Ataquesstake aposta appParis: houve falhastake aposta appsegurança? Pergunta divide especialistas:stake aposta app
stake aposta app A ameaçastake aposta appataquesstake aposta appsolo francês não era uma novidade para as autoridades do país: há apenas alguns meses, 17 pessoas morreramstake aposta appum atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo stake aposta app , que, até sexta, era o pior ocorridostake aposta appsolo francêsstake aposta appdécadas.
Se o país estavastake aposta appalerta, por que as agênciasstake aposta appsegurança francesas não conseguiram evitar os ataques que deixaram cercastake aposta app130 mortos e outras três centenasstake aposta appferidos?
A resposta parece apontar para eventuais falhas dos serviçosstake aposta appsegurança, mas ela não é tão óbvia assim.
<link type="page"><caption> Leia também: Francês, 29 anos e com passagem pela polícia: conheça o suspeitostake aposta appataquesstake aposta appParis identificado por dedo após explosão </caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151115_perfil_autor_paris_ataques_lab" platform="highweb"/></link>
Desde janeiro, as ruas do país são vigiadas por milharesstake aposta appmilitares, e 25 mil policiais patrulham lugares com potencial para serem escolhidos como alvostake aposta appatentados.
O problema é que as autoridades "não podem prever onde será realizado o próximo ataque", analisou Frank Gardner, correspondentestake aposta appSegurança da BBC. E muitos especialistas vão na mesma linha.
Para a porta-voz do Partido Socialista (governista) , Corinne Narassinguin, "obviamente houve uma falha da inteligência francesa", e as investigações sobre o que ocorreu mostrarão no que os serviçosstake aposta appsegurança devem melhorar.
Em conversa com a BBC, porém, ela ponderou que "é impossível garantir segurança absoluta hojestake aposta appdia, especialmente porque os terroristas operamstake aposta appuma escala muito menor. Os terroristas entendem que é mais fácil organizar um grupo muito pequenostake aposta apppessoas que vão a lugares muito lotados com armas automáticas e provocam um banhostake aposta appsangue".
Autodefesa
Após o ataque ao Charlie Hebdo, a França sinalizou, comstake aposta apppolítica externa, que estava ciente da possibilidadestake aposta appnovos ataques.
Quando o governostake aposta appFrançois Hollande decidiu,stake aposta appsetembro deste ano, lançar bombardeios contra o autoproclamado grupo radical "Estado Islâmico" na Síria, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou que esses ataques atingiam lugares "onde são treinados aqueles que atacam a França".
O correspondente da BBCstake aposta appParis, Hugh Scholfield, assinalou à época que tais ataques poderiam ser interpretados na legislação das Nações Unidas e do direito internacional como uma ação legítimastake aposta appautodefesa.
<link type="page"><caption> Leia também: Após atentadosstake aposta appParis, França ataca 'Estado Islâmico'</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151114_ataques_franca_estado_islamico_rb" platform="highweb"/></link>
Nesse sentido, um questionamento sobre eventuais falhas das agênciasstake aposta appsegurança francesas ao não conseguir evitar o atentadostake aposta appsexta talvez seja simplista ao desconsiderar a complexa realidade atual e os vários fatoresstake aposta appjogo.
"Até que saibamos mais sobre a organização do ataque e seus autores, é impossível culpar esse ou aquele serviçostake aposta appsegurança", afirmou Yves Trotignon, ex-funcionário da unidade antiterrorismo da Direção-Geralstake aposta appSegurança Exterior da França, ao jornal britânico The Guardian.
Segundo Trotignon, durante muito tempo os serviçosstake aposta appsegurança temiam que um ataque como ostake aposta appsexta-feira pudesse acontecer, ainda mais com o precedente deixado pelo atentado executadostake aposta app2008stake aposta appMumbai, na Índia, no qual morreram 166 pessoas.
'Quase inevitável'
Para alguns, não dá para acusar as agênciasstake aposta appsegurança francesasstake aposta appterem falhado, pois seria humanamente impossível seguir os passosstake aposta appseus próprios cidadãos estake aposta appcada pessoa que se movimenta pela União Europeia, espaçostake aposta applivre trânsito para seus integrantes.
Para Peter Neumann, professorstake aposta appestudosstake aposta appsegurança do King's College,stake aposta appLondres, as agênciasstake aposta appsegurança europeias já trabalham na capacidade máxima há alguns anos.
"Colocar uma pessoa sob vigilância 24 horas requer 30 policiais. Não é possível monitorar centenasstake aposta apppessoas", afirmou o especialista à BBC.
"É quase inevitável que algo assim aconteça", acrescentou.
<link type="page"><caption> Leia também: Quem são as vítimas dos ataquesstake aposta appParis?</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151115_vitimas_paris_lab" platform="highweb"/></link>
A verdade é que muitos serviçosstake aposta appinteligência estake aposta appsegurança "têm recursos limitados para seguir e monitorar grupos terroristas que conheçam ou aqueles dos quais suspeitam. E esses recursos têmstake aposta appser manejadosstake aposta appacordo com as ameaças identificadas", escreveu,stake aposta appum artigo publicado pela rede árabe Al Jazeera, Martin Reardon, vice-presidente da The Soufan Group, consultoriastake aposta appsegurança e inteligência global.
A situação, porém, ficou ainda mais complexa para a inteligência depois que o "Estado Islâmico" convocou seus seguidoresstake aposta apptodo mundo a executarem ataquesstake aposta appseus países.
"É extremamente difícil se defenderstake aposta appum ataque desse tipo quando já começou a ser executado, disse Trotignon.
Sem precedentes
O fatostake aposta apptrês homens-bomba ativaram seus explosivosstake aposta appbares ou restaurantes é incomum. A França ainda não havia experimentado ataques quase simultâneos.
O que aconteceustake aposta appParis mostra que os atiradores "não têm uma prioridade ou uma hierarquia" quando escolhem seus objetivos, afirmou à BBC Shashank Joshi, especialistastake aposta apppolíticasstake aposta appsegurança do Royal United Service Institutestake aposta appLondres.
O belga Pieter van Osraeyen, especialistastake aposta appgrupos jihadistas, assinalou parecer que o "Estado Islâmico" está enviando um sinal no qual diz que "pode atacar a qualquer momento,stake aposta appqualquer lugar".
Os ataquesstake aposta appParis foram muito bem coordenados e provavelmente demandaram mesesstake aposta apptreinamento, afirmou ele à BBC.
<link type="page"><caption> Leia também: Por que novamentestake aposta appParis?</caption><url href="http://vesser.net/noticias/2015/11/151114_franca_analise_hb" platform="highweb"/></link>
Sendo assim, houve erros da segurança francesa? Para Joshi e Van Osraeyen, não.
"Não é possível monitorar todos os alvos fáceis", afirmou o primeiro. "Trata-se maisstake aposta appreagir ao que ocorre, a estabelecer uma comunicação entre as diferentes partes do Estado, a uma liderança forte, a controlar o fluxostake aposta appinformação, a minimizar o pânico."
Segundo Van Ostaeyen, "a França fez tudo o que pôde. É muito prematuro dizer se (os ataques) poderiam ou não ter evitado".
Outros estudiosos, porém, dizem que o país falhou ao não notar o inimigostake aposta appseu próprio solo.
Olhar para dentro
Uma correntestake aposta apppesquisadores acredita que as agênciasstake aposta appsegurança da França não deveriam focar no extremismo islâmico gestado forastake aposta appseu território, mas sim no que acontecestake aposta appalgumas das áreas mais pobres do país.
"Por muitos anos, alguns bairros desfavorecidos dos subúrbiosstake aposta appParis estake aposta appoutras cidades têm sido um terreno fértil para extremistas islâmicos. A chamada jihad (guerra santa)tem sido um elemento sedutor para alguns jovens muçulmanos alienadosstake aposta appregiões abandonadas, onde o desemprego é alto", afirmou o repórter da BBC Laurence Peter, especialistastake aposta appEuropa.
Segundo os estudiosos, maisstake aposta app500 muçulmanos franceses engrossaram as fileiras jihadistas na Síria e no Iraque, o maior número entre os países ocidentais.
"Minha impressão éstake aposta appque a substancial população muçulmana da França, que quer ser francesa, que quer se integrar e ser aceita, não está realmente integrada por completo", afirmou à BBC Mundo, serviçostake aposta appespanhol da BBC, Abkar Ahmed, embaixador do Paquistão no Reino Unido e professor da American University,stake aposta appWashington, e do Instituto Brookings.
"Isso está causando tensão e, dessas comunidades na França, surgem dois ou quatro indivíduos preparados para cometer atos violentos", acrescentou Ahmed.
Para o especialistastake aposta appIslã contemporâneo, os meiosstake aposta appcomunicação deveriam "diminuir o volume"stake aposta appsua constante associação entre muçulmanos e a palavra terrorismo.
"Ainda que haja algumas pessoas envolvidas com isso, talvez duas dúzias, três dúziasstake aposta apppessoas, a comunidade inteira está sendo estigmatizada pela imprensa. Isso tem que parar, afinal pode levar mais muçulmanos, especialmente os jovens, a atosstake aposta appviolência por se sentirem com raiva, desencantados, sem esperança", acrescentou.
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