Polarizaçãoapostas copa hojecorrida presidencial argentina 'lembra eleição brasileira':apostas copa hoje
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Governistas dizem que uma vitória dos opositores "levaria a Argentina para a era das privatizações dos anos 1990" ou para a "ingovernabilidade", como na histórica crise vivida pelo paísapostas copa hoje2001, quando o então presidente Fernandoapostas copa hojela Rúa renunciou ao cargoapostas copa hojemeio a protestos.
Em discurso na sexta, a presidente Cristina Kirchner reforçou essa estratégia. Ela declarou esperar que os argentinos não vivamapostas copa hojenovo um episódio "como o daquele presidente que deixou a Presidênciaapostas copa hojehelicóptero antes do fim do mandato", afirmação interpretada pela imprensa local como uma comparação entre De la Rúa e Macri.
O candidato oposicionista se defende, dizendo que "eles" é que governavam nos anos 1990 e que só entrou para "política depois da criseapostas copa hoje2001", afirmaram assessores.
Já Scioli afirma que Macri é o candidato do mercado financeiro e sugere que ele poderia descontinuar políticas públicas aplicadas nos 12 anosapostas copa hojekirchnerismo (2003-2015), como a estatização da empresa aérea Aerolíneas Argentinas e da petrolífera YPF, além dos planos sociais.
Discursos antigosapostas copa hojeMacri, nos quais defendia a privatização da YPF, por exemplo, são lembrados por apoiadoresapostas copa hojeScioli. Num ato político na quinta-feira, Macri disse que manterá os planosapostas copa hojeinclusão, caso seja eleito.
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Segundo o consultor político e professorapostas copa hojeciências políticas da Universidade Torcuato di Tella Sergio Berensztein, o aumento da tensão política faz parteapostas copa hojeuma disputaapostas copa hojesegundo turno presidencial, jamais realizado na Argentina.
"Estamos vivendo aqui o mesmo clima que o Brasil viveu no segundo turno (entre a presidente Dilma Rousseff e o oposicionista Aécio Neves,apostas copa hoje2014). Mas esse ambiente era esperado", disse Berensztein à BBC Brasil.
'Rivais, porém amigos'
Scioli e Macri são amigosapostas copa hojelonga data, gostamapostas copa hojeesporte, surgiram do setor privado e entraram para a política na idade adulta, disse Berensztein.
Segundo ele, é difícil dizer que um sejaapostas copa hojeesquerda ou centro, no casoapostas copa hojeScioli, e outroapostas copa hojecentro ou direita, para Macri.
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"O conceito tradicionalapostas copa hojeideologia não combina com eles", disse ele, que avaliou Macri como "pragmático" e que "obedecerá as leis", e que Scioli "seguirá o caminho do kirchnerismo" por representá-lo.
A tensão é perceptível. Na semana passada, durante quatro discursos seguidosapostas copa hojeCristina na Casa Rosada, a sede da Presidência, seus apoiadores gritavam "Pátria ou Macri",apostas copa hojereferência ao slogan "Pátria ou morte".
Nos últimos dias,apostas copa hojealguns pontosapostas copa hojeBuenos Aires, comoapostas copa hojedependências públicas, surgiram pequenos cartazes com a mesma frase. Numa estaçãoapostas copa hojemetrô, a fotoapostas copa hojecampanha do candidato foi pintada com o bigode similar aoapostas copa hojeHitler.
Um assessor da campanhaapostas copa hojeScioli e que trabalha com o candidato há maisapostas copa hojedez anos disse à BBC Brasil que a campanha trabalha "como se fosse a finalapostas copa hojeuma Copa do Mundo", mas que o candidato quer retomar a campanha para "encontro e não confronto".
"Não é uma campanha fácil. Sabemos que a disputa é minuto a minuto, mas daqui até o dia 22 há uma eternidade, e os que não votaram no governo ainda podem mudarapostas copa hojevoto", disse o assessor,apostas copa hojecondiçãoapostas copa hojeanonimato.
Do ladoapostas copa hojeMacri, a deputada Patrícia Bullrich disse que a "tensão política" é inéditaapostas copa hojetempos democráticos na Argentina, mas que seria "típica" da era kirchnerista.
"A estratégia deles é a do confronto, entre os bons e maus, entre o que chamamapostas copa hojedefensores do povo e contra o povo”, disse Bullrich, por telefone.
Na opinião do analista político Rosendo Fraga, do Centroapostas copa hojeEstudos Nova Mayoría, o inesperado resultado do primeiro turno e a disputa acirrada "favorecem Macri, mas não se pode subestimar a capacidade do governo"apostas copa hojevencer.
'Equilibrista'
Assessores e analistas dizem que Scioli deve tomar uma posiçãoapostas copa hoje"equilibrista" nesta reta final para manter os votos do kirchnerismo e tentar conquistar aqueles que votaram contra o governo.
"As urnas disseram que pelo menos 60% dos argentinos votaram contra o governo. Eu estou entre eles", disse o ex-senador Rodolfo Terragno, num programaapostas copa hojetelevisão.
A disputa também está forte nas redes sociais. Uma universitária disse no Facebook que teme que Macri vença porque a educação pública "sairia perdendo" e "conquistas sociais do kirchnerismo desapareceriam". Outra eleitora escreveu: "Scioli é perigoso, mentiroso e traidor".
Eleitores afirmaram, no Twitter, que Scioli "agora reconhece a inflação que negava".
Na Argentina, os dados oficiais da inflação são questionados por opositores e especialistas. "Que bom que agora reconhecem que existe inflação", disse o economista Rogelio Frigerio, da equipeapostas copa hojeMacri.