Muçulmano salvou duas mulheresataquesParis:
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Apesar do perigo evidente, Safer diz que precisava ajudar. Ele esperou uma pausa nos tiros e correu para o ladofora.
"Peguei as duas e corri com elas para o porão. Sentei com elas e tentei estancar o sangramento."
"A gente ainda ouviu mais tiros lácima. Foi apavorante."
"Quando saímos vimos os corpos nas ruas. Havia muita gente ferida." Cinco pessoas morreram no ataque ao restaurante Casa Nostra.
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Safer mora no 11º distritoParis, mesmo bairro do Casa Nostra, uma área onde vivem muitos muçulmanos e pessoasorigem árabe.
Apesaro grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico" ter assumido a autoria dos atentados que deixaram pelo menos 129 mortos e 350 feridos, ele diz que os ataques não têm relação com o islamismo.
"Isso não tem nada a ver com religião", disse ele.
"Muçulmanosverdade não são feitos para matar pessoas", afirma. "Esses (que fizeram os ataques) são apenas criminosos".
De certa forma,história se assemelha aLassana Bathily, um jovem imigrante do Mali que escondeu um grupofregueses assustados quando um mercado kosher foi atacadojaneiro, no mesmo dia do ataque à redação do jornal Charlie Hebdo.
Bairro
Jean-Paul Lugon, 54, também morador do 11º distrito, estava na cozinha quando ouviu tiros.
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"O tiroteio durou uma eternidade. Foram pelo menos dois ou três minutostiroteio contínuo. Eu corri e vi três pessoas mortas no chão."
"Estou com tanta raiva. Essas pessoas são civis, elas não fizeram nada para que isso acontecesse."
Lugon diz que ficou chocado pelo bairro ter sido atacado. "Por que aqui? Não é uma área como o 16º ou o 7º distrito e outras áreas ricasque não há imigrantes", disse.
Já no 18º distrito, um dos principais locaisconcentraçãopopulação muçulmanaParis, a raiva é palpável.
"Não somos como eles", diz Jamal,44 anos. "Não temos nada a ver com eles. Estamos com nojo", disse.
Ele também está preocupado com o impacto mais amplo dos ataques sobre a comunidade muçulmana.
"Os franceses não nos aceitam", diz.
O papel do islamismo na França é um tema frequente no debate público e, quando foi revelado que cidadãos franceses foram responsáveis pelos ataques ao Charlie Hebdo no início do ano, surgiram questões sobre a vidajovens muçulmanos no país.