airwars, projetoapostas jogos copaum grupoapostas jogos copajornalistas independentes, que no finalapostas jogos copaagosto alegou ter evidênciasapostas jogos copaque pelo menos 459 civis, incluindo maisapostas jogos copa100 crianças, teriam morrido.
"Você não pode ter uma campanha aérea dessa intensidade sem que civis sejam mortos. É preciso que eles (a coalizão comandada pelos EUA e da qual a França faz parte) sejam mais transparentes", disse um dos coordenadores do site, Chris Woods, ao jornal Guardian.
Os ataques liderados pelos Estados Unidos têm se concentradoapostas jogos copaposições sob controle do Estado Islâmico tanto na Síria quanto no Iraque.